listening com Keane

Everybody's Changing
Keane


You say you wander your own land
But when I think about it
I don't see how you can

You're aching, you're breaking
And I can see the pain in your eyes
Says, everybody's changing
And I don't know why

CHORUS:
So little time, try to understand I am
That I'm trying to make a move just to stay in the game
I try to stay awake and remember my name
But everybody's changing and I don't feel the same

You're gone from here
Soon you will disappear
Fading into beautiful light'Cause everybody's changing
And I don't feel right

CHORUS TWICE:
So little time, try to understand I am
That I'm trying to make a move just to stay in the game
I try to stay awake and remember my name
But everybody's changing and I don't feel the same

Literatura de Cordel: A excomunhão da vítima

História enviada pela Elizabete de Letras da FAD

Nossa literatura de cordel é realmente interessante.

A EXCOMUNHÃO DA VÍTIMA

Miguezim de Princesa

I
Peço à musa do improviso
Que me dê inspiração,
Ciência e sabedoria,
Inteligência e razão,
Peço que Deus que me proteja
Para falar de uma igreja
Que comete aberração.

II
Pelas fogueiras que arderam
No tempo da Inquisição,
Pelas mulheres queimadas
Sem apelo ou compaixão,
Pensava que o Vaticano
Tinha mudado de plano,
Abolido a excomunhão.
Mas o bispo Dom Jo sé,
Um homem conservador,
Tratou com impiedade
A vítima de um estuprador,
Massacrada e abusada,
Sofrida e violentada,
Sem futuro e sem amor.

IV
Depois que houve o estupro,
A menina engravidou.
Ela só tem nove anos,
A Justiça autorizou
Que a criança abortasse
Antes que a vida brotasse
Um fruto do desamor.

V
O aborto, já previsto
Na nossa legislação,
Teve o apoio declarado
Do ministro Temporão,
Que é médico bom e zeloso,
E mostrou ser corajoso
Ao enfrentar a questão.

VI
Além de excomungar
O ministro Temporão,
Dom José excomungou
Da menina, sem razão,
A mãe, a vó e a tia
E se brincar puniria
Até a quarta geração.

& gt; VII
É esquisito que a igreja,
Que tanto prega o perdão,
Resolva excomungar médicos
Que cumpriram sua missão
E num beco sem saída
Livraram uma pobre vida
Do fel da desilusão.

VIII
Mas o mundo está virado
E cheio de desatinos:
Missa virou presepada,
Tem dança até do pepino,
Padre que usa bermuda,
Deixando mulher buchuda
E bolindo com os meninos.

IX
Milhões morrendo de Aids:
É grande a devastação,
Mas a igreja acha bom
Furunfar sem proteção
E o padre prega na missa
Que camisinha na lingüiça
É uma coisa do Cão.

X
E esta quem me contou
Foi Lima do Camarão:
Dom José excomungou
A equipe de plantão,
A família da menina
E o minist ro Temporão,
Mas para o estuprador,
Que por certo perdoou,
O arcebispo reservou
A vaga de sacristão.

A TV, os dinossauros e a memória afetiva

Assistir televisão em canal aberto é uma tarefa árdua, pois a programação está cada vez mais velha. Velha não! Pré-histórica! Silvio Santos, Hebe, Xuxa, Raul Gil, Faustão... São apenas alguns nomes.
Essas velharadas na televisão chamou a atenção da professora Maria Thereza Fraga Rocco, especialista do Núcleo de teledramaturgia da USP. Ela explica que a sobrevivência dessas atrações se deve a um fenômeno: memória afetiva.
Segundo ela, o carisma e os jargões dessas pessoas os transformam em “familiares”.

O computador do papai se conectou ao da mamãe

Pois é meus caros, a cegonha já era! Aquela pergunta que não se cala quando somos crianças, tipo: como nasci? Agora já tem uma resposta cibernética: “O computador do papai se conectou ao computador da mamãe e você nasceu”. Sim... Aliás, como assim? Isso porque o número de casais que estão se encontrando via Internet tem aumentado cada vez mais.
Além do mais popular de todos, o orkut, a Internet conta com inúmeras páginas de relacionamentos e de diversão, fazendo com que muitos internautas passem seus finais de semana em frente à telinha do monitor. Só para se ter uma idéia, o site de relacionamento “ParPerfeito” conta com 5 milhões de usuários.
Isso quer dizer que, o que antes era tão temido, aquele “encontro as escuras”, está virando comum. Ainda não existe uma pesquisa que trate de números reais de quantos casais existem devido à Internet, mas uma coisa é certa... Sempre haverá tempo para uma “conexão amorosa”.

