O tempo fica.

Tempos difíceis, tempos de violência, tempos de intolerância, tempos de chuvas, tempos de calor, tempos de insegurança. A notícia sobre o tempo tem tomado parte de nossas vidas em todos os sentidos, desde o tempo psicológico de nossas vidas, às mudanças climáticas e até para relatar a atual situação social em que vivemos.

Neste último final de semana na Avenida Cupecê, em apenas três dias testemunhei três atropelamentos fatais, causando quatro mortes e todos os casos de intolerância de pedestres e motoristas.

A mídia informa o caso do ministro que aumentou o patrimônio 20 vezes e isso ainda não é nada, se formos vasculhar a vida de cada deputado, vereador ou qualquer pessoa que ocupa um cargo no Legislativo ou no poder Executivo, com certeza, vamos constatar que muitos multiplicaram por 100 seu patrimônio. Tempos bons para estas pessoas.

O tempo se torna ruim para quem luta pelo maio ambiente no norte e nordeste, que são ameaçados por jagunços, vestígios ainda de um Brasil colonial, membros da UDR (União Democrática Ruralista), ou na periferia das grandes metrópoles, quando não se tem opções de lazer, saúde e com transporte precário.

O tempo é curto para os professores que fazem três jornadas diárias de trabalho para multiplicar seu salário; o tempo longo para os trabalhadores escravos nas fazendas espalhadas pelo país; o tempo fica parado quando os paulistanos tentam voltar para casa presos no tráfego; o tempo...

O tempo se mistura com o passado, futuro e presente numa simbiose de esperança e lembrança, de que tudo ainda pode melhorar.

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