Não sou de usar cartão de crédito. A última vez que utilizei um, fiquei devendo tanto que estou pagando até hoje. Então o quebrei. Mas... Sabem como é né? Resolvi fazer academia tirar as gordurinhas do "panceps", então tive uma surpresa: o local oferece desconto de 50% se o pagamento for com cartão de crédito. "Sacanagem", pensei.
Na minha carteira só encontro cartão de proletariado, ou seja, de pobre mesmo: Cartão do CPF, Cartão Cidadão, Cartão Vale Transporte, Cartão do SUS, Cartão Telefônico, Cartão Carrefour e o mais chic... Cartão C&A. Cartão de banco, é só para saque. Vou ter que pagar mais caro na Academia por não ter cartão de crédito.
Enquanto isso, no nosso governo, os cartões estão rolando que é uma beleza. A Matilde Ribeiro anunciou a saída da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial após ser acusada de usar irregularmente o cartão corporativo do governo. É mais que justo, né! O desligamento foi comunicado logo depois de um encontro com o presidente Lula. Ela admitiu que usou indevidamente o cartão.
Pois é! A ministra gastou, apenas em 2007, mais de R$ 171 mil com o cartão corporativo, imaginem os outros 42 cartões de crédito corporativo do governo, que ainda não foram checados?. O assessor José Henrique de Souza, que atende o gabinete pessoal do presidente da República, gastou 115 000 reais no ano passado “em supermercados, açougues e lojas de bebida, entre outros”.
Matilde ao tentar justificar o uso indevido do cartão, disse que foi mal orientada por dois funcionários da secretaria. - Não estou arrependida. Fui orientada a usar o cartão - disse ela, afirmando depois que esses funcionários já foram demitidos.
Em 2007, as despesas de Matilde com o cartão corporativo somaram R$ 171 mil. Desse total, ela gastou R$ 110 mil com o aluguel de carros e mais de R$ 5 mil em restaurantes.
É... Acho que vou pagar um pouco mais caro a "malhação", vou ficar sem cartão mesmo. Na verdade, o povo é que paga sempre a conta, com cartão ou sem cartão nenhum.