Prof. temporário é um "dador de aulas"

Com as atuais condições de trabalho, o professor temporário é um "dador de aulas" e não um "professor" na opinião da socióloga Marilse Araújo. Integrante da ONG Ação Educativa, a ex-professora da rede estadual paulista, Marilse comenta a prova para os temporários do Estado de SP: "Quando o Estado propõe uma avaliação está instituicionalizando essa figura [do temporário em vez de ter professores concursados]".

Quantos lados tem uma notícia?

Um vídeo de um jornal que circula pela Internet diz como mensagem que a "verdade tem apenas um lado". Um slogan bem simples e direto, mas ao mesmo tempo merece uma reflexão, pois a notícia pode ter "várias verdades", "várias versões". Mas, uma coisa é certa: a notícia tem que ter os dois lados. Nas escolas de jornalismo os profissionais aprendem que o jornalista deve ser "imparcial" em seu textos. E, de fato, a maioria pensa que são imparciais. Porém, a análise do discurso vemos que não há imparcialidade nenhuma. Mesmo quando vemos todos os lados da moeda. Então, se a notícia é uma verdade, ela só tem um lado, isso na visão do jornal em questão. Na visão de quem sofre o ato (no caso, os personagens do vídeo), realmente a verdade é uma só. Porém, as "testemunhas" as pessoas que assistiram ao vídeo, as que leem jornais e revistas. Sabem que há uma verdade, porém com os dois lados da moeda. Assistam o vídeo!

Compro pirata e sou “Legal”

Em matéria publicada no Jornal da Tarde da última segunda-feira (16) revela que 68 milhões de brasileiros compraram produtos falsificados em 2008. E certamente, faço parte desse contingente de pessoas e com orgulho.

Há certos produtos “piratas” que ao serem consumidos é dizer não ao “original” devido aos seus preços abusivos, caso especificamente do CD e do DVD. Uma mera pesquisa nas lojas e vamos ver estes produtos serem vendidos por R$ 30, R$ 40 e até R$ 65, dependendo do CD e da loja. Ora... Porquê iremos pagar tal preço se o pirata custa R$ 3,00.

Ai então vem os discursos... “O cd ou dvd ‘pirata’ estraga o aparelho, e coisa e tal’”. Mentira! Primeiro, o tal do cd pirata, nada mais é do que uma mídia “CDR” ou “CDRW”, iguaizinhas das que são vendidas nos supermercados. No caso do dvd é a mesma coisa, são mídias “DVDR” ou “DVDRW” e não estragam nenhum aparelho, pois no próprio manual está escrito: “Leitor de DVD, DVDR, DVDRW ou CD, CDR ou CDRW”. Se o aparelho quebrar ou pifar não foi por conta dessas mídias, mas sim por outros motivos. Particularmente compro cds ou dvds piratas e se forem bons, vou até a loja e compro o original, desde que tenha: encarte, letras, ficha técnica, etc. Caso contrário fico com o pirata.


A pirataria do mal – Agora, há também a pirataria do mal, como roupas, óculos, relógios, brinquedos, perfumes e cigarros. Olha lá, cigarro já faz mal e pirata ainda, vichh... Deve ter veneno puro! Bom, então qual é a diferença entre os piratas dos cds e dvds para os demais? Bom: a música é cultura, trata-se de uma manifestação artística que é restringida por grandes empresários, com preços abusivos. E estes piratas, sabemos de sua qualidade duvidosa do produto que estamos adquirindo, porém funciona como se fosse um cartão de visita, pois se for bom, queremos ter o original.

Já os demais produtos são “marcas”, status... Merece um outro olhar... Um óculos da Oakley custa cerca R$ 1 mil, enquanto o pirata R$ 20, a diferença é gritante. Além disso, pode prejudicar a saúde dos olhos. Assim como os brinquedos, onde as peças soltam-se facilmente.
Portanto... Acredito na pirataria dos cds e dvds por questões políticas, pois acredito que consumi-los é um ato “legal”.

