Um filhotinho de gavião caiu no campus da Fundação Santo André. Em uma semana se recuperou e foi solto no campus.
The Bear & The Hare
The Bear & The Hare from Hornet Inc on Vimeo.
Um vídeo maravilhoso parece que é desenho, porém é pura animação feito cena por cena... FANTÁSTICO!! O vídeo abaixo mostra como ele foi produzido.John Lewis 'The Bear & The Hare' - The Making Of from Blink on Vimeo.
O nosso comer, o nosso viver...
Nossa vida é tão acelerada que comemos tudo. Estamos inseridos em uma sociedade de consumo que, além de destruírmos o meio ambiente, acabamos com a nosso própria espécie.
As músicas de Cristina
Cristina, então com 15 anos e eu aos 4 |
Sabe algo que passa despercebido
e só após muito tempo, recordamos de fatos que estavam bem no interior de nosso
subconsciente? Foi assim que me recordei de Cristina. Ela teve uma influência
dantesca de muitas bandas de rock que ouço e sou fã de carteirinha, tudo culpa
desta adolescente de 15 anos lá nos anos 70. Remoendo fotos antigas encontro
esta, no bairro de Vila Mascote, próximo à Vila Santa Catarina, onde minha tia
Sefa morava. Na época tinha apenas 4 anos e ficava brincando pelos corredores
no quintal da casa e Cristina ouvia suas músicas no volume máximo na casa ao
lado.
Todos os grandes músicos e
jornalistas anunciam em reportagens que seus primeiros discos comprados ou
ganhados foi algum clássico do rock ou algun artista intitulado “cult” pelo mainstream jornalístico. Fico curioso e até duvido destas
afirmações, pois todos se mostram bem informado e de “bom gosto” desde
criancinha. Eu não. Meu primeiro disco comprado foi dos Carpenters, uma coletânea
bem simples e da Som Livre; o segundo foi da Olivia Newton John, do filme Xanadu
e o terceiro foi dos Paralamas do Sucesso,
O Passo do Lui.
E durante muito tempo acreditei
que estes foram os primeiros artistas que consumi de fato. Mas tudo acabou esta
semana quando reencontrei a foto da Cristina. Ao fazer uma viagem no tempo, relembro
muito bem dela cantando Skyline Pigeon, do
Elton John e a repetia várias vezes.
Para a época, Cristina tinha um
bom gosto, outras bandas que ela colocava em seu estéreo sem parar eram
Chicago, América, Beatles e Led Zeppelin, entre outras bandas de rock dos anos
70. Cristina ouvia as músicas destes grupos todos os dias ao chegar da escola e,
eu me lembro de cada grito que ela dava em alguns refrões.
Resolvi escrever este rascunho pela coincidência da foto e também por ter escutado “If you leave me now” de Chicago que já me remeteu a estas memórias e, me fez repensar um pouco as minhas origens musicais, quando se fala de rock.
Resolvi escrever este rascunho pela coincidência da foto e também por ter escutado “If you leave me now” de Chicago que já me remeteu a estas memórias e, me fez repensar um pouco as minhas origens musicais, quando se fala de rock.
Anos se passaram, minha tia mudou
de casa, assim como Cristina. Só ficaram as músicas dela.
Hip Hop no metrô de New York
Encontrei estes dias um vídeo que estava em um cartão de celular abandonado em uma gaveta. este vídeo foi gravado em abril de 2012 em uma estação de metrô em Nova Iorque. Detalhe para um comentário: "Temos que ajudar o pessoal" (kkkkk...)
A CBF, Globo e Band acabaram com o brasileiro
O Campeonato Brasileiro de 2013 acabou sem antes ter chegado ao fim. O Cruzeiro foi tricampeão merecidamente com uma campanha mágica, disparado na frente. E foi completamente sem graça. Milton Neves em seu blog escreveu na coluna de hoje, "Chato, sem graça e sem emoção. A falta de carisma é tamanha que o campeão Cruzeiro não precisou nem terminar sua partida para levantar a taça. Como defender um torneio que tem seu vencedor decretado durante um intervalo de partida?", questionou.
Foi um campeonato tão chato, que, por algumas rodadas ficou interessante para saber quem iria cair, ou seja, o campeonato foi tão nivelado por baixo, que o público se preocupava mais, se o São Paulo, Vasco, Santos, Flamengo ou Corinthians iriam para a segundona. Foi mais interessante saber quem era o pior, não o melhor.
O mais triste deste campeonato, assim como em 2003, quando o Cruzeiro foi campeão, é que o público paulista não viu o Cruzeiro entrar em campo, aliás, viu bem discretamente, pois a TV aberta só transmitiu três partidas do Cruzeiro, sendo duas bem no começo do primeiro turno. A primeira partida transmitida do campeão brasileiro foi no dia 5 de junho na vitória de 1 a 0 sobre o Corinthians; a segunda partida foi um minguado empate por 0 x 0 contra o Santos no dia 11 de agosto. A última partida transmitida do campeão aconteceu no dia 9 de outubro na derrota por 2 x 0 contra o São Paulo, e só.
O regionalismo neste final de semana foi uma aberração. O que a Globo e a Band fizeram com os torcedores foi um desrespeito ao campeonato, pois o jogo mais importante da rodada, Grêmio e Cruzeiro, que poderia valer o título do campeonato não foi transmitido para o país, apenas para a capital mineira - Era a partida mais importante, e as duas emissoras transmitiram a partida sem graça entre Atlético paranaense e São Paulo. Era a oportunidade das pessoas que não têm TV a cabo de assistirem a final do campeonato. Alegar a falta de audiência seria um argumento, mas teve o enfoque necessários para estas partidas, que transmitiram estes jogos como se fosse um jogo qualquer, quando não era.
Nesta rodada foi a mesma coisa. O jogo entre Corinthians e Coritiba não valia nada. Tá! Podem até alegar que o "Coxa" briga para não cair. mas assistimos a partida curiosos com os outros resultados das partidas mais interessantes que aconteciam no mesmo horário.
Enfim! A CBF, Globo e Bandeirantes desrespeitam os torcedores por meio de uma fórmula de disputa rídicula, sem graça e completamente desrespeitosa por meio das transmissão de suas partidas.
Sorte ao menos de quem paga pela televisão fechada, longe (um pouco) destas emissoras que detêm os direitos das transmissões.
Não existe projeto urbanístico no ABC e em SP
O arquiteto premiado internacionalmente Jorge Bomfim esteve na Fundação na Semana de Arquitetura. Segundo ele, não existe planejamento urbanístico no ABC e, em todo o estado de São Paulo.
A Game of Shark and Minnow - O novo jornalismo, com as novas tecnologias e seus novos meios.
O novo jornalismo. Que da hora! texto, som, imagens, fotografias... Tudo em um único conteúdo... As sensações que são transmitidas transformam tudo isto em um novo gênero.
