A briga entre os "artistas" e estudantes reflete bem não só pela situação política em que o mundo "globalizado" vive, como também coloca a cultura como um "status" burguês. O fato de quererem tirar o direito à meia entrada dos estudantes, professores e funcionários públicos é tirar o direito à cultura de quem mais a consome.
As cotas de 40% estabelecidas apenas para os estudantes até a graduação superior limita o direito à cultura até mesmo dos próprios estudantes. Dizer que agora os preços do cinema ou do teatro estarão mais baratos é pura balela, vão continuar tão caros como sempre foram. Aliás, mesmo a meia entrada de uma peça de teatro é absurdo, há peças onde a meia custa por volta de R$ 100,00.
Dizem os produtores que era impossível fazer os cálculos... Bom... Se tem cálculos é porque eles não tinham acesso imediato ao "lucro", com as cotas de 40% os lucros estarão visiveis, pois, antes o lucro (que já é absurdo) não podia ser estipulado.
Nos anos de "chumbo" os "artistas" e estudantes formavam um só grupo contra a burguesia, contra a ditadura, agora "eles" estão do outro lado: o de lá. Mas... Em tempos globalizados, onde os lados se confundem onde realmente o "lá" fica? É aqui? ou é lá?
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