Para ministra, racismo contra brancos é natural



Ontem (28) foi publicado em todos os jornais a declaração da ministra Matilde Ribeiro, titular da Secretaria Especial de Política da Promoção da Igualdade Racial (Seppir), quando ela considera natural a discriminação dos negros contra os brancos. É realmente lamentável uma pessoa que ocupa tal cargo fazer uma afirmação destas.
A entrevista foi dada à BBC Brasil para lembrar os 200 anos da proibição do comércio de escravos pelo Império Britânico – tido como o ponto de partida para o fim da escravidão em todo o mundo –, ela afirmou que "não é racismo quando um negro se insurge contra um branco".
A ministra foi mais longe ainda quando disse que “A reação de um negro de não querer conviver com um branco, eu acho uma reação natural. Quem foi açoitado a vida inteira não tem obrigação de gostar de quem o açoitou", justificou a ministra.
Ela disse ainda que vai demorar até que as políticas públicas implantadas nos últimos anos comecem a dar resultados concretos. Bom se os resultados que ela espera tem a ver com suas declarações... Vamos ter muito mais racismo, mas enfim! Segundo a ministra isso é natural! Fazer o que né?
Sérgio Pires

Educação

Boa gestão, e não orçamento maior, determina boas notas

Diretores de unidades que perseguem metas e monitoram cumprimento de aulas melhoram desempenho escolar

Simone Iwasso - उओल - २३.०३.07

Gerenciar bem os recursos na escola faz mais diferença para um bom desempenho dos estudantes do que apenas investir muito dinheiro। A afirmação, óbvia para economistas e administradores, mas ainda tabu no setor pedagógico por envolver conceitos como metas, objetivos, avaliações e resultados, é uma das principais conclusões de um estudo inédito feito a partir de dados do Sistema Nacional da Avaliação Básica (Saeb) e da Prova Brasil, aplicados pelo Ministério da Educação।

“O cruzamento mostra que não há relação direta entre os recursos e a nota dos alunos”, explica o economista Naércio Menezes Filho, autor da pesquisa “Determinantes do Desempenho Escolar do Brasil”, obtida com exclusividade pelo Estado e que será apresentada amanhã em evento em São Paulo. Um exemplo dessa constatação é o caso de municípios que gastaram quase R$ 1 mil por aluno ao ano e tiveram estudantes da 8ª série com média de 250 pontos em matemática no Saeb, enquanto outras cidades obtiveram o mesmo resultado com R$ 250. “É claro que dinheiro é importante, mas diferenças na gestão, na forma de alocá-lo são mais importantes para explicar melhores resultados do que a simples quantidade de recursos”, diz Menezes Filho, que é coordenador do Centro de Pesquisa Acadêmica do Ibmec São Paulo e professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo.

O professor comparou as notas dos exames, divulgadas pelo ministério, com os recursos no orçamento da educação dos municípios, que constam no Tesouro Nacional. O Saeb é uma prova feita a cada dois anos por amostragem para alunos da 4ª e 8ª séries do ensino fundamental e 3º ano do médio. Avalia o aprendizado de língua portuguesa e matemática. Já a Prova Brasil foi feita pela primeira vez em 2005 em todas as escolas públicas de Estados e municípios que aderiram ao projeto.

A EFICIÊNCIAPelo cruzamento, o município de São Paulo gastou ao ano por aluno da 4ª série R$ 1.060 e teve média de 168 pontos na Prova Brasil - o que quer dizer que eles conseguem só fazer soma e subtração, não chegando à multiplicação. Por outro lado, os estudantes de Rio Branco (AC), com média de 177 pontos, custaram R$ 589. Já os de Porto Alegre custaram R$ 843 e tiveram média de 184 pontos - nessa escala, o aluno faz multiplicações simples, mas não lê as horas num relógio de ponteiros.Variações maiores são percebidas no interior.

O município de Areias (SP) investiu R$ 2.681 e seus alunos tiveram 167 pontos; em Presidente Kennedy (ES), foram R$ 2.254 e 165 pontos. Na outra ponta, Birigüi (SP) teve bom resultado: média de 209 pontos e investimento de R$ 889.

A partir dos 200 pontos, eles usam relógio de ponteiros e multiplicam números de dois algarismos.“A partir de outros relatórios tínhamos mesmo esse indicativo de que o gasto não influenciava diretamente o desempenho. O que esse cruzamento faz agora é reforçar o conceito de que um dos grandes problemas da educação é a falta de gestão”, diz a secretária da Educação do Distrito Federal, Maria Helena Guimarães de Castro.

Ela também comprovou essa indicação numa pesquisa recém-concluída. “As melhores escolas que encontramos aqui foram as que o diretor estava empenhado”, diz Maria Helena. “Todas recebem o mesmo valor, mas o desempenho do aluno varia até 30% entre elas. E algumas das melhores estavam em bairros periféricos”, afirma.