Veja a matéria.
http://www.nytimes.com/newsgraphics/2013/10/27/south-china-sea/
Veja a matéria.
http://www.nytimes.com/newsgraphics/2013/10/27/south-china-sea/
França: o berço da democracia e um passado obscuro
Ao contrário dos Julgamentos de Nuremberg, a "Épuration Légale" foi conduzida como um assunto interno francês. Aproximadamente 300.000 casos foram investigados, alcançando os mais altos níveis do governo colaboracionista de Vichy. Mais da metade foram encerrados sem acusação. De 1944 a 1951, os tribunais oficiais na França condenaram 6.763 pessoas à morte por traição e outros crimes. Apenas 791 execuções foram efetivamente realizadas. No entanto, 49.723 pessoas foram condenadas a "degradação nacional", que consistia na perda total de direitos civis.
Leia mais em: O calvário das viúvas da ocupação (28 fotos) - Metamorfose Digital http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=28528#ixzz2jrIaBUXV
Metodista I - Simpósio de Pesquisas e Hot Dog
Garotas Suecas - uma nova opção da MPB
Uma banda bem legal... Um pop com um levada rock-groove... O grupo apresenta músicas intimistas e o mais importante: possuem identidade. O som peculiar da banda traz uma nova opção de música popular. Bem legal de ouvir.
Estados Alterados de Rodrigo Pitta
Para muitos a MPB está mais viva que nunca com seus novos compositores. Realmente o número de artistas, principalmente de novas cantoras da MPB têm aumentado consideravelmente. A maioria ainda independentes, mas uma coisa podemos observar: são chatas. Não as cantoras em sí, mas por conta do nova onda que passeia pelo folk, aquela coisa meio que parada, com "vozezinhas aveludadas", uma suavidade que cansa. Tem um monte destas novas cantoras...
Alguns novos, mas nem tanto assim, apresentam bons trabalhos, como o solo de Edi Rock, Slim e sua Rimografia, e agora o cineasta Rodrigo Pitta... Bem legal.
Slim Rimografia
Rodrigo Pitta
Edi Rock
Escritor burguês: Literatura brasileira atual para quem?
Por muito tempo pensei que fosse ignorante por não achar graça alguma nos atuais romances brasileiros. Por trabalhar com jornalismo e por ser formando em Letras, achei que sempre deveria estar “antenado” no que acontecia no meio literário em nosso país. Tanto que conclui um ótimo curso de especialização em Estudos Lingüísticos e Literário, mas às vezes sentia-me perdido em relação aos novos escritores que me foram apresentados. Comprei pelo menos uns 13 romances destes novos escritores e confesso. Só consegui terminar um, o de Marcelino Freire. Todos os outros não passaram da página 40. Não consegui terminar de lê-los e foram para os sebos trocados por CDs .
No princípio culpava-me, achei até que não estava preparado para tal curso, pois as histórias que se revelavam nestes livros não me satisfaziam em nenhum momento. Histórias cansativas, personagens sem “personalidades”, protagonistas clichês, e, de vez em quando as figuras de linguagens fazem com que os críticos endeusem estes escritores “premiados”.
Esta semana senti um alívio. Deparei-me com o trabalho da pesquisadora da UNB, Regina Dalcastagne, que revelou que o escritor brasileiro atual é um burguês "intelectual", bem antenado e na maioria das vezes jornalistas na casa dos 50.
O resultado revela porque muitas histórias destes romances são chatas, porém premiadas, pois elas são destinadas ao mesmo público que as escreve.
Os números impressionam, pois, 72,7% dos escritores brasileiros são homens; 93,9% são brancos; 78,8% possuem ensino superior; 36,4 são jornalistas e a maioria mora no eixo Rio - SP e sua idade média é de 50 anos.
Os personagens são: 0,4% animais; 1,3% entes sobrenaturais; 62,1% homens e 37,8% mulheres.
De acordo com a pesquisadora, o personagem médio destas obras pode ser definido como um homem branco, heterossexual, intelectualizado, sem deficiências físicas ou doenças crônicas, membro da classe média e morador de grande centro urbano.
Quando estas obras são escritas por autoras mulheres, 52% das personagens são do sexo feminino e quando são autores masculinos, 32,1% são personagens são mulheres.
Os locais destas narrativas são distribuídos da seguinte forma: 82,6% nas metrópoles; 14,3% no meio rural e 37,2% em cidades pequenas.
Um dado interessante são as ocupações dos protagonistas, que revelam muitas vezes, a profissão do escritor. 8,5% são escritores; 7% são bandidos; 6,3% artistas; 5,8% estudantes; 5,6% jornalistas; 5,4% comerciante; 5,4% professores; 4,4% sem ocupação; 4,4% religioso e 3,3% militares.
Um dado interessante é que a maioria dos personagens que não são homens ou brancos é apenas coadjuvante.
Em 56,6% dos romances não existe sequer um personagem não branco e apenas 7,9% dos personagens são negros. Dos romances desta nova literatura nacional, 56,3% dos adolescentes negros retratados são dependentes químicos, contra 7,5% de adolescentes brancos na mesma situação. E a pesquisa não para por aí, pois a autora pesquisou 258 livros e encontrou apenas três protagonistas negras. Das mulheres que foram retratadas nestas histórias 25,1% eram donas-de-casa.
Dos personagens negros retratados nestes romances, 73,5% eram pobres e 20,4% eram bandidos. Agora, os autores retrataram 88,9% das personagens femininas em uma relação “íntimo/familiar”.
Todos estes números da pesquisa revelam porque as histórias dos romances são chatas. Não há um trabalho de pesquisa de campo para se escrever um bom romance. Estes profissionais que lidam com a escrita, como “jornalistas”, “professores” ou áreas afins, que possuem uma boa formação, pensam que escrever é algo simples, quando de fato não é. No Brasil ninguém vive da literatura, é uma segunda opção ou um hobby de gente “intelectualizada”. Isto não quer dizer que só tem coisa ruim. Tem muita coisa legal, mas é tão pouco que é difícil até de encontrar em livrarias.
Depois desta pesquisa, me senti melhor. Percebi então que não estava errado em achar algumas histórias horríveis, romances repetitivos e extremamente burgueses. Qualquer romance de vampiro é melhor do que muitas histórias da nova literatura brasileira, claro que tem exceções.
Veja a entrevista com a autora na Cult, na matéria
Literatura brasileira é coisa de branco?
Quem é você?
Quem é você? Perguntou-me um garoto de aproximadamente uns cinco anos ao me ver com a roupa do Zorro. Do herói mexicano esquecido e que não faz parte do universo Marvel. Ele ficou impressionado com a mascara, a capa e toda a vestimenta preta. Não saia do meu lado. Quando estava longe, seu olhar me procurava. Você é o Zorro? Perguntou em seguida. Sim. Respondi. Ele ficou a sorrir sem entender e finalizou: "Quem é você?" Sou o Sérgio, respondi. Aí ele sorriu, pois todos nós somos heróis independente da fantasia.
Esporte agora é para ser visto praticado pelo “outro”
Definitivamente o povo brasileiro não dá a mínima pelo
esporte (com exceção do futebol, é claro). Mas ao fazer tal afirmação quero
deixar claro que a “grande” mídia em geral não colabora para mudar este cenário.
E, se ao analisarmos os atletas de ponta que temos, chegaremos à conclusão que
eles se destacam não pelo apoio ou qualquer tipo de patrocínio, mas sim por
esforço próprio. Por isso temos que ter orgulho quando atletas brasileiros se
destacam em qualquer tipo de competição internacional.
