Cássia Eller no Gordo a Go-Go (entrevista)


Sem querer achei uma enrevista da Cássia Eller na net, sendo entrevistada pelo João Gordo completamente inesperiente, mas o incrível é que aconteceu uma simbiose entre os dois e o papo/entrevista saiu bem legal.

Olhos e pés

Sombras te acompanham na escuridão. Sozinho calcula o próximo passo. Alguém grita pelo seu nome em vão. Mente pesada, nervos de aço. Imagina então aquela música. A mensagem poderia lhe revigorar. Seus olhos então começam a ficarem abertos. Mesmo assim, seus passos eram incertos. Olhos abertos na escuridão, uma falsa sensação de segurança. Mas a música ditava o ritmo de seus passos. Caminho certo, caminho suave. Os pés seguiam os olhos... Seus olhos então começavam a ver. Seu caminho, seu ritmo, sua luz. Foi assim... Os olhos e os pés.

Neil Young - Harvest Moon


Certo dia, estava dirigindo por uma estrada à noite e estava muito longe de casa. O tempo estava frio, porém o céu e a lua brilhavam, quando percebi estas belezas, o rádio tocava esta música. Parei no acostamento... Estava em um morro, podia ver as luzes da cidade lá embaixo... Contemplava tudo... Abri a porta do carro, deixei o som sair só para sentir... Harvest Moon... Nunca mais esqueci esta canção.

Maria Bethânia - Tigresa


Uma pérola da MPB que não toca nas rádios. Não sei qual versão é a melhor: esta com Bethânia ou a da Gal Costa.

Atalhos e caminhos



Os atalhos talvez sejam soluções rápidas para chegar ao local desejado bem mais rápido. Isso é possível observar em nosso dia quando estamos no trânsito e impacientes que somos (há exceções é claro) preferimos os atalhos para evitar transtornos. Tudo por conta do tempo demorado se formos pela via principal.
Certa vez ouvi de uma pessoa que “são nos atalhos” que acontecem os piores imprevistos. Para ilustrar isso, o conto de fadas “Chapeuzinho Vermelho” dos irmãos Grims, diz que a menina toda “inocente”, além de ter falado com estranhos, aceitou o conselho deste desconhecido que a orientou a pegar um atalho até a casa de sua vovozinha. Após pegar o atalho, conselho dado pelo mal feitor o lobo mau, todos sabem o que aconteceu no final desta história.
Aquela pessoa que me alertou sobre os perigos dos atalhos, afirmou categoricamente que: “Se atalho fosse caminho, seria a via principal”. Esta formação tomou conta da minha mente de tal forma, que esta frase me martela a mente toda a vez que vou pegar o tal atalho. E isto fez com o atalho ganhasse um novo conceito em minha mente.
Quando estou no trânsito e penso em pegar um atalho, penso e repenso duas vezes para evitar imprevistos. Uma vez, tentei me direcionar por um atalho por meio do meu senso de direção e acabei abandonando a via principal. Fui por ruas estreitas, escuras, esburacadas e sem saída. Tive que retornar a via principal e ao invés de ganhar, perdi muito tempo.
Os atalhos não são ruins quando ele já elaborado para funcionar junto com a via principal. Por conta disto, percebi que isto também vale em nosso dia a dia em nossas vidas, nas decisões que temos que tomar diariamente, onde convivemos, seja na casa, na rua ou no trabalho.
Pegar atalhos deve ser uma aventura sábia. Temos que valorizar nossos passos de caminhos por onde passamos.

Verdadeira comida de boteco I





Casa do Norte Vera Lúcia - 48 anos
Falar sobre comida ou petiscos de boteco parece clichê, pois há inúmeros livros que tratam do assunto e até concursos sobre as melhores iguarias de botecos. Tudo furado. E a razão é simples, e é preciso de um pequeno resgate histórico. Diferente dos “Salons” americanos, aqueles lá do “velho oeste” que assistimos nos filmes onde o cara chega ao balcão é bebe uma dose de “sei lá o quê”, no Brasil os Botecos, são oriundos de Portugal e vendiam sacarias, como arroz, feijão, entre outros grãos tudo a granel, e é claro: a cachaça.
Balcão original desde a inauguração da casa 
Com o passar do tempo, os botecos passaram serem chamados de mercearias, porém os botecos já instalavam seus balcões para degustar a cachaça e os petiscos oferecidos, como torresmo, ovo cozido... Este tipo de comércio se popularizou nas periferias das grandes cidades, frequentar o balcão destes locais era pejorativo.

Com o passar dos anos os “bares” invadiram os bairros nobres e seus frequentadores ganharam status de boêmios. Para ficar ainda mais requintados deram o diminutivo de “barzinho”. Nos grandes bairros esta cultura se popularizou ainda mais, até chegar aos dias de hoje, pois vemos restaurantes se rebaixarem a status de bar. É moda, é chique. Afinal todos se divertem no bar, pois frequentar restaurante parece algo formal. E deciframos quando o restaurante está disfarçado de bar/boteco pelo menu. Boteco não tem cardápio, comemos aquilo que o dono oferece na estufa.
Concurso de melhores botecos é tudo furada. São restaurantes disfarçados de bares e muitos não têm uma cultura boemia, de bar. Não que estes locais não sejam bons, mas estão longe de ser um verdadeiro boteco.
Jabá com farinha e pimenta uma das especiarias
Estes verdadeiros locais possuem frequentadores assíduos e é fácil reconhecê-los. Estes dia estive em um, chama-se Casa do Norte Vera Lúcia. Fica na Avenida Cupecê na zona sul de São Paulo, na altura do número 5 mil. O local tem 48 anos, é um dos primeiros da região. A decoração ainda é a mesma, assim como o cardápio: jabá, torresmo, carne de sol e arroz tropeiro. Vende também arroz, feijão e milho a granel. O balcão e a a estante onde ficam as garrafas de cachaças ainda são os mesmos. Os clientes também. Alguns frequentam o local há mais de 30 anos. Tem dias que a roda de pessoas que ficam ali só tem “cabeça branca”, como diz o proprietário, pois os todos os clientes possuem cabelos brancos. E o petisco principal é: jabá, servido com farinha e pimenta. Delícia.

