A Cidade da Luz... Seus temperos e sua cultura


Louvre

Paris é uma cidade maravilhosa... Cheia de novidades a cada esquina, desde os seus monumentos, museus, restaurantes, bistrôs, cafés... Tudo é mágico e inspirador. Visitei alguns dos principais pontos turísticos: Torre Eifel, Arco do Triunfo, Notre-Dame, Igreja de Sacré Coeur, Versalles, Louvre, Rio Sena... Tudo isso com calma em apenas sete dias. Foi pouco. A principal magia estava nas ruas, nas feiras, nos mercados... Foi um choque cultural imenso.
Notre Dame
Monalisa ao fundo e todos os visitantes do Louvre tentam se aproximar para observar e tirar fotos.

Em frente a entrada do Versalles


Cafés e bistrôs – Como o povo lê. E como eles conseguem ser tão magros e comendo tanto e, comida boa, de primeira, talvez o segredo esteja no vinho que eles bebem, pois, eles bebem muito, e muito mesmo. Em cada quarteirão presenciamos pelo menos uns cinco bistrôs, restaurantes.

E seus cigarros... Quem assistiu ao filme “A Primeira noite de um homem”, jamais esquece da cena do beijo de Mr. Robison, a bela Anne Bancroft, quando solta toda a fumaça do cigarro no rosto de Dustin Hoffman, que interpretava aquele personagem bem apático, chamado Bem. A cena é clássica e quem não viu, deveria alugar o filme em uma locadora urgente só por conta desta cena, que mostra o cigarro como parte do dia a dia das pessoas.
Bikes públicas

Ainda não havia as propagandas do “politicamente correto”, ainda se fazia propagadas de cigarros no rádio, televisões, revistas... Os fumantes eram pessoas normais e até eram vistas com charme.

Aquela cena seria impossível pelos novos padrões, mas tudo isso, estou dizendo que, nos cafés e bistrôs da França se fuma. E muito. Não que não haja leis que proíba, são iguais as do Brasil, porém, estes locais respeitam os fumantes e todos, ou quase todos, possuem uma área de fumantes.

O metrô é velho, porém eficiente; as bicicletas fazem parte do sistema de transporte público e em cada bairro possuem certos “bolsões” de bicicletas, onde todos que possuem um cadastro na prefeitura podem retirar uma bike em qualquer um destes “bolsões”...

À noite, as luzes claream uma cidade que nunca se apaga, que não dorme, e que tem um charme todo especial... E viva La France!

Se você quiser se lembrar


Hoje reencontrei uma pessoa muito querida de um passado não tão distante. Estava na hora do almoço e após alguns minutos de conversas, assuntos, lembranças, notei uma lágrima nos olhos dela. Não me lembro de ter dito nada triste, mas às vezes, as lembranças doem. Talvez aquela lágrima tenha caído de alegria. Eu não sei. Mas, tanto faz... As lembranças podem trazer algo bom ou ruim, se você quiser se lembrar.

Celulares e Ipod a preço de sangue

O novo sonho de consumo mundial e fenômeno de vendas o iPad, iphones e androids em geral são fabulosos e revolucionários. Podem ajudar a sociedade em todas as esferas com seus inúmeros aplicativos com um preço muito barato. Ops... Não é tão barato assim. Esta tecnologia é a custo de sangue e de muito suor e com trabalho escravo mostrado no documentário Blood in the Mobile, que estará em cartaz na 1ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental que acontece até 5ª Feira que vem. O evento acontece na Livraria Cultura da Avenida Paulista. Mais informações no site:www.ecofalante.org.br/mostra

Morrissey II

Perdido no saguão do Espaço das Americas, conheci pessoas bem animadas e hiper-fã de Morrissey, coisa exagerada mesmo. Nas ruas as camisas dos Smiths e do Morrissey sendo vendidas à baciadas e do lado interno, as camisas oficiais tinham uma cruz com a inscrição Morrissey, uma espécie de deus, com seus inúmeros seguidores. Rídiculo.
Esta foto foi tirada por Maggie, que acompanhou Morrissey em todos os seus shows no Brasil.Em seu orkut, pode-se ver a devoção que a garota tem pelo cantor inglês. Conheci também por acaso, o Nelson, responsável pela página do Facebook Morrissey Brasil, ele foi um dos articuladores e da agitação para a vinda do Morrissey.

As memórias e o bulling


Um dos livros que mais gosto de Machado de Assis são suas memórias póstumas... Brás Cubas é um cara sensacional, só a cabeça de um escritor como Machado de Assis poderia criar um universo primoroso. Gosto do inicio, bem lá no começo.

