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Músicas indicadas pelos alunos do 9A Rosa Inês

1) Em um bate papo bem legal com a galera do 9 Ano B da E.E. Rosa Inês fui apresentado a novas bandas bem legais.




2) Este segundo vídeo já conhecia, o Panic at The Disco é bem interessante.



3) Não. realmente eu nunca tinha escutado "Tribo da Periferia". Bem produzido, mas ainda não consegui assimilar este estilo.




4) Esta banda Hungria faz o mesmo estilo de "Tribo da Periferia".


5) Froid é bem legal.



6) Birdy - Uma cantora Indie que está nas graças da molecada.

O

7) XXXTentation foi o grupo que eu mais gostei dos que foram me apresentado. Uma pedrada a cada faixa.

  

"I see my folks, they're getting old"

"...I see my folks, they're getting old, I watch their bodies change...
I know they see the same in me, And it makes us both feel strange...
No matter how you tell yourself, It's what we all go through...
Those lines are pretty hard to take when they're staring' back at you.
Scared you'll run out of time..."

Em sua terceira passagem pelo Brasil, Moz faz um show introspectivo

Não, realmente não foi um show qualquer, pode ter sido o último show do ex-Smiths no Brasil, na apresentação do último sábado, dia 21, no Citi Hall, em São Paulo. Esta foi a terceira tour pelo Brasil, a primeira foi em 2000, e 12 anos depois, veio pela segunda vez em 2012, e sua terceira tour seria em 2014, mas foi adiada por motivos de saúde e, agora, faz a sua terceira tour para promover o seu último álbum “World Peace Is None of Your Business”, de 2014.
Desde o fim dos Smiths, nos anos 80, todos os shows de Morrissey, comparecem fãs da banda inglesa vestindo literalmente a camisa, lotam seus shows, entretanto, Moz nega-se a cantá-las. Lembro-me de sua primeira passagem em um show no Olímpia, quando um fã gritou para que ele tocasse Smiths, ele foi bem enfático e direto. “Smiths is dead”. E tocou apenas “meat is murder”, pregando o vegetarianismo, o seu modo “Morrisey de ser”.
Na segunda passagem, em 2012, ele tocou algumas faixas a mais dos Smiths, como “Still ill”, “How son is now” e “There is a Light that Never Goes Out”, porém em São Paulo o show foi prejudicado, já que uma das caixas de som do Espaço das Américas deu problema.
E, finalmente nesta terceira tour, o show foi o mais diferente, mais intimista. Triste para alguns e um show precioso para outros. Muitos comentavam: “Não gostei de nenhuma música, apenas a primeira (Suedehead)”, disse uma pessoa ao meu lado. Mas é preciso levantar alguns pontos específicos para chegar a esta conclusão. Antes de todos os shows, Morrissey faz uma seleção de vídeos de seus cantores e grupos favoritos, e, estas músicas não eram nada pop, eram canções e artistas estranhos para o público brasileiro. Mas, sem a maioria saber, aquilo fazia parte do show. Em um telão em frente ao palco, foram apresentadas bandas como: The Sparks, New York Dolls e uma interpretação fantástica de Charles Aznavour – “La Boéme”, e depois uma mulher grita e abrem-se as cortinas, quando neste momento, o telão sobe e a banda se apresenta.
Era claro a expectativa de um show de grandes hits, mas não foi. Seus últimos álbuns, “You are the Quarry”, de 2004, “Ringleader of The Tormentors”, de 2006, “Years of Refusal”, de 2009 e, finalmente seu último trabalho” World Peace Is None of Your Business”, de 2014, são álbuns profundamente intimistas. Percebe-se uma produção perfeita nestes discos, com letras tristes, em um mundo cada vez mais depressivo de uma sociedade doente, não há hits, apenas belas canções. 
E foi deste jeito o show. Sem grandes hits, apenas belas músicas tocadas por uma banda competente, com grandes momentos como em “Smiler with Knife”, quando começou a cantar acapela e teve que parar quando alguém começou a gritar, e ele, de imediato parou de cantar e falou: “Quer o microfone?” “Perdeu a cabeça?”, e em seguida recomeçou a música. No final, parte do público saiu decepcionado, pois não houve hits, porém um grande show.

