Edgard Scandurra, “Amigos Invisíveis” e reticências.


Ao saber que Edgard Scandurra iria gravar um DVD intitulado “Amigos Invisíveis 20 anos depois...” não pestanejei e logo pensei: imperdível. Motivos são muitos, a começar por ser um dos melhores guitarristas brasileiros, sem necessariamente fazer parte de uma banda de heavy metal ou de blues, que erroneamente muitos pensam que nesses estilos estão os melhores guitarristas do mundo. Além disso, o guitarrista tem um vasto e respeitado repertório, desde os tempos do Ira.
Mas, voltando ao show de Scandurra, o curioso é que fiquei sabendo do tal evento apenas duas horas dantes do show, que aconteceu na última sexta-feira (22) no teatro da FECAP, no centro de Sampa. Ao chegar ao local, encontrei um teatro bem aconchegante e um som limpo e perfeito que vinham da banda que o acompanhava.
O repertório foi basicamente de seu primeiro disco do próprio Amigos Invisíveis, de 1988/1989. Músicas simples, harmoniosas e bem tocadas. É claro que não poderia deixar de homenagear seu filho Daniel, que hoje faz parte da banda tocando baixo. E, como sempre, o guitarrista continua a compor "hinos", especialmente ao filho, que foi homenageado com uma foto na contracapa e uma faixa "Bem Vindo Daniel", um instrumental fabuloso.
Ainda quando tocava no grupo Ira, a homenagem ao filho, mesmo antes de nascer, já era citado no disco Vivendo e Não Aprendendo, nas faixas "Casa de Papel", e na letra de "Dias de Luta" ("se meu filho nem nasceu / eu ainda sou o filho...")
O show teve ótimos momentos como em “Tolices”, “Soldados”, “Caput” entre outras pérolas.
Ao final do espetáculo compreendi que “Amigos Invisíveis vai muito além das reticências do título. Que venha o DVD.
Sérgio Pires

Discografia

Amigos Invisíveis (1989)
Benzina (1996)
Dream Pop (2003)
Benzina Remixes (2004)
Amor Incondicional (2007)

Encontrando no Armário - Parte 1

Pessoas... Esta é a primeira parte. Aqui uma vez por semana terá um comentário de um disco qualquer. Caso alguém se interesse pelo vinil, basta escrever para: sergiospires@yahoo.com.br

O jogo mal começou: faltam projetos esportivos


Definitivamente o povo brasileiro não dá a mínima pelo esporte (com exceção do futebol, é claro). Mas ao fazer tal afirmação quero deixar claro que a “grande” mídia em geral não colabora para mudar este cenário. E, se ao analisarmos os atletas de ponta que temos, chegaremos à conclusão que eles se destacam não pelo apoio ou qualquer tipo de patrocínio, mas sim por esforço próprio. Por isso temos que ter orgulho quando atletas brasileiros se destacam em qualquer tipo de competição internacional.
As empresas ainda não se deram conta o valor que o esporte pode agregar em um indivíduo. Não apenas nos esportes competitivos, mas no investimento na formação do cidadão. Isso deveria começar lá... Desde criança, nas aulas de educação física, valorizando outras modalidades como o vôlei, basquete, handebol, atletismo, etc.
Gestão – Hoje sabemos que é necessário patrocínio para montar bons times de basquete, vôlei, etc. Aliás, há anos São Paulo não conta com um bom time de basquete ou vôlei, mas para o investimento no esporte como cidadania o que falta mesmo é uma boa gestão do poder público.
Não existem bons projetos, tanto do governo municipal, estadual ou federal. O que existe é uma pequena “virada esportiva”, evento que acontece uma vez por ano e não atinge o seu objetivo. Em resumo, não há bons projetos que envolvam o poder público (em qualquer esfera) e a sociedade. Em outras palavras, as pessoas que ocupam as pastas de secretarias de esporte são mal capacitadas. Pode até existir pessoas com boas intenções, mas como diz o ditado: “De boa intenção o inferno está cheio”.
São necessários projetos específicos para cada comunidade, isso de acordo com as suas características, tanto culturais como geográfica. É necessário fazer uma pesquisa do local para averiguar a característica da população que mora em tal bairro onde o projeto pode ser aplicado. Bom, aí as coisas começariam a funcionar. O esporte tem que ser levado a sério, assim como a cultura. Pois é fundamental na vida do ser humano.
Enquanto isso, o esporte é coisa do “outro”, de quem joga em um time qualquer, ou de quem pode pagar uma academia. “Esporte é coisa que passa na televisão e é praticado por quem não tem nada o que fazer”. Esta é a visão de muitas pessoas que não tem acesso ao esporte.
O GOL mostra-se preocupado com esta situação, pois não é só de futebol que vive o homem, mas de todas as atividades físicas, capazes de fazê-lo, pensar, agir e se interagir na sociedade, transformando-o em um cidadão.
Sérgio Pires

