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Você não tem trocado?



Sei de cor e salteado todas as filas que pego sempre vai andar mais devagar. Ainda bem que na maioria dos locais em que é preciso pegar a tal fila, já adotou a fila única. Sendo assim, fico até conformado quando a fila demora, pois não sou o único a estar ali, na fila, mas várias pessoas. E o pior: ninguém reclama.

Parece que todos estão felizes em pegar fila. Já me acostumei tanto com isso que nem ligo mais. No supermercado existem os famosos caixas rápidos. Lá a fila é única e supõe-se que seja realmente rápido, pois é para quem está comprando até 10 itens. Mas ao chegar lá, percebe-se que as pessoas estão com muito mais que isso. Algumas têm a cara de pau de levar um carrinho cheio. Ninguém reclama. Nem eu.

Estes dias estava lá... No hipermercado. Como é horrível fazer compras. Aqueles corredores, aquelas pessoas, trânsito de carrinho de supermercado. Imagina só! Cada corredor é uma doidera são tantas coisas que não posso, outras tantas que eu quero.

Procuro pela gostosa que fica promovendo um salgadinho novo. Nada. A menina de patins passa pela terceira vez em minha frente e sai em disparada. Vou até a sessão de pneus. Acho o produto em oferta. Pego dois.

Qual fila pegar... Eis a questão. A fila dos caixas expressos: enorme. Procuro por um caixa, passo por um, dois... Quatro, nove... Acho um que só tinha uma pessoa. Beleza. Espero, espero... Nem tinha percebido que tinha uma lâmpada acessa chamando por um gerente. Aguardei tanto que quase o pneu ficou careca de tanto esperar.

Pronto. Saco a grana e dou para ao caixa. Ele repentinamente aperta um botão e acende a lâmpada novamente a procura do gerente. Que foi? Pergunto. Você não tem trocado? Você ta de brincadeira. Respondo já careca. E demora, demora... Enquanto isso, os outros caixas eram hiper velozes, não tinha nem fila. Os caixas rápidos, eram velozes... E eu ali, pior que Barrichello.

Enfim, quem chega de repente não era o gerente, mas sim, a mina de patins. Quando a vi no meio das pessoas parecia que vinha em câmera lenta. Como uma patinadora profissional. Ao chegar no caixa, ela dá um 360º e já saca um malote com a grana, o caixa faz um movimento de 180º e recebe a encomenda. Ela pega uma caneta, ele abre a gaveta, ela pega um papel, ele aperta um botão do caixa, ela faz anotações; a máquina cospe um papel amarelo; ela entrega para o caixa; ele retira o papel da máquina; ela estende a mão; ele entrega o relatório; ela segura o documento e já sai em disparada para atender outra lâmpada.

Aqui está o troco. Ele fala. Ok. Nem liguei para fila. Guardei no bolso e fui embora. Vou a lanchonete, peço um lanche e, ao pagar: Você não tem trocado? Diz o caixa.

As compras no “hipermercado”, parte I e II

Quer ver um homem em desespero é convidá-lo a fazer compras. Principalmente nestas grandes redes, que não são mais supermercados agora são “hipermercados”. Bom, eu já tinha medo de ir a um supermercado, agora então tenho pavor.
A começar pelas filas, são todas “dantescas”, aí criaram a fila única, cujas compras não podem ultrapassar 10 unidades. E, para o desespero geral, estas são ainda maiores. E se for em datas próximas ao pagamento como dia 5 e dia 10... É pior que banco!
E porque ninguém reclama? Para muitos se trata de um lazer. As pessoas não fazem compras, mas sim, desfilam pelos corredores com seus carrinhos gigantescos, pois nestes hipermercados não existem mais aqueles sextinhos de mão, nem aqueles carrinhos menores. É tudo hiper!
Estes dias estive em um lugar destes. E não sabia onde poderia achar um simples molho de saladas. Andei quatro corredores para a direita, depois voltei cinco corredores a esquerda e nada. Perguntei então para uma menina que passou a mil por hora com seus patins, e depois de um giro de 360º, ela me respondeu que ficava no setor dos “perecíveis” e, para chegar lá, tinha que subir um corredor e virar a esquerda depois da peixaria, aí então seguiria direto e viraria a esquerda novamente. Ufa!
Enfim! Encontrei o molho. Juntei a ele refrigerante e cervejas. Ao chegar no caixa encontro uma fila quilométrica. E na minha frente uma mulher com um carrinho entupido de coisas e lá tinha de tudo. Sucrilhos e várias outras caixas de produtos parecidos com sucrilhos e, também muito, mas muito papel higiênico com cheiro de... Rosas! Papel higiênico cheiroso! Aí não né!
Então abandonei tudo, sai correndo daquele lugar e fui parar no mercadinho da rua de casa. Lá, não peguei nenhuma fila. Comprei o molho e ainda bati papo com a Dona Emilia que há mais 30 anos atende toda a comunidade.

A mulher e o hipermercado - parte II
Para algumas mulheres, a organização da casa se dá pela organização do carrinho do supermercado. É simples, ao chegar no local, pega-se o carrinho, onde se coloca de tudo, desde os papéis higiênicos cheirosos, leite, carne, biscoito, comida do cachorro, etc. e depois leva-se tudo para casa, ou mandam entregar. Trata-se de organização.
Organizar um carrinho de compras é um dom feminino. As mulheres esperam ver um mundo melhor naquelas rodinhas, onde mães, profissionais liberais, donas de casa, executivas, professoras, mulheres em geral, ao empurrar aquelas rodinhas empurram também sonhos e inconscientemente empurram suas vidas, pois ali está o sustendo da casa, seu trabalho e seus sonhos, muitas vezes compartilhado com seu companheiro.
O supermercado da vida, como diz a banda Barão Vermelho pode ser visto como um microcosmo de uma realidade diferente: a da casa. É lá que as necessidades muitas vezes são supridas, desde os alimentos até os produtos de limpeza. É um dia em um mês que é essencial para organização da casa e do corpo.