As empresas ainda não se deram conta do valor que o esporte
pode agregar em um indivíduo. Não apenas nos esportes competitivos, mas no
investimento na formação do cidadão. Isso deveria começar lá... Desde criança,
nas aulas de educação física, valorizando outras modalidades como o vôlei,
basquete, handebol, atletismo, etc.
Hoje sabemos que é necessário patrocínio para montar bons
times de basquete, vôlei, etc. Aliás, há anos São Paulo não conta com um bons
times de basquete ou vôlei, mas para o investimento no esporte como cidadania o
que falta mesmo é uma boa gestão do poder público.
Não existem bons projetos, tanto do governo municipal,
estadual ou federal. O que existe é uma pequena “virada esportiva”, que este
ano, vai acontecer com verba reduzida do prefeito Haddad, mas, o evento que acontece
uma vez por ano, não atinge o seu objetivo.
Em resumo, não há bons projetos que envolvam o poder público
(em qualquer esfera) e a sociedade. Em outras palavras, as pessoas que ocupam
as pastas de secretarias de esporte são mal capacitadas, principalmente há que
envolve o nosso ministro Aldo Rebelo, que faz uma administração “de cabide”,
pois não vemos fruto nenhum do seu trabalho e, isto é em efeito cascata, desde
a esfera federal, até as secretarias municipais. Pode até existir pessoas com
boas intenções, mas como diz o ditado: “De boa intenção o inferno está cheio”.
São necessários projetos específicos para cada comunidade,
isso de acordo com as suas características, tanto culturais como geográfica. É
necessário fazer uma pesquisa do local para averiguar a característica da
população que mora em tal bairro onde o projeto pode ser aplicado. Bom, aí as
coisas começariam a funcionar.
Enquanto isso, o esporte é coisa do “outro”, de quem joga em
um time qualquer, ou de quem pode pagar uma academia. “Esporte é coisa que
passa na televisão e é praticado por quem não tem nada o que fazer”. Esta é a
visão de muitas pessoas que não tem acesso ao esporte. Em outras palavras, o
esporte perde o seu contexto de significado e passa a ser “lazer”, para ser
visto e não praticado. Tanto, que várias pastas municipais as secretarias que
envolvem esporte chama-se “Esporte, Cultura e Lazer”, tudo junto e misturado, é
o mesmo balaio. É nesta mesma visão equivocada é que acontece a Virada
Esportiva, algo para ser visto e sendo praticada pelo “outro”, ou então, aquela
ideia: “Vá e pratique esporte”, como este programa acontecesse nos outros 364
dias no ano.
Não é só de futebol que vive o homem, mas de todas as
atividades físicas, capazes de fazê-lo, pensar, agir e se interagir na
sociedade, transformando-o em um cidadão.
O ramo e a paciência.
Estava prestes a cortar um pé de árvore que tem em frente a minha casa e que estava seco, por duas vezes fui buscar uma serra para corta-la, arrancá-la de vez. E, para minha surpresa, eis que a vida começa a brotar bem devagar e um novo ramo se faz presente. Aprendi a ter paciência.
Corrida mirim
Júlia, sobrinha da Denise, ficou em 2º lugar na Corrida Miriam, no Constâncio Vaz Guimarães - Fica o registro de um evento bem legal e o incentivo ao esporte.
Habib...
Mais uma do fundo do baú - Formatura da 8ª Série do Fundamental II, na EM Habib Carlos Kyrillos, o diploma sendo entregue pela minha mãe Cimira... Ao fundo, o professor Ernesto e me esqueci do nome das duas professoras ao lado.
Caso Snowden: a imbecilidade de Dilma de negar o asilo político
O governo norte-americano o acusa de traidor e delator, mas
para muitos ele colaborou para a liberdade de imprensa e também denunciar, ao
divulgar dados, que ele próprio achava “ilegal” a atitude do governo de seu
país em espionagem e acesso a certos dados sigilosos. Preso em um aeroporto na
Russia, o jovem Edward Snowden viveu igual ao personagem de Tom Hanks no filme
O Terminal de Steven Spielberg. Snowden pediu asilo político ao Brasil, mas a
incopetencia da presidente Dilma e do ministro das Relações Exteriores, na época,
Antonio Patriota, antes de ser demitido, negaram ao pedido de Snowden.
O asilo a Snowden seria a melhor resposta ao governo
norte-americano, principalmente agora, que, com os dados,
descobriu-se que a presidente Dilma era investigada pelos americanos. Snowden
pode ter até mais dados a revelar, mas o Brasil perdeu a oportunidade.
Mas, por quê o Brasil negou o asilo ao ex-técnico da Agência
Nacional de Segurança Americana (NSA), Edward Snowden? É inexplicável. Até o O
cineasta americano Oliver Stone, criticou a postura do governo brasileiro ao
negar o asilo. Para ele, o Brasil se posicionou rápido demais.
Alquimia na cozinha e sabores - Feast
Descobri por caso esta revista de "alquimia culinária", experimentar sabores é algo irresistível e, mais ainda é participar diretamente da produção.
The Messenger - Johnny Marr
Depois de anos acompanhando bandas inglesas e, de vez em quando, gravando um cd aqui e outro alí com pouca expressividade, o ex-guitarrita dos Smiths Johnny Marr lança talvez, o que seja, o seu melhor álbum em carreira solo pós-smiths. The Messenger mostra Johnny ocupando os vocais com mais segurança e não canta mais em falsete, como nos álbuns anteriores.
Percebe-se logo na primeira faixa que há uma identidade própria, sem querer imitar os vocais das pops das bandas inglesas dos anos 90.
Ouvi duas faixas, "The Messenger" e "The right things right" e foram o suficiente para me convencer a adquirir o álbum inteiro.
Percebe-se um disco homogêneo, e com boas melodias... A quarta faixa "upstarts" é fantástica, um ritmo dançante com belos riffs bem estilosos, que é a sua principal característica desde os Smiths. As nuances do álbuns estão presentes em todas as 12 faixas do CD.
A quinta faixa "Lockdown" é um arranjo simples, e a harmonia da música empolga logo nos 10 primeiros segundos da canção.
A sexta faixa leva o nome do álbum e o vídeo está disponível no youtube (http://youtu.be/d2W8aVDxeBY), é a música de trabalho do guitarrista que prova que amadureceu e produz um pop de qualidade.
O álbum passeia às vezes pelo folk, e sempre leva um ritmo contagiante. Enfim, é um álbum agradável, bem melhor que os últimos trabalhos do seu (ex)amigo de banda Morrissey. Quem sabe Marr não vem tocar um dia no Brasil em uma futura turnê para divulgar mais seu trabalho.
História de Baderna
Marietta Baderna nasceu na cidade italiana de Placência, em 1828. Ela herdou o sobrenome de seu pai, o médico e músico Antônio Baderna. Ainda adolescente, Marietta tornou-se uma bailarina muito conhecida na região em que vivia. No entanto, naquela época a Itália passava por vários conflitos internos, incluindo a luta pela unificação do país, o que fez com que Marietta e sua família buscassem refúgio no Brasil.
