O povo é rato

O rato é um bicho nojento que devemos combater, traz inúmeras doenças, mas a mídia e algumas empresas multinacionais talvez não pensem desta forma, pois existem vários personagens com o formato destes roedores. Talvez, exista uma comparação entre o "povo" proletariado com esses bichos que vivem à margem de todo o reino animal na visão humana. Nos desenhos animados existem inúmeros personagens como: Mickey Mouse, Ligeirinho, Super Mouse, Tom e "Jerry" , Bernardo e Bianca, Topo Gigio, Stwart Litle, entre outros.

Quem conhece o apresentador Roberto Carlos Massa?, ninguém, mas o seu apelido "ratinho" o transformou em um dos mais importantes homens do meio de comunicação brasileira.

A Folha de São de São Paulo já alguns anos tem como mascote um rato para vender anúncios classificados. O Banco Bradesco tem o "Chip", mais um ratinho simpático para agradar o gosto da população. Os ratos não só invadem a mídia, mas aparecem também em nomes de bandas musicais, e até mesmo marca de roupas.

Gostaria de saber por que nós nos identificamos com os "ratos". Talvez porque a população mais carente vive nos escombros, moram em lugares difíceis de se viver e a luta pela sobrevivência em busca do alimento e do bem estar social é intensa. Os ratos são sempre perseguidos e comparando com os seres humanos, a ratoeira da vida é o desemprego, fome miséria que nenhum político será capaz de resolver.

Avatar e suas mensagens

O filme de James Cameron Avatar talvez receba várias estatuetas do Oscar e com certa razão. Avatar não é um simples filme, pois é cheio de mensagens. A começar pelo personagem principal, Jake Sully, um cadeirante. Daí, o filme já aborda a inclusão social. Aborda ainda ecologia, espiritualidade, pró-atividades e liderança.

O filme trata os desafios da sociedade atual se livrar da ideologia “homem-dinheiro” e através de um roteiro envolvente e com efeitos especiais que entraram para a história, principalmente em 3D, faz com haja uma interação entre a tela e os espectadores.

No filme, o homem não é a vitima, mas sim o causador dos males quando invade Pandora, um planeta que aparentemente é povoado por um povo primitivo. Assim como na mitologia grega quando Pandora abre a caixa de Epimeteu e saem todos os males e, quando ela fecha, resta apenas a esperança.

No filme é igual, uma mulher nativa, se apaixona pelo avatar do humano Jake Sully, daí então começam os males naquele planeta, restando a esperança de um novo mundo. A mesma analogia bíblica de Eva eAdão, onde Eva dá a maçã ao homem.

Mas Avatar vai ainda mais longe quando trata da espiritualidade, pois há uma interação entre homem-natureza-sagrado. Sem falar em religião, Cameron trata do sagrado como uma forma permanente de contato com Deus, que é uma das razões da manutenção da espécie.

É um filme que, quando acaba, você tem preguiça de levantar da cadeira, mesmo após quase 3 horas de filme. E, quando nos levantamos, estamos mais leves.

Metallica: encantamento da música

Ainda em dezembro tinha duvidas se comprava ou não o ingresso para ver o show do Metallica em São Paulo. Tentei comprar para o sábado (30) sem sucesso, desisti. Depois pensei: “vou tentar de novo”. Desta vez para o show de domingo. Deu certo.

Estava em Minas Gerais e no sábado, dia do primeiro show, estava retornando a São Paulo, quando o ônibus para em Extrema (cidade do sul de Minas), lá dezenas de caravanas com centenas de jovens de todas as idades, estavam retornando a Minas depois de assistir a primeira apresentação da banda em São Paulo. “Foi emocionante” disse um fã encantado mesmo depois de horas após o show.

Ao chegar em Sampa, já me preparava para ver o espetáculo, meio preocupado com o clássico Corinthians e Palmeiras, então resolvo deixar o futebol de lado, afinal, domingo era dia de rock. Às 17h vou a casa do amigo Wilson, que também ia ao show junto com o filho Joe Hetfield (nome em homenagem ao volcalista do Metallica) que ia assistir a um show pela primeira vez. Saímos às 17h30 e chegamos no estádio do Morumbi às 18h10.

Às 19h entro no estádio e no mesmo momento sobe ao palco a banda Sepultura. Nesta hora caia uma garoa fina e o grupo manda bem. Em 40 minutos o Sepultura faz com que os aproximadamente 60 mil pessoas gritassem o nome da banda e ao final do show os refletores do Morumbi ficam acessos.

Logo em seguida os instrumentos da banda da noite começam a ser afinados e exatamente às 20h55 as luzes se apagam e no telão aparece a cena de um filme de faroeste.

