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O preconceito da grande mídia pelo futebol feminino

Longe do glamour da imprensa, sem interesse do público e sem álbuns de figurinhas, a Copa do Mundo de Futebol Feminino vai bem, mas continua sem apoio.

Em dezembro de 2014 as jogadoras da Seleção Brasileira Feminina entraram em campo em um torneio disputado em Brasília com uma faixa de homenagem a Luciano do Valle, narrador, amante e maior incentivador do futebol feminino no Brasil. Enquanto vivo, o narrador dava espaço para a modalidade na televisão aberta com grande espaço e jogos ao vivo.
O Campeonato Mundial Feminino, como é tratado pela mídia, é na verdade a “Copa do Mundo de Futebol Feminino” disputada no Canadá e pouco espaço é dado a esta tão importante competição. Certamente, se vivo, Luciano iria dar mais espaço, mas infelizmente são poucos os amantes dos esportes capazes de apoiar outra modalidade esportiva que não seja o futebol “profissional” praticado por homens, pois o lucro é “quase” certo.
É triste lamentar, mas diante dos escândalos que envolvem a FIFA, vários veículos a culparam pela falta de investimento nesta modalidade, assim como a CBF, que nunca se importou com o futebol das meninas brasileiras, entretanto, diante de uma Copa do Mundo, a cobertura é pífia em todos os veículos de comunicação.
Estamos assistindo a matérias transcritas pelas redações da própria CBF e FIFA e a mídia informa apenas infográficos da classificação geral do maior torneio de futebol do mundo que está sendo disputado na atualidade. O mesmo pensamento da FIFA/CBF em relação ao futebol feminino é compartilhado pela grande imprensa pela falta de cobertura do evento. Depois de tanto malharem as duas entidades que mandam no futebol no Brasil e no mundo, após os escândalos, os grandes veículos se esquecem de que fazem o mesmo contra esta modalidade por questões financeiras.
Em 2011 a Copa do Mundo foi disputada na Alemanha conquistada pelas japonesas contra as norte americanas. O jogo foi disputadíssimo e terminou empatado por 2 a 2 e terminou nos pênaltis com a vitória do Japão por 3 x 1. Na ocasião, houve mais destaque e a partida foi televisionada.
Neste ano, por enquanto, a cobertura é sonsa. Devido à crise e as corriqueiras demissões nas redações é até compreensível este parcial “silêncio” na cobertura do evento, por falta de profissionais e também por não terem verba para enviar uma equipe até o Canadá para cobrir o evento. Outro fato que obscurece o torneio é também a Copa América que está sendo disputada no Chile e, de fato tira a atenção do torneio feminino.
Mas, é triste vermos um campeonato tão importante sendo tão desprezado até o momento. Vamos aguardar o caminhar do campeonato, pois caso o Brasil avance, pode despertar o interesse da mídia em cobrir o evento. Bem que poderiam dar oportunidades a novos profissionais para cobrirem o evento. Torçamos!

A CBF, Globo e Band acabaram com o brasileiro

O Campeonato Brasileiro de 2013 acabou sem antes ter chegado ao fim. O Cruzeiro foi tricampeão merecidamente com uma campanha mágica, disparado na frente. E foi completamente sem graça. Milton Neves em seu blog escreveu na coluna de hoje, "Chato, sem graça e sem emoção. A falta de carisma é tamanha que o campeão Cruzeiro não precisou nem terminar sua partida para levantar a taça. Como defender um torneio que tem seu vencedor decretado durante um intervalo de partida?", questionou.

Foi um campeonato tão chato, que, por algumas rodadas ficou interessante para saber quem iria cair, ou seja, o campeonato foi tão nivelado por baixo, que o público se preocupava mais, se o São Paulo, Vasco, Santos, Flamengo ou Corinthians iriam para a segundona. Foi mais interessante saber quem era o pior, não o melhor.

O mais triste deste campeonato, assim como em 2003, quando o Cruzeiro foi campeão, é que o público paulista não viu o Cruzeiro entrar em campo, aliás, viu bem discretamente, pois a TV aberta só transmitiu três partidas do Cruzeiro, sendo duas bem no começo do primeiro turno. A primeira partida transmitida do campeão brasileiro foi no dia 5 de junho na vitória de 1 a 0 sobre o Corinthians; a segunda partida foi um minguado empate por 0 x 0 contra o Santos no dia 11 de agosto. A última partida transmitida do campeão aconteceu no dia 9 de outubro na derrota por 2 x 0 contra o São Paulo, e só.

O regionalismo neste final de semana foi uma aberração. O que a Globo e a Band fizeram com os torcedores foi um desrespeito ao campeonato, pois o jogo mais importante da rodada, Grêmio e Cruzeiro, que poderia valer o título do campeonato não foi transmitido para o país, apenas para a capital mineira - Era a partida mais importante, e as duas emissoras transmitiram a partida sem graça entre Atlético paranaense e São Paulo. Era a oportunidade das pessoas que não têm TV a cabo de assistirem a final do campeonato. Alegar a falta de audiência seria um argumento, mas teve o enfoque necessários para estas partidas, que transmitiram estes jogos como se fosse um jogo qualquer, quando não era.

Nesta rodada foi a mesma coisa. O jogo entre Corinthians e Coritiba não valia nada. Tá! Podem até alegar que o "Coxa" briga para não cair. mas assistimos a partida curiosos com os outros resultados das partidas mais interessantes que aconteciam no mesmo horário.

Enfim! A CBF, Globo e Bandeirantes desrespeitam os torcedores por meio de uma fórmula de disputa rídicula, sem graça e completamente desrespeitosa por meio das transmissão de suas partidas.

Sorte ao menos de quem paga pela televisão fechada, longe (um pouco) destas emissoras que detêm os direitos das transmissões.