Uma poesia antiga...: hum hum...

Nunca consegui, eu tentava escrever poesia, e encontrei um rascunho antigo...
Hum hum...
Eu aceitei o seu convite
E uma língua encontrei
Te assisti saindo da prisão
Então você quis se prender novamente

hum hum...

Há muito tempo não te ligo
E você nem liga
Para o tempo seu
Sem relógio espero o meu...

Hum hum...

Há tanto tempo eu me espero
Mas já te encontrei há tempos
Sem me notar
Estranho
Sérgio (10/10/96)

Amor inocente...

Coisas de adolescente. Hoje. Vasculhando livros, cadernos antigos e antigas anotações, encontro um bilhetinho meio amarelado... Aquelas coisas de adolescente quando estava na 8ª série... Um amor inocente.

Virada Cultural: pra que serve mesmo?


A Virada Cultural de São Paulo já é um patrimônio. Transformou-se em uma das datas oficiais de São Paulo onde a cultura é convidada a mostrar-se para a população durante 24h uma vez por ano. E só. Fui aos dois primeiros eventos e depois nunca mais, pela má qualidade do evento, desorganização, falta de banheiros públicos, entre outros problemas que sempre vão existir.

Basta pegar alguns números. De acordo com o último dado do censo, a região central de São Paulo, tem aproximadamente 1 milhão de pessoas e de acordo com os números da polícia militar, o público presente à VIII Virada Cultural foi de 4 milhões de pessoas. Cerca 5 milhões de pessoas estavam naquela região sem uma infraestrutura adequada. Mas isso ainda não é a questão principal.

O objetivo da Virada Cultural seria um encontro de artistas para celebrar junto com a população a cultura e as artes em geral, todo o trabalho que foi realizado durante o ano. Uma celebração divida com todos, valorizando os artistas e o público, devido ao trabalho realizado na base, nas comunidades, nas escolas, nas praças públicas espalhadas pelos bairros em todos os finais de semana. Mas, sabemos que isto não acontece.

A prioridade da administração municipal não é a cultura, pois se a fosse, não haveria 4 milhões de pessoas famintas por cultura. A arte, assim como a cultura não tem essa visibilidade nos 364 dias restantes. Com isso, a prefeitura continua dando mostras que prefere organizar um evento “pontual” ao invés de garantir que iniciativas culturais espalhadas pelos bairros e periferias tenham espaço o ano inteiro.

A todo instante observamos cortes de verbas, ou até mesmo, repressão aos artistas de rua e testemunhamos, descasos com a produção cultural e a desvalorização de artistas, com a falta de incentivos e poucos espaços públicos de apresentações.

E, todos sabem que cultura é importante para o desenvolvimento do ser humano, pois é através dela que nós nos identificamos como sociedade e como seres capazes de criar e recriar nossos próprios valores. E não é em uma simples “Virada Cultural” que isso vai acontecer. O mesmo acontece com a tal “Virada Esportiva”, porém, com problemas até mais graves, que merecem outro texto para fazer tal descrição.

E tentaram até alimentar o povo com uma “galinhada” de um grande chefe de cozinha, servindo apenas 600 pratos em um universo de 4 milhões.

A Virada Cultural deveria ser constante, não precisa ter “quantidade”, basta “qualidade”; não precisa levar milhões em um único dia, mas sim, centenas em cada dia, descentralizada pela cidade, levando artistas as praças, workshops em escolas, incentivando a arte em todos os sentidos. O público tem fome sim, mas não de “galinhadas”, mas sim da verdadeira arte.

“Sub-Pop-Ópera dos Mendigos” encanta São Paulo



O espetáculo musical “Sub-Pop-Ópera dos Mendigos” em cartaz no Terraço Itália desde o dia 3 de maio encanta os paulistanos pela versatilidade e das interpretações de seus atores. Depois de passar pelo ABC, a trupe O Maravilhoso Escritório Teatral, adaptaram a obra “A Ópera dos Mendigos” de John Gay e guarda um parentesco com a “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque. A montagem é dirigida por Celso Correia Lopes e Reinaldo Sanches.

Dividido em três atos, o espetáculo tem início com a cerimônia de casamento de Mac Navalha (Victor Merseguel), antiherói e conquistador barato, e Polly (Luciana Castellano), a inocente filha de Peachum Peachum (Celso Correia Lopes), o dono de um disputado bordel. Nessa festa, prostitutas, ladrões e outros personagens do submundo reúnem-se para refletir sobre seu valor. Já no segundo ato, o público é convidado a conhecer um cabaré onde impera a anarquia; na última parte do espetáculo, os personagens, justos e injustos são confrontados com seu destino.

O músical reúne os mais diversos estilos: da música de cabaré, passando pelo brega de Gretchen e Sidney Magal até o metal sombrio de Marilyn Manson. Todas as canções são executadas ao vivo por uma banda formada por Fabio Mosca (percussão), Leonardo Pellegrin (Bateria), Reinaldo Sanches (piano/teclado) e Vinícius Nascimento (violão / guitarra).
Com 25 pessoas em cena e com uma hora e meia de duração, “Sub-Pop-Ópera dos Mendigos” tem apresentações todas as quintas-feiras, às 21h. Os ingressos custam R$40 e meia entrada R$ 20, sendo que os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do estabelecimento.

