As vuvuzelas das Confederações

Brasil campeão da Copa das Confederações não é novidade, aliás não escutei nenhum fogos da galera para comemorar os gols tupiniquins. O que mais gostei foram das "Vuvuzelas", aquela corneta que já foi moda nos estádios brasileiros. Aliás, estas cornetas foram lançadas na final do Campeonato Paulista de 1979, entre Corinthinas e Ponte Preta. Lembro que ganhei um do meu pai.

Michael Jackson e a imprensa

Após quase uma semana da morte do rei do pop Michael Jackson, o fato ainda é notícia em todos os meios de comunicação. Notícias à parte, o que me chamou atenção foram as capas das revistas e jornais um dia após a sua morte. Comprei três jornais e uma revista. Diante disso resolvi pesquisar algumas capas dos jornais do mundo inteiro e, eis que descubro que a capa mais criativa foi do jornal carioca Extra e também achei interessante a capa do Daily Mirror, que também chamou a atenção para a morte da "eterna pantera" Farrah Fawcett, que aconteceu no mesmo dia.

Anjo Negro


por Sylvio Micelli

Gostar ou não de Michael Jackson é uma opção do arbítrio de cada um. Como já disse Nelson Rodrigues, outro gênio, "toda unanimidade é burra". Desconhecer ou minimizar sua importância, porém, é impossível. Há mais de 40 anos ele esteve aí, entre nós - pobres mortais - fazendo sucesso em cima de sucesso: do menino prodígio à frente do Jackson Five ao maior artista pop de todos os tempos. O que entendo ser mais curioso é que Jackson não planejou seu sucesso como algo datado. Era tudo comum para ele, simples assim, desde cantar "ABC" à superprodução de Thriller, o disco mais vendido da história.

Qualquer adjetivo, por mais superlativo que seja, não consegue designar o homem que dividiu o pop americano e mundial em duas fases distintas: o antes e o depois. Dançarino como poucos, dedicado e perfeccionista ao extremo, criou videoclipes que mais se assemelhavam a curtas-metragens. Seus shows eram uma aula de mainstream elevada à enésima potência. Fez do rhythm and blues, hip hop, soul, funk e rap, sonoridades aceitas em todo o planeta e jogou o racismo nojento, que a hipocrisia humana diz não existir, para escanteio. Lembremos de "Black or White"... "It Don't Matter If You're Black Or White"!

Há pessoas que o criticarão no campo pessoal. Uma infância pobre e sofrida, plásticas de gosto duvidoso, relacionamentos complicados, acusações sexuais, enfim, pautas e mais pautas que fizeram a alegria dos fofoqueiros de plantão. Jackson para mim é um anjo negro. Veio à Terra dar-nos um pouco de sua genialidade. Viveu o céu e o inferno como Dante já nos ensinou. Fez da vida terrena um grande palco e teve a coragem de expor suas vísceras em público. Tudo para ele foi um grande truque. E quando se preparava para uma grande turnê mundial fez um Moonwalk e saiu de cena.

Bony... Uma vida de gente, uma vida de cão!


Ter um animal de estimação definitivamente não é uma tarefa fácil. Já tive vários bichos em casa, cachorro, gato, galinha, peixe, periquito e até papagaio. Todos eles se foram, mas um foi realmente especial, o Bony.

Tudo começou em 1999, quando comprei por R$ 100,00 um filhotinho de daschund, mas conhecido como salsicha. Nos primeiros dias ele estranhou a nova casa e não conseguia dormir, então o coloquei em uma caixa de sapatos forrado e coberto com toalhas. Coloquei esta caixa em cima de um banco para ficar da altura da cama, ele me observa e, só assim dormia.

O danadinho tinha apenas 1 mês, brincalhão... Só queria saber de morder tudo o que via pela frente. Era esperto, muito esperto... Teve um dia que estava ouvindo um cd e o deixei em cima da cama e fui até a cozinha. Ao voltar o danado tinha mordido o CD, subiu na cama e ainda fez coco em cima do travesseiro. Sabendo que ia tomar uma bronca, ao chegar no quarto ele já saiu correndo para a casinha dele.

Bony... Muitas histórias. Às vezes íamos paquerar juntos no Parque do Ibirapuera. O colocava no carro, no banco do passageiro, deixava a janela aberta e ele sentia o vento tocar seu focinho... Ao chegar no parque andávamos e andávamos pelas ruazinhas do ibira, algumas meninas paravam para acariciá-lo... Ahhh! Bony, Bony...

Adorava frutas... Comia de tudo! Nunca vi cachorro gostar tanto de banana como o Bony. Se tinha uma dúzia de bananas em casa, pelo menos umas 3 ou 4 eram dele. Ah! Às vezes ele latia pedindo comida, mas isso não deixava ele comer não! Quer dizer... De vez em quando né !

Era quieto... Latia apenas quando entrava gente estranha em casa ou por algum barulho... Aliás, ele odiava dias de jogos de futebol, natal e ano novo justamente por isso: barulhos. Ele detestava fogos de artifícios e os trovões nos dias de chuva. Nestas ocasiões ele ficava bem perto de mim.
Os anos passaram e a idade para um cão também é cruel. Como em casa tem muitas escadas, para um cachorro desta raça foi um sofrimento. Certa vez ele começou a mancar e também a perder os movimentos das patas traseiras.

O levei no veterinário e fui indicado a levá-lo na USP para fazer acumpultura. Marquei 5 sessões. E, ao imaginar um cachorro sendo espetado por 50 agulhas, já imaginei: “Não vai dar certo”. Ao contrário... O danado gostou... E ainda sarou.

Era carinhoso, dócil... Chorava por carinho e brincadeira. Às vezes para chamar atenção levava seu cobertor até a sala e começava a chacoalhá-lo. Enquanto tomava banho ele me aguardava silenciosamente deitado no sofá. Ao deixar o banheiro, ele entrava para ver se alguma peça de roupa estava “disponível”, ou seja, se dava para pegar alguma camisa ou meias. Mas ele gostava mesmo era das cuecas! O “filha da mãe” quando via uma cueca dando bobeira a pegava, mordia, rasgava e ainda a levava para o quintal, para mostrar para todos.

Pois é! O Bony! Ele tem muitas histórias em 10 anos de vida. Dizem que a idade do cachorro para se equiparar a do ser humano deve ser multiplicada por 7. Se isso for verdade, ele tina 70 anos. E, ainda tinha muito tempo de vida.

Porém, na última quarta-feira, 3 de junho de 2009, ele deu uma escapadinha para fazer seu xixi nos postes da rua. Ao ver uma cadela sendo rodeada por vários outros cachorros, foi se aventurar em ruas estranhas. Ao saber que ele tinha escapado, sai em sua captura e de repente o encontro jogado no meio da rua. Tinha sido atropelado.

Estava quase morto, estagnado com a maldade humana que ele não conhecia. O peguei rapidamente e correndo, o coloquei no carro em busca de um veterinário. Diagnóstico: fratura de bacia. O tal doutor me falou que o carro provavelmente passou por cima dele e podia ter prejudicado alguns órgãos internos. Medicado o levei para casa. À noite ele uivou... Chorou.

Na manhã desta quinta-feira (04) o peguei no colo e ele ainda tentou andar sem sucesso. Em seguida deitou e horas depois morreu.

Uma vida de cachorro, uma vida de gente, que ao olhá-lo, percebemos que temos as mesmas aspirações: viver e ser feliz.