Café Bleu - Um álbum inesquecível



Todo mundo tem aquele CD inesquecível. Eu tenho vários. Dentre eles o Café Bleu do Style Council. A banda liderada por Paul Weller (ex- The Jam) implacou lá nos meados dos anos 80 e chegou a ser intitulado como “New Bossa” na Inglaterra. No Brasil a música You’re the Best Thing chegou a ser tocada em algumas rádios, mas o LP ( naquela época) só foi sair anos mais tarde.

Lembro que paguei caro naquela bolacha na loja super transada da época chamada Bossa Nova, lá no centro de São Paulo. Este álbum é uma obra prima que passeia pelo jazz, blues, funk, soul e com algumas pegadas tímidas de rock, influências do pós-punk The Jam.

O álbum conta ainda com um romantismo claro em várias canções, como: Blue Café, The Paris Match, que conta com a participação de Tracey Thor do EBTG, outro grupo clássico, bem 80’s. As pegadas “new bossa” podem ser percebidas na balada My Ever Changing Moods.

Tem ainda A Gospel e Strength of Your Nature, dois pertados soul-funk e logo em seguida as sobremesas do álbum são as três últimas faixas: Here's One That Got Away, Headstart for Happiness e Council Meetin.

Uma boa dica para baixar este álbum que ainda não ouviu e se gostar, compre. É um daqueles Cds que valem a pena.

O consumo da notícia


A principal arma de um governo não são as forças armadas, não está também em uma bancada de sustentação do Poder Legislativo, ou qualquer tipo de sistema político, mas está no poder dos meios da comunicação e da indústria cultural em si. Não é atoa que os Estados Unidos são a nação mais poderosa, pois dominam estes dois itens. O cinema americano é uma arma talvez mais poderosa que qualquer bomba atômica, pois através dele pode influenciar a vida de milhares de pessoas em todo o mundo.
Os que defendem a "indústria cultural" acham que a própria história (e não apenas o jornalismo) chegou ao fim. Acreditam que os antigos ideais de progresso, conforto e bem-estar foram todos realizados, por isso não há mais motivos para se preocupar nesta era pós-moderna. Esse pensamento de dominação, que a "indústria cultural" é condenada por educadores como Paulo Freire (1994), que relatou como artimanha do capitalismo neoliberal a estratégia de dizer que as utopias morreram. Melhor, entre os futuros jornalistas, quando ainda estão nos bancos da faculdade. Despertar a visão crítica em relação ao mundo e ao mercado talvez possa contribuir de algum modo, para um jornalismo se não meramente literário, mais voltado para a conscientização do ser humano e para a humanização das estruturas em que todos estão inseridos.

Algumas pessoas acreditam que o jornalismo pertence ao povo, ou seja, a voz da comunidade expressa em um jornal e pensam que o meio de comunicação possa devolver o poder da palavra ao povo. Mas como um jornal ou qualquer meio de comunicação pode devolver algo a alguém quando este nunca o possuiu?
A notícia hoje é um bem de consumo, há um mercado específico para cada tipo de reportagem, assim como o cinema americano (que sou apaixonado) tem o seu público e o europeu (filmes inteligentes que não sou muito fã, pois durmo na metade) também, e com a notícia acontece o mesmo fenômeno.

O vendedor político


Estes dias estavam andando pelas ruas e parei em frente à vitrine para apreciar uma aparelho de som. De repente chega um vendedor todo sorridente e me cumprimenta, e com toda a sua sabedoria e conhecimento sobre o determinado aparelho, me explicou os detalhes de seu funcionamento. "As caixas são potentes e suportam as batidas dos graves e agudos no volume máximo. Veja"! E começou um batidão, um funk carioca. Tum Tchii Tumm... Nesse instante o aparelho era semelhante a uma nave espacial dos anos 80, com várias luzes e botões gigantescos.

Após alguns minutos o vendedor ainda tentava me persuadir, mas já não falava do aparelho, mas sim da facilidade do pagamento e já ia pedindo meu RG, caso resolvesse efetuar a compra.

No final, acabei frustrando o cara, fui embora e não gastei absolutamente nada. Na verdade me senti aliviado ao sair da loja, pois parecia que estava sendo atacado pelo vendedor que falava que tinha que comprar o estéreo de todas as formas. Só faltou me dizer que minha vida não teria sentido sem aquele som.