One different world that authorities don't care


I had anopportunity to spend my time in a different world. Was one place that nobody care, and the people that live in this place are discriminate, because they live in the slum in one those poor section from São Paulo. There are a lot of houses made with wood, plastic and the kind of object to improvise the roof.
Each family has more than four kids and most of them don't have ID. Some improvised houses are the stream (brook), inside those smells not good. Whem rain, the stream stays full and get in the houses.
Inside of slum look's like a labyrinth, has many corridors, and sometimes has drug dealer, most of them are teenagers or unemployed. This is one big problem in Brazil, mainly in the big city. Most the people know that, but nobody care.
One day I get in this place to do one interview with the people from there. I was in front of mainly entrance and I asked permition for one young man. He did understand and started to ask me a lot of question, why interview? What are my goals? After explained to him, he introduces me to the place. suddenly the people from there treat me like a politician; they thought that I could resolve all problems.
Whem they show me all those problems, I stayed very sad. I did know how much problem had near for me.
One family invite me to get in a house to drink a cup of coffee. The place was very small. I sit down and I was drinking with them. I felt the smell of stream. After conversation, I prosed for them to put everything on newspaper, and I did, but the situation nothing was changed. My telephone doesn't stopped to play, because many people liked that I wrote, but the authorities don't care.

A arte que te vê


As formas de comunicação estão cada vez mais dispersas e atrativas. A plataforma de um celular ou mesmo do nosso desktop do computador é uma linguagem não explorada e pouco percebida. A disposição dos ícones na tela do celular, Ipod e desktop do nosso computador nos revelam quem somos e como podemos desenvolver uma linguagem através desta arte.
E tudo isso com uma interação direta de nosso corpo com um toque manual na tela de nosso smartphone ou tablet.
Este vídeo é bem interessante e mostra como as áreas do conhecimento estão cada vez mais interdisciplinares, um engenheiro pode interagir diretamente com as letras e em outras áreas o que possibilita descobertas e conhecimentos fantásticos. Este vídeo mostra bem toda esta simbiose magnifica que estamos testemunhando. 

Que PT você quer?


Lá em meados dos anos 80, me pai, que nunca se envolveu com política, se reunia com alguns moradores de bairro na Paróquia da Avenida Santo Afonso, aqui no Jardim Miriam. Mediados pelo padre Tony, o pároco da igreja, surgia ali a Associação dos Moradores de Bairro e, que tempos mais tarde ajudou para o nascimento do Partido dos Trabalhadores. Na época, o local era uma das bases do partido na região, que lá no final dos anos 80 apoiava o então metalúrgico Luis Inácio Lula da Silva.
Lembro quando meu pai participava das reuniões de bairro, que na verdade funcionava como uma pré-sede petista ainda na igreja, e tempos mais tarde acabou ganhando uma sede própria, com status de “associação” e as reuniões do partido foram para outro espaço. Mesmo, assim, quase toda a diretoria da associação era de “petistas”.
Com o passar do tempo, lá pra meados dos anos 90, o PT perdeu força no bairro e outro grupo político assumiu a associação. É sabido que o PT daquela época é diferente do PT de hoje. Aqueles jovens que lutaram por democracia na época da ditadura hoje, alguns deles não sabem ainda lidar nem com as redes sociais. Talvez o quadro do partido tenha envelhecido, perdido forças, pois não se renovou.
É claro que o corpo a corpo é muito mais importante que as redes sociais, porém, os interesses que se trocam do PT de hoje, com o PT de anos atrás são bem diferentes. Exigir que o Partido dos Trabalhadores tivesse estes mesmos interesses do passado, é pedir para que o partido regrida, pois mudaram os valores, o plano, o projeto, as pessoas, enfim, a sociedade mudou, porém, restou apenas um desejo: poder.
Acusar o partido e dizer que sua história foi borrada com o caso do “Mensalão” é hipocrisia, pois o partido é uma instituição bem maior. Todos os partidos políticos no Brasil têm uma história de luta, de direitos e de objetivos por uma sociedade justa. É claro, que, cada um à seu modo com suas ideologias. Mas, quantos casos escândalos rondaram a nossa política e os nossos partidos? O importante é moralizar a política e condenar os culpados.
Em toda esta “polarização” PT-PSDB trará o protesto dos derrotados, que argumentam: “O povo é burro elege o partido do mensalão, partido sem propostas...” O mesmo acontece do outro lado. “Entrou o novo, não mora na cidade, sem proposta, projetos e agora tudo vai por água a baixo”. Pensamentos pequenos e injustos, pois o melhor de tudo isto, é a democracia. A oportunidade de uma nova proposta ser aplicada em prol da população. Cabe à sociedade aprovar ou não depois de quatro anos.
Capital Paulista - No caso de São Paulo com Haddad, é preciso tempo. O que não pode acontecer é o loteamento das Subprefeituras e permitir que coronéis continuem a mandar na cidade sem conhecer a necessidade dos bairros como Kassab faz. Enquanto ministro, Haddad foi revolucionário, apesar de receber várias criticas. Mas criou uma visão sistêmica da educação, que levou o Ministério a atuar da creche à pós-graduação; criou o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), que passa a medir a qualidade do ensino fundamental e médio, por mais que seja criticada por alguns educadores, serve como parâmetro para o desenvolvimento da educação no país.
Talvez a maior mudança foi a substituição do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (FUNDEF) pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica- (FUNDEB). Muitos perguntam: “O que é isto?”. Trata-se da lei obrigatória que faz com que os municípios invistam na Educação, como todo, da pré-escola ao Ensino Médio. Antes era só o Fundamental. Isso faz parte agora da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Tem ainda o ENEM e o Prouni.
O que temos certeza é que a população quer ser bem tratada, com bons hospitais, transporte público de qualidade, escola em perfeitas condições e com professores estimulados para entrar em uma sala de aula. Independente de partido o mais importante é fazer cm que o povo tenha uma identidade capaz de exercer a cidadania e reivindicar os seus direitos quando for necessário. Que partido você quer?

