Eu não gosto do bom gosto


Poesia, música, mixagem, remixagem, colagem, talvez seja tudo isso. Na verdade o “bom gosto” é algo bem pessoal e particular. O que é bom para uns, pode não ser para outros, porém o “bom gosto” alcança o consciente coletivo imposto pela sociedade, como andar, como vestir, etc. Ás vezes isso é tedioso, por isso, às vezes eu não gosto do bom gosto.

By Sérgio e me, myself and I

O homem é mau por natureza e a sociedade o absolve

Todos os anos alguns casos de polícia ganham as páginas policiais, como a morte do menino João Hélio, o caso Eloá, a morte de Isabella Nardoni, e agora o caso Bruno e sua amante Eliza Samudio e da morte da advogada Mércia e da professora Telma, encontrada soterrada em uma praia no Paraná. Lembrando que esses casos ganharam destaque na imprensa, pois casos semelhantes explodem nos Boletins de Ocorrência das delegacias do país. Todos estes casos contêm elementos de pura maldade. Como um ser racional como o homem é capaz de cometer tais atos.

Segundo Rousseau, o homem é bom, a sociedade o corrompe. Como a sociedade que é composta por pessoas “boas” são capazes de corromper um indivíduo? Ora, se o ser é bom por natureza, deveria conservar suas virtudes ao invés de trocá-las pelos vícios e pela prática da maldade produzida por essa dita "sociedade", que é formada justamente por outros seres "bons por natureza", ou será que o homem é bom até conhecer outro?

Para Kant o homem não é bom nem mau, pois não é um ser moral por natureza, por isso é o único ser que precisa ser educado. Então por isso, o homem torna-se moral quando a sua razão vai até conhecer os conceitos do dever e da lei.

Estas maldades comprovam que o homem é ruim por natureza e deve ser vigiado constantemente. Os valores impostos pela sociedade são recheados de moralidade, imposta pela religião, mas a ainda assim confronta-se com uma sociedade que anseia pelo consumo. Consumo de tudo, de bens materiais e até em “bens humanos”, onde o homem consume o próprio homem, através da corrupção, prostituição, chantagens e vantagens de qualquer tipo, onde o antropofagismo fica inserido no cerne humano.

Desta forma, esta sociedade que é culpada por tais crimes, luta pela condenação dos destes “culpados” e, ao mesmo tempo tenta, através das leis a absolvição dos mesmos. Porém a opinião pública desta sociedade já fez o julgamento condenando todos os envolvidos e transforma tudo em um balaio de gato.

Na verdade, o homem é mau em sua natureza humana e ao mesmo tempo, bom, em sua natureza divina. A herança genética do ser humano é o amor e a bondade de seu criador.

Serra Negra: Uma cidade de prazer

Tive o prazer de conhecer a cidade de Serra Negra, uma pequena cidade que faz parte do Circuito das Águas. Foi um final de semana de diversão. Taí um passeio imperdível.

O rádio

Acordei, liguei o rádio, tomei café, fui ao banheiro, tomei banho, fiz a barba, escovei os dentes, me troquei, peguei as chaves e desliguei o rádio. Abro o portão, abro a porta, liguei o rádio, dou marcha ré, fecho o portão, dirijo, para nos faróis, estaciono o carro e desligo o rádio. Cumprimento as pessoas, entro na sala, ligo o rádio, digito documentos, imprimo papéis, leio jornais, e desligo o rádio. Saio da sala, entro no carro, ligo o rádio, dirijo, estaciono na rua e desligo o rádio. Entro em um local, cumprimento as pessoas, e o rádio ligado, não escuto as vozes das pessoas, não escuto o rádio, ando pela calçada e entro no carro e ligo o rádio. Dirijo novamente e estaciono na garagem, chego em casa e me desligo.

Paraty é paramim e paranós...

Quando fui convidado a ir até Paraty no festival de jazz que rolava por lá pensei: putz! Vai ser cansativo, principalmente em uma viagem tão curta... Mas topei a parada. Às 8h da manhã peguei a Rio-Santos e... Pé no chinelo. Nunca tinha pego tal estrada e aos poucos a natureza foi se revelando pelo caminho. Paisagens paradisíacas, montanhas, praias, cachoeiras aos poucos iam se revelando... E, pé no chinelo...

Fomos informados que a viagem teria apenas 3 horas, puro engano, o ponteiro da minha ansiedade já contava 3 horas de viagem e estávamos ainda na metade. Ao passar por São Sebastião foi um relax total, praia de Baraqueçaba... O que é isso? Que lugar é aquele? Muito bonito... Mas para frente, mais e mais praias... Só uma coisa é para se observar... Não há “proletariados” no local. Pelas ruas carrões... Nas praias surfistas, burguesinhas, playboys usufruíam algo que é público, porém poucos têm acesso. Questões sociais de lado, seguíamos pela Rio-Santos até Ubatuba e apreciar as paisagens é completamente relaxante.

Ao chegar em Paraty foi outro encantamento. Uma cidade que respira cultura, pessoas do mundo inteiro se aglomeram para ver e apreciar jazz. Nos bares, rock and roll, com boa comida e uma gelada ao lado. Paraty é paramim, ou seja é pranós... Que venha o FLIP!