Lembranças de Acton...

Estava com tanta preguiça de escrever... Nos últimos dois meses postei apenas uns quatro textos, pouco para quem está defendendo um projeto sobre blog. Como é o meu caso, pois o tal Web Login, mais conhecido como "blog" é o meu tema de tcc na faculdade. Well, mas não é para isso que resolvi escrever algo hoje. É porque me deu uma saudade de uma cidadezinha bem pequena na Nova Inglaterra, lá nos Estados Unidos, onde morei por dois anos. Ela chama-se ACTON.
Ao lado, casa semelhante onde a pequena garota esperava pela pizza
Cidade pequena com um povo educado como em qualquer cidade do interior do Brasil, acredito que seja em qualquer lugar do mundo. Lá, pintei casas, fui garçon, dishwasher e, entregador de pizzas. Conheci muitas pessoas, ricas, pobres, latinos, mexicanos, brasileiros, portugueses, gregos, russos, ingleses, inclusive americanos.
Pintei casa de muitas pessoas, casas ricas e pobres, entreguei pizzas para tanta gente: para médicos, enfermeiros e pacientes em hospitais; delegados, policiais e investigadores, nas delegacias e prisões; para gerentes de bancos, de empresas e para operários da construção civil; em motel; albergues e também para casas de aposentados e pessoas solteiros; de familias enormes e também para apenas uma pessoa.
A que me chamou atenção era a "casa da menina", isso porque sua mãe pedia uma pizza sempre às 13h. Chegava 40 minutos depois do pedido e, de longe a via da janela... Cabelos louros e encarocalados, aproximadamente 5 anos. Ela batia palmas e pulava de alegria e gritava: Mother! The pizza guy is here! (Mãe! O cara da pizza está aqui). Quando batia na porta, sua mãe lhe dava uma nota de U$ 5 (cinco dólares / aproximadamente R$ 10,00) e era ela, quem me pagava. Ao entregar a pizza, ela a segurava com força sorrindo, se despedia da forma mais comum: "keep the change" (fica com o troco).

Parabéns para mim... Pr'eu e para vcs...

Enfim...
Hoje é dia de aniversário meu...
O engraçado para não dizer "estranho" foram os primeiros parabéns que recebi, que foram nada mais nada menos que: Banco Bradesco (cuja conta foi fechada há dois anos), Banco Itaú (sim...Aquele mesmo que as pessoas fazem um sinal estranho com as mãos nas propagandas de televisão) e de um vereador de São Paulo (nunca votei no cara, aliás nem sei como ele tem meus dados). mas o (f)ato é, I got old!
Well, como diz o filósofo conteporâneo, Fábio Júnior, "não quero saber bem mais dos meus 20 e poucos anos" (hehehe...)

São ruídos

São ruídos

São bons quando os sons agradam
Corpos se mechem em busca da batida
O coração acelera na cadência retorcida
Como os sentimentos que no coração badalam

São ruídos

Com uma freada no asfalto
Ao pisar nos freios da emoção
O coração acelera na cadência da fricção
São os sons do alívio deste ato

São ruídos

O controle em nossas mãos
Mudar o compasso em um botão
Ao som de notícias agradáveis
Assim como colarinhos com palavras miseráveis

São ruídos

O vento sopra o amor na face
As árvores cantam para a chuva
Assim como as ondas acariciam as pedras
E os olhos presenciam apenas um som
O ruído.
Agosto/2007

As sete maravilhas do trash food do centro de São Paulo

Bom, depois de ser anunciado as sete maravilhas do mundo, com certeza vai virar modo começar a ditar as "maravilhas dos sete". Isso por que já foi anúnciado que em breve será anunciado as "sete maravilhas das belezas naturais do mundo", depois inventarão outras "sete maravilhas qualquer". Antecipando a isso, resolvi eleger as "Sete Maravilhas do Trash Food do Centrão"... Hehehe...
Comi tudo isso em um espaço de três horas (o colesterol foi para as 'cucuias', como diria minha avó).
1) Churrasquinho grego da Avenida São João, e gratis um suquinho de uva e vem com umas abelhas de brinde (rsrsr).
2) Queijo coalho na rua 25 de Março... Hummm...
3) Espetinho de camarão em frente ao Shopping 25 de Março... Yhé!

4) Empatados e respectivamente o quarto e quinto são: o sanduiche de Mota(n)dela e de calabresa do Mercadão (O pastel de bacalhau é coisa chique, não merece estar nesta lista né!).
6) Para sobremesa um milho cozido na Avenida Ipiranga.
7) Finalmente... Para fazer digestão... Uma água de coco, pois ninguém é de ferro né!

Rua 25 de março ao som de Tina Charles...

Parece inacreditável, mas é verdade! Hoje (21) sábado estava na Rua 25 de março em pleno centro de São Paulo e, para minha surpresa todos os camelôs que vendiam CDs piratas... Ops! Quer dizer, "genéricos" tocavam a musa dos anos 70: Tina Charles.
Foi até divertido enfrentar um mar de gente ao som de "I'm on fire", "I love to love" e "Dance little lady". A cada esquina a galera ia ouvindo e dançando... Divertido!

Luto.... O ouro virou cinzas...


Em um dia feliz para o Brasil no Panamericano, com medalha de ouro na natação, ginástica... À noite a triste notícia da queda do avião da TAM com 176 passageiros, fora 12 mortos no solo, já confirmados por Serra. Não há palavras para expressar esta tristeza...

32 dentes e boca vazia

“Não acredito em ninguém; não acredito em ninguém com mais de 30; não acredito em ninguém com 32 dentes". É interessantes esta relação bucal, já relatada em uma música dos Titãs, com a nossa vida cotidiana. Principalmente quando vemos os escândalos na política, argh!
A boca é a parte do corpo mais importante, pois é por ela que nos alimentamos, mastigando os preciosos alimentos, através de nossos maravilhosos dentes, incisivos, pré-molares, caninos e os sisos (se adulto). Mas, a dança canibalesca dentro da boca é inabalável com as palavras, pois é por aí que saem os sons, as informações mais inteligentes ou torpes através da nossa língua.
Mas é absurdo como testemunhamos o péssimo uso da boca. Tanto para se comunicar ou para alimentação. Estudos mostram que a população brasileira está ficando cada vez mais obesa, por conta dos enlatados e dos fast food proliferados pelo país, ou ainda pessoas que não têm o que por na boca. E as conversas saudáveis que existiam nas praças, nos cafés, nos bares estão desaparecendo ou sendo trocados pelas fofocas, ou conversas que não levam a lugar nenhum, a não ser um assunto em moda: corrupção.
Ultimamente estamos vendo bocas vazias tanto de comida quanto de conteúdo. Ao ligarmos a televisão assistimos programas vazios. Ao assistir ao vivo na televisão depoimentos de pessoas envolvidas em casos de corrupções, continuamos a testemunhar as bocas vazias.
Como diz o poeta Manoel de Barros, que brinca com as preposições, "ninguém leva isso de sério", pois na verdade as bocas nada mais são que instrumentos individuais de comer.