À noite me vem



Escuro me cai e me leva às memórias. Me deixa com vontade de pegar um livro antigo só para ver se encontro anotações rabiscadas. Estes dias achei uma, engraçada e ao mesmo tempo ridícula de uma aula chata. Estava sem data. À noite quero ouvir música. Daquelas que faz tempo que você não escuta, e ouvir alto no fone de ouvido. Mas o ruim é que sempre avanço para a próxima faixa antes dela terminar.

À noite me vem vontades. Com o controle na mão fico a zapear canais e nunca encontro o que eu quero. Paro em um canal, e 20 segundos é o máximo que assisto cada um, depois recomeço tudo de novo. Sempre vejo as coisas pela metade. Você viu o que aconteceu? Perguntam-me, e eu nunca sei, mudo de canal na hora errada.


À noite me vem a preguiça, os planos pro dia seguinte, o computador, facebook, o hotmail, twitter... Televisão, Jornal da Globo... Aquele livro que parei de ler (penso em recomeçar).


À noite com as luzes da rua, o brilho das esquinas e os flashes da pista de dança é bem diferente da noite com a luz do abajur, daquela luz vermelha do aparelho de som que insiste em ficar acesa, mesmo depois de desligado, porém à noite (a)calma.

À noite me vem macia, serena... Quente, às vezes fria. Proporciona encontros, sorrisos... Sim, ela me vem.

Adeus, Emmanuelle


Adeus, Emmanuelle

A atriz holandesa Sylvia Kristel (na foto ao lado), conhecida por ter protagonizado o filme erótico francês "Emmanuelle" (1974), morreu anteontem, aos 60 anos, enquanto dormia, em Amsterdã. Ela lutava contra um câncer na garganta. "Emmanuelle" foi inspirado no romance homônimo de Marayat Bibidh Andriane e, sob a direção de Just Jaeckin, quebrou tabus em relação ao sexo no cinema. Filmado com orçamento de US$ 500 mil, arrecadou US$ 100 milhões e, em alguns países, permaneceu mais de uma década em cartaz. Em 1977, em passagem pelo Brasil, Kristel participou de filmagens da novela "Espelho Mágico", de Lauro César Muniz. Na época, a atriz pediu a liberação de "Emmanuelle" no país, o que só aconteceria em 1980. 
Fonte: Agora - 19.10.12


Estátua de Maria Esther Bueno fica isolada e público não tem acesso


Na última vez que fui ao estádio do Pacaembu, ao olhar pelas grades de um portão deparei-me com a estátua da maior tenista brasileira de todos os tempos, Maria Esther Bueno. A obra ficava em frente ao estádio até 1995 e depois desapareceu.
Hoje a estátua fica exposta às moscas em um espaço perdido atrás do Tobogã.
Lembrando que a tenista ao longo de sua carreira, venceu dezenove torneios do Grand Slam (7 na categoria simples; 11 em duplas femininas; 1 em duplas mistas). Segundo o anuário do Daily Telegraph, que registra a classificação dos tenistas entre 1914 e 1972, Bueno foi a Nº.. 1 do mundo em 1959 e 1960. 
O International Tennis Hall of Fame também a incluiu como a melhor tenista do mundo, em 1964 (depois de perder a final no Torneio de Roland-Garros e ganhar Wimbledon e o U.S. Open) e 1966.
Famosa pela elegância do estilo de jogo e pela potência do serviço, é a maior tenista brasileira de todos os tempos.
A estátua é um patrimônio público, deveria estar exposta em um local visível. Lamentável!

Café Bleu - Um álbum inesquecível



Todo mundo tem aquele CD inesquecível. Eu tenho vários. Dentre eles o Café Bleu do Style Council. A banda liderada por Paul Weller (ex- The Jam) implacou lá nos meados dos anos 80 e chegou a ser intitulado como “New Bossa” na Inglaterra. No Brasil a música You’re the Best Thing chegou a ser tocada em algumas rádios, mas o LP ( naquela época) só foi sair anos mais tarde.

Lembro que paguei caro naquela bolacha na loja super transada da época chamada Bossa Nova, lá no centro de São Paulo. Este álbum é uma obra prima que passeia pelo jazz, blues, funk, soul e com algumas pegadas tímidas de rock, influências do pós-punk The Jam.

O álbum conta ainda com um romantismo claro em várias canções, como: Blue Café, The Paris Match, que conta com a participação de Tracey Thor do EBTG, outro grupo clássico, bem 80’s. As pegadas “new bossa” podem ser percebidas na balada My Ever Changing Moods.

Tem ainda A Gospel e Strength of Your Nature, dois pertados soul-funk e logo em seguida as sobremesas do álbum são as três últimas faixas: Here's One That Got Away, Headstart for Happiness e Council Meetin.

Uma boa dica para baixar este álbum que ainda não ouviu e se gostar, compre. É um daqueles Cds que valem a pena.

O consumo da notícia


A principal arma de um governo não são as forças armadas, não está também em uma bancada de sustentação do Poder Legislativo, ou qualquer tipo de sistema político, mas está no poder dos meios da comunicação e da indústria cultural em si. Não é atoa que os Estados Unidos são a nação mais poderosa, pois dominam estes dois itens. O cinema americano é uma arma talvez mais poderosa que qualquer bomba atômica, pois através dele pode influenciar a vida de milhares de pessoas em todo o mundo.
Os que defendem a "indústria cultural" acham que a própria história (e não apenas o jornalismo) chegou ao fim. Acreditam que os antigos ideais de progresso, conforto e bem-estar foram todos realizados, por isso não há mais motivos para se preocupar nesta era pós-moderna. Esse pensamento de dominação, que a "indústria cultural" é condenada por educadores como Paulo Freire (1994), que relatou como artimanha do capitalismo neoliberal a estratégia de dizer que as utopias morreram. Melhor, entre os futuros jornalistas, quando ainda estão nos bancos da faculdade. Despertar a visão crítica em relação ao mundo e ao mercado talvez possa contribuir de algum modo, para um jornalismo se não meramente literário, mais voltado para a conscientização do ser humano e para a humanização das estruturas em que todos estão inseridos.

