Estes dias estava no ônibus indo para o centro de São Paulo, em determinado ponto, subiu um vendedor de chocolates e sem pedir licença, jogou o choquito no meu colo, assim como nos demais passageiros. Depois foi para frente do coletivo e discursou: “ Senhoras e senhores, sou um desempregado, e gostaria que me ajudassem adquirindo estas guloseimas por R$ 1,00”. Em seguida conseguiu vender 1 ou 2 chocolates e se mandou.
No ponto seguinte veio um vendedor de caneta, depois veio um cara que vendia biscoito, seguido por outro que estava vendendo revistinhas para crianças e logo na seqüência chegou um vendedor vestido de palhaço oferecendo balas. Depois disso pensei que estava realmente em um circo gratuito rumo ao centro. Teve passageiro que saiu com as mãos carregadas de canetas, balas, bombons...
Ao chegar no meu destino, comecei a andar pela rua 24 de Maio e os camelôs me ofereciam calças, meias, camisetas... Em seguida me dirigi até a avenida Ipiranga, lá tinha outros tipos de vendedores e me ofereciam serviços: “foto, foto, tire sua foto! Exame de vista, exame de vista! Na rua Santa Efigênia, é pior, lá não se pode nem andar no meio de tanta gente. Mas entrei na loja de informática e sem que ninguém me atendesse, fui direto ao balconista e pedi: “quero um pente de memória para computador. Paguei e vim embora.
Mal chego em casa, e a campanhia toca, vou atender e quem era? Um vendedor de filtro de água. “Muito obrigado, hoje não!”
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