As variantes percebidas pela secretária como diferenciais são as mesmas encontradas no cruzamento feito por Menezes: diretor estável, que independe da iniciativa da secretaria, controla faltas de professores e monitora o cumprimento das aulas.“O ambiente dos educadores ainda rechaça a visão de que a educação é um serviço, que deve prestar contas de seus resultados e ter uma gestão profissional.

Temos dados de uma pesquisa que vamos divulgar que mostram que os professores, quando trabalham na escola pública e na privada, admitem faltar muito mais na pública, porque na privada são cobrados por suas faltas”, afirma Ilona Becskeházy, diretora-executiva da Fundação Lemann, que atua na formação de gestores da educação. Resultados de um dos projetos da fundação, aplicados em 2005 em Santa Catarina e São Paulo, mostraram acréscimo de 18% nas notas de português dos alunos da 4ª série depois que diretores receberam aulas.

O processo foi repetido ano passado com resultado semelhante em Tocantins e Ceará. No entanto, segundo Ilona, ainda estamos longe da profissionalização, já que nomeação direta ou política para diretor é comum em pelo menos oito Estados, como na Bahia. “Se dependesse só de volume de recursos, era para a situação ter mudado. Prestar contas não é só mostrar nota fiscal, é ter resultado”, diz Maria Auxiliadora Resende, secretária da Educação de Tocantins e presidente do Conselho Nacional de Secretários da Educação.

Em Tocantins, com mudança na gestão (metas para professor, controle de falta e nomeação de diretor por capacidade técnica) houve, de 2001 a 2005, melhora de 30% no Saeb.

Dia da audiência

Dia da audiência... E a testemunha?
Em algumas horas estarei diante de um juiz! Trata-se de uma ação trabalhista que movi contra uma empresa, isso após ter trabalhado 45 dias e não ter recebido um vintém. É duro... Tenho várias provas que realmente trabalhei, porém o advogado quer "testemunhas". Caramba! Ligo para várias pessoas, mas e o medo, ou mesmo até a falta de vontade de estar alí, diante de um juiz, incomoda.
Mas, reconheço, é culpa minha! Afinal só fui me dar conta de convidar as pessoas no próprio dia da audiência. Isso já é um ótimo motivo para receber um não. "Ah! Se tivesse me avisado antes, eu até iria", foi a resposta mais ouvida, mesmo que não haja nenhum compromisso, agora passa existir.
Bem... Vou ao encontro do juiz, da sentença.... Mas me pergunto: cadê as testemunhas?
Meu... Está aqui o prof. Jefferson (com dois fssss), o cara é chique hein... Também o prof. Bira, para discutir o uso do blog. Então o Bira diz que pode ser mais uma ferramenta a disposiução do professor em suas aulas e no desenvolvimento do aluno após elas.
Já o Jeff diz que o blog...hummm... Pode ser um instrumento que entre várias funções tem o ponto forte de ajudar na interação e na auto-formação do aluno que no século XXI não pode ser pensada só em termos de sala de aula.

Show acidental do Echo



Show acidental do Echo

Adoro o Echo, fui em um show deles em 1999, na Via Funchal, foi demais! Mas juro que não tinha nenhuma intenção de ir à apresentação única que ocorreu no último sábado (29), no Credicard Hall. Estava indo ao cinema, no Shopping Morumbi e, peguei a marginal. Era 21h, e passei em frente ao Credicar Hall, ví uma pequena aglomeração na entrada e lembrei: "Hoje é o show do Echo!", de imediato, esqueci-me do cinema e estacionei o carro.

Ingressos tinha de monte... Local estava praticamente vazio. Comprei o mais barato (cadeira superior) a R$ 30 a meia entrada.
Ao dar o ticket, a recepcionista me avisa, que tinha que trocar o ingresso. Ao trocá-lo uma surpresa, como o show tinha poucas pessoas todos iriam para pista ou cadeiras superiores (a mais cara).

Na fila da entrada estava o repórter do Globo Márcio Canuto, que dizia ser fã da banda, e me avisou: "Nunca ví um show tão vazio".
Beleza, sentado confortavelmente de frente ao palco, acompanhei ao show. No final do espetáculo, Canuto ainda poderia dizer: "Nunca ví um show tão bom".

O show

Foram inúmeros hits: Lips like sugar, Killing moon, Bring on the dances horses, the cutter... Só aí já valeria o show. Mas, o que mais me chamou atenção foram as baladas maravilhosas do último cd Sibéria. Me enganei ao pensar que o Echo havia acabado. Cheguei a pensar que era uma banda que vive de hits do passado, mas me enganei profundamente, músicas como: Stormy Weather, All because of you days, entre outras baladas fantásticas, deixaram a platéia parada, estática, não porque o público era "frio", mas porque as harmonias das músicas hipnotizaram todos que estavam alí, e ouviram não apenas uma banda, mas os rifs de guitarras dos anos 80 soarem de forma tão original. O vocalista Ian Mc... (O cara tem um nome dificil mesmo) a todo momento conversava com o público, chegava a pedir a platéia, a música que poderia tocar.
Agora que venha o Sister of Mercy no dia 19.

