Solange, me, myself and I, Sylvio, Dênis e Rose
4 jogadores que fazem falta na seleção de Brasileira de Felipão
A Seleção Brasileira de Felipão não tem craques como no passado, com exceção de Neymar, onde à imprensa bota todas as esperanças, porém "craques" que não fizeram boas temporadas nos últimos dois anos, foram completamente descartados. Acredito que injustamente. Pelo menos quatro jogadores fazem muita falta.
Acredito que a convocação de Wilian neste momento foi equivocada, e no lugar dele RALF do Corinthians, por tudo que ele fez, nas últimas temporadas, deveria ter uma oportunidade.
Outra convocação equivocada é do atacante Jô. Trata-se de um atacante regular, e no lugar dele ROBINHO deveria ter sido convocado.
Por mais que Bernard tenha se destacado na última temporada, KAKA ainda é melhor. Se recuperou, fez ótimos jogos na última temporada e já foi eleito o melhor jogador do mundo. É um cara experiente que tinha muito a acrescentar ao grupo, por isso, o Kaka deveria ocupar a vaga de Bernard.
O último jogador que deveria ter sido convocado é o meia GANSO. Devido as suas últimas contusões o meia não teve destaque em suas últimas aparições, mas nos últimos jogos pelo São Paulo, provou estar recuperado e, se tivesse a confiança de Felipão, estaria entre os 23. Mas infelizmente, Felipão é teimoso. Não é mais o mesmo de 10 anos atrás. Seu último título pelo Palmeiras, deixou um legado: o rebaixamento do Campeonato Brasileiro, pois abriu mão das 6 primeiras rodadas, ou seja, Felipão abriu mão de disputar 18 pontos, de um campeonato competitivo.
A seleção com esta escalação acredito que seria mais respeitada e temida:
Julio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Paulinho, Ralf e Ganso, Robinho ou (Kaka), Neymar e Fred.
Julio César, Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Paulinho, Ralf e Ganso, Robinho ou (Kaka), Neymar e Fred.
Se te queres matar, porque não te queres matar?
Álvaro de Campos
Se te queres matar, porque não te queres matar?
Se te queres matar, porque não te queres matar?
Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida,
Se ousasse matar-me, também me mataria...
Ah, se ousares, ousa!
De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas
A que chamamos o mundo?
A cinematografia das horas representadas
Por actores de convenções e poses determinadas,
O circo policromo do nosso dinamismo sem fim?
De que te serve o teu mundo interior que desconheces?
Talvez, matando-te, o conheças finalmente...
Talvez, acabando, comeces...
E de qualquer forma, se te cansa seres,
Ah, cansa-te nobremente,
E não cantes, como eu, a vida por bebedeira,
Não saúdes como eu a morte em literatura!
Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente!
Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém...
Sem ti correrá tudo sem ti.
Talvez seja pior para outros existires que matares-te...
Talvez peses mais durando, que deixando de durar...
A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado
De que te chorem?
Descansa: pouco te chorarão...
O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco,
Quando não são de coisas nossas,
Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte,
Porque é a coisa depois da qual nada acontece aos outros...
Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda
Do mistério e da falta da tua vida falada...
Depois o horror do caixão visível e material,
E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali.
Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas,
Lamentando a pena de teres morrido,
E tu mera causa ocasional daquela carpidação,
Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas...
Muito mais morto aqui que calculas,
Mesmo que estejas muito mais vivo além...
Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova,
E depois o princípio da morte da tua memória.
Há primeiro em todos um alívio
Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido...
Depois a conversa aligeira-se quotidianamente,
E a vida de todos os dias retoma o seu dia...
Depois, lentamente esqueceste.
Só és lembrado em duas datas, aniversariamente:
Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste;
Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada.
Duas vezes no ano pensam em ti.
Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram,
E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti.
Encara-te a frio, e encara a frio o que somos...
Se queres matar-te, mata-te...
Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência!...
Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida?
Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera
As seivas, e a circulação do sangue, e o amor?
Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida?
Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem,
Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma?
És importante para ti, porque é a ti que te sentes.
És tudo para ti, porque para ti és o universo,
E o próprio universo e os outros
Satélites da tua subjectividade objectiva.
És importante para ti porque só tu és importante para ti.
E se és assim, ó mito, não serão os outros assim?
Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido?
Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces,
Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial?
Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida?
Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente:
Torna-te parte carnal da terra e das coisas!
Dispersa-te, sistema físico-químico
De células nocturnamente conscientes
Pela nocturna consciência da inconsciência dos corpos,
Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências,
Pela relva e a erva da proliferação dos seres,
Pela névoa atómica das coisas,
Pelas paredes turbilhonantes
Do vácuo dinâmico do mundo..
.
.