AO VERME

QUE

PRIMEIRO ROEU AS FRIAS CARNES

DO MEU CADÁVER

DEDICO

COMO SAUDOSA LEMBRANÇA

ESTAS

MEMÓRIAS PÓSTUMAS
As memórias às vezes são difíceis de serem resgatadas de uma forma positiva. Ao contrário do nosso amigo Brás Cubas, não pretendo dedicar nada aos meus vermes futuros, mesmo porque, quero compartilhar as boas memórias com todos, ainda em vida, é claro. Hoje, passei em frente a escola onde terminei o antigo 1º Grau. Lembrei de várias histórias e aventuras que poderiam fazer inveja a Huckleberry Finn, das histórias de Tom Sawyer e de repente encontro um amigo de infância e ele me chamou com um sorriso no rosto: "Oi Ceguinho,há quanto tempo!", e me deu um abraço.

Pois é! Ceguinho. Sim. uso óculo desde o berço, e na infância sofri bulling sim, mas lá, naquela época, ninguém sabia disso e nem conhecia esta palavra. Quantas vezes tive que sair correndo ao bater o sinal da saída para escapar da turma da 5ª série que queria me dar umas porradas? Quantas vezes tive que dividir o lanche com o pessoal mais velho para não apanhar na saída? Inúmeras vezes. 

Foram brigas, corridas, tanta coisa. E eu tinha um apelido, que no começo era pra escrachar: Ceguinho. Mas, soube dar a volta. Era bom de bola (mais ou menos né! nas aulas de Educação Física, me destacava, tanto jogando no gol, como na linha. Daí em diante, o apelido pegou. O que era pejorativo, passou a ter outra conotação. E de repente, quem na escola não conhecia o: Ceguinho. Sim, era eu.

O tempo passou, e quando reencontro um amigo daquela época, o Sérgio que aqui relembra um pedacinho da memória, volta a ser o Ceguinho.

Morrissey: There is a Moz that never goes out




Há 12 anos no Olympia em São Paulo, Morrissey se apresentava para um público fiel, que eram os fãs dos Smiths e de seus seguidores em geral, pois naquela época, Moz, como é conhecido, estava no final da turnê de seu sexto álbum, o Maladjusted, de 1997, e sua apresentação encantou a todos, quando apresentou seus hits, dos primeiros álbuns pós-smiths.
Desta vez, neste domingo, dia 11, no desconhecido local para concertos internacionais, no Espaço das Américas, na Barra Funda, viu-se uma multidão de fãs de todas as idades, desde os incondicionais dos anos 80, aos inúmeros grupos de adolescentes. Antes do show, uma multidão se aglomerava no portão principal desde a madrugada de sábado, e não arredaram o pé, mesmo com a forte chuva que caiu à tarde. Na fila, alguns fãs carregavam flores para entregar ao “maior inglês vivo”, segundo o jornal britânico The Guardian, e na rua, via-se um desfile de pessoas de todas as idades, provando que o ídolo pop renovou seu público, mesmo sendo pouco tocado nas rádios, porém, suas músicas, são obrigatórias nas casas noturnas especializadas em músicas índie.
O show começou com a abertura de Kristeenyoung, lançando seu álbum Volcanic, e chegou a tirar alguns aplausos da plateia, pela sua voz, que lembra a cantora Kate Bush misturadas com as performances de Laurie Anderson e PJ Harvey.
Antes do show o telão homenageava ídolos do Morrissey, como o Johnny Cash, Nico, Sandie Shaw e New York Dolls, durante a apresentação destes vídeos, fazia-se silêncio, criado pela expectativa de que Moz poderia subir ao palco a qualquer momento, e de repente ele aparece com uma camisa amarela em uma calça preta e solta: “Hello Sampa!” E dispara a primeira pérola: “First of the Gang to Die".
Dos Smiths foram seis músicas, que levaram os fãs ao delírio. Porém, seu set list, foi inconsistente por não dar um padrão ao show. Em certos momentos as músicas eram lentas e poucos conhecidas como “Speedway” ou mesmo “Meat is Murder”, pois, como vegetariano que é, cantou com um vídeo no fundo onde animais eram mortos, transformando o show em algo chato.
Moz se dirigiu pouco ao público e quando falou foi irreverente: “O príncipe Harry está aqui! Eles querem dinheiro, digam não!”. Aos 52 anos, Moz ainda surpreende no palco, e chegou a trocar a camisa quatro vezes, como de costume. Seu desempenho teve movimentos que lembravam quando era ainda vocalista dos Smiths e acompanhado com uma ótima banda, tanto que em “How soon is now” o rif de guitarra chegou bem perto do incomparável Johnny Mar.
Depois da sonolenta “Let Me Kiss You”, Moz falou: “Tá na hora de melhorar”, e mandou o clássico dos Smiths: "There Is a Light That Never Goes Out". Realmente, não se apaga e nem se apagará, pois Moz, mesmo com sua apresentação inconstante, é para ser admirado tanto pela qualidade das músicas, quanto pelo que ele representa para o cenário musical. Há 12 anos, o seu repertório contou com apenas uma música dos smiths, "Last night I dreamt that somebody love me" e, neste show foram seis músicas que provam que Moz está resgatando o passado, porém para um público novo.

