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As Vantagens de Ser Invisível - Seria já um clássico?


Estes dias conversando com alguns amigos sobre o que foi a juventude dos anos 90, começamos a divagar sobre algo que pudesse representar, ao menos, um pouco, o que foi aquela geração, principalmente baseada nos filmes. Lembramos de alguns títulos como “Singles” (Vida de Solteiro) e alguns outros. A turma falou que sentia falta de filmes desta geração e, para minha surpresa, me deparei com o filme “As vantagens de ser solteiro”, história baseada no livro.

Comecei assisti ao filme sem intenções, e aos poucos, a cada quadro, me surpreendia com o personagem Charlie que é o personagem que narra o filme em primeira pessoa e percebe-se que é um jovem traumatizado, e as revelações acontecem aos poucos, por conta do suicídio de seu melhor amigo e também sobre a morte de sua tia, tudo isto somados aos problemas de sua escola com “bulling” que ele sofria. Este roteiro, parece clichê, mas a forma como os fatos são narrados revelam ao público as sensações deste protagonista.

Charlie era um cara tímido, mais com um potencial de “louco”, no sentido que vale a pena fazer tudo para curtir a vida ao máximo, e acaba fazendo amizades com um grupo que tinha as suas mesmas características.

Seus amigos Patrick e Sam a eterna ex-Harry Porter Emma Watson, são fundamentais para a reconstrução da identidade de Charlie, assim como o seu professor de literatura, interpretado por John Cusack. Um dos traumas deste herói, era o amor pela sua tia de uma forma doentia (não vou entrar em detalhes para não atrapalhar que ainda não assistiu ao filme).

Duas cenas inesquecíveis são essenciais para este belo filme e, a primeira com a belíssima interpretação de Emma Watson, quando Sam escuta pela primeira vez a música Heroes de David Bowie e no final esta cena é repetida por Charlie. Não que o filme seja um clássico, mas ele deixa marcas profundas sobre o que foi os anos 90 e sua geração, mas talvez sim. A vantagem de ser invisível já nasce “Clássico”.