Uma pequena volta pelo Centro de Buenos Aires, como é a primeira visita, uma caminhada foi necessária para conhecer o local. Cidade bem limpa e cuidada, desde o hotel e por todas as ruas do entorno. Depois de um ótimo almoço com muita carne assada, esta caminhada veio a calhar. Em seguida uma visita guiada no teatro Cólon.
Eliseth Cardoso - Naquela Mesa
Em uma banca de jornal havia vários vinis expostos ao sol pelo valor de R$ 1 cada bolacha, peguei alguns discos e levei pra casa e, ainda sem limpá-los, coloquei na agulha do toca-discos e me deparei com preciosidades.
Elizeth Moreira Cardoso nasceu num cortiço na rua Ceará nº 05, no subúrbio de São Francisco Xavier, próximo ao Morro da Mangueira. Oriunda de uma família bastante humilde, tinha o sonho de ser artista, e era levada pelo pai para cantar pelos bairros da zona norte carioca, cobrando ingresso (10 tostões) das outras crianças para ouvi-la cantar os sucessos de Vicente Celestino. O pai, Jaime Moreira Cardoso, era seresteiro e tocava violão, e levava a filha em suas apresentações. A mãe de Elizeth, Maria José Pilar, era dona de casa e gostava de cantar. Elizeth possuía cinco irmãos: Jaimira, Enedina, Nininha, Diva e Antônio. A família frequentava casa de sambas e festivais de música popular na cidade, além de conviver com grandes músicos na casa de Tia Ciata, amiga de seus pais e de seus tios Ivone e Pedro. Quando criança, também colocava em prática seu lado escritora e atriz, e costumava escrever peças e organizar teatros para as crianças da vizinhança, e sempre tendo como repertório de suas criações as músicas de Vicente Celestino.2
Embora almejasse brilhar nos palcos, sua vida não fora nada fácil: Após concluir o primário, ela e seus irmãos tiveram que abandonar os estudos e ajudar no sustento do lar, já que passavam necessidades. Elizeth começou a trabalhar aos dez anos, e entre os anos de 1930 e 1935 foi balconista, funcionária de uma fábrica de saponáceos e cabeleireira.3
Futebol, Water Buffalo Ledge e Glee
Glee |
Desta vez, ao ver a temporada completa, tive uma visão
diferenciada. Não sabia que o Glee era um pequeno clube de um colégio, na
verdade trata-se de um projeto específico, que foi autorizado pela direção da
escola para a disputa de um torneio regional. Em resumo, o grupo se apresenta
apenas com objetivo de uma única apresentação anual e caso passasse, iria para
uma segunda apresentação nacional. Entretanto, é um grupo de alunos que são
amantes da música que se apresentam para si mesmos, como um ensaio, diversão e
lazer. Isto é muito legal se fosse realmente implantado como um projeto dentro
das escolas (serve de exemplo).
Lembro que tinha este mesmo costume com amigos, pois quando
comecei a trabalhar toda a minha grana ia em discos e CDs. No quarto tinha um
monte de bolachas de vinil amontoadas e a galera se aglomerava para ficarmos
ouvindo músicas e falando bobagens deixando a hora passar. Tudo em prol da música,
era quase que um clube. Fazíamos sabatinas musicais, às vezes, alguém levava um
cd ou um disco novo e colocava para rolar, outro amigo trazia cerveja e
ficávamos horas debatendo às músicas e os estilos de som. Vi em Glee, a
necessidade de compartilhar músicas e estilos, afinal, de que adianta termos um
belo acervo, conhecimento e um estilo de música própria sem poder compartilhar
com alguém? Glee faz isto. É cultura pop.
Fred e Barney no Water Buffalo |
Isto me faz lembrar da necessidade das pessoas se agruparem,
tipo clube ou algo onde as pessoas podem se encontrar para compartilhar gostos em
comum. Lembrei do Water Buffalo Ledge dos Flintstones. Era criança quando via o
Fred e o Barney com uns chapéus idiotas que eles usavam às sextas-feiras. Era
um clube só de homens e suas esposas ficavam questionado sobre o que acontecia
naquele local proibido para o universo feminino. Na verdade, era esta a
necessidade, de compartilhar algo.
