Reescrevendo-me



Novamente, após uma longa data, volto a escrever. Tantas coisas aconteceram desde os últimos textos. Aos poucos tentarei resgatar, palavras, imagens e reticências de um passado que está tão presente.

Excel agora é esporte!

Sim! É isto mesmo que vocês está lendo! Sabe quando você está de saco cheio de tanto preencher planilhas e elaborar tabelas com fórmulas mirabolantes e que gera stress e você vai ao médio e ele diz: "Você tem que praticar algum esporte pra relaxar!"... Pois bem ! A péssima notícia é...
Excel agira é esporte e por isto todos que trabalham com a ferramenta devem relaxar...


Veja a matéria na íntegra na Folha de São Paulo.


Furtou e transou em frente à vitima!!

Pois é! Uma notícia "cabulosa"... Uma novidade que terá neste blog é o compartilhamento de um vlog! Isto mesmo, agora o Armário Mecânico também estará no youtube!!



A queda!

Hoje eu cai! Literalmente tombei! É estranho confessar um acidente cujo culpado é você mesmo! Sabe quando você está andando e fica pensando na vida e tropeça, tenta se manter em pé arrumando um passo aqui e outro ali e de repente a queda? Pois é! Aconteceu hoje. Fazia tempo que não caia, assim, do nada. Geralmente caio sempre quando estou jogando bola, agente leva um empurrão aqui, outro ali; se joga no chão quando cata no gol, ou dá aquele carrinho. Mas, do nada, sem empurrão nenhum, apenas andando, tropecei e cai. Caracas! E desta vez tem um culpado: o celular.

A última vez já tem décadas, tropecei em uma pedra e torci o tornozelo. Tive que ficar dois meses com uma tala no pé. Desta vez, o celular foi à causa deste acidente. Todos nós sabemos que falar ao celular e fazer outra atividade qualquer, é correr risco desta segunda atividade dar completamente errado.

Estava em um áudio tão tranquilo e falava com eloquência enquanto caminhava por uma descida pela calçada com a cabeça levemente empinada para encostar a boca no microfone do aparelho... Quando de repente meu pé direito deu uma topada em um cimentado desta calçada que estava pelo menos uns quatro centímetros mais alto que o piso da via... O resultado foi devastador.

Na mão esquerda estava o aparelho próximo à boca, na mão direita levava uma mochila e no momento do tropeço o desequilíbrio aconteceu de forma súbita no momento em que o pé direito topou com o tal obstáculo. O corpo foi jogado pra frente imediatamente e nesta hora, cambaleante e sem mãos, tentei equilibrar-me com uma passada um pouco maior com a perna esquerda quando senti uma forte dor no músculo posterior da coxa. Nestes milésimos de segundo passou um filme e pensei: Fudeu! Vou cair, ainda tive tempo de dar mais um passo com a perna direita, completamente desequilibrada, sem mãos... O chão se aproximava em câmera lenta...  "Não acredito que estou caindo", pensei.

O chão ainda não tinha chegado, mas o corpo voava pela calçada em um voo sutil... Resolvi largar a mochila e o pouso começou com o cotovelo direito na terra da calçada e logo em seguida vi o celular escapara da minha mão esquerda, encerrando de vez o assunto que nem lembrava mais; senti a parte lateral do corpo deslizar repentinamente pelo cimento crespo do asfalto, o suficiente para deixar o sangue à mostra e finalmente aceitei a queda: caí.

A sensação é hilariante, pois todos na via que passavam já me julgavam: "Tá vendo o que dá?! Andar e falar ao celular ao mesmo tempo", imaginei este pensamento. Enfim! Todas as quedas há um aprendizado, pois o mais importante é se levantar.


E "SE"



 Às vezes imaginamos certas coisas bestas, tipo: Ah! Se eu ganhasse na loteria, faria isto, isto e isto!; ou ainda, se eu tivesse isto, faria aquilo de forma diferente: Na verdade o parâmetro deste pensamento é a particula "se". Nós a amamos!

O "Se" é a razão pela qual os sonhos nascem e também morrem, mas não podemos viver sem o "se". Se eu fosse rico: Se ganhasse na loteria; Se eu tivesse feito deste jeito; e por aí vai uma porrada de formas de se utilizar o "SE" com letras garrafais.

Na verdade, no caso de o SE ser uma partícula apassivadora, a frase estará na VOZ PASSIVA SINTÉTICA, ou seja, neste caso o sujeito simples é passivo: CANDIDATO, porque não é ele quem pratica a ação de APROVAR, ao contrário, ele é o alvo da ação verbal.

Mas, vou terminando por aqui, "Se" não vou me perder nestes pensamento insólitos!



Não!!

Não, isto não é apenas uma negativa, é a afirmação de uma discórdia,

Não! Não acredito na punidade dos impunes, pois a justiça é conivente,

Não! Não acredito na tolerância, pois a intolerância não tem misericórdia dos justos,

Não! Não acredito nas mídias sociais, pois a propaganda de fake news são as novas notícias de produtos sociais,

Não! Não aceito as esmolas dadas pelo governo, pois o apelo é por empatia social, mas sem a comoção social não verbalizada,

Sim! Acredito na mudança de sair da situação de vencido e ainda dar esperança ao perdido que há uma virada por vir. 