Algumas pessoas acreditam que o jornalismo pertence ao povo, ou seja, a voz da comunidade expressa em um jornal e pensam que o meio de comunicação possa devolver o poder da palavra ao povo. Mas como um jornal ou qualquer meio de comunicação pode devolver algo a alguém quando este nunca o possuiu?
A notícia hoje é um bem de consumo, há um mercado específico para cada tipo de reportagem, assim como o cinema americano (que sou apaixonado) tem o seu público e o europeu (filmes inteligentes que não sou muito fã, pois durmo na metade) também, e com a notícia acontece o mesmo fenômeno.

O vendedor político


Estes dias estavam andando pelas ruas e parei em frente à vitrine para apreciar uma aparelho de som. De repente chega um vendedor todo sorridente e me cumprimenta, e com toda a sua sabedoria e conhecimento sobre o determinado aparelho, me explicou os detalhes de seu funcionamento. "As caixas são potentes e suportam as batidas dos graves e agudos no volume máximo. Veja"! E começou um batidão, um funk carioca. Tum Tchii Tumm... Nesse instante o aparelho era semelhante a uma nave espacial dos anos 80, com várias luzes e botões gigantescos.

Após alguns minutos o vendedor ainda tentava me persuadir, mas já não falava do aparelho, mas sim da facilidade do pagamento e já ia pedindo meu RG, caso resolvesse efetuar a compra.

No final, acabei frustrando o cara, fui embora e não gastei absolutamente nada. Na verdade me senti aliviado ao sair da loja, pois parecia que estava sendo atacado pelo vendedor que falava que tinha que comprar o estéreo de todas as formas. Só faltou me dizer que minha vida não teria sentido sem aquele som.

Em casa fiquei pensando, se esse vendedor fosse um candidato político, certamente poderia ser eleito, pois era um verdadeiro "profissional labial", com altos "xavecos". Então chego a conclusão que os políticos devem ser ótimos vendedores de equipamentos eletrônicos.

Ilegal, imoral e engorda



Adoro comer cheesburguer ou coxinha de boteco. Melhor ainda é comer pastel de feira, principalmente aquele "especial" que tem até um ovo dentro e, adoro tomar Coca-Cola quando acordo e ou quando vou dormir. À noite, no trânsito, não tenho paciência de ficar parado em farol vermelho, ainda mais com essa onda de violência que está pela cidade, portanto, não respeito os semáforos da cidade, e assisto sim, as imoralidades que passam na televisão.
Recentemente em um jornal, mostrou o prefeito de São Paulo pedindo que os moradores da favela incendiada abandonassem o local, porém, a reportagem informou que eles não tinham para onde ir. No bloco seguinte do jornal, mostrou um comercial com a promoção de um carro com o IPI reduzido. Preço do veículo: R$ 68 mil. Isso sim é ilegal e imoral.
Hoje há um movimento chamado "light" em evidência. Trata-se de um grupo de pessoas que odeiam refrigerantes, não comem nada na rua e quando vão a restaurantes pedem suco de laranja com adoçante. Feijoada! Nem pensar. Apenas salada e carne branca.
Muitos são também frequentadores de academia, e confesso que eu amo essas salas de ginásticas, para manter este corpo de 4 ponto zero, mas, às vezes, temos que ouvir cada coisa. A última conversa que ouvi na academia foi: "Hoje comi uma fatia de pão integral com queijo ricota", afirmou um cara todo metido a bombado, e outo retrucava: "Não, não! O melhor a fazer é tomar leite, pela manhã, e comer muitas batatas doces durante o dia", então pensei: Vou sair de perto destes caras rapidinho, caso contrário vou sentir o efeito colateral dessa comida.
Bom, o fato é que sempre pratico esportes, vou à academia, e faço tudo isso na maior normalidade, sem preocupações, afinal, como diz o ditado: tudo que é bom é ilegal, imoral e engorda.


VMB - Será o fim da MTV?

Assistir ao VMB nesta quinta-feira, dia 20, só não foi um martírio porque o encerramento era nada mais, nada menos que os Racionais. Portanto, todas as apresentações anteriores foram suportáveis. 
Sem um apresentador, o evento ficou na mãos de seus convidados, que em prol de uma "linguagem jovem", descambam para as palavras chulas e o excesso de palavrões, como se isso fosse o simbolo da juventude.
Horas antes, tinha lido várias reportagens que o evento poderia ser o último e pelas fala de alguns apresentadores deixaram algumas pistas, como o Marcelo Adnet. Mas, se a MTV está em crise, ela não é a única culpada, mas sim, do genero musical. Não acontece nada de novo no mainstrem, as bandas que faziam sucesso há 15 anos, continuam a sobreviver com estas mesmas músicas, pois não há nada de novo.
E, isto reflete diretamente na programação.