No futebol é a mesma coisa. Ir em qualquer campo de várzea
ou sair com amigos para jogar bola em um dia qualquer à noite é um prazer
imensurável. É network, esporte, risadas com jogadas idiotas, é voltar a ser
criança. O mesmo acontece com outras modalidades, ou mesmo as mulheres que se
encontram para fazer qualquer outra atividade. Sair para compartilhar algo e
voltar a ser criança é algo necessário para todos, principalmente quando se
relaciona à música.
Por isto, já estou pegando o violão e cantarolando algumas
canções, meus CDs e discos, tem hora marcada aos sábados e domingo à tarde.
Futebol é aos domingos e as corridas durante a semana. E nas horas livres, vou
começar a 5ª temporada de Glee. Haja tempo, mas parafraseando a cultura pop
nacional: “… Mas temos muito tempo… Temos todo o tempo do mundo… Todos os dias,
antes de dormir, lembro e esqueço como foi o dia. Sempre em frente, não temos
tempo a perder…”.
Sobre a terceirização
Sou contra a terceirização. Mas tenho uma questão séria sobre isto. Por quê
nunca defenderam os faxineiros e os seguranças que são terceirizados há anos? Estes
trabalhadores, às vezes atuam anos em empresas, públicas ou privadas como se
fossem funcionários da instituição e sem direitos.
Nunca ninguém lutou também contra os lojistas que terceirizam mão de
obra barata no final de ano. Ao contrário, sempre exaltam a geração de emprego
e, o funcionário, que por sorte ou talento poderá ser efetivado. Agora que água
foi no pescoço, reclamam. Será que a terceirização foi ruim para quem não tinha
direito algum?
Sobre monografias e TCCs
Bem assim kkkk Fernanda Ribeiro, Ivania Piva Mazur, Keissiane M. Geittenes, Marilce Mari, Jeffe Mari, Mariane Bertonceli,Marcia Bertonceli, Andréa Meira.
Posted by Juliane Parcianello on Domingo, 22 de março de 2015
O Alimento
Perdidas
entre a mesa
Estão as cadeiras
Perdidas nas cadeiras
Estão as pessoas
Elas sentam nas cadeiras
E ficam paradas
Mas as pessoas se movimentam na mesa
Que também fica parada
Estão as cadeiras
Perdidas nas cadeiras
Estão as pessoas
Elas sentam nas cadeiras
E ficam paradas
Mas as pessoas se movimentam na mesa
Que também fica parada
Os pratos
ficam em cima da mesa
Mas não ficam parados
Debaixo das cadeiras estão os pés
Que também não ficam parados
Mas não ficam parados
Debaixo das cadeiras estão os pés
Que também não ficam parados
Mexendo
ficam as bocas
Parados estão os dentes dentro dela
Na verdade todos estão parados
No canibalismo em volta da mesa
Menos o alimento
Parados estão os dentes dentro dela
Na verdade todos estão parados
No canibalismo em volta da mesa
Menos o alimento
Navio Negreiro
Possivelmente a única fotografia de um navio negreiro, esta foi feita por Marc Ferrez, em 1882. O navio que transportava as vítimas da escravidão era francês e a foto foi produzida de forma clandestina
Histórias de João Vitor
Em um domingo, invadiu o quarto da tia, desarrumou a cama e ficou procurando a tia Helena que já não está mais conosco. Depois abriu o guarda-roupa e encontrou um chapéu.
As guitarras indies – Onde estão?
Uma série de bandas nos anos 90 conquistaram
o posto de “cult” pela cultura “indie”, contestada até hoje como estilo
musical. É claro, que, como “independente” elas não tinham nada, sendo a
maioria bancada por grandes gravadoras, mas o nome pegou após o sucesso dos
Smiths lá no início dos anos 80 e chegou ao ápice com Oasis. Entre Smiths e
Oasis existe um leque de centenas de bandas que fizeram sucesso com um ou dois
hits e já foram suficientes para se tornarem clássicos.
Estes dias, limpando discos e
arrumando alguns cds antigos, encontrei alguns cds que foram baixados ainda nos
anos 90 pelo site revolucionário Napster. Encontrei bandas como Chapterhouse e
sua clássica Pearl, Ride com Vapour Trail e Twisterella, Better Than Ezra, Curve,
Lush, L7, Throwing Muses, Belly, Lemonheads, entre outras.