Comunidade Fumaça ganha Dias das Mães antecipado

A Comunidade Fumaça, localizada na Avenida Alvarenga, na altura do número 4 mil, comemorou o Dia das Mães de forma antecipada. No último dia 1º de maio, dia do trabalhador, um grupo de voluntários foi até o local, onde presenteou cerca de 40 mães com cortes de cabelo, escova, chapinha e ainda houve doação de roupas para a comunidade.
O evento começou de forma antecipada, quando a professora Ellen Nicole Costa Pereira, juntamente com a química Ângela Honório do Nascimento, cadastraram todas as famílias da comunidade. Com os dados em mãos, no dia seguinte (dia 1º) o trabalho começou cedo, e ainda contou com a presença de Rosa Maria Pinho Gomes e Luzivania Costa Leite.
Com o grupo mulheres de voluntárias formado, a identificação com as mães locais foi imediata, tanto que ao final do dia, cerca de 40 pessoas foram atendidas, algumas com cortes de cabelo e chapinha, outras preferiram somente escova ou apenas chapinha.
De acordo com Ângela Nascimento, dentre as pessoas que foram atendidas, a mãe mais jovem foi Elaine Rodrigues Soares, 18 anos. Um dos destaques é Tereza de Morais, 80 anos, moradora do bairro há 37. “Mesmo em uma cadeira de rodas, cuida das tetranetas, é alegre contagia a todos onde passa, não reclama de sua deficiência, e tem sempre um sorriso amigo e agradável por onde passa”, relatou.
Projeto – O projeto realizado na Comunidade da Fumaça é uma iniciativa da educadora Nicole, que realiza o trabalho social no local há algum tempo e, contou com o apoio de Ângela Nascimento, do Instituto O GOL. “Este dia foi fantástico, foi a doação do trabalho”, comentou Ângela. Para Nicole o evento foi um sucesso. “Foi uma realização fantástica, estou super feliz.”


Confira as fotos do eventoMeninas voluntárias realizando o atendimento à comunidade







Não há vagas nos concursos...

Certamente conseguir emprego está cada vez mais dificil. A tal crise pegou todos de surpresa e, então estamos ouvindo uma onda tremenda de demissões em massa. Algumas empresas estão demitindo, outras não contratam mais ninguém. E, nas empresas podemos ver apenas um cartaz com os dizeres: não há vagas.
Pretexto - Para muitas empresas, a crise serviu e ainda serve como um pretexto para demissões em massa em algumas empresas, assim como a suspensão de novas contratações. É um jeitinho para adaptar as empresas a globalização, principalmente no que diz respeito a terceirização de seus serviços.
Então o jeitinho é dar uma checada nos concursos. Uau... Somente no site do PCI Concursos, há milhares de vagas sendo oferecidas. E, quem não quer ter estabilidade? Mesmo que os salários sejam baixos (em alguns casos) é a única saída para milhares de brasileiros.
Em concursos não há preconceitos pela idade, cor ou sexo, ao contrário de algumas empresas, que através de um preconceito implícito, deixa de admitir bons profissionais.
Perigo - Estas milhares de vagas oferecidas em concursos, muitas vezes é simplesmente uma forma de arrecadar dinheiro dos governos estaduais, municipais e até da esfera federal. É um verdadeiro perigo.
Em 2006, prestei concurso para jornalista na prefeitura de Santo André. Era apenas uma vaga e fui aprovado, porém fiquei em 42º. Com uma colocação ruim, nunca me informei sobre o andamento deste concurso.
Três anos depois (semana passada), curioso liguei para prefeitura para saber o andamento deste concurso. Pensei: Bom, deve ter chamado umas dez pessoas, outras podem ter sido demitidas ou até mesmo desistiram. Então a pessoa do RH revelou: "Nunca foi chamado nenhum jornalista, é um cargo de confiança".
Então me revoltei. Gastei R$ 50. Perdi meu tempo, e ninguém foi chamado! Para um bom entendedor, ficou claro: foi só para arrecadar dinheiro, a vaga já está preenchida lá... Por alguém de confiança.
Bom, concursos... Só se for "com curso" certo para ficarmos atentos, pois em muitos: não há vagas.

Guia de Shopping

O estadão fez uma matéria daquelas bem direcionada para um público burguês. Elegeu os shoppings mais "belos" de São Paulo, onde as pessoas possam gastar, gastar, gastar, ver vitrines, passear com aqueles cachorrinhos e etc e tal.