O futebolês dos críticos


Ao abrir qualquer caderno de esportes testemunhamos duas novelas sendo debatidas pela mídia esportiva. O caso Palmeiras e do jogador Paulo Henrique Ganso. E em todas as matérias a condenação do Palmeiras à Série B do Brasileiro já e fato, assim como o caso do jogador santista, que disse (por meio da diretoria – ou terceiros) que prefere jogar no São Paulo e o condenam antecipadamente sem ouvir a verdadeira opinião do jogador.
O fato de se fazer análises pela própria convicção ou pela emoção critica, deixa passar a impressão de que o mundo acabou ao time paulista. Esquecem-se da camisa e mesmo de uma análise mais profunda de jogo mesmo. Gostaria de saber em que se baseiam alguns jornalistas para constatarem o jargão “volume de jogo”. Primeiramente é preciso contextualizar este jargão e como se caracteriza. Para muitos, volume de jogo é a posse de bola; para outros, trata-se da maior capacidade que um time tem para trocar passes no campo adversário; para outros ainda definem isso, como a capacidade de armar ataques.
Em algumas narrações de jogos ou em comentários posteriores as partidas, são possíveis notar que muitos têm uma noção diferente do significado de “volume de jogo”. Para piorar, nem os técnicos ajudam a contextualizar isso, porque eles colocam tudo na mesma panela de acordo com a justificativa da derrota ou vitória. Depende como foi o jogo. Falo isso, porque muitas vezes, baseando no tal volume de jogo, o time do Palmeiras já foi considerado uma das melhores equipes do primeiro semestre e em menos de três meses, é o time que não possui volume algum.
Falam como se o futebol é baseado apenas em números, adaptados e moldados de acordo com determinados interesses.
No caso do Ganso, condenam o cara antecipadamente, por não falar com a imprensa sobre a sua situação. Mas, para que falar? Tudo já foi jogado no ventilador e a própria diretoria do Santos abandonou o atleta. Não que ele esteja totalmente certo. O Ganso este ano não jogou absolutamente nada, apesar de ter feito algumas partidas mágicas na libertadores, mas não foram o suficiente.
No caso destas novelas, toda a crítica fica atenta para fazer aqueles longos debates e criticas, mas são todos repetitivos e óbvios, pois são todos “futebolês”.

Somente a camisa é capaz de salvar o Verdão do rebaixamento



Moralmente rebaixado, o Palmeiras luta contra tudo e contra todos. Depois de um bom primeiro semestre, o Palmeiras revela todas suas crises políticas, de relacionamentos e desentendimento, tanto dentro, como fora de campo.
No primeiro semestre no campeonato Paulista, o Palmeiras fazia uma campanha sensacional, com 10 partidas invictas e perdeu por 2 a 1 para o Corinthians. O time ganhou uma cara, estava jogando muito bem sendo um dos candidatos ao título do Paulista, até a derrota para o Guarani, por 3 a 2 e o fim da era Deola (nome do principal substituto de Marcos).
Pois é, depois veio a Copa do Brasil e invicto o Verdão comandado por Felipão consegue a taça e a vaga para a Libertadores. Porém, os primeiros quatro ou cinco jogos foram ignorados e perdidos, como se fosse algo fácil de reconquistar.
As rodadas se passaram e o martírio palmeirense começou a piorar. E, para maior tristeza palmeirense, a arbitragem tirou pelo menos12 pontos do Verdão contanto com o último jogo contra o Corinthians.
Aliás, o jogo de hoje foi uma piada. Uma expulsão injusta do Luan; um pênalti não marcado quando o jogador corintiano desvia a bola com a mão; um gol anulado; a não expulsão de Danilo, pois já tinha amarelo e fez uma falta pra cartão em cima do Valdivia... Tudo isso, não justifica a derrota, mas ilustra uma partida onde o Palmeiras jogou bem, foi superior ao Corinthians por boa parte do jogo. Mas encontrou um adversário ranzinza, acostumado a este tipo de partida e soube administrar o resultado conquistado com as falhas palmeirenses.
Escândalo – Agora a pior parte da história é descobrir que Felipão, Galeano e parte da diretoria, junto com empresários tenham favorecidos a contratação de 9 jogadores do São Caetano. Isso mesmo. De todo o elenco do Palmeiras, cerca de 40% são de jogadores e de empresários do time do ABC. Esta denúncia partiu do ex-jogador Edmundo, que deve ter fontes seguras sobre isto, e mostra uma máfia entre empresários, dirigentes e pessoas envolvidas diretamente com o futebol.
Agora só resta torcer, pois ainda há esperança, pois o “manto verde” é maior que tudo.

Para mim, para vós, Paraty





Sabe aquelas viagens que acontecem de repente e tudo o que temos que fazer é simplesmente fazer as malas? Pois é! Foi isso que aconteceu comigo nesta primeira semana de setembro. Ao ser convidado para fazer uma viagem à histórica cidade de Parati (até então com i), fiquei super feliz, excitado, Sabia que algo importante deveria acontecer nesta viagem, afinal não é sempre que temos a oportunidade de conhecer uma cidade histórica de Paraty.
Ao andar pelas ruas da cidade e seus asfaltos de pedra acompanhados pelas inúmeras propagandas políticas, vejo que a cidade não é para mim, quanto menos para vós, agora imagina para ti?

O rídiculo "Fantástico" da Globo e os fantasmas

Durante décadas o programa Fantástico da Globo era líder de audiência pela competência de inúmeros jornalistas e com matérias de alto padrão de profissionalismo. Nos últimos domingos percebemos uma decadência total, reportagens fracas que não mostram interesse algum ao público. De vez em quando tem uma denúncia aqui, outra alí, mas tornou-se um programa chato. O melhor exemplo da decadência é esta série de "fantasmas" e o tempo dedicado a isto. É triste ver um programa de "alto grau de jornalismo" global se transformar em algo tão sem importância e rídiculo.

Voo de Balão - Boituva

Uma aventura bem tranquila e segura, voamos a 7,5 mil pés de altura, ou seja, quase 3km de altura. Foi uma sensação única de alegria, medo, segurança e ao mesmo tempo o quanto somos insignificantes neste mundo e só podemos existir pela presença de Deus.

Usando a lâmina - Como se barbear sem irritar a pele


Meu Deus, tanto tempo eu levei para saber que nada sei. Confesso que faço a barba 3 ou 4 vezes por semana e só agora, depois dos 4.0 descubro que a vida inteira fiz a barba de modo errado, sempre debaixo do chuveiro sem passar absolutamente nada, apenas sabão.

O Sapo e as Formigas

Moradores de rua acham dinheiro e perdem a identidade


Todos os jornais e noticiaram falam hoje, dia 9 de julho, sobre um casal de “mendigos ou moradores de rua” que acharam cerca de R$ 20 mil e entregaram à polícia. A história “comovente” é tratada como um caso inusitado por conta da honestidade do casal. Na entrevista o morador de rua ainda diz: “Minha mãe me ensinou a não pegar nada dos outros”. Bonito. Em exemplo da mais “pura honestidade” para contrapor com os inúmeros casos de corrupção que assola o país em todos os níveis, seja no governo, nas repartições públicas, empresas...


