Karen, uma história

Só no verão você voltou
Tantos nomes que nem decorou
Um belo passado não iria encontrar
O passado existe? Você se pergunta.

Você resolveu voltar para o lar
Um novo futuro brilhando em seu rosto
Você sabe. Vai ser difícil reconciliar
Saindo da morte, saindo da vida

Você bateu na porta
Ninguém a abriu e começou a chorar
E queria agora e para sempre estar morta
As lágrimas caíram, e ao céu indagou:

Por quê o céu é frio quando estou quente?

Palavras ao lixo em um segundo
A solidão ocupava sua mente
E sua alma se afastava deste mundo
Karen, Karen, repetia seu nome

Sorriu ao céu com ironia
Um homem a olhou e a desprezou
Continuou a sorrir e se desprezou
Sentou-se no chão
Começou a preparar mais uma dose
Misturadas com suas lágrimas fumou, bebeu...
E soluçando, esperou sua cura...

Zensor 20 anos: uma festa só para quem conhece


por Sylvio Micelli

Na última sexta, 16 de abril, em São Paulo, aliás, em plena Rua Augusta no Inferno Club aconteceu a festa de 20 anos do programa de rádio “Zensor”. Hum… Rua Augusta e Inferno já eram o prenúncio de bons ventos…

Muitos hão de perguntar: festa de um programa de rádio???? ‘Ganha camiseta, ganha prêmio, ganha ingresso????’ Calma pessoal que eu explico.

Hoje, com tecnologia reinante de redes sociais e “cloud computing” tudo fica muito mais fácil. Alguns cliques e pronto. Você descobre um mundo novo a cada página que carrega no seu browser.

Tudo era muito diferente em 1990. Por sinal, outro dia. (Recuso a considerar-me velho…)
Pois bem. Entre 1990 e 1994, o DJ e jornalista Eneas Neto levou para a extinta rádio 97 FM (quando esta era no ABC e tocava rock de qualidade) uma proposta não apenas inovadora mas, principalmente, ousada. Criou o “Zensor”, um programa cujo maior trunfo era divulgar a Eletro Body Music (EBM), além de lançar tantas outras coisas, sempre no campo alternativo, digamos, in extremis.

Eneas logrou êxito. O programa permaneceu cult e foi tão inovador à sua época que, se fosse resgatado hoje, 20 anos depois, deixaria muita gente de queixo caído.

“Zensor” era parada obrigatória para quem curtia e curte um som baseado em teclados e sintetizadores, cujas letras falam, em sua imensa maioria, de problemas existencias sempre recheadas por uma aura densa, pesada e raivosa. O horário do programa era maravilhoso. Sábado, início da noite. Hora de se preparar para a balada de nossa turma que frequentava Madame Satã, Retrô, Cais, Hoellisch e tantas outras casas que sobrevivem em nossas retinas e pensamentos.

No país que hoje é do “Rebolation”, que já foi do “Tchan” e que outrora era da lambada, ouvir coisas assim, inovadoras é privilégio de poucos. Quem esteve lá na sexta, sabe do que estou falando. Quem conhece e não foi, perdeu.

Front 242, Nitzer Ebb, Neon Judgement, Tribantura, Vomito Negro, Clock DVA e tantas outras bandas desconhecidas do mainstream grudento das rádios brasileiras provaram que permanecem inspiradoras para os próximos 50 anos. Quiçá, eternas!

Vida longa ao Eneas. Vida longa ao “Zensor”. Vida longa à EBM. E se não for pedir demais, vida longa a mim. Afinal, como já ensinou Front 242, “the way the morning broke was quite unusual.”

vídeo: friends in four years...

Nos últimos quatro anos aconteceram muitas e muitas coisas, muitas diversões que não foram registradas, porém aqui estão algumas.

A barata

Tudo aconteceu naquela noite. Os desejos estavam no esgoto. Foi quando uma música invadiu o ouvido. Era um blues. O pé da mesa não dava equilíbrio ao copo que teimava em derrubar a vodka. E já era a quarta dose. As pessoas a olhavam meio que... Cismadas com algo e podiam questionar: “Como uma mulher tem coragem de ficar sozinha neste lugar”. Não ligava. Assédio era constante. “Posso sentar com você?” “Não!”. Respostas secas sem pensar, magoar ou não, tanto faz. Se distraia olhando os quatro cantos da parede. Arquitetura rústica, vidros, quadros, garrafas, aquários com cobras mortas. Gostava do barulho... Risadas, cochichos, gargalhadas, conversas sobre amantes, conversas sobre amores, conversas sobre futebol, conversas sobre política, discussões e falações. Em um momento seu olhar se prende a uma barata que estava no corredor esquerdo, próximo do banheiro. No meio da multidão, ela conseguiu passar sem ser notada. Nem um pisão. Neste momento sua mente volta para a realidade. Lembrou de quanto estava apaixonada e como aquela morte foi tão estúpida. A barata começou a andar em sua direção, e começou a sorrir sem saber o motivo. No mesmo instante o sorriso desapareceu. Chorou. Ao secar uma gota. Respirou. Ao abrir os olhos a barata estava em cima da mesa. Bebeu o que faltava. Lembrou da cena do assassinato. A barata continuava parada em cima da mesa. Já estava sozinha. Chorou novamente. Levantou da mesa derrubando o inseto sem querer. Neste momento um pé a esmaga. Enxugou uma gota de lágrima discretamente com sua unha e saiu do local discretamente como uma barata.

