Escuro me cai e me leva às memórias. Me deixa com vontade
de pegar um livro antigo só para ver se encontro anotações rabiscadas. Estes
dias achei uma, engraçada e ao mesmo tempo ridícula de uma aula chata. Estava
sem data. À noite quero ouvir música. Daquelas que faz tempo que você não
escuta, e ouvir alto no fone de ouvido. Mas o ruim é que sempre avanço para a
próxima faixa antes dela terminar.
À noite me vem vontades. Com o controle na mão fico a zapear canais e nunca encontro o que eu quero. Paro em um canal, e 20 segundos é o máximo que assisto cada um, depois recomeço tudo de novo. Sempre vejo as coisas pela metade. Você viu o que aconteceu? Perguntam-me, e eu nunca sei, mudo de canal na hora errada.
À noite me vem a preguiça, os planos pro dia seguinte, o computador, facebook, o hotmail, twitter... Televisão, Jornal da Globo... Aquele livro que parei de ler (penso em recomeçar).
À noite com as luzes da rua, o brilho das esquinas e os flashes da pista de
dança é bem diferente da noite com a luz do abajur, daquela luz vermelha do
aparelho de som que insiste em ficar acesa, mesmo depois de desligado, porém à noite (a)calma.
À noite me vem macia, serena... Quente, às vezes fria. Proporciona
encontros, sorrisos... Sim, ela me vem.
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