O filme de James Cameron Avatar talvez receba várias estatuetas do Oscar e com certa razão. Avatar não é um simples filme, pois é cheio de mensagens. A começar pelo personagem principal, Jake Sully, um cadeirante. Daí, o filme já aborda a inclusão social. Aborda ainda ecologia, espiritualidade, pró-atividades e liderança.
O filme trata os desafios da sociedade atual se livrar da ideologia “homem-dinheiro” e através de um roteiro envolvente e com efeitos especiais que entraram para a história, principalmente em 3D, faz com haja uma interação entre a tela e os espectadores.
No filme, o homem não é a vitima, mas sim o causador dos males quando invade Pandora, um planeta que aparentemente é povoado por um povo primitivo. Assim como na mitologia grega quando Pandora abre a caixa de Epimeteu e saem todos os males e, quando ela fecha, resta apenas a esperança.
No filme é igual, uma mulher nativa, se apaixona pelo avatar do humano Jake Sully, daí então começam os males naquele planeta, restando a esperança de um novo mundo. A mesma analogia bíblica de Eva eAdão, onde Eva dá a maçã ao homem.
Mas Avatar vai ainda mais longe quando trata da espiritualidade, pois há uma interação entre homem-natureza-sagrado. Sem falar em religião, Cameron trata do sagrado como uma forma permanente de contato com Deus, que é uma das razões da manutenção da espécie.
É um filme que, quando acaba, você tem preguiça de levantar da cadeira, mesmo após quase 3 horas de filme. E, quando nos levantamos, estamos mais leves.