A entrevista concedida ao
fantástico da rainha dos baixinhos Xuxa Meneguel ganhou destaque em todas as
mídias e a repercussão foi enorme, com direito a vários comentários nas redes
sociais. Mas não li o que gostaria de ter lido nos sites, blogs e nos jornais.
Quem sou eu para (in)formar ou (des)informar sobre um assunto tão complexo, sério
e de um certo ponto de vista banal (não o caso de estupro).
Antes de começar, é importante
esclarecer que a Xuxa é, e sempre será a “rainha dos baixinhos”, que influenciou
e continua influenciando gerações, pois desde os anos 80 ela aparece nas
telinhas e com seu trabalho conquistou o país.
Isso tem um alto custo. Ela é pop. Assim como os grandes astros do cinema, das bandas de rock ou os maiores atores e atrizes da televisão. Sua privacidade é, e sempre será invadida, pois sua vida é compartilhada por milhares de fãs.
Isso tem um alto custo. Ela é pop. Assim como os grandes astros do cinema, das bandas de rock ou os maiores atores e atrizes da televisão. Sua privacidade é, e sempre será invadida, pois sua vida é compartilhada por milhares de fãs.
A entrevista do Fantástico que
foi ao ar no último domingo, foi um “golpe fantástico” armado pelo alto escalão
global com uma entrevista meticulosamente bem editada. Dá dá até para imaginar a
reunião de pauta do programa formada pelos diretores globais, afinal, a
audiência do Fantástico está caindo a cada semana e trazer o depoimento com as
revelações de Xuxa, cai como um diamante. Para tanto, a transformaram na protagonista do domingo à
noite, conquistando alto índice no ibope. A audiência foi tamanha que dá até uma expectativa do
que vai acontecer na semana que vem, será que a Xuxa volta?
Mas, tudo foi muito bem trabalhado. A luz, o cenário, os closes, as lágrimas, tudo, tudo bem enquadrado e, possibilitava a criação de um "envelope visual" da trama narrada. Em certos pontos da entrevista, quando ela falou corajosamente que sofria abusos, há closes em seu rosto, e quando se afastava, criava-se uma penumbra ao fundo, assim como o programa Provocações da TV Cultura, com Antônio Abujamra, mas aqui, o casaco vermelho se destaca com a camisa branca. Será alguma semelhança com o casaco vermelho de Michael Jackon em Thriller?
Mas, tudo foi muito bem trabalhado. A luz, o cenário, os closes, as lágrimas, tudo, tudo bem enquadrado e, possibilitava a criação de um "envelope visual" da trama narrada. Em certos pontos da entrevista, quando ela falou corajosamente que sofria abusos, há closes em seu rosto, e quando se afastava, criava-se uma penumbra ao fundo, assim como o programa Provocações da TV Cultura, com Antônio Abujamra, mas aqui, o casaco vermelho se destaca com a camisa branca. Será alguma semelhança com o casaco vermelho de Michael Jackon em Thriller?
O cenário para a o depoimento
da Xuxa teve uma fotografia excelente a textura, o fundo escuro com
uma luz bem suave fazia sua pele brilhar, enfim... Um roteiro perfeito.
Xuxa citou Pelé e sua importância
em sua vida, mas não falou seu nome, assim como o nome do pai de sua filha
Sacha, Luciano Szafir e nem a própria Sacha foi citada. Por que, Se o nome do
quadro era “O Que eu Vi da Vida?” Talvez porque Szafir agora é de outra
emissora, então não pode.
Quando ela fala que foi pedida
em casamento por Michael Jackson, aí soa estranho. Primeiro ela fala que a
proposta veio de um assessor e não do Michael, hora, se a vida de Xuxa era
administrada por Marlene Mattos, imagina então a vida do maior astro pop do
mundo? Mas estava no roteiro... Lembram-se do
casaco vermelho que ela usava? Seria uma mensagem subliminar?
A parte divertida para alguns
e triste para outros, foi quando ela falou das dificuldades de relacionamento quando
está com algum homem, e ela disse: “... Será que pensam: tá na hora, tá na
hora...” Foi sério, mas impossível de não dar rizadas.
Indelicadeza – Isso foi com a ex possível
paquita Adriane Galisteu. Segundo a ex de Senna, ela participou uma vez do
programa da Xuxa há anos e recebeu o convite para ser paquita, porém recusou. Tempos
depois, após Xuxa e Senna terminarem um namoro, ela começa o relacionamento que
durou quase dois anos até a morte do piloto. E, sabendo disso, Xuxa revela no
ar que estaria reatando com Senna (que na época morava junto com Galisteu) e
que falou com ele na véspera de sua morte. Muito deselegante. Isso, ela não precisava fazer.
Mas, se voltarmos no tempo, ela já sido indelicada com Galisteu no velório de Airton.
No final, revela os abusos,
revelando uma mulher de coragem. Tanto que ela e a nadadora Joanna Maranhão,
que também revelou ter sofrido abusos de seu técnico, vão participar a promulgação da
lei de pedofilia. No caso de Xuxa, a polícia e o Ministério Público se
manifestaram, porém, informaram que o crime prescreveu.
E a repercussão da entrevista
continuará em todos os meios de comunicação, pois, a vida destes artistas que pertencem
ao mainstream é pop, o mundo é pop, e
como diz a letra da banda Engenheiros do Havai: “... Qualquer coisa, Quase
nova, Qualquer coisa, Que se mova, É um alvo, E ninguém tá salvo... O Papa é
Pop, O Papa é Pop! O Pop não poupa ninguém...”.
O casaco vermelho de Xuxa na entrevista foi coincidência?