Quem diria, o jornal Folha de São Paulo, considerado de "vanguarda", de "intelectuais" e até mesmo considerada no passado como um jornal de "esquerda", mostrou sua cara no editorial de 17 de fevereiro, quando chamou a ditadura de "ditabranda".
O fato repercurtiu de forma tão negativa, que o jornal da Record, lá do bispo Macedo, estão produzindo um material jornalístico sobre o papel da Folha de São Paulo no período militar. Uma das reportagens traz uma manchete da Folha com um político assassinado. Mas o mais incrível é que esta pessoa foi assassinada dias depois da reportagem.
Entenda o caso
Em editorial publicado em 17 de fevereiro, no qual o jornal comentava a vitória de Hugo Chávez em referendo que deu ao presidente venezuelano o direito de candidatar-se à reeleição quantas vezes quiser, o jornal classificou o regime militar instaurado no Brasil como "ditabranda", se comparado a ditaduras de outros países da América Latina.
O texto rendeu uma série de comentários e reações por parte dos leitores da Folha. Segundo informa o jornal, foram publicadas 21 cartas sobre o tema no "Painel do Leitor", sendo 18 contrárias ao diário. Entre elas, as cartas enviadas pelos professores Maria Victoria Benevides e Fábio Konder Comparato foram respondidas com rispidez, outro fato causador de polêmica.
O descontentamento de parte dos leitores culminou no protesto realizado em frente ao jornal, com a presença de familiares de vítimas da ditadura, sindicalistas e estudantes. O ato foi organizado pelo Movimento dos Sem-Mídia.
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