O caso dos “moradores de rua” que encontraram este montante é ainda mais grave. Isso, porque em todas as matérias veiculadas pela imprensa identificam o casal como: mendigos ou moradores de rua. Não possuem identidade alguma, nem nome ou sobrenome. São tratados como “os outros”, no inconsciente coletivo, como aqueles que moram ali, debaixo do viaduto, que pedem esmolas, que não tomam banho, que usam drogas, pois, são mendigos, moram na rua.


Os moradores de ruas vivem nestas condições por causas variadas como: abandono familiar ou até falta da família, situação econômica, desemprego, desajuste social e problema psicológico. Para muitos, estas pessoas não tem sonhos, não tem esperança de mudanças.  Estas pessoas vivem fora do contexto social e a pobreza é um dos fatores que mais contribui para o desequilíbrio social. São pessoas “invisíveis”, esquecidas pela sociedade, por uma política pública de qualidade capaz de trazer o sonho de volta para estas pessoas “sem nome”.

Confesso que fiquei indignado por não saber o nome destas pessoas, isso me incomodou muito e procurei em várias reportagens e não encontrei. E no final, o casal de “mendigos” voltou para debaixo do viaduto sem identidade e perdidas, pois ninguém as acha, nem o governo, apenas encontram o “dinheiro” que era a pauta da matéria e não as pessoas a honestidade do casal foi apenas o pretexto.

Em tempo: No dia seguinte todos os jornais noticiaram que os empresários donos do restaurante deu uma oportunidade de emprego ao casal e ainda pagaram um hotel para os dois. Bela atitude.

Funk... We got funk!

Sabe... A música move montanhas, nossos sonhos, sentimentos... Não importa o estilo e hoje a batida do verdadeiro funk fez com que eu ficasse quase por meia hora a fazer esta virada nas pick ups do "vistual Dj".

Batman: Piada Mortal de Alan Moore

Revirando a net encontrei uma preciosidade: a fantástica história em quadrinhos do Batman. Para muitos críticos, esta é a melhor história do homem morcego, pois esta história já foi premiada como melhor roteiro, história e também pelo traço fantástico do Coringa, que nesta história é o verdadeiro protagonista. Aqui as imagens estão perfeitas e adaptadas para o youtube em 2 partes.

Parte 1 Parte 2

Voo em Boituva, voo de balão...


Foi uma grande experiência... Voar sem asas, voar sem motor de avião, voar apenas com a força do ar... E nele sentir toda a liberdade e ver como o vento pode nos levar a lugares incríveis e jamais explorados... Por isso, a lição que tirei deste dia é de alcançar voos mais altos, cada vez mais altos.
Boituva - 02.06.2012 - 10h da manhã.

O poderio global, Xuxa e a vida pop



A entrevista concedida ao fantástico da rainha dos baixinhos Xuxa Meneguel ganhou destaque em todas as mídias e a repercussão foi enorme, com direito a vários comentários nas redes sociais. Mas não li o que gostaria de ter lido nos sites, blogs e nos jornais. Quem sou eu para (in)formar ou (des)informar sobre um assunto tão complexo, sério e de um certo ponto de vista banal (não o caso de estupro).

Antes de começar, é importante esclarecer que a Xuxa é, e sempre será a “rainha dos baixinhos”, que influenciou e continua influenciando gerações, pois desde os anos 80 ela aparece nas telinhas e com seu trabalho conquistou o país.


Isso tem um alto custo. Ela é pop. Assim como os grandes astros do cinema, das bandas de rock ou os maiores atores e atrizes da televisão. Sua privacidade é, e sempre será invadida, pois sua vida é compartilhada por milhares de fãs.

A entrevista do Fantástico que foi ao ar no último domingo, foi um “golpe fantástico” armado pelo alto escalão global com uma entrevista meticulosamente bem editada. Dá dá até para imaginar a reunião de pauta do programa formada pelos diretores globais, afinal, a audiência do Fantástico está caindo a cada semana e trazer o depoimento com as revelações de Xuxa, cai como um diamante. Para tanto, a transformaram na protagonista do domingo à noite, conquistando alto índice no ibope. A audiência foi tamanha que dá até uma expectativa do que vai acontecer na semana que vem, será que a Xuxa volta?

Mas, tudo foi muito bem trabalhado. A luz, o cenário, os closes, as lágrimas, tudo, tudo bem enquadrado e, possibilitava a criação de um "envelope visual" da trama narrada. 
Em certos pontos da entrevista, quando ela falou corajosamente que sofria abusos, há closes em seu rosto, e quando se afastava, criava-se uma penumbra ao fundo, assim como o programa Provocações da TV Cultura, com Antônio Abujamra, mas aqui, o casaco vermelho se destaca com a camisa branca. Será alguma semelhança com o casaco vermelho de Michael Jackon em Thriller?

O cenário para a o depoimento da Xuxa teve uma fotografia excelente a textura, o fundo escuro com uma luz bem suave fazia sua pele brilhar, enfim... Um roteiro perfeito.

Xuxa citou Pelé e sua importância em sua vida, mas não falou seu nome, assim como o nome do pai de sua filha Sacha, Luciano Szafir e nem a própria Sacha foi citada. Por que, Se o nome do quadro era “O Que eu Vi da Vida?” Talvez porque Szafir agora é de outra emissora, então não pode.

Quando ela fala que foi pedida em casamento por Michael Jackson, aí soa estranho. Primeiro ela fala que a proposta veio de um assessor e não do Michael, hora, se a vida de Xuxa era administrada por Marlene Mattos, imagina então a vida do maior astro pop do mundo? Mas estava no roteiro... Lembram-se do casaco vermelho que ela usava? Seria uma mensagem subliminar?

