A música em mim, a fita cassete e "rippar"

A revolução tecnológica trouxe um leque de palavras novas e isso está se transformando em um fenômeno linguisitico, pois a forma como estas palavras invadem as nossas vidas é incrível. Bom, mas não é exatamente isso que gostaria de abordar nesse texto, mas sim sobre um costume básico de todos aqueles que gostam de baixar músicas da internet, cuja palavra exata é "rippar".
Lembro quando comecei a me apaixonar por músicas, foi logo que ganhei de meu pai um walkmam da Sony. Para gravar as fitas cassetes e colocá-las no meu brinquedinho, tinha que gravar alguns discos nas tais fitas. Eram três tipos específicos: Metal (a mais cara) a de Cromo (que durava séculos a gravação) e a de ferro ( a mais barata). Ia na casa de um camarada (Elcio) e lá, falávamos sobre os álbuns da Legão, U2, Smiths, Iron... E muitas faixas destas bandas ia direto para a fita.

Quando alguns amigos iam em casa passávamos pelo menos 3 horas para gravar apenas 3 fitas. Era cansativo? De forma alguma, pois curtíamos cada faixa que estava sendo gravada, além do papo e.. É claro dela... Uma geladinha né!

Bom, as fitas acabaram e agora acompanho a tecnologia, porém este avanço acontece de forma fria. Estes dias estava gravando alguns cds para amigos e não tem a mesma magia.

As músicas estavam todas no HD, abri o programa, escolhi as músicas para serem gravadas. E um detalhe, antes eram no máximo 20 músicas por fita. Agora se for no formato MP3, em um CD simples cabem 150. Selecionei uma centena de músicas, apertei o botão e em cinco minutos o cd foi cuspido pelo computador. Tava pronto. Não houve papo, não teve cerveja e nem deu para sentir o clima do cd, pois trata-se apenas de um arquivo.

Não... Não quero as fitas de volta. Prefiro os CDs, porém perdeu-se algo muito importante: a magia da música que está dentro de nós. Hoje gravamos arquivos.

O Padre e os balões

O sonho de realizar uma simples aventura se transformou em tragédia para o padre Adelir Antônio de Carli, que desapareceu há três meses no céu com seus balões. E, infelizmente sua história se transformou em piada. Sua imagem foi satirizada por muitos, que brincam com o fato, colocando sua imagem entre um dos personagens da série americana Lost, entre outras brincadeiras. Na televisão, alguns comediantes citam o padre através das paródias ou piadas de mau gosto sobre a “burrice”, “falha humana” do padre que não sabia como manusear o aparelho de GPS. E, seu desaparecimento virou notícia, mas sempre passando a ideologia que o padre era “louco” para cometer tal ato.
No imaginário popular o herói é arrojado, corajoso, capaz de enfrentar os desafios mais improváveis. E, o padre Adelir tinha todas estas características e deveria ser tratado com mais respeito por todos nós.
A obra Dom Quixote de Miguel de Cervantes, trata da batalha dos moinhos de vento. Dom Quixote se aproxima dos moinhos e com pensamento em sua deusa, Dulcinéia de Toboso, pegou sua lança em riste e apontou para os “inimigos”. O vento ficou mais forte e lançou o cavaleiro para longe.
Assim como a “loucura” de Quixote, podemos até comparar o comportamento da sociedade perante a “loucura” do padre Adelir, com as mesmas idéias de nossa sociedade quando se defronta com algo fora dos padrões, fora do cotidiano, fora da normalidade petrificada que ela mesma impõem.
Assim como aconteceu com Quixote quando o vento o fez cair, na batalha dos moinhos, o vento soprou o padre fora de seu percurso. O padre não se perdeu, pois o vento o soprou para o céu, fazendo com que seu sonho fosse concretizado. E isso faz dele um herói, que vai além de nosso imaginário.

Os buracos nas "vias periféricas"

Ao dirigir pelas ruas de São Paulo podemos constatar o descaso dos governantes pelo péssimo estado de conservação das vias públicas. É na periferia que o problema ainda é pior, pois para eles (governantes) trata-se de uma obra que não aparece para as pessoas a fim de agarinhar votos, afinal quem vai notar que a viela “Nações Unidas”, lá em americanópolis foi asfaltada, ou aquele trecho de uma avenida qualquer do subúrbio foi recapeada. A subprefeitura do local apenas manda um caminhãozinho e tapa o buraco, como se resolvesse o problema, que após dois ou três meses aparece novamente.
Enquanto isso, as ruas dos bairros de classe média alta são impecáveis, sempre tem alguém da prefeitura realizando alguma manutenção, assim como as rondas policiais são mais constantes.
Bom... Isso é comum e sempre foi assim! Quem está no “poder”, olha para quem tem o “$”, mas se esquecem que o poder verdadeiro é do povo.

Revista Nova Escola: “41 Grandes educadores que fizeram história, da Grécia antiga aos dias de hoje”


Hoje não resisti e tive que pagar a bagatela de R$10,90 na Revista Nova Escola do mês de julho, pois a revista está fantástica! Em suas 130 páginas o periódico faz um resumo de 41 grandes pensadores da educação. Vale a pena!

Pica-pau é melhor que filmes de locadora


Estes dias resolvi entrar em uma locadora para assitir alguns filmes e comer pizza. Hummm! Parece até algo legal, mas a minha idéia começou a mudar quando estava na locadora. Entre transformers, resident evils, espíritos, albergues, maldição dos demônios, não achei nada interessante a não ser estes filmes que dizem ser de terror ou sei lá o quê!

Mudei de prateleira aí encontrei: vingança, justiça, matadores, amaldiçoados... Tudo isso eram os nomes dos filmes, entre outros títulos com as capas piores que o nome. Fui para a prateleira ao lado e encontrei toda a série de pânico I, II, III e só aqueles besteirol americano, urghhh!

Então fui ao atendente e perguntei: "Qual é o lançamento que você tem?" Ele então foi a um corredor e pegou uma edição de luxo de "Eu sou a Lenda". Como edição de luxo de um filme como este? E, andando alí percebi que tinha edição de luxo de Resident Evil e até do Motoqueiro Fasntasma. Caracas! Bom, voltando ao assunto, como já tinha visto Eu sou a Lenda no cinema descartei a sugestão. Ele me indicou "Vingança", cuja atriz principal é Jodie Fostier. Logo pensei: "deve ser interessante", pois até a capa era legal. Levei.

Para minha surpresa, o atendente troca a caixa original do filme e coloca uma sem capa sem nada. Levo apenas o CD. Ao lado, tinha uma estante de crianças com desenhos do pica-pau. Levei o desenho.

Em casa, começei a assitir a Vingança... Urghhhhhhh... Ruim demais! E matei a saudade do pica-pau, pois mesmo que já tenha assitido suas histórias, me diverti muito mais com o desenho pré-histórico, porém melhor que todos os filmes que tinha na locadora.