A censura e a incensura da burguesia e a linguagem "figurada"


As letras de funk e dos raps da periferia são alvos constantes de preconceito pela mídia e da classe dominante em si. Não quero aqui defender um estilo em detrimento do outro, mesmo porque não gosto nenhum pouco de funk com suas letras "pesadas" e do rap (também tem letras pesadas) mas vejo mais talentos, como Emicida, Criolo, Racionais, entre outros, que levam o estilo e a cultura à frente, mas trata-se apenas de um gosto pessoal.

Muitos se esquecem que a música é uma linguagem. Às vezes, outros gêneros dão à voz ao "bandido" e ainda o transformam no protagonista, como o cinema, o teatro e a literatura, e tudo se transforma em ficção. Com a letra das músicas é a mesma coisa. Mas, isto vai depender diretamente de quem canta, pois o preconceito, vai desde as letras e também do emissor, deixando claro um preconceito bem latente, tanto da linguagem, como cultural. Se for um cantor oriundo da classe média, a letra que fala de violência, é interpretada como "figura de linguagem", e é vista a beleza lirica da canção. Peguei um texto clássico, um bom exemplo disto, é a letra da música "Exagerado" do Cazuza.

"...E por você eu largo tudo
Vou mendigar, roubar, matar
Até nas coisas mais banais
Pra mim é tudo ou nunca mais..."

Não quero tentar fazer uma análise linguística desta letra, mas este trecho em si, é visto como algo "belo" e romântico, mas os três verbos "mendigar",  "matar" e "roubar", não contem nada de "romântico", se este trecho fosse interpretado por qualquer  MC de funk ou por algum rapper, poderia sofres sérios problemas de preconceito. A subversão do substantivo "mendigo" em verbo, dá a impressão que ser mendigo é uma opção.

Será que se o Mano Brown dos Racionais cantasse esta letra em ritmo de rap teria o mesmo contexto de Cazuza? Mas, a música do Cazuza, é legal, afinal, ele é considerado um poeta que representou uma geração. Será? Particularmente, gosto de algumas canções, mas é um cantor comum, nada mais do que isto.

O problema é o "endeusamento" de alguns artistas em detrimento de outros, que falam a mesma coisa, e a única diferença é a classe social e o preconceito latente em nossa sociedade.

Rock in Rio: um festival necessário para a cultura pop

Entrada principal do Rock in Rio, um ponto de selfies para quem chegava ao local
Para a sobrevivência da cultura musical pop, os festivais deverão sempre existir. Depois do Festival de Woodstock em 1968, em uma fazenda nos Estados Unidos, esta modalidade de shows fez parte de um entretenimento inevitável para a música. “A sociedade consome o que ela produz”, já dizem alguns sociólogos e, este consumo está relacionado também ao indivíduo e, quando se trata de música, os grandes festivais são um reflexo social e cultural das apresentações, assim como os músicos envolvidos e, as razões pela qual os festivais acontecem. No caso específico do Rock in Rio, é simplesmente, lazer nonsense, apenas festejar a cultura pop.
Naturalmente tive que entrar no clima "selfie"
A critica do jornalista Alexandre Matias, do UOL, publicada nesta segunda, dia 28, sobre o “shopping pago com trilha sonora”, é descontextualizada, sobre o que é um “festival”. Será que o festival seria igual ao primeiro Rock in Rio, em 1985, onde não tinha infraestrura alguma? Para exemplificar, no dia 16 de janeiro de 1985, nas apresentações do AC/DC e Scorpions, os lanches haviam se acabado, bebidas tinham sido esgotadas e a multidão se aglomeravam nas filas dos banheiros químicos. Faziam as necessidades na lama daquela noite chuvosa, sem telão e com um som de qualidade duvidável, a não ser pela ótima apresentação dos músicos, mas aí é uma outra questão.
Hoje, há atrações, há bares, stands, realmente é um “shopping” não no sentido pejorativo, mas da adequação. É tudo pop, é tudo consumo. Esta é a nova tendência dos festivais, muito diferente do mais famoso, o Woodstock de 1968, que aconteceu com objetivo de festejar a Paz, pois os Estados Unidos estavam em guerra. Outro festival famoso foi o Live Aid, que aconteceu em 1985, para arrecadar fundos contra a fome nos países africanos, especificamente a Etiópia; houve ainda o festival “feminista” Lilith Fair, nos Estados Unidos, que foi realizado entre os anos de 1996 e 1997, levantando a causa das mulheres, e tem ainda vários festivais famosos, como: Glastonbury Festival (Reino Unido), Lollapalooza, Coachella Fest, entre tantos outros, mas estes são puramente fomentadores de cultura.
Um chafariz era um outro ponto de fotos do evento
É irreversível. Nos Estados Unidos, na Inglaterra, entre outros países, a cultura dos festivais já acontecem há décadas. Os mais velhos sempre vão reclamar com saudosismo e sempre farão comparações com o passado e costumam a dizer ainda que o rock morreu. Desde os anos 70 os roqueiros-murmuradores falam isto, e sempre continuarão a falar. Mas, desde os anos 50 até agora, o rock e a música pop, se reinventaram várias vezes, gerações e gerações vestiram roupas diferentes, ouviram riffs diferentes, assim como as batidas completamente diferentes a cada ano. Mas é daí?
Criticar um festival porque lá tem a Katy Perry, ou porque tem Roda Gigante e Montanha Rurra? O grupo The Jam, dos anos 70, já afirmava “That’s Entertaiment”, e como o Camisa de Vênus a traduziu: “É só pra passar tempo”, enfim, é puro entretenimento. Pela critica do jornalista, é porque lá tinha muitas lojas, banheiros e bares o bastante para se entreter? Bom, o importante disto tudo é que tinha música, então aumenta que isto daí é rock and roll, e viva os festivais!


