Verme que roeu as carnes

“É melhor viver 10 anos a mil do que mil anos a 10”, frase de uma música popular que tem suas verdades. Depois de ver as notícias horríveis nos jornais, sobre violência, corrupção, crise econômica, entre outros fatos horripilantes, cheguei a seguinte conclusão: quero aproveitar todas as oportunidades que aparecerem a minha frente.

Se aparecer um vendedor de jogo do bicho e da loteria federal não vou perder a oportunidade de comprar; quando passar em frente a casa lotérica vou fazer aquela “fezinha” para tentar ganhar o prêmio acumulado.

Vou passar em frente de um restaurante chinês e comer aquele prato gigantesco de frango xadrez. À tarde, comerei hot dog do carrinho da esquina com muita maionese e quando sentir fome novamente vou entrar em um boteco e comer aquela coxinha com uma coca-cola e aos sábados é de lei: Pastel Especial na feira com um caldo de cana grande. E, também sair à noite, teatro, cinema, shows, restaurantes...

É isso aí, aproveitar a vida sem culpa em todos os sentidos. Tudo isso sem tirar a nossa responsabilidade que temos perante a casa, a rua e o trabalho e da nossa própria vida pessoal com os nossos objetivos.

Afinal de contas não podemos nos dar o direito de levar a vida igual ao personagem de Machado de Assis, Brás Cubas, que morreu aos 64 anos, sem alcançar seus objetivos. A história é contada por um defunto, que não aproveitou a vida em nada e diz em sua dedicatória: “ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver, dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas”. É isso aí! Ops! Fiz a dedicatória a esta crônica!



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