Fonte da Imagem: Comunidade do facebook Morrissey Brasil

Set list do show
"You Have Killed Me"
"Black Cloud"
"When Last I Spoke to Carol"
"Alma Matters"
"Still Ill"
"Everyday Is Like Sunday"
"Speedway"
"You're the One for Me, Fatty"
"I Will See You in Far-Off Places"
"Meat Is Murder"
"Ouija Board, Ouija Board"
"I Know It's Over"
"Let Me Kiss You"
"There Is a Light That Never Goes Out"
"I'm Throwing My Arms Around Paris"
"Please, Please, Please Let Me Get What I Want"
"How Soon Is Now?"
Biz:
"One Day Goodbye Will Be Farewell"
Fiz uma filmagem da abertura do show. O Espaço das Américas é um local ruim, o som não é bom e os telões não estavam funcionando.

Acho que estou com saudades do Dunga!



Não! O Mano Menezes realmente não é o mais o mesmo técnico que foi do Corinthians. Ontem, foi irreconhecível com a sua seleção, na partida contra a “poderosa” seleção da Bósnia, comemorou a vitória por 2 a 1 como se fosse um resultado expressivo. Escalou mal, convocou jogadores errados. Lamentável. Do time de ontem que entrou em campo, os titulares absolutos são: Daniel Alves e Marcelo, Thiago Silva, Elias, Ganso, Lucas e Neymar. Todos os outros não estão jogando nada. Cadê o Robinho e o Kaka?
E o goleiro Júlio Cesar? Em entrevista, ele disse que: "Não entendi o que aconteceu". Então abre o olho em Júlio, porque a batata tá assando.

Slim Rimografia

Karina Izalino e Karla, as irmãs que cantam muito e que cantaram no meu casamento! Sucesso meninas...

Video Clipe Sol- Slim Rimografia

Morte e Vida pop...

A única certeza que temos em vida é que um dia iremos morrer. A morte eterniza alguns e levam outros ao esquecimento. Diante da pós-modernidade que começava nos anos 60, Andy Warhol afirmou que no futuro todos teriam seus 15 Minutos de Fama. E tudo isso aconteceu, uma pessoa comum por fazer tanto sucesso como algum artista famoso, dando a possibilidade de sermos pop. As tecnologias do século XXI transformam o mundo em uma visão popular, dentro das redes sociais.

Estas redes sociais nos dão a oportunidade de sermos famosos por alguns instantes. Outros conseguem ir mais além, às vezes ficam mais comentados até mesmo que artistas consagrados, como o caso da Luiza, mas este mesmo tempo que consagra, leva ao limbo. Todos nós do século XXI seremos esquecidos e substituídos por outros, novas modas, costumes, gostos, e a morte é só o princípio.

Quando alguns artistas morrem, o mundo fica perplexo perante o “endeusamento” de uma pessoa comum. Mas quando uma pessoa comum morre, há apenas o endeusamento dela feita por amigos e familiares. Fernando Pessoa em um dos seus heterônimos, afirma que a morte é o princípio do esquecimento de sua memória. Após a morte, todos se lembram dos melhores momentos vividos e com o passar do tempo só se lembrarão do defunto em duas datas: a do nascimento e o dia da morte.

Depois que os amigos e familiares forem morrendo também, poucas pessoas se lembrarão das datas, até que ninguém mais se lembre. Talvez, uma pessoa, aqui e outra ali, poderão ter relampejos de lembranças, porém, o nome ficará gravado apenas na lápide de um cemitério. É triste? É a realidade.

Os separados - Já os artistas, são talvez, as pessoas “separadas”, pois, por mais que fiquem esquecidas, deixarão para sempre suas obras. Como pintores, atletas, cantores, escritores... Eles não são normais. A comunicação através da arte, seja ela qual for, é a responsável pela engrenagem social, é o reflexo direto das formas de produção e como afeta os sentimentos dos homens.

