Pelo que sei, a etnia brasileira é formada pelo índio, branco e o negro, porém o índio é sempre o “outro”. O povo brasileiro não o insere no contexto social, pois está sempre à margem. O índio é tanto um “outro” que existem leis específicas, ou seja, regras próprias, como demarcação de terras, etc. Não que isso seja errado, pelo contrário, sabemos que por “direito” a terra é deles, mas a visão que temos do índio é como se não fizesse parte da nossa etnia, pois é passado como se fosse um “patrimônio” brasileiro.
Renato Russo soube exemplificar isso na música “Que país é esse”, quando diz: “quando vendermos todas as almas dos nossos índios no leilão. Que país é esse?”.
Renato Russo soube exemplificar isso na música “Que país é esse”, quando diz: “quando vendermos todas as almas dos nossos índios no leilão. Que país é esse?”.
Acredito que a visão do índio que o povo brasileiro ainda tem é do herói. É a imagem de Peri ou de Iracema, ambos os personagens de José de Alencar, que ainda permanecem vivos no imaginário popular, e por isso eles são os “outros”.
Enquanto isso, os índios “reais”, são massacrados por fazendeiros que desconhecem os Peris e as Iracemas, pois conhecem apenas a “terra”. Por isso, o dia 19 abril, dia do índio é apenas um outro dia.
Enquanto isso, os índios “reais”, são massacrados por fazendeiros que desconhecem os Peris e as Iracemas, pois conhecem apenas a “terra”. Por isso, o dia 19 abril, dia do índio é apenas um outro dia.
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