O jogo mal começou: faltam projetos esportivos


Definitivamente o povo brasileiro não dá a mínima pelo esporte (com exceção do futebol, é claro). Mas ao fazer tal afirmação quero deixar claro que a “grande” mídia em geral não colabora para mudar este cenário. E, se ao analisarmos os atletas de ponta que temos, chegaremos à conclusão que eles se destacam não pelo apoio ou qualquer tipo de patrocínio, mas sim por esforço próprio. Por isso temos que ter orgulho quando atletas brasileiros se destacam em qualquer tipo de competição internacional.
As empresas ainda não se deram conta o valor que o esporte pode agregar em um indivíduo. Não apenas nos esportes competitivos, mas no investimento na formação do cidadão. Isso deveria começar lá... Desde criança, nas aulas de educação física, valorizando outras modalidades como o vôlei, basquete, handebol, atletismo, etc.
Gestão – Hoje sabemos que é necessário patrocínio para montar bons times de basquete, vôlei, etc. Aliás, há anos São Paulo não conta com um bom time de basquete ou vôlei, mas para o investimento no esporte como cidadania o que falta mesmo é uma boa gestão do poder público.
Não existem bons projetos, tanto do governo municipal, estadual ou federal. O que existe é uma pequena “virada esportiva”, evento que acontece uma vez por ano e não atinge o seu objetivo. Em resumo, não há bons projetos que envolvam o poder público (em qualquer esfera) e a sociedade. Em outras palavras, as pessoas que ocupam as pastas de secretarias de esporte são mal capacitadas. Pode até existir pessoas com boas intenções, mas como diz o ditado: “De boa intenção o inferno está cheio”.
São necessários projetos específicos para cada comunidade, isso de acordo com as suas características, tanto culturais como geográfica. É necessário fazer uma pesquisa do local para averiguar a característica da população que mora em tal bairro onde o projeto pode ser aplicado. Bom, aí as coisas começariam a funcionar. O esporte tem que ser levado a sério, assim como a cultura. Pois é fundamental na vida do ser humano.
Enquanto isso, o esporte é coisa do “outro”, de quem joga em um time qualquer, ou de quem pode pagar uma academia. “Esporte é coisa que passa na televisão e é praticado por quem não tem nada o que fazer”. Esta é a visão de muitas pessoas que não tem acesso ao esporte.
O GOL mostra-se preocupado com esta situação, pois não é só de futebol que vive o homem, mas de todas as atividades físicas, capazes de fazê-lo, pensar, agir e se interagir na sociedade, transformando-o em um cidadão.
Sérgio Pires

2 comentários:

Silvia disse...

Concordo plenamente com voce. Sou professora de Educação Física e sempre "lutei" para fazer meus alunos a valorizar diversas modalidades esportivas. gosto de futebol, mas fico muito triste em ver o privilegio em todos os sentidos que este esporte recebe em relação aos outros que são tão fascinantes e importantes. É uma questão cultural, social e politica. A má vontade dos governos e empresarios em divulgar e apoiar os esportes em geral é absurda. Somos uma gente atrasada. um abraço, Silvia.

Anônimo disse...

Concordo plenamente com voce. sou professora de Educação Física e "luto" para fazer com que meus alunos conheçam e valorizem os diversos esportes. Gosto de futebol , mas acho um absurdo o privilegio deste esporte sobre os outros em todos os sentidos. É uma questao cultural, social e politica. Os governos e empresarios não apoiam os esportes. Somos um pais muito atrasado. Os esportistas (não do futebol e que não tem pais ricos)que conseguem se destacar fora do pais são verdadeiros herois. Um abraço, Silvia Souza