Em casa fiquei pensando, se esse vendedor fosse um candidato político, certamente poderia ser eleito, pois era um verdadeiro "profissional labial", com altos "xavecos". Então chego a conclusão que os políticos devem ser ótimos vendedores de equipamentos eletrônicos.

Ilegal, imoral e engorda



Adoro comer cheesburguer ou coxinha de boteco. Melhor ainda é comer pastel de feira, principalmente aquele "especial" que tem até um ovo dentro e, adoro tomar Coca-Cola quando acordo e ou quando vou dormir. À noite, no trânsito, não tenho paciência de ficar parado em farol vermelho, ainda mais com essa onda de violência que está pela cidade, portanto, não respeito os semáforos da cidade, e assisto sim, as imoralidades que passam na televisão.
Recentemente em um jornal, mostrou o prefeito de São Paulo pedindo que os moradores da favela incendiada abandonassem o local, porém, a reportagem informou que eles não tinham para onde ir. No bloco seguinte do jornal, mostrou um comercial com a promoção de um carro com o IPI reduzido. Preço do veículo: R$ 68 mil. Isso sim é ilegal e imoral.
Hoje há um movimento chamado "light" em evidência. Trata-se de um grupo de pessoas que odeiam refrigerantes, não comem nada na rua e quando vão a restaurantes pedem suco de laranja com adoçante. Feijoada! Nem pensar. Apenas salada e carne branca.
Muitos são também frequentadores de academia, e confesso que eu amo essas salas de ginásticas, para manter este corpo de 4 ponto zero, mas, às vezes, temos que ouvir cada coisa. A última conversa que ouvi na academia foi: "Hoje comi uma fatia de pão integral com queijo ricota", afirmou um cara todo metido a bombado, e outo retrucava: "Não, não! O melhor a fazer é tomar leite, pela manhã, e comer muitas batatas doces durante o dia", então pensei: Vou sair de perto destes caras rapidinho, caso contrário vou sentir o efeito colateral dessa comida.
Bom, o fato é que sempre pratico esportes, vou à academia, e faço tudo isso na maior normalidade, sem preocupações, afinal, como diz o ditado: tudo que é bom é ilegal, imoral e engorda.


VMB - Será o fim da MTV?

Assistir ao VMB nesta quinta-feira, dia 20, só não foi um martírio porque o encerramento era nada mais, nada menos que os Racionais. Portanto, todas as apresentações anteriores foram suportáveis. 
Sem um apresentador, o evento ficou na mãos de seus convidados, que em prol de uma "linguagem jovem", descambam para as palavras chulas e o excesso de palavrões, como se isso fosse o simbolo da juventude.
Horas antes, tinha lido várias reportagens que o evento poderia ser o último e pelas fala de alguns apresentadores deixaram algumas pistas, como o Marcelo Adnet. Mas, se a MTV está em crise, ela não é a única culpada, mas sim, do genero musical. Não acontece nada de novo no mainstrem, as bandas que faziam sucesso há 15 anos, continuam a sobreviver com estas mesmas músicas, pois não há nada de novo.
E, isto reflete diretamente na programação.