My friends e Tom Sawyer

Estes dias reencontrei um amigo do infância e, sempre quando estamos nesta situação os papos são sempre os mesmos. Perguntas como: você tem visto alguém? O que você está fazendo agora? Casou? Tem filhos... Mas desta vez foi diferente, pois começamos a lembrar de fatos, ou seja, das aventuras. Ta certo que ninguém está velho, pois todos estão na casa dos “30 e uns”.

Então lembramos do “Jabá”, sabe, o nome verdadeiro dele sempre esquecia, porque o apelido era o máximo. O Jabá era louco! Andava muito de skate. Certa vez chegou a comer o papel da cochinha com ketchup. Uma vez resolvemos montar uma banda, na época tocava guitarra (tentava) e o Jabá tocava Teclado. Gravamos até uma fita com três músicas... Mas o nosso sonho de banda acabou. Jabá mudou e hoje é casado, com 3 filhos e trabalha na Fundação Casa, ou seja, cuida dos menores infratores.

Na seqüência lembramos do “Gibi”. Era mais discreto! Andava de Skate também, mas preferia ficar mais tempo com sua bike. Hoje o Gibi é casado com quatro filhos.

Depois lembramos do Daniel e do Charles, que também é conhecido como Coringa. Os dois eram inseparáveis. Na época, tinham 17 anos, mas aparentavam 14. Certa ocasião, tinha acabado de tirar a carteira de motorista e de repente a dupla aparece em casa. Os dois insistiram para que eu fosse para balada de carro. Onde era balada? Na Rua Augusta. Um trânsito daqueles, e a nossa empolgação era tão grande que Charles, com seu sorriso de Coringa, dizia que estava com dor de barriga. Depois de estacionarmos o carro... Festa, onde beijamos algumas meninas. Bom, hoje os dois são casados: Daniel tem 5 filhas e Charles 3.

Logo em seguida surgiu o nome do Chico. Este foi o melhor skatista que conheci. Lembro que íamos para o ralf de São Bernardo e, como eu não andava nada da skate, só enganava, via o “Tio Chico” debulhar em suas manobras. E isso tinha um preço caro: um gesso a cada mês. O cara é todo fraturado. O Chico casou no ano passado e tem um filhinho. E, para manter a adrenalina do skate, trabalha como motoboy.

Lembramos do Luis... Este era maluco. O Don Huan! Sair com o Luis era a certeza que as meninas iam chegar junto. Era o “papa todas”. O Luis soube aproveitar a aparência para sair com todas as mulheres que queria e até as que ele não queria. Certa vez fomos ao Madame Satã e arrumamos uma briga com os punks e tivemos que sair correndo. Outra vez achamos um talão de cheques na rua e passamos em uma única noite em pelo menos 10 casas noturnas, com as tais folhas de cheque. Um dia ao dirigir, o Luis cuchilou e bateu no poste. Perdeu um olho. Mas continou maluco. Certa vez chegou a confundir o olho com a perna. Depois de beber todas. Ele tropeçou e machucou a perna direita. E soltou a pérola: “Logo na única”. Aí pronto: o apelidamos de “pirata” e todos cantaram:
“Sou o pirata da perna de pau!
Com olho de vidro
e cara de mau”.
Mas aí, o mau foi substituído por outra palavra ne! Hoje o Luis é casado, trabalha como vidraceiro e tem 3 filhos. O tempo o deixou sem cabelos.

Teve o Neil... Ele era soldado do exército e certa vez ele tirou alguns dias de folga. Então o chamamos para a balada. Só que, alguém ofereceu algo para ele, até hoje ninguém sabe, mas desconfiamos que era algo tipo LSD. Pronto! Acabou a balada para o Neil. Nós estávamos em uma danceteria e o Neil via “sargento”, “cabos” e “comandantes” em toda a parte. Na hora de ir embora, o Neil tinha sumido, então começamos a procurá-lo. O encontramos escondido e ele dizia: “O sargento ta me procurando”. Nunca mais vimos o Neil.

Ainda tem várias outras histórias que envolvem muitas pessoas, mas o legal é que todos nós éramos e somos uma espécie de Tom Sawyer. Na verdade estes amigos eram todos “loucos”, no bom sentido. Mas... Pensando bem... Talvez o louco seja eu. Só queria saber o que eles falam de mim, quando se reencontram, pois continuo a fazer as mesmas coisas, ou seja, vida intensa!

