Estes dias, durante esta quarentena,
resolvi limpar um porão que existe em casa. Olhei para uma estante cheia de
bugiganga e comecei a limpeza. De repente achei um caderno especial da morte de
Jânio Quadros, quando era estudante não sei de que série; encartes dos
ingressos do Rock in Rio e da Legião Urbana e o mais curioso foi um livro velho
“Para Gostar de Ler – Volume I”, que contém crônicas de Carlos Drumond de
Andrade, Fernando Sabino, entre outros.
Ao abrir o portão, o veículo estava em frente de casa e deu para ver uma caixa lotada de pintinhos coloridos, eram verde, azul e amarelo. A meninada voltava com suas mães para a casa com as aves piando nos braços.
Depois desta cena, vi que Drummond estava certo quando narrou em seu conto: “não virou galo, nem caiu na panela. No fim de três dias, piando e sentindo frio, o pinto morreu”.
Voltei para casa e liguei a TV, e o noticiário dizia que o Brasil, será campeão em exportações na área da agricultura, de carne e de frango. Frango! Pensei: “olha o penoso aí novamente!”.
Mas isto só vai acontecer, desde que os pintos cresçam, não sejam coloridos, nem trocados por garrafas ou virem enfeites de mesa, mas que sejam a razão de estarem à mesa para serem comidos.
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