O Palhaço: em busca da identidade


Sempre rir, sempre rir, pra viver é melhor sempre rir... Lembro do palhaço Bozo, que cantava uma música com esta frase todos os dias à tarde. E na cabeça de todos, o Palhaço sempre foi sinônimo de alegria, da inocência e do riso. Mas, quem faz o palhaço rir? Este é o questionamento que Benjamin (Selton Mello) faz, em seu filme O Palhaço. Pode ser clichê dizer que o palhaço é triste e se pinta de forma alegre, isso já foi mostrado e demonstrado centenas de vezes, tanto no cinema, quanto nas artes em geral. O Palhaço de Selton Mello vai mais longe, muito além do imaginário do palhaço, pois busca a essência da identidade.

A história se passa nos anos 70, quando o Circo Esperança pertencente do Sr. Valdemar (Paulo José) e de seu filho Benjamim (Selton Mello) que formam a fabulosa dupla de palhaços Puro Sangue e Pangaré, e fazem uma série de apresentações pelo interior de Minas Gerais.

Benjamim é um palhaço sem identidade, anda apenas com sua certidão de nascimento, e por onde passa, é discriminado por não ter RG e nem comprovante de residência, porém, vive pelas estradas na companhia da divertida trupe do circo, mas quando não está em cena, Benjamim acha que perdeu a graça, e parte em uma aventura atrás de um sonho, após conhecer uma garota da cidade Passos, que trabalha no Audo Auto Peças.

Certo dia, Lola (Giselle Motta) a esposa de Valdemar, bem mais jovem que seu pai, o questiona, querendo um ventilador. Todos os atores também fazem seus pedidos: adiantamento de salário, sutiã, desodorante... Mas o ventilador e a identidade viram a sina de Benjamim. Pensando em estar apaixonado, ele abandona o circo e vai em busca de sua identidade. Consegue tirara RG e um emprego em uma loja de eletrodomésticos, onde rodeado por ventiladores.

O retorno de Benjamim ao circo é emocionante. Trata-se do reencontro do “eu”, de sua identidade. I também é a interpretação da jovem Guilhermina (Larissa Manoela) que é filha dos ilusionistas do circo. Ela testemunha tudo o que acontece nos bastidores; vivência todos os problemas e no final, consegue atuar. Ela uma bela sequência de imagens, pois a câmera segue os passos da menina até os bastidores e mostra todos os atores a reverenciando, e termina com o sorriso da garota com o ventilador, um final fantástico. A vivência dela nos bastidores pode ser comparada ao pequeno Selton Mello, há anos.

O interessante é a homenagem que Selton faz aos atores do passado como Ferrugem, George Loredo, conhecido como Zé Bonitinho e Moacyr Franco, que interpreta o delegado Justo, que é um corrupto na verdade, em uma cena hilária.

Nos créditos, aparecem ainda Nelson Ned e Lindomar Castilhos interpretando canções dos anos 70, bem peculiar da época quando a história se contextualiza. O filme já é um clássico.

Palmeiras e seus temperos errados


Imagine aquele bife suculento de filet mignon; uma sopa de legumes das mais variadas espécies de vegetais; uma feijoada light e uma farofa. Coloque tudo na mesma panela e mexa bem até ficar ao ponto. Ao ponto de quê?


Pois é! Isso é o time do Palmeiras. Uma equipe que no papel poderia ser boa teve alguns lampejos no inicio do campeonato, mas depois sucumbiu a brigas e divergências dentro e fora do campo. Não que o Verdão seja uma equipe ruim, mas percebe-se que alguns jogadores não estão nem aí com o Palestra, pois sabem que seus empresários irão recolocá-los em outras equipes na próxima temporada.

O que é visível é a falta de interesse de alguns atletas em jogar com Felipão. O primeiro foi Lincon, que publicamente deixou o clube e preferiu ser rebaixado com o Avaí; depois Valdivia, que em uma coletiva afirmou que não tem um relacionamento amigável com o técnico, apenas profissional. E isso deve acontecer com os demais atletas que não tiveram coragem de vir a público.

 Isso é o Palmeiras. É uma mistura de talentos e de vaidades que não se combinam e não viram um prato a ser degustado. Não tem “liga” como diriam os grandes mestres da cozinha ao misturarem temperos e alimentos que se combinam.

A solução é simples: Limpeza. Sabe quando o prato está cheio de alimentos e os colocamos de lado e depois jogamos fora. É isso. Dispensa. Todo mundo embora, pelo bem do Verdão, campeão do século!

Você conhece Hatsune Miku?

Ela é sexy, tem estilo, e arrasta multidões no Japão e nos Estados Unidos. Ela é Hatsune Miku, um holograma que canta através do programa vocaloid e faz o maior sucesso no Japão e nos Estados Unidos. Seus shows arrastão multidões e a performance deste holograma requer o investimento de alta tecnologia em suas apresentações.

Digo... Não digo!

Há tempos não escrevo absolutamente nada neste blog e muito menos nas redes sociais. Lá, fico isento de palavras e me limito a curtir, ou não algumas postagens e, às vezes, compartilho algumas fotos, imagens ou vídeos que já estão na internet. 

Em meio a tantas informações que absorvemos e, de todos os gêneros, é difícil opinar sobre algo, mesmo porque, já existem centenas de opiniões a respeito do assunto e, por isso qualquer opinião tem que ser bem rápido, na hora, caso contrário, pode ser algo antigo e já ultrapassado. Mas é estranho, mesmo com Facebook, Twitter e blog, não estou dizendo nada.

Não dá nenhuma vontade de falar sobre política, economia e muito menos sobre esporte, devido à pífia campanha do Palmeiras no Campeonato Brasileiro. Aí não da vontade de dizer nada. Mas, não me sinto passivo diante do silêncio das palavras, pois estou dentro das redes, onde tudo é compartilhado e sincronizado, onde tudo é público, e mesmo assim, ainda é privado (minhas opiniões).

 Talvez este silêncio, essa não vontade de dizer, é por conta de muita coisa ruim, que impera em nossa sociedade. As pessoas estão ouvindo péssimas músicas; os filmes nos cinemas são horríveis e cheio de clichês, trânsito insuportável nas cidades, quando achamos uma rádio legal para ouvir, ela repete sempre as mesmas músicas. Ta tudo tão chato... Não, não, não... Chato sou eu... Prefiro não dizer nada... Vou tomar minha água tônica e uma taça de vinho seco. 

Putz! Me deu vontade de ouvir Waterboys... Fim, chega! Não vou dizer mais nada neste texto! Se é que disse alguma coisa!