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A história do Teatro Municipal de São Paulo

Andando pela avenida Paulista no último dia 5 de dezembro, entro no antigo Casarão e eis que conheço a professora Rosa Corvino.

Professora conta histórias inéditas sobre o Teatro Municipal de São Paulo

O avô Alielo Corvino, casou e veio em viagem de núpcias para São Paulo. Ramos de Azedo o convidou para trabalhar no Teatro, pois era um profundo conhecedor de mármore e o teatro estava ainda sendo construído. O Teatro ficava fechado, e então Alielo ficava tomando conta. O pai de Rosa, Salvador Corvino nasceu anos mais tarde e também morou no teatro, como administrador e conservador, por volta da década de 20. Nascida em 1926, Rosa estudou música e arte e viveu toda a sua infância, adolescência e juventude no teatro. Recentemente foi responsável pelas visitações e conta histórias sobre o teatro municipal.

Rosa agora está lançando toda a história do Teatro Municipal no livro “Vida, amor e lembranças: a história do Teatro Municipal”. Trata-se de uma obra com dezenas de fotos e histórias inéditas que contam a história de um dos mais importantes símbolos do Estado de São Paulo. “Quis escrever um livro para relatar o que era o teatro”, diz.

O livro está à venda no antigo cassarão da Avenida Paulista pela própria Rosa Corvino ao preço de R$ 40,00.

acompanhe a entrevista (pena que está de ponta-cabeça)

Bony... Uma vida de gente, uma vida de cão!


Ter um animal de estimação definitivamente não é uma tarefa fácil. Já tive vários bichos em casa, cachorro, gato, galinha, peixe, periquito e até papagaio. Todos eles se foram, mas um foi realmente especial, o Bony.

Tudo começou em 1999, quando comprei por R$ 100,00 um filhotinho de daschund, mas conhecido como salsicha. Nos primeiros dias ele estranhou a nova casa e não conseguia dormir, então o coloquei em uma caixa de sapatos forrado e coberto com toalhas. Coloquei esta caixa em cima de um banco para ficar da altura da cama, ele me observa e, só assim dormia.

O danadinho tinha apenas 1 mês, brincalhão... Só queria saber de morder tudo o que via pela frente. Era esperto, muito esperto... Teve um dia que estava ouvindo um cd e o deixei em cima da cama e fui até a cozinha. Ao voltar o danado tinha mordido o CD, subiu na cama e ainda fez coco em cima do travesseiro. Sabendo que ia tomar uma bronca, ao chegar no quarto ele já saiu correndo para a casinha dele.

Bony... Muitas histórias. Às vezes íamos paquerar juntos no Parque do Ibirapuera. O colocava no carro, no banco do passageiro, deixava a janela aberta e ele sentia o vento tocar seu focinho... Ao chegar no parque andávamos e andávamos pelas ruazinhas do ibira, algumas meninas paravam para acariciá-lo... Ahhh! Bony, Bony...

Adorava frutas... Comia de tudo! Nunca vi cachorro gostar tanto de banana como o Bony. Se tinha uma dúzia de bananas em casa, pelo menos umas 3 ou 4 eram dele. Ah! Às vezes ele latia pedindo comida, mas isso não deixava ele comer não! Quer dizer... De vez em quando né !

Era quieto... Latia apenas quando entrava gente estranha em casa ou por algum barulho... Aliás, ele odiava dias de jogos de futebol, natal e ano novo justamente por isso: barulhos. Ele detestava fogos de artifícios e os trovões nos dias de chuva. Nestas ocasiões ele ficava bem perto de mim.
Os anos passaram e a idade para um cão também é cruel. Como em casa tem muitas escadas, para um cachorro desta raça foi um sofrimento. Certa vez ele começou a mancar e também a perder os movimentos das patas traseiras.

O levei no veterinário e fui indicado a levá-lo na USP para fazer acumpultura. Marquei 5 sessões. E, ao imaginar um cachorro sendo espetado por 50 agulhas, já imaginei: “Não vai dar certo”. Ao contrário... O danado gostou... E ainda sarou.

Era carinhoso, dócil... Chorava por carinho e brincadeira. Às vezes para chamar atenção levava seu cobertor até a sala e começava a chacoalhá-lo. Enquanto tomava banho ele me aguardava silenciosamente deitado no sofá. Ao deixar o banheiro, ele entrava para ver se alguma peça de roupa estava “disponível”, ou seja, se dava para pegar alguma camisa ou meias. Mas ele gostava mesmo era das cuecas! O “filha da mãe” quando via uma cueca dando bobeira a pegava, mordia, rasgava e ainda a levava para o quintal, para mostrar para todos.

Pois é! O Bony! Ele tem muitas histórias em 10 anos de vida. Dizem que a idade do cachorro para se equiparar a do ser humano deve ser multiplicada por 7. Se isso for verdade, ele tina 70 anos. E, ainda tinha muito tempo de vida.

Porém, na última quarta-feira, 3 de junho de 2009, ele deu uma escapadinha para fazer seu xixi nos postes da rua. Ao ver uma cadela sendo rodeada por vários outros cachorros, foi se aventurar em ruas estranhas. Ao saber que ele tinha escapado, sai em sua captura e de repente o encontro jogado no meio da rua. Tinha sido atropelado.

Estava quase morto, estagnado com a maldade humana que ele não conhecia. O peguei rapidamente e correndo, o coloquei no carro em busca de um veterinário. Diagnóstico: fratura de bacia. O tal doutor me falou que o carro provavelmente passou por cima dele e podia ter prejudicado alguns órgãos internos. Medicado o levei para casa. À noite ele uivou... Chorou.

Na manhã desta quinta-feira (04) o peguei no colo e ele ainda tentou andar sem sucesso. Em seguida deitou e horas depois morreu.

Uma vida de cachorro, uma vida de gente, que ao olhá-lo, percebemos que temos as mesmas aspirações: viver e ser feliz.