A parte divertida para alguns e triste para outros, foi quando ela falou das dificuldades de relacionamento quando está com algum homem, e ela disse: “... Será que pensam: tá na hora, tá na hora...” Foi sério, mas impossível de não dar rizadas.

Indelicadeza – Isso foi com a ex possível paquita Adriane Galisteu. Segundo a ex de Senna, ela participou uma vez do programa da Xuxa há anos e recebeu o convite para ser paquita, porém recusou. Tempos depois, após Xuxa e Senna terminarem um namoro, ela começa o relacionamento que durou quase dois anos até a morte do piloto. E, sabendo disso, Xuxa revela no ar que estaria reatando com Senna (que na época morava junto com Galisteu) e que falou com ele na véspera de sua morte. Muito deselegante. Isso, ela não precisava fazer. Mas, se voltarmos no tempo, ela já sido indelicada com Galisteu no velório de Airton.

No final, revela os abusos, revelando uma mulher de coragem. Tanto que ela e a nadadora Joanna Maranhão, que também revelou ter sofrido abusos de seu técnico, vão participar a promulgação da lei de pedofilia. No caso de Xuxa, a polícia e o Ministério Público se manifestaram, porém, informaram que o crime prescreveu.

E a repercussão da entrevista continuará em todos os meios de comunicação, pois, a vida destes artistas que pertencem ao mainstream é pop, o mundo é pop, e como diz a letra da banda Engenheiros do Havai: “... Qualquer coisa, Quase nova, Qualquer coisa, Que se mova, É um alvo, E ninguém tá salvo... O Papa é Pop, O Papa é Pop! O Pop não poupa ninguém...”.
O casaco vermelho de Xuxa na entrevista foi coincidência?


32 dentes e boca vazia


“Não acredito em ninguém; não acredito em ninguém com mais de 30; não acredito em ninguém com 32 dentes". É interessantes esta relação bucal, já relatada em uma música dos Titãs, com a nossa vida cotidiana. Principalmente quando vemos os escândalos na política, argh!

A boca é a parte do corpo mais importante, pois é por ela que nos alimentamos, mastigando os preciosos alimentos, através de nossos maravilhosos dentes, incisivos, pré-molares, caninos e os sisos (se adulto). Mas, a dança canibalesca dentro da boca é inabalável com as palavras, pois é por aí que saem os sons, as informações mais inteligentes ou torpes através da nossa língua.
Mas é absurdo como testemunhamos o péssimo uso da boca. Tanto para se comunicar ou para alimentação. Estudos mostram que a população brasileira está ficando cada vez mais obesa, por conta dos enlatados e dos fast food proliferados pelo país, ou ainda pessoas que não têm o que por na boca. E as conversas saudáveis que existiam nas praças, nos cafés, nos bares estão desaparecendo ou sendo trocados pelas fofocas, ou conversas que não levam a lugar nenhum, a não ser um assunto em moda: mensalão.
Ultimamente estamos vendo bocas vazias tanto de comida quanto de conteúdo. Ao ligarmos a televisão assistimos programas vazios. Até o programa do Jô, que às vezes, aparecia entrevistados e entrevistas maravilhosas, hoje é horrível, sem conteúdo, perguntas imbecís e entrevistados "chapa branca". Nos telejornais ouvimos depoimentos de pessoas envolvidas em casos de corrupções, escândalos e continuamos a testemunhar as bocas vazias.
Como diz o poeta Manoel de Barros, que brinca com as preposições, "ninguém leva isso de sério", pois na verdade as bocas nada mais são que instrumentos individuais de comer.

Uma poesia antiga...: hum hum...

Nunca consegui, eu tentava escrever poesia, e encontrei um rascunho antigo...
Hum hum...
Eu aceitei o seu convite
E uma língua encontrei
Te assisti saindo da prisão
Então você quis se prender novamente

hum hum...

Há muito tempo não te ligo
E você nem liga
Para o tempo seu
Sem relógio espero o meu...

Hum hum...

Há tanto tempo eu me espero
Mas já te encontrei há tempos
Sem me notar
Estranho
Sérgio (10/10/96)

Amor inocente...

Coisas de adolescente. Hoje. Vasculhando livros, cadernos antigos e antigas anotações, encontro um bilhetinho meio amarelado... Aquelas coisas de adolescente quando estava na 8ª série... Um amor inocente.

Virada Cultural: pra que serve mesmo?


A Virada Cultural de São Paulo já é um patrimônio. Transformou-se em uma das datas oficiais de São Paulo onde a cultura é convidada a mostrar-se para a população durante 24h uma vez por ano. E só. Fui aos dois primeiros eventos e depois nunca mais, pela má qualidade do evento, desorganização, falta de banheiros públicos, entre outros problemas que sempre vão existir.

Basta pegar alguns números. De acordo com o último dado do censo, a região central de São Paulo, tem aproximadamente 1 milhão de pessoas e de acordo com os números da polícia militar, o público presente à VIII Virada Cultural foi de 4 milhões de pessoas. Cerca 5 milhões de pessoas estavam naquela região sem uma infraestrutura adequada. Mas isso ainda não é a questão principal.

O objetivo da Virada Cultural seria um encontro de artistas para celebrar junto com a população a cultura e as artes em geral, todo o trabalho que foi realizado durante o ano. Uma celebração divida com todos, valorizando os artistas e o público, devido ao trabalho realizado na base, nas comunidades, nas escolas, nas praças públicas espalhadas pelos bairros em todos os finais de semana. Mas, sabemos que isto não acontece.

A prioridade da administração municipal não é a cultura, pois se a fosse, não haveria 4 milhões de pessoas famintas por cultura. A arte, assim como a cultura não tem essa visibilidade nos 364 dias restantes. Com isso, a prefeitura continua dando mostras que prefere organizar um evento “pontual” ao invés de garantir que iniciativas culturais espalhadas pelos bairros e periferias tenham espaço o ano inteiro.

A todo instante observamos cortes de verbas, ou até mesmo, repressão aos artistas de rua e testemunhamos, descasos com a produção cultural e a desvalorização de artistas, com a falta de incentivos e poucos espaços públicos de apresentações.

