Garotas Suecas - uma nova opção da MPB



Uma banda bem legal... Um pop com um levada rock-groove... O grupo apresenta músicas intimistas e o mais importante: possuem identidade. O som peculiar da banda traz uma nova opção de música popular. Bem legal de ouvir.

Estados Alterados de Rodrigo Pitta


Para muitos a MPB está mais viva que nunca com seus novos compositores. Realmente o número de artistas, principalmente de novas cantoras da MPB têm aumentado consideravelmente. A maioria ainda independentes, mas uma coisa podemos observar: são chatas. Não as cantoras em sí, mas por conta do nova onda que passeia pelo folk, aquela coisa meio que parada, com "vozezinhas aveludadas", uma suavidade que cansa. Tem um monte destas novas cantoras...
Alguns novos, mas nem tanto assim, apresentam bons trabalhos, como o solo de Edi Rock, Slim e sua Rimografia, e agora o cineasta Rodrigo Pitta... Bem legal.
Slim Rimografia


Rodrigo Pitta

Edi Rock

Paródia da Hornet - versão Caloi

Escritor burguês: Literatura brasileira atual para quem?

Por muito tempo pensei que fosse ignorante por não achar graça alguma nos atuais romances brasileiros. Por trabalhar com jornalismo e por ser formando em Letras, achei que sempre deveria estar “antenado” no que acontecia no meio literário em nosso país. Tanto que conclui um ótimo curso de especialização em Estudos Lingüísticos e Literário, mas às vezes sentia-me perdido em relação aos novos escritores que me foram apresentados.  Comprei pelo menos uns 13 romances destes novos escritores e confesso. Só consegui terminar um, o de Marcelino Freire. Todos os outros não passaram da página 40. Não consegui terminar de lê-los e foram para os sebos trocados por CDs .

No princípio culpava-me, achei até que não estava preparado para tal curso, pois as histórias que se revelavam nestes livros não me satisfaziam em nenhum momento. Histórias cansativas, personagens sem “personalidades”, protagonistas clichês, e, de vez em quando as figuras de linguagens fazem com que os críticos endeusem estes escritores “premiados”. Esta semana senti um alívio. Deparei-me com o trabalho da pesquisadora da UNB, Regina Dalcastagne, que revelou que o escritor brasileiro atual é um burguês "intelectual", bem antenado e na maioria das vezes jornalistas na casa dos 50.


O resultado revela porque muitas histórias destes romances são chatas, porém premiadas, pois elas são destinadas ao mesmo público que as escreve. Os números impressionam, pois, 72,7% dos escritores brasileiros são homens; 93,9% são brancos; 78,8% possuem ensino superior; 36,4 são jornalistas e a maioria mora no eixo Rio - SP e sua idade média é de 50 anos. Os personagens são: 0,4% animais; 1,3% entes sobrenaturais; 62,1% homens e 37,8% mulheres. 

De acordo com a pesquisadora, o personagem médio destas obras pode ser definido como um homem branco, heterossexual, intelectualizado, sem deficiências físicas ou doenças crônicas, membro da classe média e morador de grande centro urbano. Quando estas obras são escritas por autoras mulheres, 52% das personagens são do sexo feminino e quando são autores masculinos, 32,1% são personagens são mulheres. 

Os locais destas narrativas são distribuídos da seguinte forma: 82,6% nas metrópoles; 14,3% no meio rural e 37,2% em cidades pequenas. Um dado interessante são as ocupações dos protagonistas, que revelam muitas vezes, a profissão do escritor. 8,5% são escritores; 7% são bandidos; 6,3% artistas; 5,8% estudantes; 5,6% jornalistas; 5,4% comerciante; 5,4% professores; 4,4% sem ocupação; 4,4% religioso e 3,3% militares.

Um dado interessante é que a maioria dos personagens que não são homens ou brancos é apenas coadjuvante. Em 56,6% dos romances não existe sequer um personagem não branco e apenas 7,9% dos personagens são negros. Dos romances desta nova literatura nacional, 56,3% dos adolescentes negros retratados são dependentes químicos, contra 7,5% de adolescentes brancos na mesma situação. E a pesquisa não para por aí, pois a autora pesquisou 258 livros e encontrou apenas três protagonistas negras. Das mulheres que foram retratadas nestas histórias 25,1% eram donas-de-casa. Dos personagens negros retratados nestes romances, 73,5% eram pobres e 20,4% eram bandidos. Agora, os autores retrataram 88,9% das personagens femininas em uma relação “íntimo/familiar”.

Todos estes números da pesquisa revelam porque as histórias dos romances são chatas. Não há um trabalho de pesquisa de campo para se escrever um bom romance. Estes profissionais que lidam com a escrita, como “jornalistas”, “professores” ou áreas afins, que possuem uma boa formação, pensam que escrever é algo simples, quando de fato não é. No Brasil ninguém vive da literatura, é uma segunda opção ou um hobby de gente “intelectualizada”. Isto não quer dizer que só tem coisa ruim. Tem muita coisa legal, mas é tão pouco que é difícil até de encontrar em livrarias.