Elvis, Picasso, Mozart, Alan Poe, Van Gogh, Kurt Cobain, Amy, Janis, Jim Morrison e a agora Witney, entre tantos outros artistas, têm algo em comum. Não importa a forma como morreram, eles puderam retratar a sua sociedade na época em que viveram. Alguns, por meio do seu livre arbítrio se expuseram demais, devido aos excessos, não que foram bem ou mal compreendidos, amados ou odiados, foi a consequência da arte de viver, de forma certa ou errada. Igual ao trabalhador que caiu na contramão atrapalhando o tráfego, descrita por Chico Buarque. Este deixou quatro paredes erguidas de forma sólida, e virou pop.

Talvez todo o ser humano deveria escrever um livro, plantar uma árvore e ter um filho, para selar de forma definitiva a entrada para o "mundo pop". Mas, tudo isso só valerá se for compartilhado no twitter, facebook, youtube, entre outros.

Completei a São Silvestre 2011... Morrendo!


Mas não foi fácil! Estava até preparado para esta corrida, mas reconheço que é necessário muito mais treino e muito mais concentração durante a prova. Além de alongamentos e alimentação adequada pelo menos uns dois dias antes da prova. Foi um bom aprendizado, pois o novo percurso dificultou muito os atletas amadores por conta das descidas que são muito fortes. Quando era a subida da Brigadeiro a exigência física era quanto a resistência cardíaca, devido ao esforço. Agora com a descida da Brigadeiro a exigência é física devido ao impacto do corpo com o joelho, principalmente com o corpo já esgotado bem no final.
Mas foi bem interessante eserviu de preparativo para 2012.

New York in 1999

Aqui estão uma série de fotos tiradas em 1999. Untitled Tumblr (3.0; @nyin1999) http://nyin1999.tumblr.com/ New York in May 1999



New York in May 1999

http://nyin1999.tumblr.com/post/16113009589 http://nyin1999.tumblr.com/post/16113009589 Thu, 19 Jan 2012 07:52:10 -0500
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http://nyin1999.tumblr.com/post/16113044684 http://nyin1999.tumblr.com/post/16113044684 Sat, 01 May 1999 00:00:00 -0400
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http://nyin1999.tumblr.com/post/16113123683 http://nyin1999.tumblr.com/post/16113123683 Sat, 01 May 1999 00:00:00 -0400
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http://nyin1999.tumblr.com/post/16113109191 http://nyin1999.tumblr.com/post/16113109191 Sat, 01 May 1999 00:00:00 -0400
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http://nyin1999.tumblr.com/post/16113139348 http://nyin1999.tumblr.com/post/16113139348 Sat, 01 May 1999 00:00:00 -0400
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http://nyin1999.tumblr.com/post/16113094653 http://nyin1999.tumblr.com/post/16113094653 Sat, 01 May 1999 00:00:00 -0400 Central Park
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http://nyin1999.tumblr.com/post/16113065608 http://nyin1999.tumblr.com/post/16113065608 Sat, 01 May 1999 00:00:00 -0400 Liberty State
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Picture by Sérgio Pires

Picture by Sérgio Pires

http://nyin1999.tumblr.com/post/16113176420 http://nyin1999.tumblr.com/post/16113176420 Sat, 01 May 1999 00:00:00 -0400
Picture by Sérgio Pires

Picture by Sérgio Pires

http://nyin1999.tumblr.com/post/16113163588 http://nyin1999.tumblr.com/post/16113163588 Sat, 01 May 1999 00:00:00 -0400
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http://nyin1999.tumblr.com/post/16113081418 http://nyin1999.tumblr.com/post/16113081418 Sat, 01 May 1999 00:00:00 -0400

25 mil clicks e uma lembrança

Pelo quarto ano consecutivo participo da corrida de São Silvestre. É um prazer enorme participar desta corrida e a cada ano sinto muito orgulho em terminá-la. Fico ansioso ao me escrever para esta corrida, que é uma festa popular e o prêmio principal é uma singela medalha ao término da prova.
Mas, hoje recebi uma surpresa, esta foto, que foi tirada pelos organizadores do evento no dia da retirada do kit. Em volta estavam centenas de pessoas na fila para tirar esta foto. Todos faziam caras e bocas para subir neste pódio para receber apenas um click. Todos os 25 mil participantes subiram ao pódio e esta lembrança foi uma das maiores conquistas.

