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O PAPA E A RELIGIÃO


Gostei do Papa. Achei um cara simpático, extrovertido e com ideologias bem diferentes dos demais Papas que vi nesta pequena jornada que estamos aqui presentes. Sou um cristão praticante, nascido dentro da igreja católica e convertido ao protestantismo. Não por influência religiosa de terceiros, mas por acreditar que Jesus Cristo é o próprio Deus, dentro da trindade divina e que todos nós devemos ser “santos”, capazes de todas as proezas divinas, sem intercessor algum. Ou seja, podemos ter contato direto com Deus sem necessariamente confessarmos nossos pecados com qualquer outra pessoa, mas sim diretamente a Deus.
Acredito que a religião pode ser uma entidade social capaz de influenciar diretamente a sociedade dentro de um estado laico. Afinal, o estado só é laico por conta da Reforma Protestante. E dentro deste estado, todos nós podemos exercer nossas crenças e religiões das mais diversas, respeitando umas as outras. Pois são elas que pregam a “igualdade, fraternidade e o amor ao próximo.
Por conta disto, acredito que a religião exerce um papel preponderante dentro de nossa sociedade, mesmo aqueles que têm à crença de nada acreditar, são “crentes no ateísmo”, e fazem parte deste mesmo grupo.
Aliás, não existe maior crença burguesa que é o ateísmo. No Brasil, menos de 10% da população brasileira se declararam não acreditar em nada, e  estas pessoas, de acordo com o censo, fazem parte da classe média alta, ou seja, burgueses.
Muitos destes, recortam uma pequena frase de um discurso marxista: “A religião é o ópio do povo”. E, esta mesma frase está completamente equivocada em sua essência, pois Marx nunca fez tal afirmação. A oração completa é:  ”O sofrimento religioso é, a um único e mesmo tempo, a expressão do sofrimento real e um protesto contra o sofrimento real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração e a alma de condições desalmadas. É o ópio do povo.” Karl Marx, “Uma Contribuição à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel” (1844)
Marx fala então do “sofrimento religioso”, não da religião em sí. Em outras palavras, ele até enaltece a importância social da religião. E é aí que gostaria de chegar: o discurso ecumêncio do Papa, foi extremamente importante para todas as religiões em seu contexto social.
É preciso então nos despirmos de nossa vaidade e voltarmos à cruz, e reconhecermos Aquele que morreu por nós.

Religião nas escolas sim. Por quê não?

Foi aprovado pelo Senado brasileiro o acordo firmado pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva e a Santa Sé, que estabelece a obrigatoriedade do oferecimento de ensino religioso pelas escolas públicas brasileiras. Diz o parágrafo 1 do Artigo 11: "O ensino religioso, católico e de outras confissões religiosas, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, em conformidade com a Constituição e as outras leis vigentes, sem qualquer forma de discriminação."


Porém, de acordo com a professora Roseli Fischmann, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Metodista, de São Bernardo do Campo, ee essa lei for sancionada pelo presidente, a constituição será violada. A afirmação foi feita em entrevista a revista Nova Escola de Outubro deste ano.


Equívoco - Acredito que o ensino religioso seja importante, desde que a grade dessa disciplina não interfira na escolha da crença de cada um. Acontece que já existem colégios batistas, metodistas, presbiterianos, católicos, adventistas... Todos particulares. E a escola pública? Como seria esta disciplina?


É certo que o mito, o sagrado está dentro da nossa cultura e quando contar com o apoio da antropologia, filosofia, sociologia, arqueologia, história, entre outras, o ensino religioso pode ser interessante para a construção da própria indentidade do indivíduo. É um risco. Pois haverá casos de ufanismos tipo “a minha religião é melhor que a sua”, mas não é isso que deve ser falado em sala. Mas sim sobre cultura e identidade.

Carnaval e religião


Fiquei sabendo que a escola de samba Beija Flor de Nilópolis vai levar pra avenida um enredo falando de Miséria e Violência e no carro alegórico haverá uma encenação de uma troca de tiros entre Jesus Cristo e o Diabo no qual um menino de rua sairia ferido com uma bala perdida.
A igreja já se manifestou e pretende proibir o tal carro. Me parece que no ano passado aconteceu a mesma coisa, mas com a imagem do Cristo Redentor vestido de mendigo e a imagem foi coberta.
Nesta época os valores religiosos ficam a flor da pele, mas mulheres nuas, dança do “Creu, creu, creu... Entre outras” estão fervilhando por aí, além de bundas e mais bundas, seios de fora (que beleza!) isso pode! Porque agora? Ora, carnaval é isso mesmo. Quem gosta de carnaval faz o que quer, se expressa do jeito que quer. Particularmente não gosto, nem assisto aos desfiles e, isso é a melhor democracia.
Carnaval é uma festa pagã e não dá pra ficar misturando as coisas assim. É preciso respeito com a religião? Sim. Mas o que é mais sério no carnaval é o turismo sexual, tanto que há distribuição de camisinhas pelas ruas e nos desfiles. Isso sim é sério e deve ser combatido (turismo sexual), mas é encarado com pura normalidade.
E os desfiles de escolas de samba são cada vez mais responsáveis por isso. As mulheres cada vez mais sem roupa e os camarotes cada vez mais cheios de gringos pensando que as mulheres brasileiras são meros "produtos". É claro que toda a regra há exceção.
Quem não gosta, vai dar uma volta na praia, cinema, teatro ou até mesmo na igreja, retiro ou coisa assim. Vou aproveitar estes dias para ir ao cinema, vídeos, talvez da um mergulho no mar, e se ficar em casa vou ouvir um bom cd de rock ou uma boa MPB. Poderei até mesmo ir à igreja. Mas cada um na sua, sem repressão.