Seleção Brasileira é previsível, sem alternativas
Os 23 jogadores convocados por Felipão para disputar a Copa do Mundo no Brasil é um time previsível, com poucas surpresas e com alguns erros que podem custar caro. Alguns jogadores de "confiança" convocados nada mais são do que "nepotismo" futebolístico. Gosto muito do Henrique, ex-jogador do Palmeiras, zagueiro que sabe sair jogando, um cara versátil, que atua como volante e também na lateral. Mas tem outros jogadores na mesma posição que jogam mais futebol que ele. Seu defeito principal fazer "linha direta" da defesa para o ataque em lançamentos de 50 metros que nunca dão em nada. Mas não acredito que o problema da Seleção esteja na defesa, mas sim no "meio" e no ataque.
Robinho é um destes erros. Tá certo que o cara não esteja jogando o mesmo futebol que o consagrou no Santos, mas deveria ter sido convocado por alguns motivos: Está no álbum de figurinhas (tinha que ir), fez uma parceria fantástica com Neymar no Santos; o cara sabe unir o grupo; é carismático e sempre sai bem nas coletivas de imprensa e por último humilhou o Corinthians, detonando o Rogério com suas pedaladas. Brincadeiras à parte, o Robinho poderia ser opção. Quando o Dunga tomou o segundo gol da Holanda na última Copa, ele olhou para o Banco e não viu ninguém que poderia entrar em campo como uma segunda opção. O Felipão corre o mesmo risco.
Júlio Cesar, o goleiro, que joga no time... Onde ele joga mesmo? Ninguém sabe. Ele joga lá no Toronto...(?!)
Lucas, o moleque aqui da Santo Afonso, vi o cara crescer, conheço a família... Depois do Neymar, a torcida clamava por Lucas. Foi para Europa e se perdeu, virou banco. Teve apenas uma chance com Felipão.
Na armação, quem vai ter que segurar o barco é o jovem William, aliás não tão jovem assim, o cara tem 25 anos. Mas se ele estiver mal... aí... O Felipão terá que improvisar. Fazer aquela coisa de volante-armador, coisa e tal.
Enfim. O time é bom. Conciso. Mas é muito pragmático. Ao contrário as seleções anteriores, não há craques que ficaram de fora, mas sim, bons jogadores que deixaram de ser convocados. Só o tempo nos irá responder.
O rock morreu? Se não faleceu, está agonizando há tempos
O jornalista e critico musical
André Forastieri lançou recentemente o livro “O Dia em que o Rock Morreu”. Não li a abra, mas já de antemão
concordo plenamente com o título. O rock em sua origem “real” não existe mais.
O termo permanecerá, pois sempre existirá e surgirão boas bandas e artistas,
pois o “rock” deixou de ser “gênero” para ser “estilo” para ser vendido.
O rock nasceu lá em meados dos
anos 50 com in fluência pesada de artistas que cantavam blues nos anos 40.
Explodiu com Elvis Presley que o popularizou e escandalizou o mundo com sua
dança e sua música. Mas, não foi ele sozinho, já havia uma cena acontecendo,
dezenas de artistas estavam cantando e fazendo este tipo de música, graças a Adolf
Rickenbacker, que introduziu captadores elétricos nos violões e em seguida
produziu a guitarra no final dos anos 30 e, nos anos 50, este instrumento seria
a chave para alavancar o rock.
Mas, não era só isto. O mundo
pós-guerra estava confuso. Os jovens do final dos anos 50 temiam por uma
terceira guerra mundial. A Europa estava se reconstruindo; os Estados Unidos
ainda tinha as marcas do racismo e a guerra fria contra a União Soviética se
acentuava; as mulheres e os negros lutavam pelos seus direitos e as drogas surgiram
como uma concepção “religiosa” para alcançar o “nirvana” e fazer “viagens transcendentais”.
O mundo começa a ficar pop com a popularização da televisão e dos programas de auditório
como o de Ed Sullivan e era preciso “entretenimento” e o rock era um bom
produto.
Aquela coisa suja, contestada já
por todos, é representada por um “bom moço”, oriundo de família Batista. Em sua
primeira aparição na televisão Elvis Presley canta uma música gospel no
programa de Ed Sullivan (https://www.youtube.com/watch?v=_PkUGDFLaUE),
ganha corações das meninas e do público, mas ainda sim, o rock estava
completamente ligado à transgressão da sociedade completamente conservadora.
Nos anos 60 o rock se consolida
ainda mais com os Beatles e o surgimento de centenas de bandas e o festival Woodstock
consagra de vez o rock como um modo de vida. O movimento hippie, “faça amor,
não faça a guerra”, “sexo, drogas e rock and roll” eram comuns, pois o contexto
social era diferente. Acreditava-se que a música, por meio do rock, seria capaz
de mudar o mundo e mudar o comportamento das pessoas.
Com o passar do tempo, veio ainda
o movimento punk, pós-punk, entre outros estilos que pregava um modo de viver.
A música era a chave deste “sonho”, o termo “roqueiro” propiciava uma
identidade ao jovem, que não era “nada”, apenas um estudante com um futuro
incerto. Ser “roqueiro” significava que era contra o status quo da sociedade.