Todas eram musiquinhas bem pop
com ar bem alternativo porque não tocava nas rádios. Algumas só ganhavam o dial
das rádios após passarem na MTV (quando ela ainda passava vídeos clips). Mas
havia algo de interessante no ar com estas músicas, pois elas representaram parte
de uma cena alternativa nas casas noturnas.
Muitas destas bandas, eram
tocadas por Djs do Madame Satã, Espaço Retrô, no Matrix, Outs, entre outras
casas alternativas. Por mais que estas músicas fossem pop, elas trazem ainda,
uma cara alternativa, pelo estilo e também pelas referências.
Atualmente, a tal cena “indie” não
tem mais a mesma cara, tem muitas bandas interessantes, mas, ao ouvi-las não é mais a mesma coisa, está
mais “poser”do que musical.
Nikki McCray and Jurassic Park e a Seleção Americana de Basquete
Seleção Americana de basquete sagrou-se campeã da Copa América sobre o Brasil |
Eu tenho uma história a ser
contada que poucas pessoas acreditam, mas tenho orgulho de contá-la, pois foi
uma grande aventura. Em 1993 estava sendo disputado em São Paulo, a Copa América
de Basquete Feminino, no Ginásio do Ibirapuera. Naquela época. Eu era estudante
de jornalismo e estava no Centro de São Paulo a procura de um estágio.
Depois de fazer uma entrevista em
uma empresa, passei em frente ao Cine Ipiranga e era a estreia no Brasil do
filme Jurassic Park. Em frente ao cinema tinha uma barraquinha de doces e parei
para comprar chocolate e de repente apareceram duas meninas falando inglês ao
meu lado. Pensei que fossem brasileiras, pois, ali bem perto, tinha uma escola
de inglês onde eu estudava. Quando vi o vendedor entregando o troco para as duas
garotas, percebi realmente, que elas não estavam entendendo absolutamente nada,
então eu disse a elas em Inglês: “Preste atenção em seu troco”. Elas me olharam
assustadas e apenas sorriram para mim.
Entrei no cinema e fiquei bem na
frente. Todas as luzes da sala estavam acessas e de repente escuto um barulho
enorme de várias pessoas chegando ao mesmo tempo e se aglomeraram no fundo da
sala.
De repente as duas garotas
começaram a fazer várias brincadeiras com as meninas do fundo da sala enquanto
as luzes estavam acessas e ao passarem por mim em frente ao meu banco, me
reconheceram e perguntaram se eu estava sozinho. Disse que sim. Uma delas pegou
na minha mão perguntou o meu nome e me disse. “Levanta e vem com a gente”, até
então não sabia quem eram estas garotas. Ao chegarmos lá no fundo da sala, um
monte de meninas ficou em silêncio ao me ver de mãos dadas com as duas garotas
e elas, me apresentaram desta forma: “Meninas, este é o Sérgio. Sérgio, este é
o time norte americano de basquete”.
Eu fiquei sem palavras e estático
como uma estátua. Então as garotas se apresentaram, eram Nikki McCray e R.
Bolton. Na época meu inglês era horrível, pois estava estudando. Elas me
informaram que estavam disputando a Copa América e iriam jogar no dia seguinte.
Neste instante fui convidado a assistir Jurassic Park com elas. Não sabia o que
falar. Estava no meio do melhor time feminino do mundo. Pelas brincadeiras das
meninas, percebia a amizade e o entrosamento de todos, inclusive da técnica
Tara Vandeveer.
No final, nos despedimos e
prometi que veria todos os jogos. E assim eu fiz. No dia seguinte jogou Estados
Unidos x Canadá, estava vazio e eu estava na Arquibancada e Nikki da quadra me
viu a acenou.
No outro dia, era o jogo contra o
Brasil, o ginásio estava lotado, e nunca mais tive contato com a atleta, que
sagrou-se campeã da Copa América sobre o Brasil. No último jogo, gravei um
tape, com várias músicas brasileiras e consegui vê-la apenas por um segundo
entrando no ônibus e consegui dar o tape de presente. Ela pegou, sorriu e
apenas disse obrigada. Nunca soube se ela ouviu a fita, e se gostou ou não.
Fiquei sabendo da luta de Nikki McCray
contra o câncer e me lembrei desta história e sei que ela é uma vencedora e esta vitória será a sua maior medalha de
ouro.
Encontrando Batman na Padaria
São Silvestre, Cãimbras e Prazer
Momentos antes da largada |
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