O futebolês dos críticos


Ao abrir qualquer caderno de esportes testemunhamos duas novelas sendo debatidas pela mídia esportiva. O caso Palmeiras e do jogador Paulo Henrique Ganso. E em todas as matérias a condenação do Palmeiras à Série B do Brasileiro já e fato, assim como o caso do jogador santista, que disse (por meio da diretoria – ou terceiros) que prefere jogar no São Paulo e o condenam antecipadamente sem ouvir a verdadeira opinião do jogador.
O fato de se fazer análises pela própria convicção ou pela emoção critica, deixa passar a impressão de que o mundo acabou ao time paulista. Esquecem-se da camisa e mesmo de uma análise mais profunda de jogo mesmo. Gostaria de saber em que se baseiam alguns jornalistas para constatarem o jargão “volume de jogo”. Primeiramente é preciso contextualizar este jargão e como se caracteriza. Para muitos, volume de jogo é a posse de bola; para outros, trata-se da maior capacidade que um time tem para trocar passes no campo adversário; para outros ainda definem isso, como a capacidade de armar ataques.
Em algumas narrações de jogos ou em comentários posteriores as partidas, são possíveis notar que muitos têm uma noção diferente do significado de “volume de jogo”. Para piorar, nem os técnicos ajudam a contextualizar isso, porque eles colocam tudo na mesma panela de acordo com a justificativa da derrota ou vitória. Depende como foi o jogo. Falo isso, porque muitas vezes, baseando no tal volume de jogo, o time do Palmeiras já foi considerado uma das melhores equipes do primeiro semestre e em menos de três meses, é o time que não possui volume algum.
Falam como se o futebol é baseado apenas em números, adaptados e moldados de acordo com determinados interesses.
No caso do Ganso, condenam o cara antecipadamente, por não falar com a imprensa sobre a sua situação. Mas, para que falar? Tudo já foi jogado no ventilador e a própria diretoria do Santos abandonou o atleta. Não que ele esteja totalmente certo. O Ganso este ano não jogou absolutamente nada, apesar de ter feito algumas partidas mágicas na libertadores, mas não foram o suficiente.
No caso destas novelas, toda a crítica fica atenta para fazer aqueles longos debates e criticas, mas são todos repetitivos e óbvios, pois são todos “futebolês”.

Somente a camisa é capaz de salvar o Verdão do rebaixamento



Moralmente rebaixado, o Palmeiras luta contra tudo e contra todos. Depois de um bom primeiro semestre, o Palmeiras revela todas suas crises políticas, de relacionamentos e desentendimento, tanto dentro, como fora de campo.
No primeiro semestre no campeonato Paulista, o Palmeiras fazia uma campanha sensacional, com 10 partidas invictas e perdeu por 2 a 1 para o Corinthians. O time ganhou uma cara, estava jogando muito bem sendo um dos candidatos ao título do Paulista, até a derrota para o Guarani, por 3 a 2 e o fim da era Deola (nome do principal substituto de Marcos).
Pois é, depois veio a Copa do Brasil e invicto o Verdão comandado por Felipão consegue a taça e a vaga para a Libertadores. Porém, os primeiros quatro ou cinco jogos foram ignorados e perdidos, como se fosse algo fácil de reconquistar.
As rodadas se passaram e o martírio palmeirense começou a piorar. E, para maior tristeza palmeirense, a arbitragem tirou pelo menos12 pontos do Verdão contanto com o último jogo contra o Corinthians.
Aliás, o jogo de hoje foi uma piada. Uma expulsão injusta do Luan; um pênalti não marcado quando o jogador corintiano desvia a bola com a mão; um gol anulado; a não expulsão de Danilo, pois já tinha amarelo e fez uma falta pra cartão em cima do Valdivia... Tudo isso, não justifica a derrota, mas ilustra uma partida onde o Palmeiras jogou bem, foi superior ao Corinthians por boa parte do jogo. Mas encontrou um adversário ranzinza, acostumado a este tipo de partida e soube administrar o resultado conquistado com as falhas palmeirenses.
Escândalo – Agora a pior parte da história é descobrir que Felipão, Galeano e parte da diretoria, junto com empresários tenham favorecidos a contratação de 9 jogadores do São Caetano. Isso mesmo. De todo o elenco do Palmeiras, cerca de 40% são de jogadores e de empresários do time do ABC. Esta denúncia partiu do ex-jogador Edmundo, que deve ter fontes seguras sobre isto, e mostra uma máfia entre empresários, dirigentes e pessoas envolvidas diretamente com o futebol.
Agora só resta torcer, pois ainda há esperança, pois o “manto verde” é maior que tudo.

Para mim, para vós, Paraty





Sabe aquelas viagens que acontecem de repente e tudo o que temos que fazer é simplesmente fazer as malas? Pois é! Foi isso que aconteceu comigo nesta primeira semana de setembro. Ao ser convidado para fazer uma viagem à histórica cidade de Parati (até então com i), fiquei super feliz, excitado, Sabia que algo importante deveria acontecer nesta viagem, afinal não é sempre que temos a oportunidade de conhecer uma cidade histórica de Paraty.
Ao andar pelas ruas da cidade e seus asfaltos de pedra acompanhados pelas inúmeras propagandas políticas, vejo que a cidade não é para mim, quanto menos para vós, agora imagina para ti?