Sobre as "ilhas e suas estações" - "Seasons"

Ao ouvir a banda Future Islands, percebi que um som bem original, um estilo próprio e intimista que vale a pena ouvir cada trabalho deste grupo. Compartilho aqui dois momentos, de Seasons (vídeo original e ao vivo)


"...Seasons change, and I tried hard just to soften you The seasons change, but I've grown tired of tryin' to change for you Because I've been waiting on you I've been waiting on you Because I've been waiting on you I've been waiting on you..."

Sobre o acidente de Cristiano Araújo

“Não há nada no mundo mais nu que um esqueleto”, escreve José Saramago diante da representação tradicional da morte. 

 A morte do cantor Cristiano Araújo e sua namorada chocou o Brasil e, eu e tantos outros amigos, nuca ouvi falar neste cantor. Não conheço sequer uma música que possa me lembrar do artista tão querido por milhões. 
Recebi ainda via what’s app, as fotos horríveis do acidente que chocou o país. Na hora que sua morte foi divulgada na televisão, estava em uma padaria, fiquei perplexo a tristeza dos balconistas que me atendiam. 
Como não sou fã a modismos sertanejos, não conhecia seu trabalho, mas, que pelos fãs que conquistou deve ser de qualidade, ao menos para estas pessoas, pois nenhum trabalho é vão, desde que seja honesto, e isto ele era, pelo que li até o momento. Que Deus abençoe e console toda a família do cantor, e dos envolvidos no acidente, assim como todos os fãs.

O Rock nunca chegou na periferia, e quando foi, chegou por meio de “recado”


Em entrevista no início deste ano, o cantor-ator Seu Jorge deu uma declaração polêmica, dizendo que o rock não é um gênero para o negro, pois nunca foi à periferia. Ele foi na veia e direto, em um comentário para seu novo disco Músicas Para Churrasco Volume II. A mídia caiu em cima e sua afirmação foi criticada em todas as redes sociais. 

Esta semana me deparo com um excelente texto do jornalista André Forastieri “Porque os jovens brasileiros não gostam mais de rock (em uma frase bem longa), afirmando que o rock brasileiro foi e é oriundo da classe média brasileira, e novamente chamou atenção de muitos internautas por aí. O fato é: os dois estão absolutamente corretos.

