As balas do farol

Arte - Sérgio Pires e Bodão
Com milhares de pessoas desempregadas, há cada vez mais gente trabalhando no mercado informal, há ainda o aumento daquelas pessoas que vendem balas no farol, carregadores de baterias de telefones celulares, crianças que são utilizadas pelos pais para ganharem trocados lavando os vidros do carro nos sinais. Agora estão surgindo uma nova leva de pessoas que ganham alguns trocados, são os malabaristas e mágicos, que durante um minuto alegram os motoristas e recebem um dinheirinho, na verdade, os semáforos da cidade estão um verdadeiro ponto comercial e um palco a céu aberto.

O lado negativo são as crianças que são exploradas nestes locais e o poder público não faz absolutamente nada. Quando uma criança bate nos vidros fechados de nossos carros, apenas balançamos a cabeça dizendo que não temos nada, no máximo, procuramos algumas moedinhas e damos as crianças.

Isto acontece em todas as equinas das grandes cidades do país, onde nós as ignoramos e também não fazemos nada, nossos governantes têm o conhecimento desta situação e apenas fingem que trabalham, no Poder Legislativo, por exemplo, há inúmeros requerimentos de votos de congratulações a artistas da televisão, mas não há projetos de inclusão.

Diante desta situação, cabe agora ao Ministério Público pressionar os responsáveis por esta situação, para que alguma medida seja tomada urgentemente e algumas atitudes possam ser realizadas.


O governo do Estado e as Prefeituras, culpam sempre o governo Federal, que por sua vez, se isenta. Enquanto isso, iremos ter vários saquinhos de balas pendurados em nossos retrovisores e pessoas implorando para comprar qualquer coisa em algum semáforo. Já nos bairros ricos, onde as pessoas já têm quase tudo, há shows circenses, malabares, etc.

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