Música


Música, música, música...

I got no job, but a get the music! Yé!!!!

Hoje tirei a manhã para ouvir Railway Children, uma banda dos anos 80/90 que não ficou nenhum pouco conhecida aqui no Brasil. Porém, chegou a gravar cinco discos, este que apresento, trata-se de uma coletânia acústica... Muito boa!!! Para quem nunca ouviu, é uma boa dica para baixar em MP3, então anotem: Railway Children - Radio One.

Música


Música, música, música...

I got no job, but a get the music! Yé!!!!

Hoje tirei a manhã para ouvir Railway Children, uma banda dos anos 80/90 que não ficou nenhum pouco conhecida aqui no Brasil. Porém, chegou a gravar cinco discos, este que apresento, trata-se de uma coletânia acústica... Muito boa!!! Para quem nunca ouviu, é uma boa dica para baixar em MP3, então anotem: Railway Children - Radio One.

Música, música, música...

I got no job, but a get the music! Yé!!!!

Hoje tirei a manhã para ouvir Railway Children, uma banda dos anos 80/90 que não ficou nenhum pouco conhecida aqui no Brasil. Porém, chegou a gravar cinco discos, este que apresento, trata-se de uma coletânia acústica... Muito boa!!! Para quem nunca ouviu, é uma boa dica para baixar em MP3, então anotem: Railway Children - Radio One.

Poesia

Nossa!!
Primeiramente quero me desculpar pela demora, afinal foram três meses sem atualizar o Blog. Sorry.

Então gostaria de presenteá-los com uma poesia de Edgar Alan Poe, na versão de Fernando Pessoa, ficou demais!!!

Edgar Alan Poe
Versão Brasileira Fernando Pessoa

Por Edgar Alan Poe,
Versão Brasileira Fernando Pessoa

O Corvo

Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste,
Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais,
E já quase adormecia, ouvi o que parecia
O som de algúem que batia levemente a meus umbrais.
"Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais.
É só isto, e nada mais."

Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro,
E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais.
Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada
P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais -
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais,
Mas sem nome aqui jamais!

Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo
Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais!
Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo,
"É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais;
Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais.
É só isto, e nada mais".

E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante,
"Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais;
Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo,
Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais,
Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais.
Noite, noite e nada mais.

A treva enorme fitando, fiquei perdido receando,
Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais.
Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita,
E a única palavra dita foi um nome cheio de ais -
Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais.
Isso só e nada mais.

Para dentro estão volvendo, toda a alma em mim ardendo,
Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais.
"Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela.
Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais."
Meu coração se distraía pesquisando estes sinais.
"É o vento, e nada mais."

Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça,
Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais.
Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento,
Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais,
Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais,
Foi, pousou, e nada mais.

E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura
Com o solene decoro de seus ares rituais.
"Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado,
Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais!
Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais."
Disse o corvo, "Nunca mais".

Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro,
Inda que pouco sentido tivessem palavras tais.
Mas deve ser concedido que ninguém terá havido
Que uma ave tenha tido pousada nos meus umbrais,
Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais,
Com o nome "Nunca mais".

Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto,
Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais.
Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento
Perdido, murmurei lento, "Amigo, sonhos - mortais
Todos - todos já se foram. Amanhão também te vais".
Disse o corvo, "Nunca mais".

A alma súbito movida por frase tão bem cabida,
"Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais,
Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono
Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais,
E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais
Era este "Nunca mais".

Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura,
Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais;
E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira
Que qu'ria esta ave agoureia dos maus tempos ancestrais,
Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais,
Com aquele "Nunca mais".

Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo
À ave que na minha alma cravava os olhos fatais,
Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando
No veludo onde a luz punha vagas sobras desiguais,
Nauqele veludo one ela, entre as sobras desiguais,
Reclinar-se-á nunca mais!

Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso
Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais.
"Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te
O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais,
O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais,
A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo,
A esta casa de ância e medo, dize a esta alma a quem atrais
Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais!
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta!
Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais.
Dize a esta alma entristecida se no Édem de outra vida
Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais,
Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

"Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte!
Torna á noite e à tempestade! Torna às trevas infernais!
Não deixes pena que ateste a mentira que disseste!
Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais!
Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!"
Disse o corvo, "Nunca mais".

E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda
No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais.
Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha,
E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais,

Libertar-se-á... nunca mais!