Ela chegou aqui em 1849 e se fixou na cidade do Rio de Janeiro. Não demorou muito para que, com seu espírito contestador e enorme talento para dança, Baderna conquistasse uma legião de admiradores. Ela costumava se apresentar no Teatro Imperial da capital carioca.
Mas a bailarina era contestadora demais para aqueles que procuravam zelar pelos “bons costumes” naquela época – ela era conhecida por introduzir, entre os passos do ballet clássico, gestos do Iundu, uma dança de origem africana; além de coreografias de origem popular brasileira.
A Sra. Baderna também gostava de sair para beber e cantar com seus amigos e vivia com um outro artista, sem estar formalmente casada com ele. Esse comportamento “inaceitável” para a sociedade da época rendeu à Baderna um novo significado: a palavra passou a ser conhecida como sinônimo de barulho e confusão.
A essa altura, seus fãs já eram conhecidos como “baderneiros” – quando os empresários cariocas passaram a rejeitá-la, por causa de suas apresentações inovadoras, eles protestavam batendo os pés no chão, tanto durante os espetáculos quanto em protestos de rua.
Não adiantou: os conservadores persistiram e Baderna passou a ser marginalizada, até que sua carreira entrou em decadência. Ela foi obrigada a voltar para a Itália, ao lado de seu pai. Mas deixou sua marca por aqui, afinal, até hoje seu nome é sinônimo de afronta e desordem.
Os 5 jogos inesquecíveis do Palmeiras.
Em homenagem ao Palmeiras selecionei 5 jogos inesquecíveis. Não são finais de campeonatos, foram jogos simples de algumas rodadas do Campeonato Paulista e da Libertadores.
Existem as finais, semi-finais que entram para a história, mas têm jogos que são eternos, este jogo Palmeiras 2 x 0 São Paulo, o Sérginho chulapa apostou com Luis Pereira e perdeu, no final ele deu uma volta olimpica com a camisa do Palmeiras.
As vitórias do Palmeiras sobre o timinho que são mais lembradas são as duas libertadores, mas destaco esta aqui, do campeonato Paulista de 86, um baile do Verdão.
Este foi um jogo sensacional, um gol de Mirandinha no final, depois o golaço olímpico de Éder...
Um jogo memorável. Após perder a primeira partida por 5 a 0, todos estavam certo que o Palmeiras estava morto, mas o time devolveu a goleada 5 a 1 no Grêmio. Foi eliminado por um gol.
Uma sacola em cima do Santos...
Literatura Infantil
Tive a oportunidade de estudar com a professora Loraine Miranda e testemunhar sua dedicação a dois temas bem específicos: literatura infantil e a paixão por quadrinhos. Hoje seu trabalho é baseado na literatura infantil junto aos pequenos, em palestras para professores de letras e pedagogia.
Igreja de Nossa Senhora Aparecida em 1959.
Mais uma foto rara das fotos perdidas do baú do meu pai, Sebastião Pires, trata-se da primeira visita da igreja de Nossa Senhora da Aparecida, ainda na igreja antiga em 10 de maio de 1959.
Fotos raras de 1958
Estas imagens foram tiradas há 54 anos - Foi em 14 de agosto de 1958, quando meu pai, Sebastião Pires Filho, um garoto de 22 anos trabalhou na reforma elétrica do aeroporto de Congonhas. No final, todos se reuniram para uma foto.
MTV: que pena! Ou... Já foi tarde!
Nunca esqueço o dia 20 de outubro
de 1990. A estreia da tão esperada MTV Brasil, era o assunto dos jovens da
época. Nas escolas, faculdade roda de amigos... Todos só comentavam a estreia
da MTV, no canal 32. Liguei e fiquei antenado o que iria ver, o que iria passar...
Nunca me esqueço do clipe do Jorge Bem Jor, “Umbabarauma, homem gol”, que
passou exaustivamente naquele e em toda aquela semana, onde tudo era novidade. Daquele
dia em diante, a geração dos anos 90 seria influenciada por aquele canal e toda
a “contracultura” que iria nascer. Depois de tantos anos, a notícia do fim da
MTV no canal aberto e, perguntamos: Que pena? Ou será: “Já vai tarde”.
Foram vários Vjs que
influenciaram musicalmente a vida de muitos garotos, inclusive a minha, nos
anos 90, 2000... Testemunhamos nos últimos anos, a emissora aos poucos
valorizar programas de auditório e colocava menos música e tinha como foco
sempre os adolescentes, aliás, pré-adolescentes, e o nível dos Vjs foram caindo
cada vez mais. Os Vjs que apresentavam novidades musicais não tinham mais
espaço. E a geração que começou a acompanhar a emissora lá nos anos 90
abandonou a MTV, pois já tinha espaço para este público que gosta de música e,
foi isso que aconteceu. A MTV abandou a música há anos.
A emissora abraçou gravadoras e
seus interesses por bandas merchandising de garotos propagandas teen, que
infestaram momentaneamente algumas rádios e já desapareceram. Os garotos já não
compram mais CDs, baixam da internet. Então: Como premiar os mais vendidos? Na
verdade, nem sempre os mais baixados, são os mais ouvidos. Como trabalhar com a
qualidade musical? São respostas que a emissora não soube solucionar. Copiava
fórmula americana do mainstrem que acontece por lá, e fracassou de vez.
Como mero telespectador, vi a MTV
renegar, de certa forma, o publico da geração dos anos 90. É claro que a fila
anda, tudo passa. Mas o público de 30 e poucos anos, é um público ativo, que
vai a shows, consome CDs, camisetas de bandas... E a MTV não soube trabalhar
com este público, assim como valorizar a cultura brasileira e as centenas de
bons talentos musicais espalhados pelo nosso país. Enfim... A MTV estava
agonizando com sua programação de baixa audiência e infelizmente de baixa
qualidade. É certo que há exceções, sempre aparecia um talento aqui, outro
acolá. Mas... Já foi tarde.
Torçamos que a nova MTV possa
explorar o que não explorado nos últimos anos.
Caranguejos e Ovelha(s)
Estava conversando com amigos no Ramiros Bar e, eis que surge um vendedor de carangejos em um sábado à tarde, por volta das 17h. Coisa bem atípica. Em seguida me aparece um "retratista" daqueles bem antigos com um carneiro-ovelha... Não sei fazer tal definição. O fato é: comprei os caranguejos com a intenção de salvá-los (que ignorância a minha perante o reino animal), pois desejava criá-los em uma espécie de aquário improvisado no fundo do quintal de casa. Aproveitei o retratista para que regsitra-se o tal momento. O fato é que não levei os tais caranguejos para a panela e soltei todos no quintal, fiz alguns buracos... Resultado: Todos mortos três dias depois. Alguns por morte natural, outros foram vítimas de gatos ou sei lá o quê. Sei que um foi morto por golpes de madeira ao ser confundido com escorpião por um inquilino desavisado que deparou-se com danado à noite ao descer à escada.
Like a king
Sabe aquelas coisas que vc encontra em um brechó e se apaixona?Pois é! Trata-se de uma poltrona daquelas bem antigas! ao chegar em casa e sentar na tal poltrona é algo sensacional, principalmente com o controle remoto na mão.