O Castelo e o banco e o INSS

O castelo, as filas e o INSS

Hoje fiquei triste como todos os brasileiros ficaram ao saber que o vice-presidente da Câmara dos Deputados Edmar Moreira (DEM-MG) possui um castelo não declarado na cidade de São João do Nepomuceno, uma cidadezinha com menos de 10 mil habitantes. O empreendimento é luxuoso e está avaliado em R$ 25 milhões. Este mesmo deputado está sendo investigado de uma série de acusações e está cumprindo seu quarto mandato. Em suma: nós o colocamos lá!

O tempo passa e continuamos a eleger pessoas que só pensam no “poder de ter poder” e brincam com o povo, que apesar da “liberdade” ainda não sabe votar e, as únicas armas que a população tem contra isso é a educação. Mas, pelo perfil dos “novos cidadãos” que estão surgindo, baseado nos adolescentes de hoje, a tendência é piorar... E veremos mais castelos sendo construídos baseados nas construções européias e, com isso, milhares de "castelos" serão derrubados, devido à degradação do indivíduo em todos os aspectos.

Bom... Depois de ficar sabendo do tal fato pela manhã, acompanhei meu pai até o banco, onde ele iria sacar seu salário de aposentado. Na fila, que abre para os idosos às 9h, mais de 100 velhinhos aguardavam sua vez de pegar seu dinheirinho suado, fruto de uma vida inteira de trabalho. Engraçado é que velho é velho ne? Mas quando vamos a um lugar que tem velho que é mais velho que o outro, a situação é esquisita. Na agência bancária tinha poucos bancos para se acomodar, e todas as pessoas, das mais diversas cútis, tinham apenas uma coisa em comum: os cabelos brancos. De pé via várias cabeças brancas e, de repente um “velho mais novo”, dava seu lugar para o “velho mais velho”.

Como iria demorar, resolvi dar uma volta. Por sorte, tinha um prédio da Previdência duas quadras à frente, então entrei para pedir informações para que minha mãe, depois de tantos anos, possa também usufruir de pegar a fila dos “cabeças brancas” (apesar dela não ter nenhum – milagre das industrias dos cosméticos) e retirar sua aposentadoria. Mas, quando cheguei lá, a situação é diferente. O local é bisonho, o povo é mais sofrido. Quando entramos, somos revistados, nem no banco isso acontece! Depois aguardamos ser chamados e, basta uma olhada ao redor para percebermos que as pessoas de lá, a vida transformou o rosto de jovens em velhos, e estes “velhos” pareciam tristes em relação aos “velhos” do banco. A maioria em busca de socorro, desempregados, doentes...

Sai de lá e voltei ao banco onde meu pai, após ter sacado sua pequena aposentadoria me aguardava, e percebi que todos nós construímos os nossos castelos, porém alguns são construídos com base nos sonhos, suor e honestidade. Enquanto que há castelos por aí que vale milhões, mas podem cair com apenas um sopro, ou seja, com apenas um voto coerente nas próximas eleições.

Primeiro dia do 6º ano

Cheguei exatamente em cima da hora. Alguns alunos ainda estavam pelo corredor e alguns cuchichavam: “Este aí é o professor de inglês”. Percebi que era comigo, porém apenas olhei de relance e continuei meus passos rumo à sala. Neste pequeno percurso, alguns olhares curiosos em minha direção, outros um pouco até temerosos...
Enfim... Entrei na sala... “Good morning!” Ninguém me respondeu, apenas o barulho do silêncio e dezenas de olhares cônicos, esperando uma outra frase minha ou um outro gesto qualquer... Então disparei dezenas de frases em inglês para desespero da classe, afinal, para muitos, é o primeiro contato com uma língua estrangeira.
Depois do susto... Apresentei-me em português e disse o objetivo da Língua Inglesa, para alívio de muitos. Mas, com as formalidades encerradas as músicas e jogos de playstation viraram o assunto... E, é claro que, para não ficar de fora, além do livro didático, vamos trabalhar com a banda U2, com sua história, biografia, origem e suas músicas (sugestão minha) e em contrapartida... Pediram-me para trabalhar com “jogos de vídeo game” (sugestão deles) o predileto da garotada (meninos) “Resident Evil”, o significado do jogo, as frases em inglês que aparece neste game, etc. Já as meninas querem atividades interativas, brincadeiras e filmes...
Well... Acho que vou ter que voltar a jogar vídeo game. Tudo bem, desde que ao som de U2.