Depois desta pesquisa, me senti melhor. Percebi então que não estava errado em achar algumas histórias horríveis, romances repetitivos e extremamente burgueses. Qualquer romance de vampiro é melhor do que muitas histórias da nova literatura brasileira, claro que tem exceções.

Veja a entrevista com a autora na Cult, na matéria

Literatura brasileira é coisa de branco?


Quem é você?

Quem é você? Perguntou-me um garoto de aproximadamente uns cinco anos ao me ver com a roupa do Zorro. Do herói mexicano esquecido e que não faz parte do universo Marvel. Ele ficou impressionado com a mascara, a capa e toda a vestimenta preta. Não saia do meu lado. Quando estava longe, seu olhar me procurava. Você é o Zorro? Perguntou em seguida. Sim. Respondi. Ele ficou a sorrir sem entender e finalizou: "Quem é você?" Sou o Sérgio, respondi. Aí ele sorriu, pois todos nós somos heróis independente da fantasia.

FSA

FSA Staff

Esporte agora é para ser visto praticado pelo “outro”


Definitivamente o povo brasileiro não dá a mínima pelo esporte (com exceção do futebol, é claro). Mas ao fazer tal afirmação quero deixar claro que a “grande” mídia em geral não colabora para mudar este cenário. E, se ao analisarmos os atletas de ponta que temos, chegaremos à conclusão que eles se destacam não pelo apoio ou qualquer tipo de patrocínio, mas sim por esforço próprio. Por isso temos que ter orgulho quando atletas brasileiros se destacam em qualquer tipo de competição internacional.
As empresas ainda não se deram conta do valor que o esporte pode agregar em um indivíduo. Não apenas nos esportes competitivos, mas no investimento na formação do cidadão. Isso deveria começar lá... Desde criança, nas aulas de educação física, valorizando outras modalidades como o vôlei, basquete, handebol, atletismo, etc.
Hoje sabemos que é necessário patrocínio para montar bons times de basquete, vôlei, etc. Aliás, há anos São Paulo não conta com um bons times de basquete ou vôlei, mas para o investimento no esporte como cidadania o que falta mesmo é uma boa gestão do poder público.
Não existem bons projetos, tanto do governo municipal, estadual ou federal. O que existe é uma pequena “virada esportiva”, que este ano, vai acontecer com verba reduzida do prefeito Haddad, mas, o evento que acontece uma vez por ano, não atinge o seu objetivo.
Em resumo, não há bons projetos que envolvam o poder público (em qualquer esfera) e a sociedade. Em outras palavras, as pessoas que ocupam as pastas de secretarias de esporte são mal capacitadas, principalmente há que envolve o nosso ministro Aldo Rebelo, que faz uma administração “de cabide”, pois não vemos fruto nenhum do seu trabalho e, isto é em efeito cascata, desde a esfera federal, até as secretarias municipais. Pode até existir pessoas com boas intenções, mas como diz o ditado: “De boa intenção o inferno está cheio”.
São necessários projetos específicos para cada comunidade, isso de acordo com as suas características, tanto culturais como geográfica. É necessário fazer uma pesquisa do local para averiguar a característica da população que mora em tal bairro onde o projeto pode ser aplicado. Bom, aí as coisas começariam a funcionar.
Enquanto isso, o esporte é coisa do “outro”, de quem joga em um time qualquer, ou de quem pode pagar uma academia. “Esporte é coisa que passa na televisão e é praticado por quem não tem nada o que fazer”. Esta é a visão de muitas pessoas que não tem acesso ao esporte. Em outras palavras, o esporte perde o seu contexto de significado e passa a ser “lazer”, para ser visto e não praticado. Tanto, que várias pastas municipais as secretarias que envolvem esporte chama-se “Esporte, Cultura e Lazer”, tudo junto e misturado, é o mesmo balaio. É nesta mesma visão equivocada é que acontece a Virada Esportiva, algo para ser visto e sendo praticada pelo “outro”, ou então, aquela ideia: “Vá e pratique esporte”, como este programa acontecesse nos outros 364 dias no ano.
Não é só de futebol que vive o homem, mas de todas as atividades físicas, capazes de fazê-lo, pensar, agir e se interagir na sociedade, transformando-o em um cidadão.


O ramo e a paciência.

Estava prestes a cortar um pé de árvore que tem em frente a minha casa e que estava seco, por duas vezes fui buscar uma serra para corta-la, arrancá-la de vez. E, para minha surpresa, eis que a vida começa a brotar bem devagar e um novo ramo se faz presente. Aprendi a ter paciência.