O PAPA E A RELIGIÃO
Gostei do Papa. Achei um cara simpático, extrovertido e com ideologias bem diferentes dos demais Papas que vi nesta pequena jornada que estamos aqui presentes. Sou um cristão praticante, nascido dentro da igreja católica e convertido ao protestantismo. Não por influência religiosa de terceiros, mas por acreditar que Jesus Cristo é o próprio Deus, dentro da trindade divina e que todos nós devemos ser “santos”, capazes de todas as proezas divinas, sem intercessor algum. Ou seja, podemos ter contato direto com Deus sem necessariamente confessarmos nossos pecados com qualquer outra pessoa, mas sim diretamente a Deus.
Acredito que a religião pode ser uma entidade social capaz de influenciar diretamente a sociedade dentro de um estado laico. Afinal, o estado só é laico por conta da Reforma Protestante. E dentro deste estado, todos nós podemos exercer nossas crenças e religiões das mais diversas, respeitando umas as outras. Pois são elas que pregam a “igualdade, fraternidade e o amor ao próximo.
Por conta disto, acredito que a religião exerce um papel preponderante dentro de nossa sociedade, mesmo aqueles que têm à crença de nada acreditar, são “crentes no ateísmo”, e fazem parte deste mesmo grupo.
Aliás, não existe maior crença burguesa que é o ateísmo. No Brasil, menos de 10% da população brasileira se declararam não acreditar em nada, e estas pessoas, de acordo com o censo, fazem parte da classe média alta, ou seja, burgueses.
Muitos destes, recortam uma pequena frase de um discurso marxista: “A religião é o ópio do povo”. E, esta mesma frase está completamente equivocada em sua essência, pois Marx nunca fez tal afirmação. A oração completa é: ”O sofrimento religioso é, a um único e mesmo tempo, a expressão do sofrimento real e um protesto contra o sofrimento real. A religião é o suspiro da criatura oprimida, o coração de um mundo sem coração e a alma de condições desalmadas. É o ópio do povo.” Karl Marx, “Uma Contribuição à Crítica da Filosofia do Direito de Hegel” (1844)
Marx fala então do “sofrimento religioso”, não da religião em sí. Em outras palavras, ele até enaltece a importância social da religião. E é aí que gostaria de chegar: o discurso ecumêncio do Papa, foi extremamente importante para todas as religiões em seu contexto social.
É preciso então nos despirmos de nossa vaidade e voltarmos à cruz, e reconhecermos Aquele que morreu por nós.
Palmeiras e a influência na black music do Brasil
Platéia lotam o a sede social do Palmeiras em um dos bailes da Chic Show |
Nos anos 70 e 80 a equipe da Chic Show difundia a cultura da música negra para o Brasil, especificamente para o estado de São Paulo. Durante o mês aconteciam vários shows espalhados pela cidade promovidos pela equipe, mas no final de cada mês, o evento acontecia na sede social da Sociedade Esportiva Palmeiras. Sim. Era no Palmeiras, um clube tipicamente italiano, que a cultura negra se difundiu em São Paulo por meio de seus bailes.
As galerias da 24 de maio, ainda não abrigavam as lojas de rock, mas sim, os salões de cabelereiros e dezenas de lojas que vendiam discos e produtos da cultura negra, e alí, também vendiam os ingressos para o baile do Palmeiras. Lá, passaram artistas como Earth, Wind and Fire, Cool and the Gang, James Brown, Areta Franklin, Betty Wright, Zapp, Tim Maia, Jorge Ben... Era o maior polo cultural da cultura negra do país.
É algo bem interessante de se lembrar, pois pouco se fala disto, como um clube em um bairro tipicamente "burguês" como o Palmeiras e com toda a sua origem italiana abriu as portas para a cultura da periferia, ao contrário dos demais clubes "populares" de São Paulo.
Rap in New York
Achei um vídeo que tinha esquecido no celular. Este vídeo tem 2 anos, quando desci do metro em NY e fiquei de boca aberta.
Bob Dilan e Agnaldo Timóteo
A poesia transformada em música "The rising sun" de Bob Dilan ficou mundialmente conhecida com a banda The Animals. No Brasil, esta canção fez um enorme sucesso na mesma época na voz de Agnaldo Timóteo.
Nos anos 60/70 Timóteo era dono de uma das mais importantes vozes da Música Popular Brasileira. Talvez o primeiro negro a ganhar um destaque tão importante em uma época, bem mais preconceituosa do que os tempos atuais. Seu talento, foi provado no grande sucesso "Meu Grito", cuja interpretação é algo espetacular.
O cantor Agnaldo Timóteo deixou de existir há décadas e deu lugar há um político "ultra-conservador-arbitrário" que nem merecem comentários.
The rising sun é um clássico do rock mundial, mesmo sem aquela velocidade tradicional da música, é uma balada suave com letra envolvente.
Quando criança, lembro de um vizinho a tirar notas desta música em frente ao portão de casa, sentado na calçada. De tanto ouvir esta canção, acabei por detestá-la por muito tempo. Mas hoje eu a escutei novamente. E refiz todo o meu pensamento sobre esta canção e me fez reconhecer o quanto Agnaldo Timóteo é importante para o rock nacional.
Quando criança, lembro de um vizinho a tirar notas desta música em frente ao portão de casa, sentado na calçada. De tanto ouvir esta canção, acabei por detestá-la por muito tempo. Mas hoje eu a escutei novamente. E refiz todo o meu pensamento sobre esta canção e me fez reconhecer o quanto Agnaldo Timóteo é importante para o rock nacional.
Totonha - Marcelino Freire
Capim sabe ler? Escrever? Já viu cachorro letrado,
científico? Já viu juízo de valor? Em quê? Não quero aprender, dispenso.
Deixa pra gente que é moço. Gente que tem ainda vontade de
doutorar. De falar bonito. De salvar vida de pobre. O pobre só precisa ser
pobre. E mais nada precisa. Deixa eu, aqui no meu canto. Na boca do fogão é que
fico. Tô bem. Já viu fogo ir atrás de sílaba?
O governo me dê o dinheiro da feira. O dente o presidente. E
o vale-doce e o vale-lingüiça. Quero ser bem ignorante. Aprender com o vento,
ta me entendendo? Demente como um mosquito. Na bosta ali, da cabrita. Que
ninguém respeita mais a bosta do que eu. A química.
Tem coisa mais bonita? A geografia do rio mesmo seco, mesmo
esculhambado? O risco da poeira? O pó da água? Hein? O que eu vou fazer com
essa cartilha? Número?
Só para o prefeito dizer que valeu a pena o esforço? Tem
esforço mais esforço que o meu esforço? Todo dia, há tanto tempo, nesse
esquecimento. Acordando com o sol. Tem melhor bê-á-bá? Assoletrar se a chuva
vem? Se não vem?
Morrer, já sei. Comer, também. De vez em quando, ir atrás de
preá, caruá. Roer osso de tatu. Adivinhar quando a coceira é só uma coceira,
não uma doença. Tenha santa paciência!