SERVIÇO
“Sub-Pop-Ópera dos Mendigos”, com O Maravilhoso Escritório Teatral de Celso Correia Lopes Livre adaptação de “Ópera dos Mendigos”, de John Gay
Direção Musical: Reinaldo Sanches
Direção Geral: Celso Correia Lopes e Reinaldo Sanches
Duração: 90 min.
Classificação indicativa: 16 anos
TEATRO ITÁLIA
Av. São Luís, 344
Centro – Metrô República
R$ 40,00 / Meia R$20

... meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos!


"...minhas paixões são ardentes; minhas dores de cotovelo, de querer morrer; louco do tipo desvairado; briguento de tô de mal pra sempre; durmo treze horas seguidas; meus amigos são semi-irmãos; meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos!"
 Clarice Lispector

Olhares curvos

Barulho faz parte do dia a dia
Sirenes, carros, pessoas na correria
Sinais vermelhos param o coração
Músicas no rádio falam sobre solidão

Farol verde indica caminho aberto
Sem ter onde ir segue a fila do tráfego
Pessoas com balas as colocam no retrovisor
Malabaristas mostram suas habilidades por migalhas
Crianças limpam os para-brisas evitando o tráfico

No retrovisor, meus olhos
Nas curvas meus olhares
Olhares curvos...

O pulo

vontade de levitar, desafiar a gravidade...

Ai se eu me pego!


Por muito fiquei olhando para a telinha do Word pensando o que escrever. Várias idéias me vinham à cabeça, mas não tive entusiasmo suficiente para digitar uma linha. Às vezes me faltavam argumentos, outras um assunto que me interessasse de verdade. 

Aí me senti um “excluído” do tipo “desinformado”, mas não concordava com este pensamento, pois sempre estou atento... Tento estar aTento, sempre lendo e me informando em blogs, sites, redes sociais, e leio em textos de outras pessoas, aquilo que gostaria de ter escrito. A minha voz tornou-se textos dos “outros” e isso acomoda.

Me senti, tipo... Sem pensamentos próprios, pois os meus, eram explorados pelos outros em crônicas, artigos e textos dos mais variados...

Um amigo falou: “Atualiza o blog, escreve sobre a música de Ai se eu te pego do Michel Telo”...  O silêncio foi minha resposta. Pensei: “Ai se eu me pego escrevendo sobre isto”.

Clandestino



Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Para burlar la ley
Perdido en el corazon
De la grande Babylon
Me dicen el clandestino
Por no llevar papel

Por una ciudad del norte
Yo me fui a trabajar
Mi vida la deje
Entre Ceuta y Gibraltar
Soy una raya en el mar
Fantasma en la ciudad
Mi vida va prohibida
Dice la autoridad

Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Por no llevar papel
Perdido en el corazon
De la grande Babylon
Me dicen el clandestino
Yo soy el quiebra ley

Mano Negra clandestina
Peruano clandestino
Africano clandestino
Marijuana illegal

Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Para burlar la ley
Perdido en el corazon
De la grande Babylon
Me dicen el clandestino
Por no llevar papel

Argelino, Clandestino!
Nigeriano, Clandestino!
Boliviano, Clandestino!
Mano Negra, Ilegal!

A Cidade da Luz... Seus temperos e sua cultura


Louvre

Paris é uma cidade maravilhosa... Cheia de novidades a cada esquina, desde os seus monumentos, museus, restaurantes, bistrôs, cafés... Tudo é mágico e inspirador. Visitei alguns dos principais pontos turísticos: Torre Eifel, Arco do Triunfo, Notre-Dame, Igreja de Sacré Coeur, Versalles, Louvre, Rio Sena... Tudo isso com calma em apenas sete dias. Foi pouco. A principal magia estava nas ruas, nas feiras, nos mercados... Foi um choque cultural imenso.
Notre Dame
Monalisa ao fundo e todos os visitantes do Louvre tentam se aproximar para observar e tirar fotos.

Em frente a entrada do Versalles


Cafés e bistrôs – Como o povo lê. E como eles conseguem ser tão magros e comendo tanto e, comida boa, de primeira, talvez o segredo esteja no vinho que eles bebem, pois, eles bebem muito, e muito mesmo. Em cada quarteirão presenciamos pelo menos uns cinco bistrôs, restaurantes.

E seus cigarros... Quem assistiu ao filme “A Primeira noite de um homem”, jamais esquece da cena do beijo de Mr. Robison, a bela Anne Bancroft, quando solta toda a fumaça do cigarro no rosto de Dustin Hoffman, que interpretava aquele personagem bem apático, chamado Bem. A cena é clássica e quem não viu, deveria alugar o filme em uma locadora urgente só por conta desta cena, que mostra o cigarro como parte do dia a dia das pessoas.
Bikes públicas

Ainda não havia as propagandas do “politicamente correto”, ainda se fazia propagadas de cigarros no rádio, televisões, revistas... Os fumantes eram pessoas normais e até eram vistas com charme.

Aquela cena seria impossível pelos novos padrões, mas tudo isso, estou dizendo que, nos cafés e bistrôs da França se fuma. E muito. Não que não haja leis que proíba, são iguais as do Brasil, porém, estes locais respeitam os fumantes e todos, ou quase todos, possuem uma área de fumantes.

O metrô é velho, porém eficiente; as bicicletas fazem parte do sistema de transporte público e em cada bairro possuem certos “bolsões” de bicicletas, onde todos que possuem um cadastro na prefeitura podem retirar uma bike em qualquer um destes “bolsões”...

À noite, as luzes claream uma cidade que nunca se apaga, que não dorme, e que tem um charme todo especial... E viva La France!