E, todos sabem que cultura é importante para o desenvolvimento do ser humano, pois é através dela que nós nos identificamos como sociedade e como seres capazes de criar e recriar nossos próprios valores. E não é em uma simples “Virada Cultural” que isso vai acontecer. O mesmo acontece com a tal “Virada Esportiva”, porém, com problemas até mais graves, que merecem outro texto para fazer tal descrição.

E tentaram até alimentar o povo com uma “galinhada” de um grande chefe de cozinha, servindo apenas 600 pratos em um universo de 4 milhões.

A Virada Cultural deveria ser constante, não precisa ter “quantidade”, basta “qualidade”; não precisa levar milhões em um único dia, mas sim, centenas em cada dia, descentralizada pela cidade, levando artistas as praças, workshops em escolas, incentivando a arte em todos os sentidos. O público tem fome sim, mas não de “galinhadas”, mas sim da verdadeira arte.

“Sub-Pop-Ópera dos Mendigos” encanta São Paulo



O espetáculo musical “Sub-Pop-Ópera dos Mendigos” em cartaz no Terraço Itália desde o dia 3 de maio encanta os paulistanos pela versatilidade e das interpretações de seus atores. Depois de passar pelo ABC, a trupe O Maravilhoso Escritório Teatral, adaptaram a obra “A Ópera dos Mendigos” de John Gay e guarda um parentesco com a “Ópera do Malandro”, de Chico Buarque. A montagem é dirigida por Celso Correia Lopes e Reinaldo Sanches.

Dividido em três atos, o espetáculo tem início com a cerimônia de casamento de Mac Navalha (Victor Merseguel), antiherói e conquistador barato, e Polly (Luciana Castellano), a inocente filha de Peachum Peachum (Celso Correia Lopes), o dono de um disputado bordel. Nessa festa, prostitutas, ladrões e outros personagens do submundo reúnem-se para refletir sobre seu valor. Já no segundo ato, o público é convidado a conhecer um cabaré onde impera a anarquia; na última parte do espetáculo, os personagens, justos e injustos são confrontados com seu destino.

O músical reúne os mais diversos estilos: da música de cabaré, passando pelo brega de Gretchen e Sidney Magal até o metal sombrio de Marilyn Manson. Todas as canções são executadas ao vivo por uma banda formada por Fabio Mosca (percussão), Leonardo Pellegrin (Bateria), Reinaldo Sanches (piano/teclado) e Vinícius Nascimento (violão / guitarra).
Com 25 pessoas em cena e com uma hora e meia de duração, “Sub-Pop-Ópera dos Mendigos” tem apresentações todas as quintas-feiras, às 21h. Os ingressos custam R$40 e meia entrada R$ 20, sendo que os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do estabelecimento.

SERVIÇO
“Sub-Pop-Ópera dos Mendigos”, com O Maravilhoso Escritório Teatral de Celso Correia Lopes Livre adaptação de “Ópera dos Mendigos”, de John Gay
Direção Musical: Reinaldo Sanches
Direção Geral: Celso Correia Lopes e Reinaldo Sanches
Duração: 90 min.
Classificação indicativa: 16 anos
TEATRO ITÁLIA
Av. São Luís, 344
Centro – Metrô República
R$ 40,00 / Meia R$20

... meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos!


"...minhas paixões são ardentes; minhas dores de cotovelo, de querer morrer; louco do tipo desvairado; briguento de tô de mal pra sempre; durmo treze horas seguidas; meus amigos são semi-irmãos; meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos!"
 Clarice Lispector

Olhares curvos

Barulho faz parte do dia a dia
Sirenes, carros, pessoas na correria
Sinais vermelhos param o coração
Músicas no rádio falam sobre solidão

Farol verde indica caminho aberto
Sem ter onde ir segue a fila do tráfego
Pessoas com balas as colocam no retrovisor
Malabaristas mostram suas habilidades por migalhas
Crianças limpam os para-brisas evitando o tráfico

No retrovisor, meus olhos
Nas curvas meus olhares
Olhares curvos...

O pulo

vontade de levitar, desafiar a gravidade...

Ai se eu me pego!


Por muito fiquei olhando para a telinha do Word pensando o que escrever. Várias idéias me vinham à cabeça, mas não tive entusiasmo suficiente para digitar uma linha. Às vezes me faltavam argumentos, outras um assunto que me interessasse de verdade. 

Aí me senti um “excluído” do tipo “desinformado”, mas não concordava com este pensamento, pois sempre estou atento... Tento estar aTento, sempre lendo e me informando em blogs, sites, redes sociais, e leio em textos de outras pessoas, aquilo que gostaria de ter escrito. A minha voz tornou-se textos dos “outros” e isso acomoda.

Me senti, tipo... Sem pensamentos próprios, pois os meus, eram explorados pelos outros em crônicas, artigos e textos dos mais variados...

Um amigo falou: “Atualiza o blog, escreve sobre a música de Ai se eu te pego do Michel Telo”...  O silêncio foi minha resposta. Pensei: “Ai se eu me pego escrevendo sobre isto”.

Clandestino



Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Para burlar la ley
Perdido en el corazon
De la grande Babylon
Me dicen el clandestino
Por no llevar papel

Por una ciudad del norte
Yo me fui a trabajar
Mi vida la deje
Entre Ceuta y Gibraltar
Soy una raya en el mar
Fantasma en la ciudad
Mi vida va prohibida
Dice la autoridad

Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Por no llevar papel
Perdido en el corazon
De la grande Babylon
Me dicen el clandestino
Yo soy el quiebra ley

Mano Negra clandestina
Peruano clandestino
Africano clandestino
Marijuana illegal

Solo voy con mi pena
Sola va mi condena
Correr es mi destino
Para burlar la ley
Perdido en el corazon
De la grande Babylon
Me dicen el clandestino
Por no llevar papel

Argelino, Clandestino!
Nigeriano, Clandestino!
Boliviano, Clandestino!
Mano Negra, Ilegal!