Nos anos 70, 80 e mesmo nos anos 90, até os dias atuais, o rock nunca foi um gênero da periferia. Quando chegou foi por meio de alguns grupos específicos como os “punks” ou algumas “tribos” ou galera que curtiam “heavy metal”. É claro que há exceções, como eu, pessoas que moravam na periferia, mas tinham acesso à informação, por meio de revistas especializadas, etc.

Na periferia chegou o funk (o original), o samba, o rap, tinha em cada esquina e sempre aconteciam os bailes funk que eram organizados em alguma casa na periferia, assim como as rodas de samba, que acontecem até hoje nos botecos. Isso não quer dizer que na periferia não se ouvia-se rock, ouvia-se sim, mas muito restrito. Em um universo de um bairro de mais de 350 mil habitantes como o da Cidade Ademar, bairro em que moro, poucas pessoas gostam deste gênero. 

Hoje a música da vez é o funk ostentação, nada a ver com aquele do passado. Como o Forastieri disse “...porque teen precocemente senil, banguela e broxa, e fogem para onde está a ação, seja em movimentos como o Occupy, no rap mal-encarado e no funk boca-suja, correndo atrás do dindin ou simplesmente boquejando infinitamente nas redes sociais...”

Banda de rock, aliás o rock em si, nunca foi tão pop, nunca foi tão “água com açúcar” em suas letras ou em sua manifestação. Ao assistirmos as bandas que aparecem no circuito nacional ou as que se apresentam em programas de televisão, vemos apenas um apelo comercial e o discurso tão decorado que parecem até de jogadores de futebol.

Na periferia, nunca os vi fazer shows em praças, festivais, etc. As bandas querem mesmo é aparecerem para seu público perfeito, tipo Ed Motta nos Estados Unidos e seu público seleto, não pode ser qualquer um, por isto, tem que ser “indie”, e ouvir e frequentar todos os mesmos espaços que estas pessoas frequentam.


Enfim, o rock brasileiro envelheceu e está em crise, mas ainda temos talento; mas não temos espaço para tocar; temos a internet para divulgar; mas não temos interesse em ouvir; temos algumas escolas e professores antenados em aula de arte e música para incentivar festivais escolares; mas não temos alunos e diretores das mesmas interessados... Estes dias recebi um recado: “Vai ter um show de rock no centro na semana que vem”... Pois é, o rock quando chega à periferia vem por meio de recado. 

Paralamas do Sucesso 30 anos – “Por quê você não olha para mim… Em cima destas rodas tem um cara legal”

Me considero um roqueiro, um amante da música pop e popular em geral, e o engraçado é que, quando vemos algum músico ou “roqueiros” sobre o seu primeiro álbum, sempre é algum clássico do rock internacional, tipo Led Zeppelin, Beatles, Stones, etc. No meu caso, não. O meu primeiro disco que comprei na minha vida, foi o Passo do Lui dos Paralamas do Sucesso. Foi um álbum inesquecível e os Paralamas passou a ser minha banda preferida.
Acompanhei o trio durante anos, fui a shows, e no último dia 24 de maio fui ver a apresentação apoteótica da banda em sua turnê de 30 anos, no Espaço da América Latina. O show foi quase um “Pout-Pourri” de hits um atrás do outro. Herbert falou pouco com a plateia que lotava o local. Falava o suficiente, aquele clichê necessário: “São Paulo, boa noite! Amamos vocês! ” E uma paulada atrás da outra, só com sucessos.
Não havia set list no chão como as bandas fazem de costume, atrás um telão passava o nome da música que estava sendo executada e informava ainda o ano e o álbum. Um show completamente redondo, perfeito. Tudo em seu devido lugar, com o Power trio, às vezes lembrava Police, com o sky bem ritmado das faixas do álbum Bora Bora, outras vezes bem romântico, como “Aonde que eu vá”, do Arquivo II.
O show foi um passeio por todos os CDs dos Paralamas, senti falta de duas faixas: Mensagem de Amor e Romance ideal, que ficaram fora de sua apresentação. Em óculos Herbert falava sobre um problema de preconceito ao usar óculos, e em certa estrofe da música diz: “Por cima destas rodas tem um cara legal”, como uma forma de acabar com o preconceito que algumas pessoas com necessidades especiais sofrem.
São 30 anos de sucesso e que revelam o talento desta banda.

