O futebolês dos críticos


Ao abrir qualquer caderno de esportes testemunhamos duas novelas sendo debatidas pela mídia esportiva. O caso Palmeiras e do jogador Paulo Henrique Ganso. E em todas as matérias a condenação do Palmeiras à Série B do Brasileiro já e fato, assim como o caso do jogador santista, que disse (por meio da diretoria – ou terceiros) que prefere jogar no São Paulo e o condenam antecipadamente sem ouvir a verdadeira opinião do jogador.
O fato de se fazer análises pela própria convicção ou pela emoção critica, deixa passar a impressão de que o mundo acabou ao time paulista. Esquecem-se da camisa e mesmo de uma análise mais profunda de jogo mesmo. Gostaria de saber em que se baseiam alguns jornalistas para constatarem o jargão “volume de jogo”. Primeiramente é preciso contextualizar este jargão e como se caracteriza. Para muitos, volume de jogo é a posse de bola; para outros, trata-se da maior capacidade que um time tem para trocar passes no campo adversário; para outros ainda definem isso, como a capacidade de armar ataques.
Em algumas narrações de jogos ou em comentários posteriores as partidas, são possíveis notar que muitos têm uma noção diferente do significado de “volume de jogo”. Para piorar, nem os técnicos ajudam a contextualizar isso, porque eles colocam tudo na mesma panela de acordo com a justificativa da derrota ou vitória. Depende como foi o jogo. Falo isso, porque muitas vezes, baseando no tal volume de jogo, o time do Palmeiras já foi considerado uma das melhores equipes do primeiro semestre e em menos de três meses, é o time que não possui volume algum.
Falam como se o futebol é baseado apenas em números, adaptados e moldados de acordo com determinados interesses.
No caso do Ganso, condenam o cara antecipadamente, por não falar com a imprensa sobre a sua situação. Mas, para que falar? Tudo já foi jogado no ventilador e a própria diretoria do Santos abandonou o atleta. Não que ele esteja totalmente certo. O Ganso este ano não jogou absolutamente nada, apesar de ter feito algumas partidas mágicas na libertadores, mas não foram o suficiente.
No caso destas novelas, toda a crítica fica atenta para fazer aqueles longos debates e criticas, mas são todos repetitivos e óbvios, pois são todos “futebolês”.

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