Verme que roeu as carnes
“É melhor viver 10 anos a mil do que mil anos a 10”, frase de uma música popular que tem suas verdades. Depois de ver as notícias horríveis sobre o "mensalão", violência no Brasil e atentados por aí, cheguei a seguinte conclusão: quero aproveitar todas as oportunidades que aparecerem a minha frente.
Se aparecer um vendedor de jogo do bicho e da loteria federal não vou perder a oportunidade de comprar. Quando passar em frente a casa lotérica vou fazer aquela “fezinha” para tentar ganhar o prêmio acumulado.
Vou passar em frente de um restaurante chinês e comer aquele prato gigantesco de frango xadrez. À tarde comerei hot dog do carrinho da esquina com muita maionese e quando ver o tiozinho, que vende coxinhas por Diadema gritando “glória Deus”, vou comprar umas duas.
À noite se me ligarem para sair para dançar, irei chacoalhar o esqueleto ao som de muita black music ou rock, o que seja! E por aí vai, cada um a sua maneira.
É isso aí, aproveitar a vida sem culpa em todos os sentidos. Tudo isso sem tirar a nossa responsabilidade que temos perante a casa, a rua e o trabalho e da nossa própria vida pessoal com os nossos objetivos.
Afinal de contas não podemos nos dar o direito de levar a vida igual ao personagem de Machado de Assis, Brás Cubas, que morreu aos 64 anos, sem alcançar seus objetivos. A história é contada por um defunto, que não aproveitou a vida em nada e diz: “ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver, dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas”. É isso aí!

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