Estamos assistindo mais uma novela entre as guerras das emissoras. Há quase 10 anos a maior rival da Rede Globo é a TV do Bispo Macedo, que há tempos desbancou o Silvio Santos. Esta é a terceira vez que, declaradamente as duas emissoras se degladiam. A primeira vez, foi o “episódio da santa”, onde um pastor desrespeitou uma “imagem santa”, quando deu alguns chutes. O episódio gerou comoção nacional.
A segunda vez, foi por uso indevido do dízimo, mesma razão das acusações atuais. As reportagens mostram, de parte a parte, que muito precisa ser mudado. Conforme a denúncia do promotor Roberto Porto, a Iurd usa dinheiro dos fiéis - isento de tributos - para fortalecer a Record. A acusação envolve lavagem de dinheiro no exterior e formação de quadrilha, fatos gravíssimos. A receita anual em dízimos seria de R$ 1,4 bilhão por ano, que seriam em parte desviados para a Record e para fins particulares.
Mas a Record contra-atacou com várias denúncias no domingo, a começar pelo fato de que o promotor do caso teria beneficiado a Globo há alguns anos, ao ceder gravação feita com Fernandinho Beira-Mar, dentro de um presídio. A Record cita que Porto mantinha relação estável com a juíza titular da vara onde foi aceita a denúncia, Patrícia Cruz, embora a decisão tenha sido dada pela juíza-substituta. Isso pode invalidar o caso, no nascedouro. Além de mostrar Roberto Marinho como o mais influente colaborador civil do regime militar, a Record entrevistou o ex-ministro das Comunicações Euclides Quandt de Oliveira, que revelou que a Globo agiu ilegalmente para ampliar a rede própria de emissoras; foi citada a compra da TV Paulista, atual base da Globo em São Paulo, possivelmente feita com documentos falsos.
Diante destes embates podemos questionar: qual é o verdadeiro papel da mídia? Vemos que todas elas querem ter o poder. A informação, educação, prestação de serviço, está onde sempre esteve: em segundo plano.
E é neste momento de “crise”, que aparece um novo gênero que futuramente acabará com estes monopólios: a “web TV”, onde ferramentas como o youtube e os blogs podem revolucionar este sistema.
Veja as reportagens
Rede Globo
Rede Record
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A TV, os dinossauros e a memória afetiva
Assistir televisão em canal aberto é uma tarefa árdua, pois a programação está cada vez mais velha. Velha não! Pré-histórica! Silvio Santos, Hebe, Xuxa, Raul Gil, Faustão... São apenas alguns nomes.
Essas velharadas na televisão chamou a atenção da professora Maria Thereza Fraga Rocco, especialista do Núcleo de teledramaturgia da USP. Ela explica que a sobrevivência dessas atrações se deve a um fenômeno: memória afetiva.
Segundo ela, o carisma e os jargões dessas pessoas os transformam em “familiares”.
Essas velharadas na televisão chamou a atenção da professora Maria Thereza Fraga Rocco, especialista do Núcleo de teledramaturgia da USP. Ela explica que a sobrevivência dessas atrações se deve a um fenômeno: memória afetiva.
Segundo ela, o carisma e os jargões dessas pessoas os transformam em “familiares”.
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