PARABÉNS A TODOS NÓS!!

Galera... Esta é a mensagem que a prof. Suely deixou para todos, referente ao simpósio. Está "eternizada neste blog".
Nice weekend for everyone!

Aos alunos
que se estudaram a mais para se preparar para as apresentações..
que ficaram dias sem dormir, preocupados em dar o melhor de si....
que ajudaram os colegas para que tudo saísse em ordem....
que correram para dar apoio aos colegas nas apresentações...

Aos professores
que ficaram durante dias, madrugada adentro preparando a organização...
que se desdobraram para dar alguma orientação, para a apresentação...
que ficaram aflitos, para que os alunos pudessem fazer a melhor apresentação possível...
que trabalharam fora do seu horário, para que o evento pudesse acontecer...

Aos funcionários...
que se desdobraram para deixar tudo pronto...
que se desdobraram para dar tudo certo...

a todos que
mesmo diante da descrença e da apatia generalizadas, ainda se mobilizam, buscando espaços para iluminar um pouco mais o modesto conhecimento que temos da realidade;

a todos que
acreditam na escola como espaço de formação/transformação de valores, idéias e hábitos, levando a sério que, como diz Alfredo Bosi, : “ a poluição informativa e a tecnologia mais moderna não tiram, por si sós, o homem da barbárie e da opressão. Apenas dão-lhe mais um “meio de vida”, isto é um meio de defesa e da ataque na sociedade da concorrência.”

Um grande abraço! Fico feliz de trabalhar com vocês! Por isso mando um
pequeno poema, de Antônio Machado, poeta sevilhano.
Provérbios e Cantares
Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar.
In; Machado, Antonio. Poesías completas. 14ª ed. Madri - Espasa- Calpe 1973. p. 158 "Proverbios y cantares".
(Caminhante, são teus rastos
o caminho, e nada mais;
caminhante, não há caminho,
faz-se caminho ao andar.
Ao andar faz-se o caminho,
e ao olhar-se para trás
vê-se a senda que jamais
se há-de voltar a pisar.
Caminhante, não há caminho,
somente sulcos no mar.)
">

O que é democracia?


Sinceramente, depois do depoimento do presidente Lula, sobre o fechamento da RCTV na Venezuela, já não sei mais o que é democracia. Diz o nosso presidente que o ato do fechamento do presidente venezuelano Hugo Chaves é um ato “democrático”. Ora, se a repressão é democrática, então o golpe militar de 64 também foi. “Ta certo que o problema é deles (venezuelanos), mas como “parceiros” do Brasil, esta questão merece ser analisada de vários “olhos”, pois, Lula afirmou à Folha” que não dá para ideolizar o tema, pois o mesmo Estado que dá uma concessão é o mesmo que não dá”.
Sabemos que democracia é uma forma de governo que emana do povo e, opõe-se à ditadura e ao totalitarismo, onde o poder reside numa elite auto-eleita. E, para isso a liberdade de imprensa é fundamental para que isso se constitua.
Por isso a posição do Partido dos Trabalhadores em apoiar Hugo Chaves é um retrocesso, é legitimar a repressão pelo qual sempre foi contra. O PT sempre lutou pelo direito à liberdade de imprensa que é um bem da sociedade, porém está negando suas raízes, e aos poucos assume características de opressor.
Mesmo com essa posição, ela não reflete no Brasil, que há liberdade de imprensa. Questionar os meios de comunicação que representam à burguesia é um outro fator. Contra isso, temos meios alternativos, internet, blogs, zines, panfletos, jornais alternativos onde ainda é possível se expressar. No dia em que o presidente afirmar que isso é proibido, pois é contra o governo, como fez Chaves, não vou mais me assustar.

