A única certeza que temos em vida é que um dia iremos
morrer. A morte eterniza alguns e levam outros ao esquecimento. Diante da
pós-modernidade que começava nos anos 60, Andy Warhol afirmou que no futuro
todos teriam seus 15 Minutos de Fama. E tudo isso aconteceu, uma pessoa comum
por fazer tanto sucesso como algum artista famoso, dando a possibilidade de
sermos pop. As tecnologias do século XXI transformam o mundo em uma visão
popular, dentro das redes sociais.
Estas redes sociais nos dão a oportunidade de sermos famosos
por alguns instantes. Outros conseguem ir mais além, às vezes ficam mais
comentados até mesmo que artistas consagrados, como o caso da Luiza, mas este
mesmo tempo que consagra, leva ao limbo. Todos nós do século XXI seremos esquecidos
e substituídos por outros, novas modas, costumes, gostos, e a morte é só o
princípio.
Quando alguns artistas morrem, o mundo fica perplexo perante
o “endeusamento” de uma pessoa comum. Mas quando uma pessoa comum morre, há apenas
o endeusamento dela feita por amigos e familiares. Fernando Pessoa em um dos
seus heterônimos, afirma que a morte é o princípio do esquecimento de sua
memória. Após a morte, todos se lembram dos melhores momentos vividos e com o
passar do tempo só se lembrarão do defunto em duas datas: a do nascimento e o
dia da morte.
Depois que os amigos e familiares forem morrendo também, poucas
pessoas se lembrarão das datas, até que ninguém mais se lembre. Talvez, uma pessoa,
aqui e outra ali, poderão ter relampejos de lembranças, porém, o nome ficará
gravado apenas na lápide de um cemitério. É triste? É a realidade.
Os separados - Já
os artistas, são talvez, as pessoas “separadas”, pois, por mais que fiquem esquecidas,
deixarão para sempre suas obras. Como pintores, atletas, cantores,
escritores... Eles não são normais. A comunicação através da arte, seja ela
qual for, é a responsável pela engrenagem social, é o reflexo direto das formas
de produção e como afeta os sentimentos dos homens.
Elvis, Picasso, Mozart, Alan Poe, Van Gogh, Kurt Cobain,
Amy, Janis, Jim Morrison e a agora Witney, entre tantos outros artistas, têm
algo em comum. Não importa a forma como morreram, eles puderam retratar a sua
sociedade na época em que viveram. Alguns, por meio do seu livre arbítrio se expuseram
demais, devido aos excessos, não que foram bem ou mal compreendidos, amados ou odiados, foi a consequência da arte de viver, de forma certa ou errada. Igual ao trabalhador que caiu na contramão
atrapalhando o tráfego, descrita por Chico Buarque. Este deixou quatro paredes
erguidas de forma sólida, e virou pop.
Talvez todo o ser humano deveria escrever um livro, plantar
uma árvore e ter um filho, para selar de forma definitiva a entrada para o "mundo pop". Mas, tudo isso só valerá se for compartilhado no
twitter, facebook, youtube, entre outros.