A ausência que jamais será esquecida

Aos poucos os espaços são ocupados e as ausências podem ser superadas, mas jamais serão esquecidas.
Há meses não me vem nada em mente para postar neste blog após o mês de novembro de 2016. Definitivamente, o ano passado não foi um bom ano e em particular, foi péssimo, pois perdi o meu pai.
Acostumar com a ausência é algo terrível e difícil. Ao mesmo tempo, evito ser mesquinho para aceitar o sofrimento alheio, e ele, meu pai, estava sofrendo. esta era a minha tristeza maior. Sua partida não me conforta a dor, mas a sua ausência machuca. Enfim, como Cristão, sei que um dia nos encontraremos em um outro patamar.
Esta foi a razão do meu sumiço deste blog. Além disto, há ainda novos desafios, como o novo cargo de professor de Inglês da Rede Pública do Estado de São Paulo, no Fundamental II e Ensino Médio em uma escola na periferia, bem no extremo sul, próximo a Diadema.
Ainda há tempo para atuar como jornalista no jornal online O Bairro e no Guia da Cidade Ademar, fazendo jornalismo de bairro na periferia de São Paulo.

Você é o que você paga.


Nossas vidas estão associadas às várias contas que temos que pagar em nosso dia a dia. Algumas delas fazem jus ao que necessitamos, e a maioria não serve absolutamente para nada. Começo por este que voz escreve estas linhas, que ao checar meu extrato bancário me decepcionei ao notar em tantas futilidades, mesmo andando sem nenhuma moeda ou nota na carteira ou no bolso, apenas o cartão do banco, que é a prova cabal, pois deixa um enorme rastro no extrato.
Antes, andava com dinheiro vivo, e o meu rastro era o número de objetos que acumulava em casa, como a revista Bizz, lá dos anos 80 e 90, tenho a coleção inteira e nunca fui assinante, se fosse, até poderia ganhar algum desconto; uma coleção de aproximadamente 1 mil discos, hoje reduzida a 500, e o mesmo número de CDs. Além de DVDs, livros, entre outras tranqueiras que acumulavam meu quarto, quando adolescente.
O escritor Oscar Wilde, dizia que, a pessoa é o que ela lê. Neste mesmo raciocínio eu levava no campo da música: “a pessoa é o que ela ouve”. Cansei de ser mal educado quando visitava casa de pessoas e ia logo analisando a estante de CDs ou vasculhando seus discos. Já na casa de amigos ficava encantado quando encontrava algo legal. Hoje, seguindo este preceito, concluo que, “somos o que estamos pagando”.
Ao analisar o rastro do meu extrato bancário, descobri que gosto de comidas e bebidas de boteco; cervejas caras em padarias; doces fora de hora; multas de trânsito; pagamento com juros da conta do celular; saques bancários inúteis, pois não sei que fim levou aquela grana, entre outras despesas bestas. Nada de significativo, como um ingresso para algum show ou teatro, ou até mesmo um presente, um perfume ou uma roupa qualquer.

Logo, cheguei à conclusão que é necessário consumir de forma consciente, não só para nossas finanças pessoais, mas para a construção da nossa própria identidade. Direcionar o nosso dinheiro em coisas úteis traz consequências positivas para a nossa vida como pessoa. Não importa o quanto ganhamos, seja muito, ou pouco, pois na verdade, somos o que pagamos.

Estes dias fui correr e agradeci.


Estes dias resolvi correr. A corrida é muito mais que uma atividade esportiva é uma terapia. No começo corremos contra o nosso corpo, bate um cansaço, uma sensação chata de desistir, mas logo vai passando. Chega em um momento que as pernas te levam junto com o pensamento. E a leve brisa da corrida faz você refletir, agradecer por aquele momento, é um momento de paz e tranquilidade em cada passada suavemente cadenciada pelo ritmo. Nada de esforço, apenas sentindo o ritmo e agradecimento.

Quais são dores de ser puro?

Estátua isolada


Uma bela estátua no Vale do Anhagabaú, isolada, triste e sem olhares, quando a olhei percebi sua beleza e a contemplei por minutos.