Será que eu preciso mesmo garranchear meu nome? Desenhar só
pra mocinha aí ficar contente? Dona professora, que valia tem o meu nome numa
folha de papel, me diga honestamente. Coisa mais sem vida é um nome assim, sem
gente. Quem está atrás do nome não conta?
No papel, sou menos ninguém do que aqui, no Vale do
Jequitinhonha. Pelo menos aqui todo mundo me conhece. Grita, apelida. Vem me
chamar de Totonha. Quase não mudo de roupa, quase não mudo de lugar. Sou sempre
a mesma pessoa. Que voa.
Para mim, a melhor sabedoria é olhar na cara da pessoa. No
focinho de quem for. Não tenho medo de linguagem superior. Deus que me ensinou.
Só quero que me deixem sozinha. Eu e minha língua, sim, que só passarinho
entende, entende?
Não preciso ler, moça. A mocinha que aprenda. O doutor. O
presidente é que precisa saber o que assinou. Eu é que não vou baixar minha
cabeça para escrever.
Ah, não vou.
A paz de Marcelino Freire por Naruna Costa
Ler Marcelino Freire já obrigação. O escritor que (re)inventa a escrita e subverte a literatura em novos significados. Naruna Costa faz uma interpretação de emocionar.
Um sorriso não precisa ser "colgate"
Pois é, cresci com um certo jargão publicitário que, para ter um sorriso bonito tem que belas dentes, nem que todos eles sejam de porcelana, etc. Aprendo a cada dia que o sorriso é uma das coisas mais belas que o ser humano pode expressar, principalmente de uma criança, que não precisa de dente algum para demonstrar a sua felicidade. Acredito agora, que, ao sorrirmos nos transformamos de certa forma em pequenas crianças.
Visitas...
As modernidades tecnológicas fazem com que fiquemos atentos a todas as imagens dos celulares. Em junho recebi a visita do casal Nivaldo e Solange e Maria Helena.
A inútil derrubada da PEC 37
Um artigo muito pertinente que saiu hoje no jornal O Estado de São Paulo, esclarece porque a PEC 37 não deveria ter sido derrubada e, que foi, de forma errada apelidada de "lei da impunidade". Era exatamente ao contrário, pois se, aprovada, exigiria maior investigação dos casos pelos delegados, desta forma, seria necessário um maior aparato de pessoas capacitadas para fazer o serviço que compete à policia, que é investigar. Será que o Ministério Público e suas instâncias vão dar conta de fazer investigações com milhares de processos parados? Pois é né! O assunto era tão importante e não foi debatido. Os deputados com medo, retiraram o tema da pauta de imediato e o povo comemorou, sem saber o quê.
IVES GANDRA MARTINS *
Em preciso, incisivo e gráfico editorial, o Estado de 30/6
(A3) sustentou que a derrubada da PEC 37 por oportunismo político terá efeitos
desastrosos. Da análise dos argumentos lá expendidos, como das manifestações
inúmeras de constitucionalistas, ministros do STF - na ativa ou aposentados - e
do texto da Constituição federal (CF) se percebe que, efetivamente, a decisão
foi, sem maiores estudos, tomada por um Congresso acuado pela multidão, que
desconhecia o que a PEC propunha.
Pessoalmente, em palestras e artigos, sempre me manifestei
no sentido de que aquela proposta de emenda era rigorosamente inútil. Afirmava
o que já estava na Constituição e não tirava do Ministério Público (MP) poder
que nunca teve.
A polícia judiciária não é um órgão subordinado ao MP, mas
ao Poder Judiciário. O artigo 144, § 4.º, da CF - cuja redação é a seguinte:
"às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira,
incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e
a apuração de infrações penais, exceto as militares" - em nenhum momento
estabelece que as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações
penais pertencem, simultaneamente, ao Poder Judiciário e ao MP. Declara apenas
que são do Judiciário.
Não sem razão, o presidente do Tribunal de Justiça de São
Paulo, desembargador Ivan Sartori, em entrevista ao Estado, declarou que a PEC
37 não pretendia retirar nada do MP, pois não se retira de alguém algo que esse
alguém não tem.
As competências do Ministério Público não são idênticas às
do Poder Judiciário. A Constituição federal outorga ao Judiciário o dever de
julgar, correspondente ao disposto nos artigos 92 a 126 da CF (capítulo III do
Título IV). Para completar as "funções essenciais à Justiça" - é esse
o enunciado do capítulo IV do Título IV da Lei Suprema - prevê que duas
instituições conformam o tripé da prestação jurisdicional, a saber: o
Ministério Público (artigos 127 a 132) e a advocacia (artigos 133 a 135).
Estão em igualdade de condições. Numa democracia, o MP tem a
função principal de acusador, em nome da sociedade, e a advocacia, a função de
defendê-la. Por essa razão, como cláusula pétrea, imodificável, o constituinte
garantiu que a defesa, nos processos administrativos e judiciais, deve ser
ampla (artigo 5.º, inciso LV). O uso de adjetivo com tal densidade ôntica não
foi despiciendo, mas garantia absoluta de que tal direito, o de defesa, é um
dos sustentáculos de um regime democrático, posto que inexistente nas
ditaduras. Por isso tal disposição é cláusula pétrea da Carta Magna, não
podendo ser alterada nem por emenda constitucional (artigo 60, § 4.º, inciso
IV).
As funções dessas duas instituições são, pois, iguais
(advocacia e Parquet) e dependem do Poder Judiciário para a solução dos
conflitos.
Ora, o delegado é membro da polícia judiciária. Não é
polícia do MP. Por essa razão, deve presidir o inquérito policial, devendo
remeter suas conclusões ao magistrado, a que se subordina, e não ao titular do
direito de acusar. Este, pela própria Constituição, pode requisitar investigações
aos delegados e acusar os delegados suspeitos de prevaricação (artigo 129,
incisos VII e VIII) - não mais que isso, visto que são parte nas investigações
e não podem ser "parte" e "juiz" ao mesmo tempo.
Assim é que a própria Lei 12.830, de 20/6/2013,
regulamentadora da investigação criminal, dispõe que as funções de polícia
judiciária e de apuração de infrações penais são exercidas exclusivamente pelos
delegados (artigo 2.º), cabendo-lhes a condução da investigação criminal (§ 1.º
do artigo 2.º). Como se percebe, nunca estiveram os membros do MP incluídos
entre os que podem dirigir a investigação. A própria lei mencionada diz que não
estão, referindo-se apenas aos delegados. Até porque, se os tivesse incluído, a
lei seria inconstitucional.
Por essa razão, constitucionalistas do porte de José Afonso
da Silva, Nelson Jobim, Cezar Peluso e Marco Aurélio Mello já se manifestaram
no sentido de que não cabem ao Ministério Público funções policiais, até porque
não é preparado para tanto. Os delegados, sim. Os membros do Parquet têm outras
funções - relevantíssimas -, que estão explicitadas no artigo 129 da Carta
Suprema do País.
Como se percebe, a derrubada da PEC 37 nada representou,
pois o artigo 144, § 4.º, da Lei Suprema não foi alterado, continuando a prever
que a polícia judiciária - não o MP - é constituída apenas por delegados de
carreira, os únicos com competência constitucional para conduzir as
investigações criminais.
