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Oportunidade (in)conveniente



Sabe, a subversão das palavras é algo bem interessante e, às vezes bem criativo. Recentemente observei isto em um grande shopping que é frequentado por pessoas da classe A e B, ou seja, de pessoas que não têm dó de gastar seus nobres trocados em  coisinhas simples. 



Vi esta subversão ao perceber que a palavra "oferta" foi substituída por "oportunidade", talvez por uma questão bem mais ideológica do que emocional. É sabido que uma oferta é uma oportunidade de adquirir o produto por um preço abaixo do mercado, mas substituir a tão querida oferta não tem preço.

O vies lexical ideológico se fez presente, já que aquele público não procura ofertas, mas sim, a oportunidade de obter o objeto que está abaixo do preço médio dos demais produtos que eram vendidos nesta loja.

E, como era uma loja de CDs que estou cansado de adentrar e vasculhar estes produtos, percebi que estas "oportunidades" eram produtos de baixa qualidade, mas isto pouco importava, já que aquilo era só uma forma de adquirir o que era conveniente para os clientes.

Por isto, quando vou comprar algo, não busco oportunidade alguma, quero mesmo as ofertas e escritas em letras garrafais.

O fim dos CDs


Aqueles disquinhos prateados tão admirados no final dos anos 80 e que virou febre nas décadas seguintes, estão com seus dias contados. Está cada vez mais difícil a compra dos CDs, parte porque o monopólio de grandes redes, como Lojas Americanas, entre outras, detêm todo o poder de vendas destes produtos. As demais lojas penam para efetuar uma venda. Resta apenas a internet ou ir às galerias do rock no centrão, para quem prefere comprar, e não baixar no iTunes ou em qualquer outro lugar.
Mas o fato que me chama atenção na possível morte dos CDs não é isto, mas sim os aparelhos. Existe uma lógica no mercado, que induz um aparelho a depender do outro, assim como um aparelho de DVD, que precisa da televisão que tenha uma saída específica para ele, ou as antigas fitas cassetes ou VHS que dependiam de seus respectivos aparelhos, e assim por diante.
O mesmo está acontecendo com os CDs. Os novos aparelhos já não estão vindos com leitor de CDs, mas sim, com a saída de pendrive e entradas de cartões de memória.
Ao trocar de carro, meu rádio pionner era responsável por tocar vários cds e já deixava o "case" no porta-luvas. Agora, o novo carro, me trouxe um rádio moderno, mas não tem cd player, e sim, entrada de pendrive e cartão de memória, para minha angustia danada.
Fiz uma peregrinação nas principais lojas do mercado, e só encontro DVD players ultramodernos, com super telões. Definitivamente não! Não quero ver filmes enquanto dirijo, mas sim ouvir um cd por semana, fazer dele a minha trilha sonora contra o trânsito. Não gosto de música em pendrives, por mais que seja cômodo, quero o CD e não acho o diacho do aparelho.
A maior frustração é que os novos lançamentos destes aparelhos, como este, logo acima na propaganda, já não trazem o leitor de CDs, isso quer dizer que, quando os nossos aparelhos mais antigos quebrarem, não haverá um novo que  o substitua... Triste fim do CD. Isso nos obriga a baixar músicas na rede, ou transformar os arquivos dos CDs em MP3 e fazer coletâneas em cartões e pen drives... Droga!!

 

Acabaram-se os discos e os amigos secretos

Tá certo! Pode até parecer coisa nostálgica e coisa e tal! Mas, a brincadeira de “amigo secreto” ou “amigo oculto” sem presentear ou ser presenteado com um CD, não tem a menor graça. A brincadeira ficou penosa e chata.
Para começar, o parâmetro dos preços destes presentes era baseado nos valores dos discos, em torno de R$ 30 a R$ 60. Os valores eram baseados nos lançamentos de discos das principais bandas, que estavam bombando nas lojas e dos álbuns e, todos queriam aquele disco raro ou o mais vendido da época, que geralmente eram caros e todos queriam ganhar. A maioria dos presentes até pouco tempo, era o CD, pois quase todos pediam, com exceção de alguns é claro, pois faz parte da regra.
Ainda tenho em casa dezenas destes discos que me foram presenteados. Um dos mais raros foi o álbum “The Queen is dead” dos Smiths, que ganhei da Claudia, quando cursava o 2º ano colegial no Alberto Levy e, este ainda foi comprado na antiga loja “Hi-Fi”, pois tem um enorme selo na capa, o que valorizava ainda mais o presente. Tenho ainda o Pink Floyd, U2, Housemartins, Iron Maiden, Legião Urbana II, Paralamas, Titãs, AC/DC, que foram presentes desta brincadeira.
Agora está tudo chato. Não sei escolher roupa nem pra mim, imagina para os outros? Perfume é algo pessoal, assim como roupa, sempre peço ajuda de alguém da brincadeira para me auxiliar nos presentes, pois não tenho a mínima ideia do que comprar.
Hoje, amigo secreto só em família, pois há uma intimidade maior, mas evito esta brincadeira a todo custo em qualquer outro ambiente, pois já não tem mais graça. A não ser que as pessoas combinem que os presentes só possam ser duas coisas: livros ou CDs.