Ai se eu te pego, carros barulhentos e o funk


Ultimamente tenho demorado para pegar no sono, mas não é por conta de insônia ou coisa parecida. É por causa do barulho de alguns infelizes que insistem em dirigir o carro com um som dos diabos, numa altura que chega a tremer a janela quando o maldito carro passa em frente de casa tocando funk (não o original, mas aquelas músicas ridículas cheia de palavrões e refrões repetitivos). Pensava que a música “Ai se eu te pego” do tal Michel Teló, fosse chata, devido ao som repetitivo, mas depois que o maldito motorista passa em frente a minha casa todos os dias das 23h30 até as 2h da manhã tocando o Mc Buiu, Mc Catraca, Mc K9, entre outros culpados que se dizem MCs e por produzir algo tão irritante, chego a conclusão que “Ai se te eu te pego” é um mantra.
Não quero ser preconceituoso contra este funk brasileiro, pois tem muitas músicas interessantes, mas a falta de cultura e de conhecimento por parte destes novos produtores musicais, faz com que a qualidade do estilo caia. E, por incrível que pareça, por conta disso, faz mais sucesso nas classes ditas “sabias” na A, B, C, D, E, F, G... Faz sucesso no alfabeto inteiro esta coisa de funk cheia de palavrões.
As músicas como todos sabem, é baixaria pura, e invadem a periferia à noite e para piorar, a moda agora é gastar horrores em equipamento de som , para depois desfilar o veículo com o som ligado no talo. Palavrões, xingamentos, refrões repetitivos simulando relações sexuais... Tem de tudo nas músicas.
É um cenário dantesco! Nos finais de semana os carros ficam de 50 a 50 metros, um veículo com o som ligado e em volta um bandos de adolescentes que não cantam “Ai se eu te pego”, que é uma coisa típica de televisão e da “cultura burguesa”, mas ficam dançando funk nas ruas, simulando relações sexuais e não ficam no imaginário de pegar alguém, pois eles já vão direto “aos finalmentes”.
“Ai se eu te pego” de Teló já não é mais música, é um mantra acompanhado de uma coreografia ridícula. Aquela coisa que não é para ouvir, é para dançar; tirar sarro, zoar com os amigos, ela se popularizou tanto, que virou gíria, entre outras coisas...
Ontem, dia 15 de Janeiro, após ouvir o mantra em versão inglês, fui para o quarto igual a um zumbi, completamente hipnotizado com a letra “wow if i catch you... Delicius...” O carro do funk passou com toda a sua postura sonora e eu peguei no sono com as palavras: “wow if i catch you”, e com os olhos fechados completava com uma coreografia imaginária.

O caminhãozinho e o gramado



Hoje (sábado, dia 7), um sábado bonito e completamente ensolarado. Logo de manhã recebo a notícia do falecimento de um vizinho. Meu pai se prontificou a ir junto comigo, foi uma intimação direta para que eu o levasse ao Cemitério São Luis, na zona sul de São Paulo. Antes de mais nada, para dar continuidade a este texto, gostaria de me apresentar: meu nome é Sérgio, como jornalista assino Sérgio Pires, mas, por se tratar de um nome comum, na web, passo a me identificar como sergios, um “s” a mais, não por conta de numerologia, ou coisas parecidas, mas sim, pela situação e facilitação para que eu encontre a mim mesmo na web! Se nem eu me encontro, como os outros irão me encontrar? Bom, antes escrevia em um blog chamado Armário Mecânico (Pensando em acabar com este blog), isso há sete anos, então, resolvi mudar de ares, coisas novas. E por isso resolvi escrever este primeiro texto.
Continuando… Fui ao enterro do Natal, um senhor de meia idade que trabalhava como padeiro, confeiteiro e foi um dos melhores em sua profissão. Ultimamente não estava trabalhando, adoeceu… E sua vida mudou de endereço e foi se encontrar com Deus. No caminho para o enterro, aliás em todos os cemitérios em vou, fico reparando nas lápides, nas pessoas que se foram. Algumas morreram muito jovens, outras já de alguma idade, mas, neste sábado, o que me chamou atenção foi um carrinho. Era um carrinho jogado no meio de uma grama bem alta, e ao chegar um pouco mais perto descobri que era uma cova de uma criança. A lápide tinha uma foto de um menino que estava quase apagada deviso as interpéries do tempo. Pude ler que nasceu em 2009 e se foi em 2011. Apenas dois anos. E vi aquele caminhãozinho atolado naquele gramado com extrema tristeza, a mesma do Senhor Natal.
O velório acabou, o enterro também e o caminhãozinho… Ele continua lá. Esperando ser desatolado.