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O Castelo e o banco e o INSS

O castelo, as filas e o INSS

Hoje fiquei triste como todos os brasileiros ficaram ao saber que o vice-presidente da Câmara dos Deputados Edmar Moreira (DEM-MG) possui um castelo não declarado na cidade de São João do Nepomuceno, uma cidadezinha com menos de 10 mil habitantes. O empreendimento é luxuoso e está avaliado em R$ 25 milhões. Este mesmo deputado está sendo investigado de uma série de acusações e está cumprindo seu quarto mandato. Em suma: nós o colocamos lá!

O tempo passa e continuamos a eleger pessoas que só pensam no “poder de ter poder” e brincam com o povo, que apesar da “liberdade” ainda não sabe votar e, as únicas armas que a população tem contra isso é a educação. Mas, pelo perfil dos “novos cidadãos” que estão surgindo, baseado nos adolescentes de hoje, a tendência é piorar... E veremos mais castelos sendo construídos baseados nas construções européias e, com isso, milhares de "castelos" serão derrubados, devido à degradação do indivíduo em todos os aspectos.

Bom... Depois de ficar sabendo do tal fato pela manhã, acompanhei meu pai até o banco, onde ele iria sacar seu salário de aposentado. Na fila, que abre para os idosos às 9h, mais de 100 velhinhos aguardavam sua vez de pegar seu dinheirinho suado, fruto de uma vida inteira de trabalho. Engraçado é que velho é velho ne? Mas quando vamos a um lugar que tem velho que é mais velho que o outro, a situação é esquisita. Na agência bancária tinha poucos bancos para se acomodar, e todas as pessoas, das mais diversas cútis, tinham apenas uma coisa em comum: os cabelos brancos. De pé via várias cabeças brancas e, de repente um “velho mais novo”, dava seu lugar para o “velho mais velho”.

Como iria demorar, resolvi dar uma volta. Por sorte, tinha um prédio da Previdência duas quadras à frente, então entrei para pedir informações para que minha mãe, depois de tantos anos, possa também usufruir de pegar a fila dos “cabeças brancas” (apesar dela não ter nenhum – milagre das industrias dos cosméticos) e retirar sua aposentadoria. Mas, quando cheguei lá, a situação é diferente. O local é bisonho, o povo é mais sofrido. Quando entramos, somos revistados, nem no banco isso acontece! Depois aguardamos ser chamados e, basta uma olhada ao redor para percebermos que as pessoas de lá, a vida transformou o rosto de jovens em velhos, e estes “velhos” pareciam tristes em relação aos “velhos” do banco. A maioria em busca de socorro, desempregados, doentes...

Sai de lá e voltei ao banco onde meu pai, após ter sacado sua pequena aposentadoria me aguardava, e percebi que todos nós construímos os nossos castelos, porém alguns são construídos com base nos sonhos, suor e honestidade. Enquanto que há castelos por aí que vale milhões, mas podem cair com apenas um sopro, ou seja, com apenas um voto coerente nas próximas eleições.