Eliseth Cardoso - Naquela Mesa



Em uma banca de jornal havia vários vinis expostos ao sol pelo valor de R$ 1 cada bolacha, peguei alguns discos e levei pra casa e, ainda sem limpá-los, coloquei na agulha do toca-discos e me deparei com preciosidades.

Elizeth Moreira Cardoso nasceu num cortiço na rua Ceará nº 05, no subúrbio de São Francisco Xavier, próximo ao Morro da Mangueira. Oriunda de uma família bastante humilde, tinha o sonho de ser artista, e era levada pelo pai para cantar pelos bairros da zona norte carioca, cobrando ingresso (10 tostões) das outras crianças para ouvi-la cantar os sucessos de Vicente Celestino. O pai, Jaime Moreira Cardoso, era seresteiro e tocava violão, e levava a filha em suas apresentações. A mãe de Elizeth, Maria José Pilar, era dona de casa e gostava de cantar. Elizeth possuía cinco irmãos: Jaimira, Enedina, Nininha, Diva e Antônio. A família frequentava casa de sambas e festivais de música popular na cidade, além de conviver com grandes músicos na casa de Tia Ciata, amiga de seus pais e de seus tios Ivone e Pedro. Quando criança, também colocava em prática seu lado escritora e atriz, e costumava escrever peças e organizar teatros para as crianças da vizinhança, e sempre tendo como repertório de suas criações as músicas de Vicente Celestino.2
Embora almejasse brilhar nos palcos, sua vida não fora nada fácil: Após concluir o primário, ela e seus irmãos tiveram que abandonar os estudos e ajudar no sustento do lar, já que passavam necessidades. Elizeth começou a trabalhar aos dez anos, e entre os anos de 1930 e 1935 foi balconista, funcionária de uma fábrica de saponáceos e cabeleireira.3 

música e imagens: Dead Can Dance

Music - Images...

Todas a música tem uma imagem... Algumas músicas tem muito mais imagens, além de sons... Algumas tem até cheiro... Sim! A música nos remete as lembranças e traz consigo seus odores, flagrâncias... Imagens... Vestígios... Reflexos...

A música em mim, a fita cassete e "rippar"

A revolução tecnológica trouxe um leque de palavras novas e isso está se transformando em um fenômeno linguisitico, pois a forma como estas palavras invadem as nossas vidas é incrível. Bom, mas não é exatamente isso que gostaria de abordar nesse texto, mas sim sobre um costume básico de todos aqueles que gostam de baixar músicas da internet, cuja palavra exata é "rippar".
Lembro quando comecei a me apaixonar por músicas, foi logo que ganhei de meu pai um walkmam da Sony. Para gravar as fitas cassetes e colocá-las no meu brinquedinho, tinha que gravar alguns discos nas tais fitas. Eram três tipos específicos: Metal (a mais cara) a de Cromo (que durava séculos a gravação) e a de ferro ( a mais barata). Ia na casa de um camarada (Elcio) e lá, falávamos sobre os álbuns da Legão, U2, Smiths, Iron... E muitas faixas destas bandas ia direto para a fita.

Quando alguns amigos iam em casa passávamos pelo menos 3 horas para gravar apenas 3 fitas. Era cansativo? De forma alguma, pois curtíamos cada faixa que estava sendo gravada, além do papo e.. É claro dela... Uma geladinha né!

Bom, as fitas acabaram e agora acompanho a tecnologia, porém este avanço acontece de forma fria. Estes dias estava gravando alguns cds para amigos e não tem a mesma magia.

As músicas estavam todas no HD, abri o programa, escolhi as músicas para serem gravadas. E um detalhe, antes eram no máximo 20 músicas por fita. Agora se for no formato MP3, em um CD simples cabem 150. Selecionei uma centena de músicas, apertei o botão e em cinco minutos o cd foi cuspido pelo computador. Tava pronto. Não houve papo, não teve cerveja e nem deu para sentir o clima do cd, pois trata-se apenas de um arquivo.

Não... Não quero as fitas de volta. Prefiro os CDs, porém perdeu-se algo muito importante: a magia da música que está dentro de nós. Hoje gravamos arquivos.