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My friends e Tom Sawyer

Estes dias reencontrei um amigo do infância e, sempre quando estamos nesta situação os papos são sempre os mesmos. Perguntas como: você tem visto alguém? O que você está fazendo agora? Casou? Tem filhos... Mas desta vez foi diferente, pois começamos a lembrar de fatos, ou seja, das aventuras. Ta certo que ninguém está velho, pois todos estão na casa dos “30 e uns”.

Então lembramos do “Jabá”, sabe, o nome verdadeiro dele sempre esquecia, porque o apelido era o máximo. O Jabá era louco! Andava muito de skate. Certa vez chegou a comer o papel da cochinha com ketchup. Uma vez resolvemos montar uma banda, na época tocava guitarra (tentava) e o Jabá tocava Teclado. Gravamos até uma fita com três músicas... Mas o nosso sonho de banda acabou. Jabá mudou e hoje é casado, com 3 filhos e trabalha na Fundação Casa, ou seja, cuida dos menores infratores.

Na seqüência lembramos do “Gibi”. Era mais discreto! Andava de Skate também, mas preferia ficar mais tempo com sua bike. Hoje o Gibi é casado com quatro filhos.

Depois lembramos do Daniel e do Charles, que também é conhecido como Coringa. Os dois eram inseparáveis. Na época, tinham 17 anos, mas aparentavam 14. Certa ocasião, tinha acabado de tirar a carteira de motorista e de repente a dupla aparece em casa. Os dois insistiram para que eu fosse para balada de carro. Onde era balada? Na Rua Augusta. Um trânsito daqueles, e a nossa empolgação era tão grande que Charles, com seu sorriso de Coringa, dizia que estava com dor de barriga. Depois de estacionarmos o carro... Festa, onde beijamos algumas meninas. Bom, hoje os dois são casados: Daniel tem 5 filhas e Charles 3.

Logo em seguida surgiu o nome do Chico. Este foi o melhor skatista que conheci. Lembro que íamos para o ralf de São Bernardo e, como eu não andava nada da skate, só enganava, via o “Tio Chico” debulhar em suas manobras. E isso tinha um preço caro: um gesso a cada mês. O cara é todo fraturado. O Chico casou no ano passado e tem um filhinho. E, para manter a adrenalina do skate, trabalha como motoboy.

Lembramos do Luis... Este era maluco. O Don Huan! Sair com o Luis era a certeza que as meninas iam chegar junto. Era o “papa todas”. O Luis soube aproveitar a aparência para sair com todas as mulheres que queria e até as que ele não queria. Certa vez fomos ao Madame Satã e arrumamos uma briga com os punks e tivemos que sair correndo. Outra vez achamos um talão de cheques na rua e passamos em uma única noite em pelo menos 10 casas noturnas, com as tais folhas de cheque. Um dia ao dirigir, o Luis cuchilou e bateu no poste. Perdeu um olho. Mas continou maluco. Certa vez chegou a confundir o olho com a perna. Depois de beber todas. Ele tropeçou e machucou a perna direita. E soltou a pérola: “Logo na única”. Aí pronto: o apelidamos de “pirata” e todos cantaram:
“Sou o pirata da perna de pau!
Com olho de vidro
e cara de mau”.
Mas aí, o mau foi substituído por outra palavra ne! Hoje o Luis é casado, trabalha como vidraceiro e tem 3 filhos. O tempo o deixou sem cabelos.

Teve o Neil... Ele era soldado do exército e certa vez ele tirou alguns dias de folga. Então o chamamos para a balada. Só que, alguém ofereceu algo para ele, até hoje ninguém sabe, mas desconfiamos que era algo tipo LSD. Pronto! Acabou a balada para o Neil. Nós estávamos em uma danceteria e o Neil via “sargento”, “cabos” e “comandantes” em toda a parte. Na hora de ir embora, o Neil tinha sumido, então começamos a procurá-lo. O encontramos escondido e ele dizia: “O sargento ta me procurando”. Nunca mais vimos o Neil.

Ainda tem várias outras histórias que envolvem muitas pessoas, mas o legal é que todos nós éramos e somos uma espécie de Tom Sawyer. Na verdade estes amigos eram todos “loucos”, no bom sentido. Mas... Pensando bem... Talvez o louco seja eu. Só queria saber o que eles falam de mim, quando se reencontram, pois continuo a fazer as mesmas coisas, ou seja, vida intensa!