Rock in Rio: um festival necessário para a cultura pop

Entrada principal do Rock in Rio, um ponto de selfies para quem chegava ao local
Para a sobrevivência da cultura musical pop, os festivais deverão sempre existir. Depois do Festival de Woodstock em 1968, em uma fazenda nos Estados Unidos, esta modalidade de shows fez parte de um entretenimento inevitável para a música. “A sociedade consome o que ela produz”, já dizem alguns sociólogos e, este consumo está relacionado também ao indivíduo e, quando se trata de música, os grandes festivais são um reflexo social e cultural das apresentações, assim como os músicos envolvidos e, as razões pela qual os festivais acontecem. No caso específico do Rock in Rio, é simplesmente, lazer nonsense, apenas festejar a cultura pop.
Naturalmente tive que entrar no clima "selfie"
A critica do jornalista Alexandre Matias, do UOL, publicada nesta segunda, dia 28, sobre o “shopping pago com trilha sonora”, é descontextualizada, sobre o que é um “festival”. Será que o festival seria igual ao primeiro Rock in Rio, em 1985, onde não tinha infraestrura alguma? Para exemplificar, no dia 16 de janeiro de 1985, nas apresentações do AC/DC e Scorpions, os lanches haviam se acabado, bebidas tinham sido esgotadas e a multidão se aglomeravam nas filas dos banheiros químicos. Faziam as necessidades na lama daquela noite chuvosa, sem telão e com um som de qualidade duvidável, a não ser pela ótima apresentação dos músicos, mas aí é uma outra questão.
Hoje, há atrações, há bares, stands, realmente é um “shopping” não no sentido pejorativo, mas da adequação. É tudo pop, é tudo consumo. Esta é a nova tendência dos festivais, muito diferente do mais famoso, o Woodstock de 1968, que aconteceu com objetivo de festejar a Paz, pois os Estados Unidos estavam em guerra. Outro festival famoso foi o Live Aid, que aconteceu em 1985, para arrecadar fundos contra a fome nos países africanos, especificamente a Etiópia; houve ainda o festival “feminista” Lilith Fair, nos Estados Unidos, que foi realizado entre os anos de 1996 e 1997, levantando a causa das mulheres, e tem ainda vários festivais famosos, como: Glastonbury Festival (Reino Unido), Lollapalooza, Coachella Fest, entre tantos outros, mas estes são puramente fomentadores de cultura.
Um chafariz era um outro ponto de fotos do evento
É irreversível. Nos Estados Unidos, na Inglaterra, entre outros países, a cultura dos festivais já acontecem há décadas. Os mais velhos sempre vão reclamar com saudosismo e sempre farão comparações com o passado e costumam a dizer ainda que o rock morreu. Desde os anos 70 os roqueiros-murmuradores falam isto, e sempre continuarão a falar. Mas, desde os anos 50 até agora, o rock e a música pop, se reinventaram várias vezes, gerações e gerações vestiram roupas diferentes, ouviram riffs diferentes, assim como as batidas completamente diferentes a cada ano. Mas é daí?
Criticar um festival porque lá tem a Katy Perry, ou porque tem Roda Gigante e Montanha Rurra? O grupo The Jam, dos anos 70, já afirmava “That’s Entertaiment”, e como o Camisa de Vênus a traduziu: “É só pra passar tempo”, enfim, é puro entretenimento. Pela critica do jornalista, é porque lá tinha muitas lojas, banheiros e bares o bastante para se entreter? Bom, o importante disto tudo é que tinha música, então aumenta que isto daí é rock and roll, e viva os festivais!


A Cultura pop precisa de festivais

A entrada do Rock in Rio é um local de confraternização e selfies 

Não há lama para se jogar como em festivais antigos, mas a água que jorra neste ponto é simbólico


O Rock in Rio, assim como os demais festivais de músicas é a confraternização da cultura pop. Há vários questionamentos sobre a forma como estes festivais são realizados, mas é inegável a sua importância política para a cena musical. Podemos questionar sempre as atrações, que deveriam conter mais estreantes, pois são nestes festivais que há a consagração de uma banda. No último sábado, dia 19, estava lá, testemunhando as atrações.


Engenharia necessária

OMG! That last one blew my mindCredit: Brusspup

Posted by Wonderful Engineering on Sábado, 29 de agosto de 2015

Verme que roeu as carnes

Quero aproveitar todas as oportunidades que aparecerem à minha frente. Quando passar em frente a Casa Lotérica, vou fazer aquela “fezinha”, para tentar ganhar o prêmio acumulado. Vou passar em frente a um restaurante chinês e comer aquele prato de frango xadrez; à tarde comerei hot dog com muita maionese e se passar em frente a boteco qualquer vou traçar uma coxinha com coca-cola.
À noite, se me ligarem vamos sair para chacoalhar o esqueleto, e por aí vai. Aproveitar os melhor momentos da vida com a satisfação pessoal dependendo de cada gosto, cada um a sua maneira. É isso aí, aproveitar a vida. Tudo isso sem tirar a responsabilidade que temos perante a casa, a rua e o trabalho, e até da nossa vida pessoal, com os nossos objetivos.
Afinal de contas, não podemos nos dar o direito de levar a vida igual ao personagem de Machado de Assis, Brás Cubas, que morreu aos 64 anos, sem alcançar seus objetivos. A história é contada por um defunto que não aproveitou a vida em nada e diz: “ao vermes que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver, dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas“.

Toda injustiça é pecado

Em um dos contos do escritor americano, Edgar Alan Poe, ele começa com esta frase em latim: “Qui n’a plus qu’un moment à vivre – n’a plus rien à dissimuler” – Que significa, quem teve um momento na vida, não tem razão para mentir. Realmente a vida é fantástica quando a vivemos com intensidade; quando temos oportunidade de trabalhar, estudar e ter acesso a saúde, cultura, etc.
Mas, como vivê-la tendo um mundo cheio de problemas, como guerras, violências, governos que pensam apenas em manter o poder e não viabiliza as oportunidades ao trabalho, cultura, saúde e educação? E quant ao trabalhar tendo um dos piores salários mínimo do mundo? Ok. melhorou mas ainda é pouco, muito pouco.
Por isto o apóstolo Tiago escreveu: “Vide o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, e que foi retido com fraude, está clamando. Os clamores dos ceifeiros chegam aos ouvidos do Senhor Todo Poderoso” – Tiago 5:4.
Os trabalhadores deveriam aproveitar a vida como em eclesiastes 3:13 que diz: “E também que todo homem coma e beba e goze do bem de todo o seu trabalho, é isto um dom de Deus”. Quando os nossos governantes não dão esse direito, cometem injustiças. “Ai dos que decretam leis injustas e dos escrivães que escrevem perversidades, para privar da justiça os pobres e para arrebatar o direito dos aflitos do meu povo, despojando as viúvas e roubando os órfãos”. Isaías 10: 1-2.