A matéria começa:

Guia dos Shoppings
SÃO PAULO - COLÍRIO
Flertando: os mais bonitos valem uma visita demorada e atenta.
Namorando: além das vitrines luxuosas, confira a arquitetura

A matéria diz que os shoppings que merecem ser visitados são:
CIDADE JARDIM
HIGIENÓPOLIS
IGUATEMI

E ainda sugeriram a visita nestes demais, alegando:
Cinco boas desculpas para visitar outros shoppings.
1) Villa-Lobos tem corredores largos;
2) Eldorado tem elevador panorâmico;
3) Bourbon é bem novinho;
4) D&D tem o charme das vitrines de decoração;
5)Tamboré parece um jardim.

Bom, primeiramente achei a matéria ridícula, pois não sou o perfil de pessoas para quem esta matéria foi destinada, mesmo assim, perdi o meu tempo em lê-la. Porém, agora quero lembrar dos cinco melhores shoppings que frequento:

1) Largo 13 de Maio. Camelôs a vontade, acha-se de tudo, desde comida típica nordestina, CDs genéricos, pastelarias, tiazinha das coxinhas... Ah! Nas proximidades também tem Mc Donalds.2) Rua 25 de Março... Local parecido com Sto. Amaro, mas a diferença é que os "produtos" são mais diversificados. Além disso é perto do Páteo do Colégio, Mercadão, entre vários outros lugares.3) Shopping Popular de Diadema... Lá é uma réplica em miniatura dos locais acima. É o mesmo público e praticamente as mesmas mercadorias.
4) Ah... Tinha que ter um shopping maior né, isso pelos cinemas. Então fica o shopping Interlagos, mais conhecido como "Coquinho".
5) E, há o SP Marketing, também pelo cinema pelo "saldão" que acontece de vez em quando.

COLEÇÃO DE VÍDEOS DOS BEATLES

Vídeos organizados dos Beatles, músicas com letras.
A Day in the Life
A Hard Day's Night
A Taste of Honey
Across The Universe
Act Naturally
All I've got to Do
All My Loving
All Together Now
All You Need Is Love
And I Love Her
And Your Bird Can Sing
Anna (Go To Him)
Another Girl
Any Time At All
Ask Me Why
Baby It's You
Baby You're A Rich Man
Baby's in Black
Back In The USSR
Bad BoyBecause
Being for the Benefit of Mr. Kite!
BirthdayBlackbird
Blue Jay WayBoys
Can't Buy Me Love
Carry That Weight
Chains
Come Together
Cry Baby Cry
Day Tripper
Dear Prudence
Devil In Her Heart
Dig A PonyDig It
Dizzy Miss Lizzie
Do You Want to Know a Secret
Doctor Robert
Don't Bother Me
Don't Let Me Down
Don't Pass Me By
Drive My Car
Eight Days a Week
Eleanor Rigby
Every Little Thing
Everybody's Got Something to Hide Except For Me and My Monkey
Everybody's Trying to be My Baby
Fixing a Hole
Flying (instrumental)
For No One
For You Blue
Free As A Bird
From Me To You
Get Back
Getting Better
Girl
Glass Onion
Golden Slumbers
Good Day Sunshine
Good Morning, Good Morning
Good Night
Got To Get You Into My Life
Happiness is a Warm Gun
Hello, Goodbye
Help
Helter Skelter
Her Majesty
Here Comes The Sun
Here, There And Everywhere
Hey Bulldog
Hey Jude
Hold Me Tight
Honey Don't
Honey Pie
I Am the Walrus
I Call Your Name
I Don't Want to Spoil the Party
I Feel FineI Me Mine
I Need YouI Saw Her Standing There
I Should Have Known Better
I Wanna Be Your Man
I Want To Hold Your Hand
I Want To Tell You
I Want You (She's So Heavy)
I Will
I'll Be Back
I'll Cry Instead
I'll Follow the Sun
I'll Get You
I'm a Loser
I'm Down
I'm Just Happy to Dance with You
I'm Looking Through You
I'm Only Sleeping
I'm so tired
I've Got A Feeling
I've Just Seen a Face
If I Fell
If I Needed Someone
In My Life
It Won't Be Long
It's All Too Much
It's Only Love
Julia
Kansas City/Hey, Hey, Hey, Hey
Komm Gib Mir Deine Hand
Lady Madonna
Let it Be
Little Child
Long Tall Sally
Long, Long, Long
Love Me Do
Love You To
Lovely Rita
Lucy in the Sky with Diamonds
Maggie Mae
Magical Mystery Tour
Martha My Dear
Matchbox
Maxwell's Silver Hammer
Mean Mr. Mustard
Michelle
MiseryMoney (That's What I Want)
Mother Nature's Son
Mr. Moonlight
No Reply
Norwegian Wood
Not a Second Time
Nowhere Man
Ob-La-Di, Ob-La-Da
Octopus's Garden
Oh! Darling
Old Brown Shoe
One After 909
Only A Northern Song
P.S. I Love You
Paperback Writer
Penny Lane
Piggies
Please Mister Postman
Please Please Me
Polythene Pam
Rain
Real Love
Revolution 1
Revolution 9
Rock and Roll Music
Rocky Raccoon
Roll Over Beethoven
Run For Your Life
Savoy Truffle
Sexy Sadie
Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band (Reprise)
She Came In Through The Bathroom Window
She Loves You
She Said, She Said
She's A Woman
She's Leaving Home
Sie Liebt Dich
Slow Down
Something
Strawberry Fields Forever
Sun King
Taxman
Tell Me What You SeeTell Me Why
Thank You Girl
The Ballad of John And Yoko
The Continuing Story of Bungalow Bill
The End
The Fool On The Hill
The Inner Light
The Long And Winding Road
The Night Before
The Word
There's A Place
Things We Said Today
Think For Yourself
This Boy
Ticket to Ride
Till There was You
Tomorrow Never Knows
Twist and Shout
Two of Us
Wait
We Can Work It Out
What Goes On
What You're Doing
When I Get Home
When I'm Sixty-Four
While My Guitar Gently Weeps
Why don't we do it in the road
Wild Honey Pie
With a Little Help From My Friends
Within You Without You
Words of Love
Yellow Submarine
Yer Blues
Yes It Is
Yesterday
You Can't Do That
You Know My Name
You Like Me Too Much
You Never Give Me Your Money
You Really Got a Hold on Me
You Won't See Me
You're Going to Lose That Girl
You've Got to Hide Your Love Away
Your Mother Should Know
The Beatles video from Albums:
Please Please Me
With The Beatles
A Hard Day's Night
Beatles For Sale
Help!
Rubber Soul
Revolver
Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
Magical Mystery Tour
The Beatles - White Album
Yellow Submarine
Abbey Road
Let It Be
Past Masters Volume 1
Past Masters Volume 2