O acuado Congresso, que pouco antes aprovara lei na linha da
PEC 37 a fim de atender ao clamor da multidão, que desconhecia o tratamento
constitucional e legal do tema, derrubou a desnecessária proposta. Aprovada ou
não, não modifica a clareza do artigo 144, § 4.º, da CF, ao estabelecer que
apenas aos delegados cabe a apuração de investigação criminais.
Termino este breve artigo reiterando que o Ministério
Público deve cuidar de suas relevantes funções, e não pretender invadir funções
de outras instituições, para as quais não são devidamente preparados promotores
e procuradores.
O povo foi às ruas contra a corrupção. O MP declarou que a
PEC 37 era a PEC da Corrupção, como se todos os delegados fossem corruptos e
todos os membros do MP, vestais. E o povo, contrário à corrupção, pensou ser
verdade a marqueteira afirmação. Como o tempo é o senhor da razão, e como a
Constituição não foi mudada, à evidência continuam os delegados a ser os
representantes do Poder Judiciário e continuarão os membros do MP sem
competência para conduzir as investigações criminais, a teor do que dispõe o
artigo 144, § 4.º, da Lei Suprema. Cumpre-lhes, todavia, exercer suas
relevantes funções, que não são poucas, em prol da sociedade. Mas apenas estas
(artigo 129).
* IVES GANDRA MARTINS É PROFESSOR EMÉRITO DA UNIVERSIDADE
MACKENZIE, DAS ESCOLAS DE COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO, SUPERIOR DE
GUERRA E DA MAGISTRATURA DO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL – 1ª REGIÃO..
Censurando a imprensa
As manifestações diárias chegaram a um ponto de retrocesso tamanho que, às vezes, é inacreditável. Estamos assistindo a uma revolta da classe média, por seus " e direitos" e "deveres" como nunca assistimos antes. Agressões aos jornalistas é o estopim de tudo, mas se esquecem, que, se não fossem as mesmas câmeras que, os manifestantes proíbem, foram as que mostraram as agressões da polícia.
Foi por meio de uma câmera de um repórter, que o "caso vinagre" veio ganhar a internet e as redes de televisão.
Proibir o trabalho de jornalistas, seja de qualquer tipo de emissora, é censura. Mostra um despreparo político dos manifestantes.
Protesto na porta de emissoras - Protestar simplesmente pelo fato de protestar, sem uma pauta prévia, o que significa? Ir até a porta da Rede Globo e dizer que ela não presta, que é isto, que é aquilo... Quer dizer o quê? Insatisfação? Será que o povo vai deixar de ver a novela, logo mais à noite? Impedir os jornalistas de trabalharem?
A classe média, com assinatura de da sky, net, plano Combo, com internet de alta velocidade, assiste HBO, Warner, Sony, National Geografic, fã incondicional de "Two and half men" e "Big bang theory", fala que não assiste a Globo e sai às ruas para protestar contra a emissora que aliena a população. Quem é alienado de quê? Não quero defender as novelas, pois não as assisto, mas não há mal algum, assim como ver qualquer seriado enlatado.
Ah! Então é o Jornal Nacional, Jornal da Globo... Por mais que eles tenham uma linha editorial que podemos ser contra, faz parte da democracia. A internet está aí para que possamos nos manifestar a respeito.
Será que a tal PEC 37 era ruim?
Há 15 dias nunca tinha ouvido falar sobre a tal PEC 37.
Somente após as manifestações, todos ficaram sabendo da tal medida, que,
segundo informações que circulavam na rede, impedia que o Ministério Público de
realizar investigações, cabendo então, somente à Polícia Federal.
Toda a mídia e rede social foi taxativa para a retirada da
tal medida. Antes que seja massacrado, por conta deste texto, se olharmos
friamente para a tal PEC, veremos que ela não é absurda.
Vamos lá! Primeiro é preciso saber quais são as funções do
Ministério Público. De acordo com a nossa constituição, artigo 129, dentre
todas as suas funções, o MP pode “requisitar diligências investigatórias
e a instauração de inquérito policial, indicados os fundamentos jurídicos de
suas manifestações processuais”.
Sabemos que o Ministério Público é composto de promotorias
e, nelas não há investigadores, peritos ou agentes policiais, para que façam
quaisquer tipos de investigações. Como diz a constituição: ela requisita.
Mediante casos que envolve crime do Poder Público, cabe ao MP solicitar
investigações junto à polícia de sua comarca.
Mas, atualmente não funciona assim. Diante de todos os municípios
espalhados pelo país, em alguns lugares, o MP é complacente com o Poder Público
local. Estamos cansados de ver atrocidades políticas por aí e o MP dificilmente
faz alguma coisa.
Mediante discussão tão importante, não vi opinião de
advogados, juristas ou de qualquer outro profissional a respeito da tal PEC 37.
Tudo isto por conta de um deputado maranhense, Lourival
Mendes (PTdoB), que protocolou tal projeto em um momento errado, quando o
Ministério Público investigou todo o caso de corrupção no Governo Federal,
criou-se então a ideia, que o MP faz o mesmo em todas as comarcas espalhadas
pelo Brasil. E sabemos que isso não acontece.
Se o MP investigasse, as promotorias do Meio Ambiente não
deixariam a devastação da Floresta Amazônica; os custos dos estádios para a
Copa não seriam a mais cara de todos os tempos.
Ficam algumas dúvidas: será que os advogados, promotores,
podem investigar a fundo, mesmo sem serem capacitados, como um agente policial
ou investigador? Será que o MP vai agir no resto do país?
Imprensa quer ridicularizar Dilma
Nos últimos dias é notório que a imprensa quer, de certa forma, ridicularizar a presidente Dilma. Todas as imagens dela quando são veiculadas, seu semblante mostra preocupação, e, às vezes, com "caretas", quando ela fala ao público.
Muitas vão dizer que a imagem espelha a realidade. Mas como demonstrar a realidade de uma expressão em fragmentos de segundos?
A folha de São Paulo, publicou esta foto na edição de hoje. Ontem, no Jornal da Globo havia uma foto parecida, porém com um semblante bem mais preocupado.
A situação do país é preocupante? Pode até ser. Mas em todas as fotos, nunca ela está falando. Nunca ela está em movimento. Todos os discursos há movimentos, gestos, ações que os fotógrafos amam registrar. Com a Dilma é diferente. Suas fotos são paradas demonstrando inércia. Para quem vê, demonstra incertezas. Fica óbvio então que a imprensa está batendo de frente.
Tarja Turunen - Nothing Else Matters na igreja da Finlândia
Não há detalhes deste vídeo, mas provavelmente seja um casamento da família real.
Antiguidades
Achei este poema tão rico e cheio de detalhes que enriquece o nosso imaginário.
(De Cora Coralina)
Quando eu era menina
bem pequena,
em nossa casa,
certos dias da semana
se fazia um bolo,
assado na panela
com um testo de borralho em cima.
bem pequena,
em nossa casa,
certos dias da semana
se fazia um bolo,
assado na panela
com um testo de borralho em cima.