Sabores Piratas


Bolacha de sabor churrasco


Estes dias estava com uma fome danada, então resolvi comprar um salgadinho, escolhi batas chips. Então o vendedor me perguntou: você quer de sabor churrasco, bacon ou galinha? "Hã?!", respondi de imediato, sem saber ao certo se respondi perguntando ou como interjeição.

O fato é que comprei batatas de sabor "churrasco". Depois pedi uma pepsi com sabor limão. Horas mais tarde, cheguei em casa e resolvi fazer "miojo", aliás, era uma marca qualquer, e acabei comendo com sabor "camarão".

À tarde, me deu uma fome danada, então resolvi fazer uma boquinha né! E eis que encontro na geladeira uma margarina com sabor de presunto, não resisti e comi a tal margarina com com bolachas de sabor mel, uma mistura fantástica! E para beber, um tang de sabor uva.

À noite não foi diferente, encontrei no armário sardinhas da Gomes Costa de sabor limão, e as preparei com arroz de microondas Tio João, sabor carreteiro com tempero sazon, tudo escrito e registrado na embalagem super moderna.

Depois de tudo isso, cheguei a conclusão que "comi" apenas os sabores, o alimento em sí foi uma ilusão, pois não foi nada real. Me alimentei da verdadeira comida pirata e o pior, ninguém reclama disso! Se formos aos supermercados iremos encontrar uma série de: churrascos, bacon, galinha, farofa, pernil, presunto... Tudo falsificado ou disfarçados de outros produtos. É a modernidade alimentícia... Me deu até fome, acho que vou comer um frango... Sabor miojo!

Olhos e os pés

 


Sombras te acompanham na escuridão. Sozinho calcula o próximo passo… Alguém grita pelo seu nome em vão… Mente pesada, nervos de aço. Imagina então aquela música, os ritmos ditavam as batidas do coração. Aquela mensagem poderia lhe revigorar. Seus olhos então começam a se abrir levemente. Mesmo assim, seus passos eram incertos.

Olhos abertos na escuridão, uma falsa sensação de segurança.

Mas a música ditava o ritmo de seus passos… Caminho certo, caminho suave. Os Os olhos tentavam seguir os pés, mas não os viam na penumbra sombria… Aos poucos, seus olhos acostumados com a escuridão, começavam a ver. Seu caminho, seu ritmo, sua luz. Foi assim… Os olhos e os pés.

De repente... O novo!


Todas as mudanças requerem muita adaptação. Às vezes elas demoram de acontecer, outras, nem acontece. Sair do que seria algo "normal" de um estilo de vida e passar a ter outro é algo muito sofredor, não só do ponto de vista cultural, mas também do social e familiar.

Estar diante do novo, de uma rotina nova, de uma casa nova, cidade nova, país novo, amigos novos, trabalho novo e até mesmo uma família nova, não são coisas fáceis de se acostumar, aceitar ou até mesmo de vivenciar este "novo", por mais que tudo possa ser perfeito.

A nossa essência requer a nossa memória afetiva, não tem jeito. Sempre a nossa afeição pela terra, pelo espaço, pelos primeiros amigos, primeira escola, nossa família, a casa onde você sempre morou, será a soma de nossa constituição como pessoa e como identidade. Somos a soma de todas as coisas antigas, principalmente com os nossos "pares": pai, mãe, filho, tio, tia, primos, amigos... E os nossos lugares onde frequentamos e até o nosso time de futebol. Somos afeiçoados a tudo isto, principalmente às pessoas.

Por anos, aqui no Brasil, as migrações de pessoas que deixaram sua terra natal, para tentar uma vida melhor aqui em São Paulo, abandonaram suas casas, famílias por uma vida melhor. Algumas conseguiram retornar, outras não perderam laços, apenas conquistaram um novo espaço; outras desapareceram para sempre na cidade grande, como abordado no filme do diretor de cinema João Batista de Andrade em "O Homem que virou suco", de 1980.

O novo é um desafio e para vivenciá-lo é saber mesclar quem nós somos, nossas origens e aproveitar o que há de bom, pois a vida sempre pode nos surpreender e sem perceber nos deparamos... De repente... É tudo novo!

Incisão do tempo ou... Sobre envelhecer

A cantora norte-americana Bonnie Raitt tem uma música que sou um fã incondicional. A canção chama-se "Nick of Time" (Incisão do tempo), traduzir literalmente a canção às vezes não faz sentido algum, talvez o que a música quer dizer literalmente é "Sobre envelhecer".

“… I see my folks, they're getting old, I watch their bodies change

I know they see the same in me, And it makes us both feel strange

No matter how you tell yourself, It's what we all go through

Those lines are pretty hard to take when they're staring' back at you

Scared you'll run out of time…”


“... Eu vejo meus conhecidos, estão envelhecendo, observo seus corpos mudarem

Sei que observam o mesmo em mim e isso faz com que ambos nos sentimos estranhos

Não importa o que diga para si mesmo, é o que todos nós passamos

Essas linhas são difíceis de aceitar quando estão te encarando

Com medo de que ficará sem tempo...”