A principal arma
de um governo não são as forças armadas, não está também em uma bancada de
sustentação do Poder Legislativo, ou qualquer tipo de sistema político, mas
está no poder dos meios da comunicação e da indústria cultural em si. Não é
atoa que os Estados Unidos são a nação mais poderosa, pois dominam estes dois itens.
O cinema americano é uma arma talvez mais poderosa que qualquer bomba atômica,
pois através dele pode influenciar a vida de milhares de pessoas em todo o
mundo.
Os que defendem
a "indústria cultural" acham que a própria história (e não apenas o
jornalismo) chegou ao fim. Acreditam que os antigos ideais de progresso,
conforto e bem-estar foram todos realizados, por isso não há mais motivos para
se preocupar nesta era pós-moderna. Esse pensamento de dominação, que a
"indústria cultural" é condenada por educadores como Paulo Freire
(1994), que relatou como artimanha do capitalismo neoliberal a estratégia de
dizer que as utopias morreram. Melhor, entre os futuros jornalistas, quando
ainda estão nos bancos da faculdade. Despertar a visão crítica em relação ao
mundo e ao mercado talvez possa contribuir de algum modo, para um jornalismo se
não meramente literário, mais voltado para a conscientização do ser humano e
para a humanização das estruturas em que todos estão inseridos.
Algumas pessoas
acreditam que o jornalismo pertence ao povo, ou seja, a voz da comunidade
expressa em um jornal e pensam que o meio de comunicação possa devolver o poder
da palavra ao povo. Mas como um jornal ou qualquer meio de comunicação pode
devolver algo a alguém quando este nunca o possuiu?
A notícia hoje é
um bem de consumo, há um mercado específico para cada tipo de reportagem, assim
como o cinema americano (que sou apaixonado) tem o seu público e o europeu (filmes
inteligentes que não sou muito fã, pois durmo na metade) também, e com a
notícia acontece o mesmo fenômeno.