Era também uma posição política, mesmo nunca tendo votado ou se interessado
pelas notícias do dia a dia.
Nos anos 80 Bono Vox e seu U2 acreditava
que a música poderia levar a paz e de mudar o mundo. Eu, quando adolescente, também
acreditei nisto, conversava horas com meu amigo Élcio Paulo, que era fã do U2
e, com meu primo Claudio Sokz, que o rock ou as músicas poderiam mudar o estilo
de vida das pessoas. Renato Russo cantava: “... Somos soldados, Pedindo esmola.
A gente não queria lutar...”; A banda Ira cantava: “... Eu tentei fugir não
queria me alistar, Eu quero lutar, mas não com essa farda...”
Entre outras dezenas de canções
que carregavam em si, a alma do gênero.
Ainda nos anos 80, Morrissey dos
Smiths era completamente contra o termo “British rock”, para ele, os Smiths era
apenas uma banda pop, pois o rock já havia morrido. Se Moz estava certo ou não,
nos anos 90 o rock em sua essência ressurgiu com o Nirvana e toda a galera de Seattle.
O legal, é que a cena já estava acontecendo com o Soundgarden, Pearl Jam, Alice
Chains, entre outras bandas, que já estavam tocando e o Nirvana apareceu para a
mídia como um “porta-voz” de toda a galera.
Os jovens dos anos 90 ainda merecem um estudo especial, pois era o
princípio da mudança de vários paradigmas. Muito daquilo que os jovens buscavam
décadas anteriores tinham sido conquistado nos anos 90, o filme “O segredo do
Meu Sucesso”, de 1987, diz um pouco disto. Muitos padrões estavam mudando e
novas drogas apareceram. Filmes como Trainspotting, de 1996, de Danny Boyle,
baseado em livro homônimo de Irvine Welsh, retrata como os jovens desta década
viviam. Outro filme importante é Singles, no Brasil “Vida de Solteiro”, de
1992, que mostra o estilo de vida dos jovens de Seattle, berço do movimento
grunge. O interessante é que o cenário estava pronto para uma revolução, o
estilo de vida daqueles jovens denunciava que algo tinha que acontecer, e o
grunge é um pouco disto.
Desde então, a evolução tecnológica,
o acesso à informação, a facilidade do marketing “do your self”, “do it”, fez
com que as grandes gravadoras não investissem mais e novos talentos. Todos
podem produzir e fazer música. O fim dos discos de vinil e dos CDs e as músicas
na internet, também enfraquecem a cultura das lojas de discos, que faliram.
Hoje tudo é na hora, com apenas
um clique no celular ou no computador e a música já não “salva o mundo” e todos
os jovens sabem disto, mesmo o Bono Vox é claro. O rock em sua essência não tem
mais a mesma semântica. É apenas um estilo para alguns e para os mais jovens
ainda, “é coisa de velho”. Boas bandas sempre existirão, roqueiro que toma Coca-Cola
ou cerveja em shows como eu, sempre existirão. Mas aquele rock de Iggy Pop,
Stones, Led Zeppelin... Morreu... De vez em quando suspira por meio de uma Amy
Winehouse aqui, e outra alí.
Lowdown
Um dos maiores clássicos da música pop com um groove-soul sensacional, com leves pitadas de guitarras e um vocal sensacional é do guitarrista pouco conhecido no Brasil, chamado William Royce Boz Scaggs, mais conhecido como "Boz Scaggs". O cara tem 20 álbuns gravados, desde os anos 60, e passeia pelo blues, rock, funk... O cara é bem versátil e toca muito. Seu maior clássico é Lowdown que não canso de ouvir em suas mais variadas versões. Separei algumas sensacionais.
Boz Scaggs ao vivo no Japão em 1973
Mario Biondi, Incognito e Shaka Kan
Darryl Hall e Chromeo
Uma pausa to take a picture...
Durante a milhares de foto na Colação de Grau Solene da FAENG no Clube Atlético Aramaçan, uma pequena pausa para uma foto com a Bianca e Marlu, que insiste em fechar os olhos em todas as fotos que tira.
Casa do Norte Cupecê
Sou um exímio admirador de comidas e quitutes de boteco. Mas tem que ser boteco de bairro, tipo aquele que não tem menu, pois o que tem já fica exposto na estufa. Neste daí da foto, na Avenida Cupecê, que é uma das mais antigas da região sul de São Paulo, com quase 50 anos, o jabá é irresistível acompanhado com farinha, pimenta e se quiser vai bem com uma cerveja gelada ou uma cachaça específica da roça.
The Alan Parsons Project and friends...
Encontrando amigos no show do Alan Parsons Project. Um show atípico no HSBC Music Hall lotado, na última sexta-feira, dia 28.. O público com idade acima dos 40 foi comportado para ver as nuances da banda de rock progressivo dos anos 70, formada pelo produtor Alan Parsons. Na saída dei uma "palhinha".
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