A barriga


Dias atrás meu pai fez um comentário simples, daqueles rotineiros das conversas do dia a dia. “Encontrei a Maria (uma velha conhecida da família). Ela tava bonita. Gordaa... Respirando saúde”. Entendi muito bem o que ele quis dizer com o “gordaa”, sem importância para mim esqueci o fato.
Certa vez uma prima nos visitou e a observação que meu pai fez foi a mesma. “Nossa, como está bonita... Engordou né!” Minha prima de imediato fechou a cara, desse dia em diante entrou em regime e, até hoje diz que come alface com tomates. Isso tudo tem uma explicação: a barriga.
Houve uma época em que ser gordo era sinônimo de saúde e beleza. Nos tempos atuais, das gorduras “trans”, ser gordo é pejorativo para muitos e barrigudo então é pior, pois para muitos é “desleixo”. Para amenizar a situação alguns dizem que não tem barrigas, mas sim “calos sexuais”.
Ao ver minha barriga penso... “Estou gordo ou barrigudo?” Sem saber a diferença a mantenho... Faço corridas, caminhadas, futebol... Mas nada... Ela continua intacta, do mesmo tamanho, sendo alimentada pelas gorduras “trans” dos fast foods; pelas cervejas após o futebol; pela comida caseira, regada a pimenta e farinha; pelas coxinhas, e esfihas da faculdade; também pelos pastéis de feira; pelos refrigerantes que dizem ser light e por tanta, mais tantas asneiras de botecos, que parecem ser quitutes dos deuses.
Não tem jeito, como diz Lulu Santos: “Ela me faz tão bem, ela me faz tão bem... Que eu também quero fazer isso por ela...”

FAD realiza simpósio com sucesso

O empenho dos estudantes de Letras e Pedagogia são os fatores essenciais para o sucesso do II Simpósio dos Cursos de Letras e Pedagogia, que começou ontem (18) e terminha hoje (19). Ontem, na abertura do evento, os alunos se dividiram em diversas salas assistindo às exposições que trataram de diversos temas, desde a importância da produção de textos ao ensino da Língua Portuguesa para Surdos. De acordo com a professora Suely Amaral, as apresentações do primeiro dia foram de “alto nível”. Nas fotos acima, a estudante do 5º semestre de letras, Adriana apresenta sua apresentação sobre cinema na escola. Ao lado a professora Suely assiste as apresentações olhando "da janelinha" as performaces dos estudantes.

O amor gramatical...

Redação feita por uma aluna do curso de Letras, da UFPE (Universidade Federal de Pernambuco - Recife), que venceu um concurso interno promovido pelo professor titular da cadeira de Gramática Portuguesa.
Redação:
Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com um aspecto plural, com alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal.
Era ingênua, silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanáticos por leituras e filmes ortográficos. O substantivo gostou dessa situação: os dois sozinhos, num lugar sem ninguém ver e ouvir. E sem perder essa oportunidade, começou a se insinuar, a perguntar, a conversar.
O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice. De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro: ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos.Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeça a se movimentar: só que em vez de descer, sobe e pára justamente no andar do substantivo.
Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela em seu aposto. Ligou o fonema, e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.Ficaram conversando, sentados num vocativo, quando ele começou outra vez a se insinuar. Ela foi deixando, ele foi usando seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo, todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo direto. Começaram a se aproximar, ela tremendo de vocabulário, e ele sentindo seu ditongo crescente: se abraçaram, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples passaria entre os dois.
Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula ele não perdeu o ritmo e sugeriu uma ou outra soletrada em seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, estava totalmente oxítona às vontades dele, e foram para o comum de dois gêneros.Ela totalmente voz passiva, ele voz ativa. Entre beijos, carícias, parônimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais: ficaram uns minutos nessa próclise, e ele, com todo o seu predicativo do objeto, ia tomando conta.
Estavam na posição de primeira e segunda pessoa do singular, ela era um perfeito agente da passiva, ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular. Nisso a porta abriu repentinamente. Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo, e entrou dando conjunções e adjetivos nos dois, que se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas. Mas ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tônica, ou melhor, subtônica, o verbo auxiliar diminuiu seus advérbios e declarou o seu particípio na história.Os dois se olharam, e viram que isso era melhor do que uma metáfora por todo o edifício.
O verbo auxiliar se entusiasmou, e mostrou o seu adjunto adnominal. Que loucura, minha gente. Aquilo não era nem comparativo: era um superlativo absoluto. Foi se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado para seus objetos.Foi chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo, propondo claramente uma mesóclise-a-trois. Só que as condições eram estas: enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria ao gerúndio do substantivo, e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.
O substantivo, vendo que poderia se transformar num artigo indefinido depois dessa, pensando em seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história: agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, jogou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva".