Seleção Brasileira é previsível, sem alternativas

Os 23 jogadores convocados por Felipão para disputar a Copa do Mundo no Brasil é um time previsível, com poucas surpresas e com alguns erros que podem custar caro. Alguns jogadores de "confiança" convocados nada mais são do que "nepotismo" futebolístico. Gosto muito do Henrique, ex-jogador do Palmeiras, zagueiro que sabe sair jogando, um cara versátil, que atua como volante e também na lateral. Mas tem outros jogadores na mesma posição que jogam mais futebol que ele. Seu defeito principal fazer "linha direta" da defesa para o ataque em lançamentos de 50 metros que nunca dão em nada. Mas não acredito que o problema da Seleção esteja na defesa, mas sim no "meio" e no ataque.
Robinho é um destes erros. Tá certo que o cara não esteja jogando o mesmo futebol que o consagrou  no Santos, mas deveria ter sido convocado por alguns motivos: Está no álbum de figurinhas (tinha que ir), fez uma parceria fantástica com Neymar no Santos; o cara sabe unir o grupo; é carismático e sempre sai bem nas coletivas de imprensa e por último humilhou o Corinthians, detonando o Rogério com suas pedaladas. Brincadeiras à parte, o Robinho poderia ser opção. Quando o Dunga tomou o segundo gol da Holanda na última Copa, ele olhou para o Banco e não viu ninguém que poderia entrar em campo como uma segunda opção. O Felipão corre o mesmo risco.
Júlio Cesar, o goleiro, que joga no time... Onde ele joga mesmo? Ninguém sabe. Ele joga lá no Toronto...(?!)
Lucas, o moleque aqui da Santo Afonso, vi o cara crescer, conheço a família... Depois do Neymar, a torcida clamava por Lucas. Foi para Europa e se perdeu, virou banco. Teve apenas uma chance com Felipão.
Na armação, quem vai ter que segurar o barco é o jovem William, aliás não tão jovem assim, o cara tem 25 anos. Mas se ele estiver mal... aí... O Felipão terá que improvisar. Fazer aquela coisa de volante-armador, coisa e tal.
Enfim. O time é bom. Conciso. Mas é muito pragmático. Ao contrário as seleções anteriores, não há craques que ficaram de fora, mas sim, bons jogadores que deixaram de ser convocados. Só o tempo nos irá responder.

O rock morreu? Se não faleceu, está agonizando há tempos

O jornalista e critico musical André Forastieri lançou recentemente o livro “O Dia em que o Rock Morreu”. Não li a abra, mas já de antemão concordo plenamente com o título. O rock em sua origem “real” não existe mais. O termo permanecerá, pois sempre existirá e surgirão boas bandas e artistas, pois o “rock” deixou de ser “gênero” para ser “estilo” para ser vendido.
O rock nasceu lá em meados dos anos 50 com in fluência pesada de artistas que cantavam blues nos anos 40. Explodiu com Elvis Presley que o popularizou e escandalizou o mundo com sua dança e sua música. Mas, não foi ele sozinho, já havia uma cena acontecendo, dezenas de artistas estavam cantando e fazendo este tipo de música, graças a Adolf Rickenbacker, que introduziu captadores elétricos nos violões e em seguida produziu a guitarra no final dos anos 30 e, nos anos 50, este instrumento seria a chave para alavancar o rock.
Mas, não era só isto. O mundo pós-guerra estava confuso. Os jovens do final dos anos 50 temiam por uma terceira guerra mundial. A Europa estava se reconstruindo; os Estados Unidos ainda tinha as marcas do racismo e a guerra fria contra a União Soviética se acentuava; as mulheres e os negros lutavam pelos seus direitos e as drogas surgiram como uma concepção “religiosa” para  alcançar o “nirvana” e fazer “viagens transcendentais”. O mundo começa a ficar pop com a popularização da televisão e dos programas de auditório como o de Ed Sullivan e era preciso “entretenimento” e o rock era um bom produto.
Aquela coisa suja, contestada já por todos, é representada por um “bom moço”, oriundo de família Batista. Em sua primeira aparição na televisão Elvis Presley canta uma música gospel no programa de Ed Sullivan (https://www.youtube.com/watch?v=_PkUGDFLaUE), ganha corações das meninas e do público, mas ainda sim, o rock estava completamente ligado à transgressão da sociedade completamente conservadora.
Nos anos 60 o rock se consolida ainda mais com os Beatles e o surgimento de centenas de bandas e o festival Woodstock consagra de vez o rock como um modo de vida. O movimento hippie, “faça amor, não faça a guerra”, “sexo, drogas e rock and roll” eram comuns, pois o contexto social era diferente. Acreditava-se que a música, por meio do rock, seria capaz de mudar o mundo e mudar o comportamento das pessoas.
Com o passar do tempo, veio ainda o movimento punk, pós-punk, entre outros estilos que pregava um modo de viver. A música era a chave deste “sonho”, o termo “roqueiro” propiciava uma identidade ao jovem, que não era “nada”, apenas um estudante com um futuro incerto. Ser “roqueiro” significava que era contra o status quo da sociedade. Era também uma posição política, mesmo nunca tendo votado ou se interessado pelas notícias do dia a dia.
Nos anos 80 Bono Vox e seu U2 acreditava que a música poderia levar a paz e de mudar o mundo. Eu, quando adolescente, também acreditei nisto, conversava horas com meu amigo Élcio Paulo, que era fã do U2 e, com meu primo Claudio Sokz, que o rock ou as músicas poderiam mudar o estilo de vida das pessoas. Renato Russo cantava: “... Somos soldados, Pedindo esmola. A gente não queria lutar...”; A banda Ira cantava: “... Eu tentei fugir não queria me alistar, Eu quero lutar, mas não com essa farda...”
Entre outras dezenas de canções que carregavam em si, a alma do gênero.
Ainda nos anos 80, Morrissey dos Smiths era completamente contra o termo “British rock”, para ele, os Smiths era apenas uma banda pop, pois o rock já havia morrido. Se Moz estava certo ou não, nos anos 90 o rock em sua essência ressurgiu com o Nirvana e toda a galera de Seattle. O legal, é que a cena já estava acontecendo com o Soundgarden, Pearl Jam, Alice Chains, entre outras bandas, que já estavam tocando e o Nirvana apareceu para a mídia como um “porta-voz” de toda a galera.
Os jovens dos anos 90 ainda  merecem um estudo especial, pois era o princípio da mudança de vários paradigmas. Muito daquilo que os jovens buscavam décadas anteriores tinham sido conquistado nos anos 90, o filme “O segredo do Meu Sucesso”, de 1987, diz um pouco disto. Muitos padrões estavam mudando e novas drogas apareceram. Filmes como Trainspotting, de 1996, de Danny Boyle, baseado em livro homônimo de Irvine Welsh, retrata como os jovens desta década viviam. Outro filme importante é Singles, no Brasil “Vida de Solteiro”, de 1992, que mostra o estilo de vida dos jovens de Seattle, berço do movimento grunge. O interessante é que o cenário estava pronto para uma revolução, o estilo de vida daqueles jovens denunciava que algo tinha que acontecer, e o grunge é um pouco disto.
Desde então, a evolução tecnológica, o acesso à informação, a facilidade do marketing “do your self”, “do it”, fez com que as grandes gravadoras não investissem mais e novos talentos. Todos podem produzir e fazer música. O fim dos discos de vinil e dos CDs e as músicas na internet, também enfraquecem a cultura das lojas de discos, que faliram.

Hoje tudo é na hora, com apenas um clique no celular ou no computador e a música já não “salva o mundo” e todos os jovens sabem disto, mesmo o Bono Vox é claro. O rock em sua essência não tem mais a mesma semântica. É apenas um estilo para alguns e para os mais jovens ainda, “é coisa de velho”. Boas bandas sempre existirão, roqueiro que toma Coca-Cola ou cerveja em shows como eu, sempre existirão. Mas aquele rock de Iggy Pop, Stones, Led Zeppelin... Morreu... De vez em quando suspira por meio de uma Amy Winehouse aqui, e outra alí.

Lowdown

Um dos maiores clássicos da música pop com um groove-soul sensacional, com leves pitadas de guitarras e um vocal sensacional é do guitarrista pouco conhecido no Brasil, chamado William Royce Boz Scaggs, mais conhecido como "Boz Scaggs". O cara tem 20 álbuns gravados, desde os anos 60,  e passeia pelo blues, rock, funk... O cara é bem versátil e toca muito. Seu maior clássico é Lowdown que não canso de ouvir em suas mais variadas versões. Separei algumas sensacionais.
Boz Scaggs ao vivo no Japão em 1973

 

Mario Biondi, Incognito e Shaka Kan
  

Darryl Hall e Chromeo
  

Uma pausa to take a picture...

Durante a milhares de foto na Colação de Grau Solene da FAENG no Clube Atlético Aramaçan, uma pequena pausa para uma foto com a Bianca e Marlu, que insiste em fechar os olhos em todas as fotos que tira.