Cadê?

Cadê minha senha do banco que tinha anotado em um papel e deixei na carteira, porém eu não a encontro? Cadê minha caneta que comprei na semana passada e estava dentro do livro e já não está mais? Cadê minha chave do portão que nunca acho e sempre tenho que ficar tocando a campanhia para que alguém possa me receber? Cadê minha camisa que ganhei de aniversário e já não sei onde está? Cadê o controle remoto da televisão que estava em cima do sofá? Cadê aquele CD que comprei no ano passado e não sei pra quem emprestei? Cadê aquele boné que minha mãe me deu quando viajei e já não sei onde está? Cadê aquela cueca preta de cetim que ganhei e já não a acho na gaveta? Cadê aquele livro do Drummond que estava na estante e já não está mais? Cadê aquele DVD do The Cure que tinha comprado há três anos e já não o encontro? Cadê aquele vinho chileno que comprei no Carrefour no ano passado e guardei, porém sumiu? Cadê aquela gravata que combinava com o meu terno preto que estava no guarda-roupa? Cadê o meu chinelo que comprei em Minas Gerais, vivo descalço? Cadê aquele fone de ouvido do iPod que não o encontro? Cadê aquela agenda de anotações com o telefone dela? Cadê a coleira do cachorro, para levá-lo para passear? Cadê os meus óculos que sempre procuro e ás vezes os encontro no rosto? Cadê o cadarço do tênis? Cadê a chave do carro? Cadê o par da meia? Cadê a moeda para comprar pão? Cadê o relógio... Cadê as minhas horas... Cadê você... Cadê eu...

My Autobiography

Sérgio de Souza Pires
My father Sebastião Pires is from Minas Gerais and my mother Cimira de Souza, is from Bahia. They came in São Paulo in 60’s e they met. Two years later, after that, they got married. When I was a child, I was naughty by nature, like every little baby, I was cute, little bit fatty and narry. Must the time I used to play with my dog called “Pingo”.

I used to watch cartoons like “Os Flinstones” and to play soccer with my friends. I had a friend and he was older than us and sometimes he picked me up to go to Morumbi stadium. There a saw Palmeiras time, at this time I was 7 years old, and this repeated many times after that. My father sometimes picked me up to see soccer game too.

With 7 years l had my first girlfriend. Mayre was her name. One year after, I found my second girlfriend, called Sônia. But… I never kissed than and they never knew that they were my girlfriend. Well… Since I was a child a get so in love so easily. I know, this is funny, but is true. Well, at this time I was a shy guy and a started to use glasses, and I still use glasses and I am shy since this time.

V - A - Z - I - O

Sabe, de repente vem assim, um vazio. Aqueles dias que de tão cheio parece que acaba sem nada, sem novidades, sem uma boa conversa, sem bons lugares para ir, sem boas músicas para ouvir, pois todas parecem chatas. Ai penso: o chato sou eu.
Sabe, às vezes o dia é tão cheio... De coisas assim,tipo uma avenida sem farol vermelho, uma música legal no rádio, uma combinação de roupaa que escolheu às pressas e deu certo, um cd legal comprado em oferta, um bom dia de alguém com um sorriso alegre. Aí penso: que coisas pequenas.
Sabe, alguns dias dei tanta gargalhada, comprei sorvete de chocolate,tomei banho de chuva, brinquei com o cachorro no quintal por horas, briguei no telefone com uma pessoa do telemarketing de uma empresa qualquer, cumprimentei vários amigos e também fui cumprimentado. Ai pensei: foi um dia legal. Que tédio!
Aí penso: esse vazio que nos preenche faz parte de nossa essência.

Trilha pela mata fechada em Onça de Pitangui - MG

Foi uma aventura interessante pela mata fechada na cidade de Onça de Pitangui, bem no interior de Minas Gerais. Estávamos em três, contando comigo, o agrimensor e meu primo Zé. Passamos por lugares incríveis, com alguns rastros de animais como tamanduá, tatu, siriemas (as mais curiosas ficavam nos observando). Foram 4 horas de caminhada e tive muito medo, pois é uma região onde existem muita cascavel e jararaca. Ainda bem que não cruzei com nenhuma. Estas cobras só encontramos na cidade...







Aniversário: Malú

No último sábado foi aniversário da minha miga Malú. Porém, o bolo foi comido nesta segunda-feira... De chocolate... Uma delícia.