Dia do índio, dia do “outro”

Pelo que sei, a etnia brasileira é formada pelo índio, branco e o negro, porém o índio é sempre o “outro”. O povo brasileiro não insere o índio no contexto social, pois ele está sempre à margem.
O índio é tanto um “outro” que existem leis específicas para ele, ou seja, regras próprias, como demarcação de terras, etc. Não que isso seja errado, pelo contrário, sabemos que por “direito” a terra é deles, mas a visão que temos do índio nos faz parecer que ele não faz parte da nossa etnia, pois a visão que é passada é como se fosse um “patrimônio” brasileiro.
Renato Russo soube exemplificar isso na música “Que país é esse”, quando diz: “quando vendermos todas as almas dos nossos índios no leilão. Que país é esse?”.
Acredito que a visão do índio que o povo brasileiro ainda tem é do herói, é a imagem de Peri ou de Iracema, ambos os personagens de José de Alencar. E estes heróis permanecem vivos, são os “outros”.
Enquanto isso, os índios “reais”, são massacrados por fazendeiros que desconhecem os Peris ou as Iracemas, pois conhecem apenas a “terra”. Por isso, o dia 19 abril, dia do índio é apenas um outro dia.

A Folha e a "ditabranda"...

Quem diria, o jornal Folha de São Paulo, considerado de "vanguarda", de "intelectuais" e até mesmo considerada no passado como um jornal de "esquerda", mostrou sua cara no editorial de 17 de fevereiro, quando chamou a ditadura de "ditabranda".
O fato repercurtiu de forma tão negativa, que o jornal da Record, lá do bispo Macedo, estão produzindo um material jornalístico sobre o papel da Folha de São Paulo no período militar. Uma das reportagens traz uma manchete da Folha com um político assassinado. Mas o mais incrível é que esta pessoa foi assassinada dias depois da reportagem.

Entenda o caso

Em editorial publicado em 17 de fevereiro, no qual o jornal comentava a vitória de Hugo Chávez em referendo que deu ao presidente venezuelano o direito de candidatar-se à reeleição quantas vezes quiser, o jornal classificou o regime militar instaurado no Brasil como "ditabranda", se comparado a ditaduras de outros países da América Latina.

O texto rendeu uma série de comentários e reações por parte dos leitores da Folha. Segundo informa o jornal, foram publicadas 21 cartas sobre o tema no "Painel do Leitor", sendo 18 contrárias ao diário. Entre elas, as cartas enviadas pelos professores Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato foram respondidas com rispidez, outro fato causador de polêmica.

O descontentamento de parte dos leitores culminou no protesto realizado em frente ao jornal, com a presença de familiares de vítimas da ditadura, sindicalistas e estudantes. O ato foi organizado pelo Movimento dos Sem-Mídia.