Show – Logo na sequência do vídeo o espetáculo começa a encantar a todos,as imagens desaparecem e começam os riffs da primeira música "Crepping death"... Caracas! Teve gente que exclamou: “Já valeu o show”. Logo em seguida "Ride the Lightning" e "Fuel", depois "Sad but True" e "Unforgiven". Depois veio o pertado "That was Just your life", do album novo, seguida por "The End of the Line", também do disco novo. Para acalmar os ânimos tocaram “Welcome Home (Sanitarium)", depois a porrada “Cyanide” também do úiltimo CD. No final do show, o povo pedia "Seek and Destroy", que foi tocada no Bis. Memorável. Sem comentar as perfomaces dos quatro veteranos do rock.
Na saída do estádio, junto com Wilson e o Joe (que estava completamente estasiado) estávamos com um sorriso perto das orelhas, cometamos: PQP, valeu apena esperar. Eu ainda pensei: Se tivesse conseguido comprar o ingresso no sábado, voltaria no domingo, com certeza!

Veja o set list do show do dia 31
Creeping Death
Ride the Lightning
Fuel
Sad but True
Unforgiven
That was Just your Life
The End of the Line
Welcome Home (Sanitarium)
Cyanide
My Apocalypse
One
Master of Puppets
Fight Fire with Fire
Nothing Else Matters
Enter Sandman
Bis
Helpless (cover de Diamond Head)
Hit the Light
Seek & Destroy

Um pé sobre os escombros, caos e o entretenimento da informação

O mundo sempre esteve em desordem, desde que o mundo é mundo, ou virou mundo, ou desde o princípio, a terra sempre foi um caos. O desequilibrio acontece através de guerras, destruição da natureza e catástrofes naturais.


Se não bastasse isso o homem acelera todo este processo destruindo nossos bens naturiais em troca de valores, comércio, lucro e desencadeia as desigualdades sociais.

Todo este caos chega até nós através dos meios de comunicação e, nos programas de televisão os apelos comerciais às vezes são maiores que o próprio programa principal. O jornalismo mistura informação-entretenimento.

O excesso de desgraças alheias faz misturar a ficção com a realidade dentro da televisão. E aí parece até normal assistir o sofrimento do outro que é vitima do caos, como uma mãe que perdeu o filho baleado, ou um grupo de amigos que foram soterrados na virada do ano... Depois do jornal vem um filme, onde o policial, prende o bandido, o vilão. E lá estabelece a ordem do “caos fictício”.

No terremoto no Haiti um pé me chamou atenção. Apenas um pé o corpo estava soterrado. A pessoa não existia, apenas um pé de uma criança inerte naquela situação. Por dois dias esta imagem era reprisada, até que mostraram o resgate daquele pezinho que se transformou em uma menina de 11 anos. Neste momento sim, me emocionei, e percebi algo diferente na cobertura da catástrofe no Haiti. A comoção. Em meio as desgraças que assolam aquele país a regra da cobertura já é não ter regras, pois o caos, o desequilíbrio está em tudo.

Responder quem será o super herói para estabelecer a ordem naquele país, não sabemos, mas temos certeza de uma coisa: nesta hora é preciso união para tentar arrumar o caos.

às vezes eu...


Às vezes pego pesado













às vezes comemoro com amigos

Às vezes danço... anos 70.
 às vezes corro, de tudo e de todos...

às vezes... Criança

Eu não gosto do bom gosto

Bom gosto


Eu não gosto do bom gosto

Eu não gosto de bom senso

Eu não gosto de bons modos

Não gosto

Eu aguento até rigores

Eu não tenho pena dos traídos

Eu hospedo infratores e banidos

Eu respeito conveniências

Eu não ligo pra conchavos

Eu suporto aparências

Eu não gosto de maus tratos

Mas o que eu não gosto é do bom gosto

Eu não gosto de bom senso

Eu não gosto de bons modos

Não gosto

Eu aguento até os modernos

E seus segundos cadernos

Eu aguento até os caretas

E suas verdades perfeitas

O que eu não gosto é do bom gosto

Eu não gosto de bom senso

Eu não gosto de bons modos

Não gosto

Eu aguento até as estrelas

Eu não julgo a competência

Eu não ligo para etiqueta

Eu aplaudo rebeldias

Eu respeito tiranias

Eu compreendo piedades

Eu não condeno mentiras

Eu não condeno vaidades

O que eu não gosto é do bom gosto

Eu não gosto do bom senso

Eu não gosto de bons modos

Não gosto

Eu gosto dos que têm fome

Dos que morrem de vontade

Dos que secam de desejo

Dos que ardem…