Era um bolo econômico,
como tudo, antigamente.
Pesado, grosso, pastoso.
(Por sinal que muito ruim.)
como tudo, antigamente.
Pesado, grosso, pastoso.
(Por sinal que muito ruim.)
Eu era menina em crescimento.
Gulosa,
abria os olhos para aquele bolo
que me parecia tão bom
e tão gostoso.
Gulosa,
abria os olhos para aquele bolo
que me parecia tão bom
e tão gostoso.
A gente mandona lá de casa
cortava aquele bolo
com importância.
Com atenção. Seriamente.
Eu presente.
Com vontade de comer o bolo todo.
cortava aquele bolo
com importância.
Com atenção. Seriamente.
Eu presente.
Com vontade de comer o bolo todo.
Era só olhos e boca e desejo
daquele bolo inteiro.
Minha irmão mais velha
governava. Regrava.
Me dava uma fatia,
tão fina, tão delgada…
E fatias iguais às outras manas.
E que ninguém pedisse mais !
E o bolo inteiro,
quase intangível,
se guardava bem guardado,
com cuidado,
num armário, alto, fechado,
impossível.
daquele bolo inteiro.
Minha irmão mais velha
governava. Regrava.
Me dava uma fatia,
tão fina, tão delgada…
E fatias iguais às outras manas.
E que ninguém pedisse mais !
E o bolo inteiro,
quase intangível,
se guardava bem guardado,
com cuidado,
num armário, alto, fechado,
impossível.
Era aquilo, uma coisa de respeito.
Não pra ser comido
assim, sem mais nem menos.
Destinava-se às visitas da noite,
certas ou imprevistas.
Detestadas da meninada.
Não pra ser comido
assim, sem mais nem menos.
Destinava-se às visitas da noite,
certas ou imprevistas.
Detestadas da meninada.
Criança, no meu tempo de criança,
não valia mesmo nada.
A gente grande da casa
usava e abusava
de pretensos direitos
de educação.
não valia mesmo nada.
A gente grande da casa
usava e abusava
de pretensos direitos
de educação.
Por dá-cá-aquela-palha,
ralhos e beliscão.
Palmatória e chineladas
não faltavam.
Quando não,
sentada no canto de castigo
fazendo trancinhas,
amarrando abrolhos.
“Tomando propósito”.
Expressão muito corrente e pedagógica. Aquela gente antiga,
passadiça, era assim:
severa, ralhadeira.
ralhos e beliscão.
Palmatória e chineladas
não faltavam.
Quando não,
sentada no canto de castigo
fazendo trancinhas,
amarrando abrolhos.
“Tomando propósito”.
Expressão muito corrente e pedagógica. Aquela gente antiga,
passadiça, era assim:
severa, ralhadeira.
Não poupava as crianças.
Mas, as visitas…
- Valha-me Deus !…
As visitas…
Como eram queridas,
recebidas, estimadas,
conceituadas, agradadas!
Mas, as visitas…
- Valha-me Deus !…
As visitas…
Como eram queridas,
recebidas, estimadas,
conceituadas, agradadas!
Era gente superenjoada.
Solene, empertigada.
De velhas conversar
que davam sono.
Antiguidades…
Solene, empertigada.
De velhas conversar
que davam sono.
Antiguidades…
Até os nomes, que não se percam:
D. Aninha com Seu Quinquim.
D. Milécia, sempre às voltas
com receitas de bolo, assuntos
de licores e pudins.
D. Benedita com sua filha Lili.
D. Benedita – alta, magrinha.
Lili – baixota, gordinha.
Puxava de uma perna e fazia crochê.
E, diziam dela línguas viperinas:
“- Lili é a bengala de D. Benedita”.
Mestre Quina, D. Luisalves,
Saninha de Bili, Sá Mônica.
Gente do Cônego Padre Pio.
D. Aninha com Seu Quinquim.
D. Milécia, sempre às voltas
com receitas de bolo, assuntos
de licores e pudins.
D. Benedita com sua filha Lili.
D. Benedita – alta, magrinha.
Lili – baixota, gordinha.
Puxava de uma perna e fazia crochê.
E, diziam dela línguas viperinas:
“- Lili é a bengala de D. Benedita”.
Mestre Quina, D. Luisalves,
Saninha de Bili, Sá Mônica.
Gente do Cônego Padre Pio.
D. Joaquina Amâncio…
Dessa então me lembro bem.
Era amiga do peito de minha bisavó.
Aparecia em nossa casa
quando o relógio dos frades
tinha já marcado 9 horas
e a corneta do quartel, tocado silêncio.
E só se ia quando o galo cantava.
Dessa então me lembro bem.
Era amiga do peito de minha bisavó.
Aparecia em nossa casa
quando o relógio dos frades
tinha já marcado 9 horas
e a corneta do quartel, tocado silêncio.
E só se ia quando o galo cantava.
O pessoal da casa,
como era de bom-tom,
se revezava fazendo sala.
Rendidos de sono, davam o fora.
No fim, só ficava mesmo, firme,
minha bisavó.
como era de bom-tom,
se revezava fazendo sala.
Rendidos de sono, davam o fora.
No fim, só ficava mesmo, firme,
minha bisavó.
D. Joaquina era uma velha
grossa, rombuda, aparatosa.
Esquisita.
Demorona.
Cega de um olho.
Gostava de flores e de vestido novo.
Tinha seu dinheiro de contado.
Grossas contas de ouro
no pescoço.
grossa, rombuda, aparatosa.
Esquisita.
Demorona.
Cega de um olho.
Gostava de flores e de vestido novo.
Tinha seu dinheiro de contado.
Grossas contas de ouro
no pescoço.
Anéis pelos dedos.
Bichas nas orelhas.
Pitava na palha.
Cheirava rapé.
E era de Paracatu.
O sobrinho que a acompanhava,
enquanto a tia conversava
contando “causos” infindáveis,
dormia estirado
no banco da varanda.
Eu fazia força de ficar acordada
esperando a descida certa
do bolo
encerrado no armário alto.
E quando este aparecia,
vencida pelo sono já dormia.
E sonhava com o imenso armário
cheio de grandes bolos
ao meu alcance.
Bichas nas orelhas.
Pitava na palha.
Cheirava rapé.
E era de Paracatu.
O sobrinho que a acompanhava,
enquanto a tia conversava
contando “causos” infindáveis,
dormia estirado
no banco da varanda.
Eu fazia força de ficar acordada
esperando a descida certa
do bolo
encerrado no armário alto.
E quando este aparecia,
vencida pelo sono já dormia.
E sonhava com o imenso armário
cheio de grandes bolos
ao meu alcance.
De manhã cedo
quando acordava,
estremunhada,
com a boca amarga,
- ai de mim -
via com tristeza,
sobre a mesa:
xícaras sujas de café,
pontas queimadas de cigarro.
O prato vazio, onde esteve o bolo,
e um cheiro enjoado de rapé.
quando acordava,
estremunhada,
com a boca amarga,
- ai de mim -
via com tristeza,
sobre a mesa:
xícaras sujas de café,
pontas queimadas de cigarro.
O prato vazio, onde esteve o bolo,
e um cheiro enjoado de rapé.
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