Casa do Norte Cupecê


Sou um exímio admirador de comidas e quitutes de boteco. Mas tem que ser boteco de bairro, tipo aquele que não tem menu, pois o que tem já fica exposto na estufa. Neste daí da foto, na Avenida Cupecê, que é uma das mais antigas da região sul de São Paulo, com quase 50 anos, o jabá é irresistível acompanhado com farinha, pimenta e se quiser vai bem com uma cerveja gelada ou uma cachaça específica da roça.

The Alan Parsons Project and friends...



Encontrando amigos no show do Alan Parsons Project. Um show atípico no HSBC Music Hall lotado, na última sexta-feira, dia 28.. O público com idade acima dos 40 foi comportado para ver as nuances da banda de rock progressivo dos anos 70, formada pelo produtor Alan Parsons. Na saída dei uma "palhinha".

Uma passagem por Onça de Pitangui

Visita à Roça de Onça de Pitangui

Sair de São Paulo e respirar ar puro no interior é uma delícia. Visitar a roça então, é um enorme prazer. Estar em um local tão agraciado por Deus, devido as belezas naturais, ar puro, barulho das águas do riacho... Poder comer frutas diretamente do pé, ver os animais soltos pelo quintal... Tantas coisas simples que já não existem mais na capital paulistana. Onça de Pitangui é só um pequeno pedaço de vários outros espalhados pelo Brasil que ainda proporcionam um local de paz. Assim, como a cidade de Pitangui, que logo mais postarei o que é a cidade.

Porque a menina que roubava livros é um poema


Toda a obra literária quando adaptada para o cinema perde a sua originalidade, desfaz aquele imaginário que as palavras foram capazes de construir em um mundo de fantasia inatingível na interpretação de quem o lê. Mesmo assim, ficamos felizes e ansiosos para ver qualquer adaptação de algum livro que lemos ou que pretendemos um dia ler.
Existem várias adaptações de livros fantásticos que, quando adaptados nos sentimos extremamente frustrados e ofendidos, mas não é o caso de “A menina que roubava livros”, do diretor Brian Percival, em sua adaptação da obra de Markus Zusak de 2007.
O livro é bem atual, mas a história se passa na Alemanha de Hitler e acontece entre 1939 e 1943. O nome do livro já me chamou atenção por várias vezes em que visitei algumas livrarias, e pelo nome interessantíssimo despertou-me uma curiosidade imensa em lê-lo, porém, nunca cheguei a compra-lo. Ao vê-lo no cinema, não titubeei e fui assisti-lo e achei um verdadeiro encanto. Se a adaptação é inferior ao livro, quero lê-lo imediatamente.
Ao chegar à sala de cinema completamente despretensioso quanto ao filme, me surpreendi com o enredo. Durante a Segunda Guerra Mundial, uma jovem garota chamada Liesel Meminger, interpretada por Sophie Nélisse, uma garota linda, com aquele olhar “oblíquo” de Capitu, sobrevive com muitas dificuldades pela situação financeira de sua família e também pelo preconceito de ingressar na escola completamente analfabeta. Seu pai adotivo, um velhinho bem legal, interpretado por Georffrey Rush começa a contar-lhe algumas histórias e a educar e ela toma gosto pela literatura.
Logo em seguida ela começa a partilhar livros com seus amigos, incluindo um homem judeu, Max, interpretado por Ben Schnetzer, que vive na clandestinidade em sua casa. Enquanto não está lendo ou estudando, ela realiza algumas tarefas para a mãe, que no começo do parecia uma bruxa, mas no decorrer da história seu coração vai se transformando em uma pessoa maravilhosa, interpretada por Emily Watson. Todo o enredo é compartilhado pelo apaixonado garoto Rudy, que sonha um dia ser beijado Liesel.
O roteiro em si, que parece simples tem um narrador nada comum: a morte. Ela fala com o telespectador como a testemunha da história. A morte omite opiniões sobre todas as pessoas, é um personagem onisciente, com uma visão diferente de cada personagem do enredo. É impossível não se emocionar com o olhar inocente de Liesel em uma escola nazista sem entender o que estava acontecendo ao seu redor.

O diretor foi capaz de prender o telespectador do começo ao fim, com as imagens de um bairro simples, pequeno e pobre no inicio da Alemanha Nazista, e informa como o povo daquela época vivia e que o ingressar no exército nazista poderia proporcionar para aquelas pessoas. Tudo isto, faz o filme e o livro ingressar no roll dos “clássicos”.